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Matéria Política

A política genocida de Bolsonaro disseminou o coronavírus pelo Brasil

A lógica genocida de Bolsonaro é simples, o governo se ausenta de qualquer responsabilidade de buscar soluções para os micro, pequenos e médios empresários, principalmente do setor de varejo. Com isso, os pequenos comerciantes, que não fazem parte de qualquer associação, são deixados no completo abandono, com dívidas e tendo como respaldo somente o estoque de sua loja fechada. Imagina os informais!

Já os comerciantes e empresários graúdos, olhando para os seus interesses, que têm respaldo para suportar longos meses de quarentena, porque são, na grande maioria, bolsonaristas fervorosos, ao invés de pressionarem Bolsonaro e a política neoliberal de Guedes, que é assassina, pressionam, sob o comando do genocida, prefeitos e governadores, utilizando as mídias locais às quais eles têm acesso por serem anunciantes.

Esses, através das mídias locais, produzem propositalmente, como numa guerrilha genocida, informações confusas para confundir a sociedade e, sentindo-se pressionados por parte da população e pelos grandes comerciantes que, somados aos próprios diretores de associações comerciais, governadores e prefeitos cedem, provocando a mortandade diária que tem dobrado os números semanalmente, principalmente, nas cidades do interior Brasil afora.

Qual a lógica que eles construiram junto com o governo que, de propósito, não tem um ministro da Saúde, mas um general chefe de almoxarifado? Um interino que dá suporte meramente logístico para que não falte assistência e atendimento à população e que ninguém morra na rua e não produza cenas, como as da Bolívia, por exemplo que, não por acaso, tem um governo golpista de extrema direita. Ou seja, no Brasil, todos podem se contaminar, podem morrer milhares e milhares, contanto que morram nos hospitais para não parecer que foram jogados à própria sorte.

Com isso, o governo Bolsonaro, inclui-se aí Paulo Guedes, lava as mãos com sangue, transfere a responsabilidade para governadores e prefeitos, deixando para o próprio Bolsonaro o papel de criar factoides como os da Ema, da Cloroquina, de seus passeios de moto para dar a impressão de que essa mortandade é o novo normal, fazendo com que a população acredite não existir alternativa profilática para a redução drástica da contaminação e mortes pelo coronavírus, quando, na realidade, Bolsonaro montou no Brasil uma rede de assassinos, usando inclusive fake news para que o Brasil chegasse a essa enorme tragédia que ninguém sabe quando vai acabar.

O país vive hoje, apenas e passivamente, à espera de um novo boletim que revela cotidianamente o aumento substancial de infectados e mais de mil mortos pela Covid-19 de forma indiscriminada.

Bolsonaro pode se vangloriar de seu feito, pois conseguiu fazer com que o vírus se disseminasse pelo Brasil todo. E o resultado esperado, chegou, o Brasil nesta semana ultrapassará os 100 mil mortos.

Como ele se preocupa somente com os bandidos de sua família, que centenas de milhares de famílias brasileiras chorem seus mortos. É disso que se trata, sem pôr nem tirar, o momento que o Brasil atravessa sob o comando de um presidente genocida que carrega com ele, sem a menor preocupação de esconder, a perversidade humana.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Tragédia. Esta é a definição que se tornou unânime nos oito meses de governo Bolsonaro

Por mais que se busque trincheiras distintas na geografia política do país, uma curiosa inquietação define o governo, tragédia!

É a maneira que todos encontram para dar definição objetiva ao elefante dourado que subiu a rampa do Palácio do Planalto.

Essa concordância unânime de opiniões é daquelas que rompem todos os esconjuros que se pode ter de uma administração pública com a diabólica e assombrosa gestão Bolsonaro que, hoje, estarrece o planeta depois do incêndio criminoso na Amazônia, orquestrado de dentro do Palácio do Planalto.

Bolsonaro, em momento algum se comportou como um presidente, e sim como um moleque que se diverte com suas vinganças espalhadas nos terrenos que ele sempre odiou.

Na garupa de Bolsonaro veio o que existe de mais sombrio na sociedade brasileira. Ele produziu a cada dia uma nova treva no país, um novo pesadelo, traindo a soberania do Brasil e arrotando patriotismo. Esse é Bolsonaro, o espelho abundante de um projeto nascido na ponte entre Rio e Curitiba, entre Moro e os Marinho, engrossado por toda a escória da classe dominante, formando uma legião de golpistas para asfixiar o povo pobre, os negros, os índios, os gays, a educação, a cultura, a ciência e, sobretudo roubar a alegria e a esperança dos brasileiros e o futuro do país.

Ao contrário do que interpretou Dallagnol, em sua mais recente entrevista, Bolsonaro não se apropriou indevidamente da pauta anticorrupção que a Lava Jato dizia carregar em sua tarefa, ele é a grandiosa tragédia que assistimos ao vivo extraída desse projeto que farejou espaço político na mídia para produzir um sentimento coletivo de apoio a todas as ações ilegais e criminosas de Moro e procuradores.

Bolsonaro é uma mentira do tamanho da Lava jato, sem tirar nem por. Evidentemente que, como tal, o castelo de cartas está desmoronando, seja pelo lado da Lava Jato com o Intercept, seja pela própria sobrevivência do clã Bolsonaro, desonrado pelo caldo de crimes que vem na esteira do personagem Queiroz.

Bolsonaro não se importa em ser desmentido diariamente, ele zomba da sociedade com mais uma mentira para desmaterializar a última. E quanto mais é repudiado, mais parece querer sublinhar a asneira que praticou, produzindo mais asneira.

É a forma com que ele imagina que vai se sustentar debaixo dos escombros do seu próprio governo, não vai, porque ele está se desmanchando a cada dia. E, sem terra firme para se sustentar, o seu pescoço, enfeitado com rosário de capim, tende a ser entregue à guilhotina num tempo mais curto do que se imagina.

Este, na realidade, é o sentimento que trazem todos os que observam Bolsonaro. Seu mandato está em posição avançada no corredor da morte.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas