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O Plano de Trump para Gaza

Cabe aos palestinos responder se aceitam ou não o plano de Trump.

Mas não vejo como aplaudir a proposta feita pelo presidente dos Estados Unidos no dia 29 de setembro.

Leia a proposta:

1. Gaza será una zona desradicalizada, libre de terrorismo, que no representará ninguna amenaza para sus vecinos.

2. Gaza será reurbanizada en interés de la población de Gaza, que ya ha sufrido lo suficiente.

3. Si ambas partes aceptan esta propuesta, la guerra terminará inmediatamente. Las fuerzas israelíes se retirarán hasta la línea acordada para preparar la liberación de los rehenes. Mientras tanto, se suspenderán todas las operaciones militares, incluidos los bombardeos aéreos y de artillería, y las líneas del frente permanecerán congeladas hasta que se den las condiciones necesarias para una retirada completa por etapas.

4. En las 72 horas siguientes a la aceptación pública de este acuerdo por parte de Israel, todos los rehenes, vivos o muertos, serán devueltos.

5. Una vez liberados todos los rehenes, Israel liberará a 250 presos condenados a cadena perpetua, así como a 1.700 gazaíes detenidos desde el 7 de octubre de 2023, incluidas todas las mujeres y todos los niños detenidos en este contexto. Por cada rehén israelí cuyos restos sean devueltos, Israel devolverá los restos de 15 gazaíes fallecidos.

6. Una vez liberados todos los rehenes, los miembros de Hamás que se comprometan a coexistir pacíficamente y a entregar sus armas se beneficiarán de una amnistía. A los miembros de Hamás que deseen abandonar Gaza se les ofrecerá un paso seguro a países de acogida.

7. Tan pronto como se acepte este acuerdo, se enviará inmediatamente la ayuda completa a la Franja de Gaza. Las cantidades de ayuda serán, como mínimo, las previstas en el acuerdo del 19 de enero de 2025 sobre ayuda humanitaria, incluida la rehabilitación de infraestructuras (agua, electricidad, alcantarillado), la rehabilitación de hospitales y panaderías, y la entrada del equipo necesario para retirar los escombros y abrir las carreteras.

8. La distribución y la ayuda en la Franja de Gaza se llevarán a cabo sin interferencia de ninguna de las dos partes, a través de las Naciones Unidas y sus agencias, la Media Luna Roja y otras instituciones internacionales que no estén asociadas de ninguna manera con ninguna de las dos partes. La apertura del paso de Rafah en ambos sentidos se someterá al mismo mecanismo que el aplicado en el marco del acuerdo del 19 de enero de 2025.

9. Gaza será gobernada en el marco de una gobernanza transitoria temporal por un comité palestino tecnocrático y apolítico, encargado de garantizar el funcionamiento diario de los servicios públicos y los municipios para la población de Gaza. Este comité estará compuesto por palestinos cualificados y expertos internacionales, bajo la supervisión y el control de un nuevo órgano internacional de transición, el «Consejo de Paz», dirigido y presidido por el presidente Donald J. Trump, con otros miembros y jefes de Estado que se anunciarán más adelante, entre ellos el ex primer ministro Tony Blair. Este organismo establecerá el marco y gestionará la financiación de la reconstrucción de Gaza hasta que la Autoridad Palestina haya completado su programa de reformas —tal y como se describe en diversas propuestas, entre ellas el plan de paz del presidente Trump de 2020 y la propuesta franco-saudí— y pueda retomar el control de Gaza de forma segura y eficaz. Este organismo aplicará las mejores normas internacionales para crear una gobernanza moderna y eficaz, al servicio de la población de Gaza y capaz de atraer inversiones.

Comentário

Deixarei de lado o estilo, a pegada de incorporador imobiliário, o passar o pano nos crimes cometidos pelo Estado de Israel e o desequilíbrio geral.

Deixarei de lado, também, o estilo ultimatum.

E, principalmente, deixarei de lado a pegada chantagem de gangster (“tenho uma pistola na tua nuca, se você não concordar, atirarei”).

Vou me focar só numa questão de princípio: a soberania.

O que Trump está propondo é estabelecer um protetorado sob sua gestão pessoal.

Leiam: “Gaza será gobernada en el marco de una gobernanza transitoria temporal por un comité palestino tecnocrático y apolítico, encargado de garantizar el funcionamiento diario de los servicios públicos y los municipios para la población de Gaza. Este comité estará compuesto por palestinos cualificados y expertos internacionales, bajo la supervisión y el control de un nuevo órgano internacional de transición, el «Consejo de Paz», dirigido y presidido por el presidente Donald J. Trump, con otros miembros y jefes de Estado que se anunciarán más adelante, entre ellos el ex primer ministro Tony Blair. Este organismo establecerá el marco y gestionará la financiación de la reconstrucción de Gaza hasta que la Autoridad Palestina haya completado su programa de reformas —tal y como se describe en diversas propuestas, entre ellas el plan de paz del presidente Trump de 2020 y la propuesta franco-saudí— y pueda retomar el control de Gaza de forma segura y eficaz. Este organismo aplicará las mejores normas internacionales para crear una gobernanza moderna y eficaz, al servicio de la población de Gaza y capaz de atraer inversiones”.

O controle sobre Gaza não será da população palestina, não será da Autoridade Palestina.

Será de um “Conselho de Paz”, dirigido e presidido por Trump.

Um “novo órgão internacional de transição”, constituído a la carte, que controlará as coisas até que a Autoridade Palestina tenha feito o dever de casa e possa “retomar o controle de Gaza de forma segura e eficaz”.

Trata-se de um protetorado.

Ou seja, é uma espécie de regresso ao princípio da história.

Aliás, ter o “poodle” Tony Blair à cabeça da coisa só reforça a lembrança do protetorado britânico sobre a Palestina.

Que o ministro Mauro Vieira tenha dito que o Brasil “aplaude” este plano e que ele estaria “alinhado com posições históricas do Brasil” só demonstra como são diferentes os critérios adotados para avaliar o que é soberania nacional.

Cabe aos palestinos, que estão na linha de fogo, decidir o que fazer.

Mas não há como não dizer que a proposta de Trump perpetua a causa de fundo da situação: a ocupação colonial.

PS. a interceptação da flotilha que rumava em direção a Gaza, feita em águas internacionais, é mais um dos inúmeros crimes cometidos pelo Estado terrorista de Israel, a maior “amenaza para sus vecinos” que existe na região.

*Por Valter Pomar, em seu blog


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Política

Vídeo: Em pronunciamento, Lula manda recado a Trump e exalta soberania

“Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém”, afirmou o presidente Lula

Em pronunciamento nacional veiculado na véspera do 7 de Setembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a soberania nacional e enviou mensagens diretas ao presidente dos EUA, Donald Trump, e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula afirmou que o Brasil não aceita interferências externas, enfatizando:

“Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”. Ele reforçou que o Brasil mantém relações amigáveis com outros países, mas “não aceitamos ordem de quem quer que seja”, destacando que o único dono do país é o povo brasileiro.

O discurso foi motivado pelas recentes tensões com os EUA, após Trump impor uma sobretaxa de 50% a produtos brasileiros, usando como justificativa o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

Lula criticou a tentativa de interferência no Judiciário brasileiro, afirmando que a Constituição garante a independência dos Três Poderes e que o presidente não interfere nas decisões judiciais. Ele também acusou políticos brasileiros, em referência indireta a Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de estimularem ataques ao Brasil por interesses pessoais, chamando-os de “traidores da pátria”.

O pronunciamento, gravado no Palácio do Planalto, integrou a campanha “Brasil Soberano” e foi ao ar em rede nacional de TV e rádio, com foco em temas como democracia, independência e políticas públicas. No mesmo contexto, Lula participou do desfile de 7 de Setembro em Brasília, que destacou a soberania, a COP-30 e o Novo PAC, reforçando a narrativa de um Brasil autônomo.


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Política

7 de setembro: atos defenderão a soberania e a democracia no Brasil

Neste 7 de Setembro, movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais e organizações populares vão às ruas para resgatar o verdadeiro sentido da independência: o Brasil é do povo brasileiro, e é o povo quem deve decidir os rumos do país. Confira o atos em dezenas de cidades em TVT News.

Mobilizações do 7 de setembro
As mobilizações são convocadas pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, pelo Fórum das Centrais Sindicais e pelo tradicional Grito dos Excluídos e das Excluídas. A Central de Movimentos Populares (CMP), que liderou os protestos pelo Fora Bolsonaro em 2021, é uma das principais articuladoras dos atos neste 7 de Setembro.

Em 7 de setembro, estão previstos protestos em 32 cidades de todas as regiões do país. O maior será em São Paulo, às 9h, na Praça da República. As principais bandeiras incluem: justiça tributária com taxação dos super-ricos; isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês; redução da jornada semanal de trabalho sem corte de salários; fim da escala 6×1; defesa do meio ambiente; e nenhuma anistia para os golpistas.

7-de-setembro-atos-soberania-e-democracia-no-brasil-projecoes-no-museu-nacional-da-republica-em-alusao-as-comemoracoes-da-independencia-do-brasil-celebrada-em-7-de-setembro-foto-ricardo-stuckert-pr-tvt-news
Na semana em que se inicia o julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), os movimentos populares reforçam nas ruas a defesa da democracia e reafirmam a necessidade de punição e prisão para Bolsonaro e seus aliados golpistas.

“Há 31 anos construímos o Grito dos Excluídos no Brasil. Mas, neste ano, diante dos ataques à nossa soberania e democracia, precisamos transformar o 7 de setembro em um dia histórico. É hora de afirmar que quem manda no Brasil é o povo brasileiro”, afirma Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP.

Grito dos Excluídos (@grito.dos.excluidos) • Instagram photos and videos

Os movimentos denunciam que setores da extrema-direita e grupos ligados ao ex-presidente Bolsonaro estão tentando sequestrar o sentido do 7 de setembro. Em vez de defender o Brasil, apoiam medidas como o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump, que ameaça destruir milhares de empregos ao atingir exportações brasileiras. Também atacam instituições democráticas, espalham fake news e tentam, mais uma vez, insuflar o autoritarismo no país. “Não aceitamos ingerências nem golpes contra a democracia. O Brasil não é quintal dos EUA. É preciso defender nossas riquezas, nossa autonomia e nossos direitos sociais”, reforça Bonfim.

Além disso, os atos do 7 de setembro serão uma demonstração de resistência ao avanço do fascismo e de afirmação de um projeto de país baseado na democracia, na justiça social e na participação popular. “Este 7 de Setembro não é de comemoração, é de denúncia. Vamos às ruas para dizer que a independência só é verdadeira com soberania popular e justiça social”, conclui Bonfim.

Confira os locais de ato em 7 de setembro na sua cidade

  • AL – Maceió | Praça da Faculdade, às 08h
  • AM – Manaus | Av. Eduardo Ribeiro com Avenida 7 de setembro (até a Praça da Polícia) de 8h à 09h
  • AP- Macapá | Concentração: ‘Hospital do Amor’ – R. Carlos Daniel, 456 – Infraero II, às 7h
  • BA – Salvador | Campo Grande, às 9h
  • BA – Souto Soares | Concentração na Praça Raul Soares, às 09h
  • CE – Fortaleza | Praia do Futuro, às 8h
  • DF – Brasília | Praça Zumbi dos Palmares (CONIC), às 10h
  • ES – Espírito Santo | concentração na Praça Portal do Príncipe, às 8h30
  • GO – Goiânia | Praça do Trabalhador, às 8h30
  • MG – Belo Horizonte | Praça Raul Soares, às 9h
  • MS – Campo Grande | Cruzamento da Rua 13 de maio com Dom Aquino, às 8h
  • MT – Cuiabá | Praça Cultural do Bairro Jardim Vitória, 7h30
  • MT – Cáceres | Salão da Matriz São Sebastião, Rua Rodrigues Alves, 201, Cidade Nova, às 07h
  • PA – Belém | Concentração na avenida. Mal. Hermes, 3 – Campina (Escadinha do cais do Porto), às 9h
  • PE – Recife | Parque 13 de maio, às 9h
  • PE – Recife | Pedal Grito dos Excluídos – saída às 09h do Prq. da Jaqueira, rumo ao Prq. 13 de Maio
  • PI – Teresina | Concentração na Ponte da Avenida Frei Serafim (JK), 7h
  • PR – Apucarana | Concentração Avenida Curitiba (próximo Supermercado Amigão), 08h30
  • PR – Cascavel l | Calçadão (na Avenida Brasil, esquina com Padre Champagnat), 08h30
  • ]PR – Curitiba | Rua Desembargador Oscar Carvalho e Silva, Vila Pantanal, às 09h
  • PR – Curitiba | Praça Tiradentes, 10h
  • PR – Maringá | Praça Raposo Tavares, 08h30
  • PR – Umuarama | Praça Paulo VI (Praça da Catedral), 9h
  • PR – Ponta Grossa | Em frente ao Cemitério Municipal – Av. Balduino Taques, 09h30
  • RS – Porto Alegre | Ponte de Pedra, Largo do Açorianos, 14h
  • RJ – Rio de Janeiro | Rua Uruguaiana com avenida Presidente Vargas (metrô), Centro, às 9h
  • RN – Mossoró | Ginásio Pedro Ciarlini, 07h
  • RN – Natal | Praça da Flores, Petrópolis, às 9h
  • RR – Boa Vista | Palco Aderval da Rocha, em frente à Praça Germano Sampaio, no bairro Pintolândia, às 15h30
  • SC – Blumenau| Rua Presidente John Kennedy (ao lado do Teatro Carlos Gomes), às 8h
  • SC – Chapecó | Praça Central (ao lado da Catedral Santo Antônio), às 14h
  • SC – Florianópolis | Parque da Luz, às 08h30
  • SE – Aracajú | Praça da Catedral Metropolitana de Aracajú, em meio ao desfile das escolas, às 09h
  • SP – Aparecida | concentração no porto e segue em caminhada até a basílica, a partir das 7h – (organização: Pastoral da igreja de Aparecida)
  • SP – Campinas | Concentração na Praça do Largo do Pará, às 9h
  • ]SP – Mauá/ABCDMRR | Início com Santa Missa – Santuário Imaculada Conceição: Praça Mons. Alexandre V. Arminas 01, Bairro Matriz, 08h30
  • SP – Santana do Parnaíba | Largo da Matriz, s/n, Centro, às 14h
  • SP – São Paulo | Praça da Sé, a partir das 7h00, com café da manhã para as pessoas em situação de rua – ato às 9h e 10h30 caminhada para o centro.
  • SP – São Paulo | Praça da República, às 9h
  • SP – São Sebastião | Rua da praia – São Sebastião – 9h

*TVTNews


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Política

Lula ratifica defesa da soberania e critica ‘facistas que traem Brasil usando bandeira nacional e camisa da seleção’

Presidente reafirma defesa da soberania e quer recuperar símbolos nacionais para os brasileiros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou neste domingo (3) fascistas e nazistas que traem o Brasil, defendendo tarifas e sanções contra o país, empunhando a bandeira nacional e vestindo a camisa da seleção brasileira de futebol. Em alusão direta ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula disse que as lideranças da oposição ao seu governo são “inimigas do Brasil”.

“Vivemos uma excrescência política: um cara que fazia campanha enrolado na bandeira do Brasil agora está enrolado na bandeira dos EUA e pedindo taxação contra o Brasil”, afirmou Lula, em discurso no 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília.

O evento marcou a posse da nova direção da legenda. Para um auditório cheio de militantes do partido, Lula disse que o Brasil continuará tentando negociar a reversão do tarifaço de 50% impostos pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a exportações brasileiras para o mercado estadunidense. Reforçou que isso será feito de forma altiva e soberana e que vai ajudar no resgate de símbolos nacionais pelo povo brasileiro.

“O Brasil já não é tão dependente dos EUA, temos boas relações com os outros países. Eu não vou esquecer das relações com os EUA, que têm mais de 200 anos, mas também não esqueço que eles deram um golpe aqui [em 1964]. Não vou abrir mão de discutir que precisamos de moeda alternativa para negociar com os outros países. Não queremos brigar, mas não temos medo”, disse Lula, citando que mantém conversas em tom respeitoso com todas as nações do mundo, sejam ricas ou pobres.

Para ele, dessa forma, o governo faz com que a bandeira e a camisa da seleção ganhem novo sentido. “Vamos resgatar a bandeira nacional para o povo brasileiro, a camisa do Brasil para o povo brasileiro”, afirmou.

Lula ressaltou que não vai aceitar interferência política estadunidense de forma alguma. “Os EUA são muito grande, é o país mais bélico do mundo, é o país mais tecnológico do mundo, é o país com a maior economia do mundo. Tudo isso é muito importante. Mas nós queremos ser respeitados pelo nosso tamanho. Nós temos interesses econômicos e estratégicos. Nós queremos crescer. E nós não somos uma republiqueta. Tentar colocar um assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável. É inaceitável”, avaliou.

Lula, aliás, disse que essa mudança pode dar mais força a seu governo nas eleições de 2026. Ele disse que será candidato à reeleição se tiver 100% de saúde e com condições reais de vencer. “Para ser candidato tenho que ser muito honesto comigo. Preciso estar 100% de saúde. Para eu me candidatar e acontecer o que aconteceu com Biden, jamais. Quando falo que tenho 80, energia de 30, vocês podem acreditar. Se eu for candidato, vou ser candidato para ganhar”, afirmou.

Também pediu visão estratégica e unidade do PT para que o partido tenha bom desempenho no pleito. “Como disse Edinho Silva [novo presidente do partido], os adversários estão do outro lado”, disse ele.

“Nós só elegemos 70 deputados dos 513. Se nós fossemos bons como pensamos que somos, teria eleito 140, 150”, acrescentou.

Ele ressaltou que seu governo está começando a ter resultados concretos na vida dos brasileiros, citando como exemplos, que o Brasil saiu, mais uma vez, o país do mapa da fome. Mas destacou que as pesquisas que indicam problemas em sua popularidade não estão erradas.

“As coisas ainda não chegaram para as pessoas. É muito lançamento dentro do palácio, pouca coisa na rua. Tem gente que acha que a Rede social vai resolver, mas não resolve. Quando que a gente ergueu a cabeça? Quando colocou a política no debate”, disse Lula, destacando as campanhas pela taxação dos mais ricos, a defesa da isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e a defesa da soberania contra o tarifaço de Trump.

O presidente também fez elogios a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, dizendo que ela será a melhor ministra do cargo, e ao recém-empossado presidente do PT, Edinho Silva. “vai ser uma experiência extraordinária para o partido”, afirmou.

Também presente ao evento, a ex-presidenta do PT e atual ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou firmemente as ações dos EUA contra o Brasil.

“Temos uma luta maior também, ao lado de lutar contra as injustiças no Brasil, temos que lutar contra a intervenção estrangeira. Acho que ninguém nunca achou que fôssemos viver uma situação dessa no Brasil, desse tipo de interferência na nossa soberania e causada por um ex-presidente e sua família que quer anistia, que articulam contra o Brasil, que se fantasiam com a bandeira brasileira, que falam dos valores do Brasil e entregam o nosso país ao estrangeiro”, declarou.

Diretrizes para o futuro
Nesta sábado (2), o PT aprovou a tese que guiará os trabalhos da sigla nos próximos anos. O texto aprovado defende o veto ao projeto de lei que muda as regras do licenciamento ambiental e aponta temas importantes que devem nortear as discussões e projetos do partido.

O documento destaca o repúdio ao genocídio na Palestina, a defesa do fim da escala 6 por 1, o combate à extrema direita, a isenção do Imposto de Renda para quem tem renda mensal de até R $5.000 e a igualdade salarial.

*BdF


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Mundo

Rússia pode usar armas nucleares se soberania ou território forem ameaçados, diz Putin

Entretanto, líder russo negou que país planeje atacar integrantes da Otan, a aliança militar ocidental.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou o Ocidente nesta quarta-feira (5) que seu país pode usar todos os meios disponíveis para se defender se sua soberania ou integridade territorial forem ameaçadas.

Falando a editores seniores de agências de notícias internacionais em São Petersburgo, ele afirmou que a doutrina nuclear da Rússia permite que armas nucleares sejam usadas em resposta a uma série de ameaças.

“Por alguma razão, o Ocidente acredita que a Rússia nunca as usará [armas nucleares]”, disse Putin quando questionado sobre o risco de escalada nuclear.

Ainda assim, ponderou que a Rússia não tem planos de atacar Estados-membros da Otan, a aliança militar ocidental.

A doutrina nuclear publicada pela Rússia em 2020 define as condições sob as quais um presidente russo consideraria usar uma arma nuclear.

De acordo com a determinação, poderiam ser utilizadas como resposta a um ataque com armas nucleares ou outras armas de destruição em massa, ou ao uso de armas convencionais contra a Rússia “quando a própria existência do Estado é colocada sob ameaça”.

Putin rejeitou as afirmações ocidentais de que a Rússia empregou o uso de armas nucleares e destacou que os Estados Unidos foram o único país a ter usado armas nucleares na guerra – atacando as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 1945.

Alerta contra ataques a territórios russos
O presidente russo também alertou que as decisões de aliados de permitir que a Ucrânia use mísseis ocidentais cada vez mais poderosos para atacar o território russo são uma escalada séria no conflito, e advertiu que tais armas teriam que ser operadas por sistemas e agentes ocidentais.

O presidente Joe Biden autorizou a Ucrânia a usar armas fornecidas pelos EUA contra alvos militares dentro da Rússia, mas Washington ainda proíbe Kiev de atacar a Rússia com ATACMS, que têm um alcance de até 300 km, e outras armas de longo alcance fornecidas pelos americanos.

Questionado sobre o assunto, Putin citou diferentes armas, mas ressaltou que o uso de ATACMS ou mísseis britânicos Storm Shadow contra a Rússia poderia levar a uma resposta mais dura de Moscou.

“Vamos melhorar nossos sistemas de defesa aérea e destruí-los”, pontuou Putin.

“Em segundo lugar, estamos pensando que se alguém acha possível enviar tais armas para uma zona de guerra para atacar nosso território e criar problemas para nós, então por que não temos o direito de enviar nossas armas da mesma classe para aquelas regiões do mundo onde ataques podem ser feitos em instalações sensíveis dos países que fazem isso contra a Rússia? Ou seja, a resposta pode ser assimétrica”, destacou.

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‘Questão gravíssima’ e ‘falta de planejamento’: crise de medicamentos afeta a soberania do Brasil?

Sputnik Brasil – A prolongada crise da falta de medicamentos no Brasil pode ganhar contornos mais graves caso nenhuma atitude seja tomada. Até soro fisiológico, insumo básico para tratamentos de saúde, está faltando em unidades hospitalares.

A Sputnik explica como o sumiço de remédios nas gôndolas de farmácias e em enfermarias afeta a soberania nacional.

Dados coletados por entidades de saúde e municípios apontam para a seriedade da situação: levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) feito com 2.469 prefeituras mostra o cenário do desabastecimento de remédios no Brasil. Segundo a pesquisa, mais de 80% dos gestores relataram sofrer com a falta de medicamentos para atender a população.

A falta de amoxicilina (antibiótico) foi apontada por 68%, ou 1.350 municípios que responderam à pergunta. A ausência de dipirona (anti-inflamatório, analgésico e antitérmico) na rede de atendimento municipal foi apontada por 65,6% — isto é, em 1.302 cidades da amostra consultada.

Caixas de remédios de amoxicilina (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 20.07.2022

A dipirona injetável esteve na resposta de 50,6% e a prednisolona, usada no tratamento de alergias, distúrbios endócrinos e osteomusculares e doenças dermatológicas, reumatológicas, oftalmológicas e respiratórias, foi mencionada por 45,3% dos municípios consultados.

A magnitude do problema também foi mensurada pela Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde): 87,6% de 113 unidades de saúde consultadas relataram que estão com dificuldades de aquisição de soro de volumes variados, sendo que 53% delas estão com estoques desse insumo fundamental abaixo de 25%.
Em meio a essa escassez, uma reportagem do Jornal Nacional de terça-feira (19) mostrou, com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), que quase 22 milhões de medicamentos perderam a validade em centros de distribuição que ficam em São Paulo e no Rio de Janeiro — um prejuízo calculado em R$ 243,7 milhões.

Afinal, como a soberania brasileira é afetada pela crise de medicamentos?
Órgão fiscalizador da saúde pública do Brasil, o Conselho Nacional de Saúde emitiu um parecer a autoridades e municípios com orientações acerca da reposição dos remédios em 30 de junho, que também pede ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma inspeção de contratos e licitações, além de citar a questão da crise dos medicamentos como um atributo da soberania nacional prevista pela Constituição Federal de 1988.

Em seu primeiro parágrafo, o documento cita o artigo “1º da Constituição Federal de 1988, que prevê como fundamentos do Estado a soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana”.

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