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E se o exame negativo, anunciado por Bolsonaro, for como a “facada”?

Pelo twitter Glenn Greenwald  alerta John Roberts, jornalista da Fox:

Ei john Roberts : No Brasil, filho de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro
está chamando você de mentiroso, negando enfaticamente que ele contou isso a qualquer repórter. Se você está dizendo a verdade e ele confirmou esse teste positivo, publique as notas, porque eles estão usando isso para gritar Fake News.

john Roberts responde a Glenn:

Depois de contar a Fox News que seu pai fez um teste POSITIVO preliminar para coronavírus, Eduardo Bolsonaro agora conta que o teste foi negativo.

Para quem já tomou “facada” sem aparecer o sangue e sem apresentar uma explicação minimamente plausível sobre esse milagre do mito, não dá para ter a exata dimensão das notícias desencontradas sobre o teste de coronavírus de Bolsonaro.

Lembrando que o sujeito que condecorou o miliciano Adriano da Nóbrega, ligado ao gabinete do filho, Flávio Bolsonaro, em que mãe e esposa faziam parte do esquema de rachadão que, certamente, propõe que Adriano, comparsa de Ronnie Lessa, assassino de Marielle, traficante de armas e vizinho de Bolsonaro, sabia bastante coisa sobre os podres do clã.

E o que fez Bolsonaro após a morte do miliciano? Disse que foi queima de arquivo e culpou a PM da Bahia comandada pelo governador, Rui Costa que sequer sabia quem era o miliciano morto.

Junte isso à história do assassino de Marielle, morador do Vivendas da Barra, amigo de Carlos Bolsonaro e que morava a 50 metros da casa de Jair Bolsonaro e pule um buraco negro entre este fato e a morte de Marielle, adversária política de Carlos Bolsonaro, que verá aonde isso vai dar.

Mas Bolsonaro que nunca havia se pronunciado sobre a morte da vereadora do Psol, perguntou espontaneamente, no mesmo dia, quem tinha interesse em matar Adriano da Nóbrega e Marielle. Ou seja, é ele juntando os fatos sem ninguém se pronunciar.

Criar factoides todas as vezes em que o caso Marielle chega mais perto do clã, é especialidade da casa 58 do Vivendas da Barra.

Por isso, não é muito pensar na possibilidade de se estar novamente diante de uma farsa cínica nos mesmos moldes que os Bolsonaro usam para desviar focos e esconder crimes.

Não se pode afirmar ser mentira o resultado do teste, mas diante do portfólio apresentado por Bolsonaro desde a época em que era tenente expulso do exército, até os dias que correm, não é exagero nenhum colocar em dúvida a versão do que foi oficialmente anunciado por Bolsonaro sobre o resultado negativo para coronavírus do exame, se é que fez mesmo o teste.

É bom lembrar de duas coisas importantes:

1 – Trump, mesmo tendo estado no mesmo ambiente, e próximo, de Fábio Wajngarten, disse que não faria o teste do coronavírus porque não correu risco.

2 – Bolsonaro é o papel carbono tropical que papagaia tudo o que Trump fala e faz, mesmo não confessando.

Numa casa de apostas eu não apostaria na verdade da segunda versão de Eduardo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O Dia: Primeiro exame de Bolsonaro testa positivo para o coronavírus

Informações de fontes diretas do Planalto dão conta de que primeiro teste de presidente deu positivo.

O semblante pálido e abatido – com olhos um pouco marejados – no pronunciamento em rede nacional de TV nesta quinta-feira (12) à noite – logo após ele fazer uma live na página do Facebook com máscara – foi o prenúncio de uma sexta-feira 13 sem precedentes na suíte presidencial: deu positivo o primeiro teste para constatar infecção por coronavírus no presidente da República Jair Bolsonaro.

Ele espera o resultado da contra-prova nesta sexta (13) para confirmar ou não a contaminação. Há tensão no ar. A despeito de passar tranquilidade na TV, e pedir ao povo para evitar as ruas (um claro cancelamento da convocação das manifestações pró-governo de domingo), Bolsonaro não esconde as evidências dos cuidados com a saúde. Apareceu de máscara hoje de manhã e não saiu do Palácio da Alvorada, a residência oficial.

Se Bolsonaro vai divulgar o resultado -seja positivo ou não – é uma questão pessoal, mas que envolve também uma situação de soberania nacional. Passar à população uma imagem de um presidente infectado pode causar medo geral e até mexer com os índices da Bolsa de Valores, que já oscilam fortemente há uma semana, com circuit-break como rotina .

Bolsonaro vai chamar ao Alvorada o núcleo presidencial – todos militares de alta patente – para decidir o que falar. Enquanto a nação fica de stand by.

A mesma fonte da Coluna informa que até o comandante do avião presidencial que voltou dos Estados Unidos estaria contaminado.

FATOR TRUMP

Uma notícia curiosa circula no petit comité presidencial brasileiro. Muito se diz do constrangimento que seria se o secretário de Comunicação do Governo, Fábio Wajngarten, com infecção confirmada, tivesse contaminado o presidente norte-americano Donald Trump. Mas o papo aqui em Brasília é outro. Toda a cúpula do Governo trata com cuidado para não indicar uma verdade: boa parte da comitiva foi contaminada na Flórida, e pior, no resort Mar a Lago, de propriedade de Trump. Partindo dessa premissa, há risco de Trump estar contaminado, e ele ter passado o vírus no contato pessoal.

Fato é que Trump, cobrado pela imprensa americana, desconversa e diz que não precisa de teste. É no mínimo estranho, para quem já culpou a Europa pelo caos na vigilância sanitária. Trump não admitiria que foi o causador dessa sexta-feira 13 tupiniquim.

 

*Leandro Mazzini/O Dia

 

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Kennedy Alencar: Trump teve contato com pessoa que teve contato com infectado pelo coronavírus

Segundo o jornalista Kennedy Alencar, no Twitter:

“Imprensa americana registra que Trump teve contato com pessoa que teve contato com infectado pelo coronavírus.

Mesmo assim, tocou a vida normalmente, recebendo, inclusive, “o presidente brasileiro” no fim de semana.

Há sugestão de que ele se expôs a risco e também outras pessoas.

Trump saiu sem responder perguntas de jornalistas, que querem saber se ele fez teste do coronavírus.

Presidente americano prometeu dar entrevistas amanhã para detalhar medidas dramáticas na economia.

Jornalistas americanos querem saber se Trump foi testado. Mike Pence disse que não sabe. Tá tudo sob controle!”

Era só o que faltava, o presidente capacho ir aos EUA e voltar contaminado com o coronavírus pelo seu ídolo.

 

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Vídeos -Nassif, na mosca: Bolsonaro foi aos EUA negociar abertura de cassinos de interesse da milícia

Nassif mata a charada, Bolsonaro foi aos EUA tratar de questões particulares, tanto que ele sai da reunião com Trump e não faz qualquer comentário sobre o que foi acordado no tal jantar que, segundo ele, foi de grande vantagem para o Brasil.

Nassif vai ao ponto quando diz que Bolsonaro não raciocina um palmo diante do nariz a não ser quando se trata do seu entorno miliciano. E foi justamente isso que o levou aos EUA ao encontro com Trump, tentando trazer cassinos para o país e, com isso, expandir os negócios dos contraventores brasileiros ligados à milícia.

Desde 2001, no entanto, Fernando de Noronha é reconhecido e tombado pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade, por conta de suas belezas naturais e pela enorme biodiversidade abrigada em suas 21 ilhas. Há sete anos ainda que o arquipélago não recebe cruzeiros marítimos com regularidade, medida tomada para evitar ao máximo possíveis impactos ambientais. Hoje, o acesso de embarcações e de turistas é controlado pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), mediante cobrança de taxas de manutenção aos visitantes.

Em resposta, o governo de Pernambuco, reagiu com críticas à intenção do governo manifestada pelo filho do presidente Bolsonaro. Por meio de nota, o secretário estadual de Meio Ambiente, José Bertholi, afirmou que o atual governo “desconhece os limites de capacidade de Fernando de Noronha e as consequências de colocar na ilha mais de 600 pessoas de uma só vez, como acontece no casos dos navios de cruzeiro”.

Flávio Bolsonaro, que também se vê no vídeo abaixo, quer defenestrar Fernando de Noronha, abrindo, o que é proibido, a entrada de transatlânticos na ilha, com uma conversa mole de que é incentivo ao turismo para mergulho de contemplação, quando, na verdade, o que o clã pretende é encher aquela região de cassinos e utilizar os mesmos turistas dos navios de cruzeiros para abarrotar as casas de jogos, que é o setor que a milícia quer se expandir no Brasil.

Nassif fala também, com muita propriedade, inclusive sobre o papel de Flávio como gerente dos negócios da família, o que venho repetindo incessantemente, Bolsonaro não governa para o Brasil, mas para a milícia, com a qual o clã, e já está mais do que provado, está envolvido até o pescoço.

Assista:

https://www.instagram.com/p/B9H_UzVFgp0/?utm_source=ig_web_copy_link

 

 

Antes dele, Flávio Bolsonaro se encontrou com o bilionário Sheldon Adelson, se apresentando como o representante do pai nas negociações

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De cachorro louco a cachorro morto

Não importa a festa que a mídia fez junto com Bolsonaro no golpe contra Dilma em que, no flagrante desrespeito à constituição, o ominoso, segundo Celso de Mello, estava blindado quando exaltou, ao lado do delinquente 03, que fazia mímica com o papai, à tortura, ao terror, à morte, representado por Brilhante Ustra.

Valia tudo naquele momento para garantir o golpe, essa era a instrução superior, em parceria com a escória do judiciário e do congresso. Ali também triunfava Moro, hoje Ministro da Justiça e Segurança Pública de um presidente cachorro morto, que virou saco de pancada de quem, ontem, fez ouvidos moucos e até o defendeu nos seus ataques à constituição, às mulheres, aos negros, aos índios, mas agora até o fundamentalista do antipetismo, Josias de Souza, diz que Bolsonaro deu razão ao enredo da Mangueira quando atacou o congresso.

General Heleno, aquele que fez cara de paisagem quando foi descoberta a corrupção de Nuzman no COB e este foi preso, quando pego com barras de ouro de corrupção, o general Augusto Heleno, que recebia do COB um salário pornográfico de R$ 59 mil, pulou do barco sem dar um pio sobre Nuzman.

Agora, repete a receita, roendo a corda e deixando seu protegido na mão, postando no Twitter:

“ATENÇÃO. Estão usando meu nome, indevidamente e sem meu conhecimento, para pedir apoio financeiro a empresários e amigos, em prol de propaganda e/ou de manifestações políticas. Alerto a todos que jamais faria isso ou autorizaria tal procedimento.”

Mourão não fez muito diferente, deu uma no cravo e outra na ferradura, dizendo que desautoriza o uso de sua imagem no banner de convocação para o ato de 15 de março, mas diz que o povo tem direito a se manifestar, soltando no meio desse lá e cá uma frase de para-choque de caminhão a la Cármen Lúcia e Ayres Britto, “não precisamos de pescadores de águas turvas”.

Já no colunismo dos Marinho, Miriam Leitão, a democrata de ocasião, foi na jugular do ominoso e sapecou: “Bolsonaro é pior que o coronavírus”.

Merval e Sardenberg também usaram outras notas na polifonia anti bolsonarista que acometeu a Globo a partir do seu próprio editorial. Lógico que esses dois não perderiam a oportunidade de ficar com um olho no peixe e outro no gato, dando paulada no gato (Bolsonaro) e sacralizando o peixe (neoliberalismo), dizendo que a economia está essa tragédia generalizada com o tombo na bolsa de mais de 7% e o dólar, hoje, mais um recorde, na casa de R$ 4,46, por culpa de Bolsonaro, não do neoliberalismo.

Os Marinho também não se fizeram de rogados na hora de enterrar o ogro vivo, por “desrespeito à constituição”.

Aquela pessoa cheia de virtudes, como a Globo vendeu Bolsonaro, agora os Marinho, num surto memorialista, lembram a formação do capitão na ditadura e na sua trajetória de três décadas como deputado inútil para a sociedade e benéfico para o corporativismo militar, policial e miliciano.

É tocante ver tanta gente que, até dois dias, estava como Vera Magalhães atacando Bernie Sanders em prol de Trump, o herói de Bolsonaro, sendo atacada pesadamente pelo fundamentalismo bolsonarista por ter dado a notícia sobre o vídeo de convocação de Bolsonaro.

Mas não tem como não abrir um parênteses para um fato emblemático, vendo Guilherme Boulos dando uma aula de honradez na defesa de Vera Magalhães por ser atacada nas redes por fascistas. O mesmo Boulos de quem Vera, em 2016, pediu publicamente à Folha a sua cabeça, classificando-o de bandido.

O fato é que aquele fascista folclorizado no sentido romântico pela grande mídia, que desconsiderou todo o seu histórico de corrupção, defesa da ditadura e parceria com a milícia, formou um batalhão de bacamarteiros, agora, manda os mesmos que o paparicaram, sentarem o dedo no ominoso.

Trocando em miúdos, Bolsonaro virou cachorro morto e, como tal, todos querem chutar.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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E se essa onda chegar aqui? Mais de mil ex-promotores federais contra o secretário de Justiça dos EUA

No caso do Brasil, seria contra o Ministro da Justiça, Sergio Moro.

Mais de mil ex-promotores federais e ex-funcionários do Departamento de Justiça dos Estados Unidos assinaram uma petição em que pedem a renúncia do procurador-geral — cargo equivalente ao de secretário de Justiça — William Barr.

Eles acusam Donald Trump e Barr de “aberta e repetidamente” ignorar a imparcialidade na aplicação das leis.

A petição ocorre depois que Barr recomendou a redução da sentença sugerida a Roger Stone, operador da campanha de Trump e amigo pessoal do presidente americano.

Depois do episódio, quatro promotores envolvidos no caso pediram demissão em reação à recomendação do secretário de Justiça.

Não é isso que faz o capanga de miliciano Sergio Moro com o clã Bolsonaro?

Moro, que adora citar a justiça dos EUA, não comentou esse episódio.

 

*Da redação

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As sete mentiras da extrema direita

Uma prática comum da extrema direita consiste em alterar a percepção que temos do verdadeiro e do falso, promovendo o sentimento generalizado de insegurança, confusão em relação aos fatos, medo do futuro, enquanto direitos básicos são retirados.

A angústia que vivemos, espécie de atordoamento, ante o desmoronar de setores como engenharia nacional, petróleo, educação, ciência e tecnologia (Embraer vendida etc.) expressa não apenas a indignação que comungamos frente à canalhice toda, mas o fato de termos voltado ao Estado mínimo.

E brutalmente mínimo: Teto de Gastos, privatizações, mudanças na Previdência, cortes de direitos sociais, concentração brutal da renda, venda do patrimônio público (que pertence aos nossos filhos e netos), ausência de regulação das atividades das corporações internacionais e por aí vai.

Apenas mentiras e dissimulações são capazes de sustentar a política assassina de Temer e, agora, a do pinochetista Paulo Guedes. E como são várias mentiras, propomos pequenas reflexões sobre apenas sete, cada vez mais naturalizadas na fala cotidiana das pessoas.

1 – A eleição de 2018

Muitas dúvidas giram em torno da vitória de Bolsonaro em 2018. Não nos referimos à facada – aliás, parece-nos estranho que Adélio Bispo, no meio daquela multidão de anjinhos, tenha saído com vida após o atentado… –, mas ao uso escancarado da mentira naquela eleição, através da massificação de desinformação, do engodo e da calúnia para milhares de pessoas. Em junho de 2019, reportagem de Patrícia Campos Mello na Folha, revelava que empresas pró-Bolsonaro desembolsaram até R$ 12 milhões para garantir centenas de milhões de disparos nas redes sociais (em especial o WhatsApp) contra o PT. A questão é que além de pessoas terem sido enganadas com conteúdo veiculado (mamadeira de piroca, kit gay etc…), a proibição do financiamento público de campanha foi burlado por essas empresas que pagaram diretamente os disparos aos fornecedores, sem nada declarar à Justiça Eleitoral. Uma malandragem do poder econômico trapaceando quatro décadas de reconstrução democrática. A mensagem das eleições para a população é clara: não importam os meios para se chegar aos fins. Vale tudo.

2 – A eleição de 2016

Essa eleição suja que vimos ocorrer no país traz a marca de Steve Bannon, o espertalhão todo-poderoso de Trump, estrategista-chefe de seu governo em 2017, envolvido nas trapaças da Cambridge Analytica, reveladas no Guardian e New York Times, envolvendo a compra, análise e segmentação de dados publicados no Facebook por 80 milhões de usuários. Esse mapeamento possibilitou uma estratégia de direcionamento de conteúdo produzido extremamente eficaz. Não é o que explica, naturalmente, mas nos ajuda a compreender fenômenos bizarros como o Brexit na Inglaterra, a vitória de Trump nos Estados Unidos, ambos em 2016.

3 – A recuperação da economia

Enquanto a Globo blinda Paulo Guedes, é cada vez mais evidente a artificialidade da tese sobre a volta da confiança e o retorno dos investimentos nos Brasil. Os números do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), divulgados em 17.01.2020 e relativos a novembro de 2019, atestam declínio de – 1,2% na indústria, “um dos seus piores resultados, atingindo a maioria dos seus ramos, mostrando também disseminação do ponto de vista geográfico”. Segundo do IBGE, “71% dos parques regionais da indústria ficaram no vermelho, não poupando praticamente nenhum dos principais polos do setor”. A indústria em São Paulo registrou – 2,6% de atividade industrial, queda duas vezes mais intensa que o total do Brasil e seu pior resultado da série. No Rio Grande do Sul a queda foi de – 1,5%; e em MG de – 3,4% (leia mais). Apesar disso, a imprensa vem batendo tambor a Guedes, sem questionar a quem interessa essa política. Algo que os nossos economistas em 2016 já questionavam no livro “Austeridade para quem?” (leia aqui a íntegra).

4 – Guerra contra o Irã

Cavando sua reeleição neste 2020, Donald Trump vem promovendo sua guerra particular no Irã, após o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani. Conforme aponta Karen De Young, essa guerra nasce sob a suspeição de 73% dos norte-americanos preocupados com a possibilidade de envolvimento dos EUA em uma guerra de larga escala com o Irã. No Brasil, entretanto, assim que noticiada, a possibilidade de guerra ganhou apoio de Bolsonaro, num primeiro momento, eufórico com a oportunidade de exibir sua subserviência ao Império; depois, o presidente amansou, e ouviu a manifestação de espanto, inclusive de generais, contrários à ação norte-americana no Oriente Médio. Nesta quarta-feira, 29.01, o Governo brasileiro, ignorando as resoluções internacionais, exaltou o plano dos Estados Unidos para a região, afirmando que o plano “contempla as aspirações de palestinos e de israelenses”. Um verdadeiro escárnio.

5 – Briga entre Globo e Bolsonaro

Primeiro ponto a considerarmos nessa briga: a Rede Globo não age motivada por empatias ou antipatias, mas sob profundo espírito de classe, buscando assegurar privilégios e as negociações de sempre. Além disso, seu DNA nunca foi democrático. A Globo é autoritária e nunca respeitou a democracia neste país. Segundo ponto: não podemos dissociar (como eles querem que façamos) o autoritarismo do atual governo da agenda econômica, uma das mais violentas desde a redemocratização, chancelada pela Globo e pelas mídias responsáveis pelo golpe em 2016. Basta ligar a televisão, dia após dia, a imprensa brasileira enfia goela abaixo da população, tão marcada por carências básicas, a dramática redução de direitos afirmando que isso é o certo, o único caminho, a saída depois do descalabro dos governos petistas. Quer violência maior do que tirar a aposentadoria das pessoas, obrigando-as a trabalhar até os 70 anos de idade? Confinar a população a salários não corrigidos pela inflação e sem direitos trabalhistas? Qualquer imprensa que se nomeie imprensa sabe muito bem como é sólido o casamento entre esses veículos de comunicação e o autoritarismo. Enquanto servir, Bolsonaro está no páreo. Simples assim.

6 – Normalidade do Judiciário

Acompanhamos estarrecidos desde 2005, para nos situarmos apenas neste século, a contínua perseguição promovida por setores do Judiciário contra os governos do PT e suas principais lideranças. Perseguição que culminou no golpe de 2016, com participação central do sistema de Justiça do Brasil – seja pela omissão (em vários momentos o STF lavou as mãos, simplesmente), seja pela perseguição propriamente dita, com todo seu aparato ideológico garantindo os abusos que vimos e denunciamos. Ao mesmo tempo, essa mesma Justiça, movida pelo racismo institucionalizado quando não mata, condena milhares de jovens, contribuindo com verdadeira chacina da juventude negra das periferias. E estamos dando dois exemplos, poderíamos elencar vários outros, que revelam o quanto o nosso Judiciário, apesar da Constituição de 1988, vem garantindo a exploração do pobre pelo rico, do negro pelo branco, da mulher pelo homem.

7 – Vivemos numa democracia

Por fim, a mentira de que vivemos em normalidade democrática. E darei aqui apenas um exemplo, porque jamais poderá ser democrático um país que impede a ascensão de sua juventude à universidade pública, como estamos vendo, estarrecidos, na tentativa de desmonte do ENEM, SISU, Prouni… Além de antidemocrático é desumano impedir a ascensão do povo ao que lhe é de direito: a educação superior. E não tenhamos dúvidas, isso é parte de um projeto de privatização massiva no país – envolvendo setores cruciais como Educação, Saúde, Segurança Pública – e que jamais poderia ser verbalizado, porque se fosse, fora os malucos de plantão, ninguém teria votado em Jair Bolsonaro e no seu séquito de ministros assassinos de futuros, de sonhos, de oportunidades. E ainda se dizem defensores da família brasileira.

É muita hipocrisia. Cabe a cada um de nós desmascará-la.

 

 

*Joaquim Ernesto Palhares/Carta Maior

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Globo, que apoiou a precarização trabalhista e do SUS, diz que hospitais da China foram feitos por mão de obra escrava

Resumindo o contrato entre os americanófilos da Globo com os interesses ideológicos, mas sobretudo comerciais de Trump, a Globo tenta substituir o elogio a um país que constrói dois hospitais em poucos dias em um desastre humanitário.

Abre-se aí  um parênteses, o desastre humanitário, no caso, não é o coronavírus, mas sim a suposta mão de obra escrava dentro de um regime totalitário.

A Globo sendo a Globo. Se de um lado, ela, via Globonews, foi uma espécie de programa de auditório 24 horas por dia em prol do desmonte das leis trabalhistas, da PEC do fim do mundo que congelou por 20 anos os recursos da saúde e da educação, é uma entusiasta da privatização do SUS, como sonha Paulo Guedes, além de ter sido madrinha da bateria dos batuqueiros que ecoaram o som do fim da aposentadoria para os mais pobres, como ocorreu na reforma da Previdência.

A mesma Globo, agora, está compadecida com os escravos chineses, obrigados a um trabalho forçado na construção recorde de dois hospitais, o que está encantando o mundo que, segundo ela, só é possível em países sanguinolentos, totalitários.

O engraçado é que, mesmo nesses países totalitários, essa mesma ditadura comunista da China, quando comprou alguns milhares de toneladas de carne brasileira, fazendo o preço disparar no mercado interno afetando a economia com uma explosão inflacionária, a Globo se esqueceu de dizer que isso estava acontecendo porque Bolsonaro, o anticomunista de araque, tinha sido salvo justamente pelas exportações para a China, sem se preocupar se esta vive uma ditadura ou uma democracia, o importante era encher os bolsos dos pecuaristas e estes ganharem dinheiro como nunca e com os holofotes da Globo.

Como na guerra comercial entre China e EUA, a Globo é 100% Trump, mesmo sem saber o que aconteceria com o Brasil se o vírus causasse uma hecatombe econômica na China e afetasse diretamente as Havans da vida, empanturradas de bugigangas chinesas, a Globo cumpre seu papel olavista de elogiar a economia americana e os empregos de qualidade gerados por ela e, por outro lado, aproveitar o ensejo da construção dos hospitais para denegrir a imagem da China falando em trabalho escravo.

Por isso é sempre bom dizer que o que se ampliou no Brasil não foi a direita ou a extrema direita, mas o cinismo, a cara dura, a desavergonhada fala que se contradiz na fala seguinte sem que ninguém core a cara de pau. E esse é o caso da Central Única do Fascismo Nativo, Rede Globo de Televisão.

Não há hoje vírgula de pudor na forma com que a Globo produz seus balões, cria heróis e bandidos, isso ela faz até de improviso, mesmo que a língua de um comentarista tropece na do outro cinco minutos depois. O importante é fazer de conta que o errado que beneficia os ricos é o correto, e o correto que beneficia os pobres, seja o errado, porque na verdade, é disso que se trata a crítica da Globo na construção relâmpago de dois hospitais na China.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Video: Alguém imaginaria brasileiros tendo que gravar vídeo apelando a Lula ou a Dilma para serem resgatados na China?

Pois é isso que está ocorrendo agora com Bolsonaro e ele simplesmente não dá uma declaração sobre esse absurdo.

A Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) informa no seu site, em 29/01/2020, 06h15min: “Autoridades chinesas informam que até o momento, 132 pessoas morreram em decorrência do surto de coronavírus. O número de infecções confirmadas já chega a 5.974, com mais de mil pessoas em estado grave. A situação parece estar piorando cada vez mais no epicentro do surto, a cidade de Wuhan, que foi isolada. Autoridades da região dizem que hospitais estão lotados, com milhares de pacientes.

Ou seja, há 5 dias Bolsonaro tinha ciência da gravidade do caso.

Hoje, a questão ganhou uma dimensão ainda maior e os brasileiros resolveram gravar um vídeo onde imploram para que Bolsonaro, como Presidente da República, se disponha a protegê-los na situação de calamidade em que se encontram, apelando para que Bolsonaro resgate cidadãos brasileiros em terras chinesas.

Bolsonaro preferiu ficar mudo e não fazer qualquer comentário sobre o vídeo que viralizou nas redes sociais, blogs e grande mídia.

Temos que lembrar que isso ocorre poucos dias após Bolsonaro aplaudir Trump por ter deportado brasileiros algemados nas mãos e nos pés, num gesto típico dos piores sabujos da história desse país.

Este é Bolsonaro que se vende como patriota. Quem tem um patriota desse como presidente, não precisa de inimigo dos brasileiros e do próprio Brasil.

Alguém, em sã consciência, imagina Lula ou Dilma, enquanto presidentes, se comportando de forma tão desumana e sórdida com os brasileiros na China e tão servil a Trump? Esta é a grande diferença entre a esquerda brasileira e essa direita fascista que, na prática, apenas mostra uma esquerda humana e uma direita perversa.

Assista ao vídeo:

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro se cala sobre brasileiros deportados tratados como ratos em prisão nos EUA

O silêncio covarde do ministro da justiça, Sergio Moro, sobre cerca de 80 brasileiros que foram deportados dos Estados Unidos depois de serem mantidos em uma prisão denunciada pelas más condições no estado do Novo México, é vergonhoso.

Os relatos recebidos denunciam o tratamento desumano na prisão de Otero, como fornecimento de água amarela e uso de técnicas de “tortura mental”, como confinamento, que seriam utilizadas para convencer os detidos a não tentarem voltar aos Estados Unidos depois de deportados, não mereceu sequer um comentário no Twitter de Moro.

Enquanto faz marketing 24 horas por dia, no seu twitter, de olho na eleição presidencial de 2022, Moro faz de conta que um ministro da justiça não deve se meter em casos em que brasileiros são humilhados e algemados numa deportação covarde nos EUA.

Bolsonaro, para defender Trump, achou achou por bem comparar os brasileiros deportados e algemados a terroristas e Moro, se acovardar e fingir que nada disso aconteceu.

Na verdade, os dois, Moro e Bolsonaro, cada qual a seu modo, aplaudiram a primeira vez que houve uma deportação em massa de brasileiros nos EUA com a aprovação do governo brasileiro.

Bolsonaro afirma que jamais pediria a Trump para mudar o tratamento dado a deportados brasileiros.

Já o ministro da justiça, achou por bem se omitir enquanto estadunidenses podem entrar no Brasil a hora que quiserem e sem visto, e brasileiros são deportados dos EUA com algemas nos pés e nas mãos.

Reciprocidade é uma regra internacional, mas não para os sabujos Bolsonaro e Moro, para eles o que vale é ficar de joelhos para Trump.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas