O crime de Lula foi estar em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais
Essa é a conclusão que a chegamos ao deparar com o vazamento, pelo Intercept, das mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol.
Atrevo-me a afirmar que a Lava Jato foi, mais que uma polícia política dos fascistas, uma polícia eleitoral.
A direita criou um tribunal de justiça eleitoral a partir da república de Curitiba e dela se serviu à vontade.
E é essa república curitibana e toda a sua engrenagem que vem, dia após dia, sendo desmascarada pelo Intercept.
Tudo a partir de um comando secreto do então juiz do caso, Sergio Moro.
É esta a realidade política que o Brasil vive hoje.
Estamos diante de um dos maiores escândalos eleitorais via judiciário de que se tem notícia no mundo.
A isso a grande mídia classificou como “eleição legítima de Bolsonaro”.
Se a reputação de Moro e de toda a força-tarefa da Lava Jato está em ruína, Bolsonaro segue presidente, Moro, Ministro da Justiça e Segurança Pública e os procuradores seguem intocáveis pelo aparelho de justiça do Estado.
Por isso não há espaços para a hesitação. A aliança política entre Moro e Bolsonaro fundiu num só projeto de poder, uma farsa processual com uma farsa eleitoral.
E a toda essa farsa, nós brasileiros seguiremos assistindo.
*Por Carlos Henrique Machado Freitas