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Embaixada do Brasil em Tel Aviv desconfiou de espionagem de Israel

Funcionários se reuniram com embaixador para pedir que fosse feita uma varredura antigrampo

Diplomatas lotados na embaixada brasileira em Tel Aviv se reuniram com o embaixador Frederico Meyer dias atrás para tratar da necessidade de fazer uma varredura no local em busca de grampos.

Antes até de estourar a crise provocada pela declaração do presidente Lula comparando os ataques em Gaza ao Holocausto, os funcionários da representação do Brasil em Tel Aviv já desconfiavam que suas conversas estavam sendo monitoradas pelo serviço secreto de Israel, segundo Rodrigo Rangel, Metrópoles.

Na reunião, diplomatas mais experientes argumentaram que fazer a varredura seria inócuo porque, ainda que fosse encontrado algum dispositivo de escuta, seguramente outros seriam instalados em seguida pelos israelenses, conhecidos por deter tecnologias de espionagem de ponta.

Segundo relato feito à coluna por um dos presentes, um itamarateca graduado disse aos demais que melhor seria trabalhar com a certeza de que a embaixada brasileira (foto em destaque), assim como as de outros países, é monitorada permanentemente, ainda mais em tempos de guerra.

O argumento prevaleceu. No fim, todos saíram convencidos — e a varredura nem sequer foi encomendada.

Israel tem algumas das mais famosas agências de inteligência do mundo. A mais conhecida é o Mossad. Há, ainda, a Amam, responsável pela inteligência militar, e o Shin Bet, voltado para a segurança interna.

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Comandante iraniano: Tel Aviv e 35 alvos dos EUA no Oriente Médio estão ao alcance do Irã

Assim como Tel Aviv, 35 alvos vitais americanos no Oriente Médio estão “ao alcance do Irã”, disse o comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Gholamali Abuhamzeh, citado pela agência de notícias Tasnim.

“O estreito de Ormuz é um ponto vital para o Ocidente e um grande número de destróieres e navios de guerra americanos cruzam lá […] Alvos vitais americanos na região foram identificados pelo Irã há muito tempo […] cerca de 35 alvos americanos na região, bem como Tel Aviv, estão ao nosso alcance”, disse ele à mídia.

O comandante iraniano acrescentou que Teerã se reserva o direito de retaliar contra os EUA pelo assassinato do chefe da Força Quds, levantando a perspectiva de possíveis ataques a navios no Golfo.

Neste sábado (4), o líder da coalizão política parlamentar do Hezbollah no Líbano, Mohamed Raad, declarou que a resposta do eixo de resistência apoiado pelo Irã ao assassinato do general seria decisiva, citou o Al-Mayadeen.

O Departamento de Estado sublinhou que Washington vai continuar a sua dura política de sanções contra o Irã e já tomou as medidas necessárias para proteger os seus bens no Oriente Médio, acrescentou a emissora Al-Arabiya.

Assassinato de Soleimani

As tensões entre Washington e Teerã aumentaram após a morte do general iraniano Qassem Soleimani, que foi assassinado em Bagdá na sexta-feira (3) durante um ataque aéreo autorizado pelo presidente norte-americano Donald Trump.

Os EUA descreveram a sua ação como uma medida preventiva para evitar um conflito militar e proteger os militares americanos que estão na região.

Manifestantes iranianos durante protesto contra o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, 3 de janeiro de 2020

Manifestantes iranianos durante protesto contra o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, 3 de janeiro de 2020.

Após o assassinato de Soleimani, as autoridades iranianas ameaçaram retaliar para vingar a morte do general. Ele foi sucedido pelo brigadeiro-general Esmail Ghaani, que anteriormente ocupava o cargo de comandante-adjunto da unidade.

 

 

*Com informações do Sputinik