Mês: março 2020

Revoltada, população joga bosta de cavalo em Carreatas de bolsonaristas em Santa Catarina

Em Florianópolis, a população jogou bosta de cavalo nos carros que participavam da manifestação contra a quarentena e em apoio a Bolsonaro.

Em oposição à quarentena, manifestantes foram às ruas para uma carreata na tarde desta sexta-feira (27). Na Capital, o movimento foi estimulado pelo movimento “Conservadorismo Floripa”, e reuniu cerca de 20 veículos”, relata o blog Política Hoje.

O ato endossa o posicionamento de Bolsonaro, que afirma que o “povo quer trabalhar”. Em seu Facebook, Jair Bolsonaro compartilhou um vídeo das manifestações de Balneário Camboriú.

A proposta é isolar apenas as pessoas mais vulneráveis (idosos, asmáticos, diabéticos) e manter o restante da população em atividade normal.

Durante uma carreata, a população acabou jogando bosta de cavalo nos carros.

 

 

*Com informações do 247

Bolsonaro aos trabalhadores: sejam homens e não moleques, levem comida e vírus para suas famílias, porque todos vão morrer um dia

Bolsonaro, que quer a reabertura das igrejas porque templo é dinheiro, parte para o tudo ou nada em seu terrorismo econômico contra os trabalhadores mais pobres.

Logo ele que, em um ano de governo, só piorou a economia brasileira conseguindo um feito admirável, o de ter um resultado pior do que Temer. Isso não é pouca coisa.

Quem vê Bolsonaro falando sobre economia, imagina que o Brasil estava bombando quando, na verdade, caminhava para um PIB negativo em 2020, depois de apresentar, com reformas e tudo, um PIB ridículo de 1% e uma fuga de investidores recorde no Brasil.

Mas Bolsonaro é assim. Corrupto sistêmico, fez um esquema de laranjas e fantasmas durante três décadas com Queiroz e arrota combate à corrupção.

Faz pacto de sangue com a milícia e esbraveja que combate a bandidagem.

Trinta anos vivendo às custas do legislativo sem produzir um único projeto e se vende como “nova política”

Se elegeu entre tantas picaretagens, inventando facada, espalhando fake-news e sendo bancado por caixa 2, fazendo pacto com o vigarista Moro para prender Lula, pois, do contrário, ele ganharia, mas Bolsonaro arrota que foi eleito democraticamente nas urnas.

Então, Bolsonaro, que tem três filhos protegidos pela grana do Estado através dos seus mandatos, e o próprio como presidente, fora o esquema das rachadinhas, pode bater no peito e dizer sem corar que os trabalhadores têm que enfrentar o coronavírus como homens e não como moleques e levar o dinheiro da comida e o coronavírus para casa. Afinal, segundo ele, as famílias desses trabalhadores e os próprios vão mesmo morrer um dia.

Que diferença isso faz para um presidente que liberou de ajuda a banqueiros R$ 1,2 trilhão e não fez absolutamente nada para atenuar a fome e, consequentemente a disseminação do vírus nas camadas mais pobres da população?

Bolsonaro está desesperado porque sabe que a única forma de proteger a família de criminosos que tem, é estando no poder e, para continuar no poder, precisa proteger os lucros da elite. Então, que morram os familiares dos trabalhadores, contanto que os marginais do clã Bolsonaro não sejam levados aos tribunais e peguem anos de prisão por corrupção e, possivelmente por envolvimento em assassinatos.

Simples assim.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Vídeo: Para o Estado não gastar com os pobres, Bolsonaro vai baixar decreto para ‘quem precisar, voltar ao trabalho’

Questionado pela imprensa em frente ao Palácio do Alvorada sobre os detalhes do decreto, ele disse que vai “estudar” o que pode ser feito.

Jair Bolsonaro afirmou na tarde deste domingo (29) que teve um “insight” depois de visitar comércios no Distrito Federal e estuda “baixar um decreto amanhã”, autorizando o retorno às ruas de trabalhadores de todas as categorias, para que possam garantir o seu sustento em meio à pandemia de coronavírus.

“Baixar um decreto amanhã, todo e qualquer profissional, se for necessário para o sustento dos seus filhos, para levar o leite dos seus filhos, arroz e feijão para casa, vai poder trabalhar”, disse Bolsonaro.

Questionado pela imprensa em frente ao Palácio do Alvorada sobre os detalhes do decreto, ele disse que vai “estudar” o que pode ser feito.

“Eu acho que é justo um decreto desse. O cara ali que vai cortar grama, e se não cortar grama, não tem dinheiro para comprar o arroz e feijão das crianças, ele vai cortar grama, pô! Vai deixar a molecada morrer de fome?”, comentou.

Pela manhã, o presidente visitou Ceilândia, Taguatinga e Sobradinho, no DF. Cumprimentou trabalhadores informais e populares. Ouviu pedidos para reabrir os comércios e igrejas. Prometeu uma “guerra de liminares” com a Justiça, que vem derrubando as medidas do governo, que tenta manter espaços populosos abertos.

No sábado, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta pediu que Bolsonaro parasse de confrontar as medidas sanitárias recomendadas pela Pasta, que incluem o isolamento e o distanciamento social, além do fechamento das escolas, universidades e serviços não essenciais.

https://www.facebook.com/jairmessias.bolsonaro/videos/546037379661437/

 

 

*Com informações do GGN

Bolsonaro volta a defender uma coisa que jamais fez na vida, trabalhar

O cara é uma fraude compulsiva. Tudo indica que ele se contaminou com o coronavírus, pois não mostra o resultado do exame e nega a contaminação. A facada que nunca tomou, mostra uma cicatriz de outra coisa, mas não a do que inventou.

Agora, esse sanguessuga do Estado que nunca pegou no pesado, assim como os filhos delinquentes vampiros do Estado como o pai, volta a falar que os trabalhadores têm que se arriscar pelo bem do Brasil.

Como militar, o inútil, nem pintar árvore e meio fio pintou.

Enquanto militar, ele ficava na pista de atletismo para não fazer tarefa nenhuma designadas aos soldados. Foi expulso do exército por picaretagem em garimpos.

Depois, como vereador e deputado federal por sete mandatos, passou três décadas só sugando gostosamente das tetas gordas dos cofres públicos sem ter um único projeto aprovado na vida.

Sem dizer que sempre votou a favor dos privilégios de parlamentares e sempre fez a famosa parceria com Queiroz no esquema de corrupção da rachadinha com milicianos e parentes.

Para piorar, o escroque, que nunca trabalhou, pegou os três delinquentes que criou para, não só, virarem vampiros do Estado como parlamentares e ainda ampliar o braço da milícia no Estado, além do esquema de corrupção de fantasmas e laranjas.

É esse mesmo vigarista, que recebeu propina da JBS, inventou facada, escondeu seu exame positivo de coronavírus, que está saracoteando e infectando pessoas nas ruas, para que os trabalhadores voltem a fazer o que ele e seus filhos nunca fizeram na vida, trabalhar.

Assim, a burguesia volta a lucrar e mantém seu mandato e de seus filhos e o clã segue blindado da cadeia.

Como se vê no vídeo abaixo, o maníaco do vírus sabota medidas de precaução de seu próprio Ministério da Saúde no início da semana. A coisa é muito séria e sanitaristas preveem um salto na escalada galopante do contágio no Brasil.

Além de irresponsável, Bolsonaro, que nunca trabalhou na vida, é um assassino contumaz que tem sangue nos olhos.

Como disse Bernardo Mello Franco:

“Depois do coronavírus, impeachment pode ser pouco para Bolsonaro. Quando o presidente se torna uma ameaça à saúde pública, sabotando o combate à pandemia, seus atos devem ser levados aos tribunais”

https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1244268944820768769?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

A elite está sentindo na pele que dinheiro não gera riqueza, mas sim a mão de obra dos trabalhadores

Ver os adoradores do mercado, de joelhos, implorando para os trabalhadores voltarem a produzir, não tem preço.

O deus mercado nada pode fazer pelos ricos se os pobres não voltarem a botar a roda da economia para girar com sua mão de obra tão desvalorizada pelos “cidadãos de bem” desse país.

Claro, a primeira vítima do coronavírus no Brasil foi o “Estado mínimo”. A segunda vítima, com certeza, foi o próprio mercado, expondo sua fragilidade diante do que de fato gera riqueza, a mão de obra, o trabalho. Sem ele, como se vê agora, não há garantia de nada, principalmente da individualidade, porque o cálculo econômico não pode ser outro, senão o dos recursos humanos, sem o resultado de seu estudo, seu empenho, seu trabalho para gerar riqueza.

A frase, “dinheiro não dá em árvore” nunca fez tanto sentido como agora, logo essa frase que é um mantra das elites dos mercados, de quem suga de quem verdadeiramente produz riqueza, o trabalhador.

Não há como organizar o país, fazer discurso fácil que sempre privilegia uma parcela da sociedade sem a mão de obra dos trabalhadores, qualquer trabalhador da cadeia produtiva, do zelador ao engenheiro.

O que é central não é o mercado, mas o homem, o trabalhador, Isso em um país como o Brasil que vive a democracia de mercado, é um tapa na cara dos neoliberais, tanto que o colunismo lacaio dos banqueiros como Constantino, Augusto Nunes, J R Guzzo, Alexandre Garcia e outras tralhas, estão defendendo que os trabalhadores voltem ao trabalho nas ruas, nas empresas, sob o risco de serem infectados pelo coronavírus, mas eles mesmos trabalham em casa, protegidos, isolados, escrevendo seus artigos criminosos, blindados pelo isolamento.

Na verdade, é este o modelo vampirista que a elite quer. Por isso fez carreata e não passeata contra a quarentena, porque sabe que o contato humano, hoje, é um ato suicida.

Então, com seus carrões de mais de R$ 100 mil, que para o bom funcionamento, dependem dos mecânicos, borracheiros, frentistas e lavadores, foram para as ruas pedir para que os trabalhadores se exponham ao vírus, enquanto eles estão protegidos pelos vidros do carro.

Por que não vão eles e seus familiares trabalharem em suas próprias empresas? Assim podem mostrar como a meritocracia, que tanto martelam, é fabulosa. Assim, aproveitam para colocar a mão de obra dos trabalhadores em segundo plano.

Agora, os mais ricos da democracia do mercado estão dependendo dos mais pobres, porque não há como reinar o consumo se o trabalhador não produzir e o próprio não consumir. Falamos de uma dupla dependência escancarada com a quarentena, porque se o trabalhador voltar a produzir, mas se negar a consumir, o problema será maior, uma produção sem demanda. E sabe-se perfeitamente bem como foi a quebradeira de 1929 com o excesso de produção e a falta de consumo.

Em outras palavras, a elite vai ficar de joelhos rezando no milho para que a pandemia passe o mais rápido possível para que ela volte a explorar o trabalhador, tanto na produção quanto no consumo, porque é na exploração da mão de obra que ela tanto desvaloriza e hoje implora a sua volta, que ela enriquece, concentrando todo o resultado da riqueza em suas mãos.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

A mesma elite que produziu a miséria secular no país, agora está “preocupada com os miseráveis”

Quem quiser entender como Bolsonaro chegou ao poder, é só ver o comportamento da elite brasileira nesse exato momento, digo nesse exato momento, porque ela não faz outra coisa que não seja defender seus lucros a ferro e fogo.

A pandemia do coronavírus, no Brasil, segundo autoridades sanitárias, ainda não chegou no pico, o que está previsto para duas semanas. Quando isso ocorrer e a tragédia mostrar sua face mais cruel, com a desgraça se abatendo sobre o país, atingindo, inclusive, muitos da elite, veremos a elite fazer o que sempre fez.

Foi assim quando os que hoje fazem carreata pela volta ao trabalho elegeram Collor e, mais recentemente, quando votaram no corrupto Aécio que, derrotado, convocou a manada para derrubar Dilma em nome do combate à corrupção.

Hoje, não se encontra um sujeito que bata no peito e diga que votou em Aécio depois que foi escancarada, pela própria mídia que o apoiou, a propina que recebeu da JBS, com gravação em áudio e vídeo, com mala de dinheiro, revelando de forma inapelável quem é o vigarista.

O que provavelmente ocorrerá dentro de quinze dias será o silêncio dos que  defendem que os trabalhadores voltem a produzir, que os brasileiros voltem a consumir e que os empresários voltem a ter seus super lucros. Assim, os banqueiros voltam à atividade da agiotagem e os rentistas seguem especulando, como é da natureza dessa gente.

O problema é que a elite não combinou isso com o coronavírus, que tem arrastado não só pobres e cidadãos médios para o epicentro da tragédia, mas também ricos, milionários, políticos de peso e banqueiros, mesmo que em menor escala, mas ninguém está seguro em lugar nenhum, mesmo com todo o dinheiro do mundo.

O capitalismo é isso, uma máquina de ilusão. Não é à toa que cada vez mais especuladores se transformam em milionários da noite para o dia, por saberem como ninguém construir bolhas especulativas e delas se servirem como em um banquete.

Por hora, quem é minimamente responsável tem que parar de polemizar com esses abutres, cobrando do Estado uma posição imediata de salvação dos milhões de brasileiros que se encontram impossibilitados de trabalhar.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Quando Moro dizimou de 5 a 7 milhões de empregos no Brasil, a turma da carreata da morte o chamou de herói

Essa gente manjada da carreata da morte acha que não conhecemos a cara dela. Antes, esses aecistas, hoje bolsonaristas, tinham não só Moro e Aécio como heróis, mas também Cunha e até Temer.

Ou alguém já se esqueceu das faixas “somos milhões de Cunha” e aquela foto histórica da turma do MBL, PSDB, do clã Bolsonaro com Cunha em seu gabinete com uma faixa dizendo, “pelo Brasil livre da corrupção”?

Essa gente toda foi para as ruas pedir a cabeça de Dilma irmanada com um complô montado com Aécio que queria que o Congresso travasse todas as pautas do executivo, o que foi feito. Cunha passou a soltar uma pauta bomba por dia para explodir o orçamento do governo e Moro destruiu as maiores empreiteiras no Brasil, produzindo mais de 5 a 7 milhões de desempregados com a sua organização criminosa chamada Lava Jato.

Isso, sem falar que Dilma enfrentava o reflexo de uma crime mundial que jogou no chão os preços das commodities, mas sobretudo do petróleo, o que acabou gerando uma crise econômica que produziu um PIB negativo um ano depois do Brasil, com ela na presidência, viver o pleno emprego e o maior poder de compra do salário da história. Ou seja, Dilma foi covardemente sabotada com a ajuda luxuosa de Temer que, há pouco tempo, confessou o golpe contra Dilma no Roda Viva.

Alguém viu essa turma, que hoje se diz preocupada com a quebra da economia em função da quarentena, promovendo carreata da morte, reclamando de Aécio, Cunha e Temer pela sabotagem contra a economia? Não.

Se hoje, ao invés de Bolsonaro, Lula fosse o presidente, essa mesma pequena burguesia bugigangueira se manifestaria a favor de uma quarentena de um ano para prejudicar o governo de Lula. Alguma dúvida?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Racismo e covardia em plena pandemia: Bolsonaro admite que removerá quilombolas

No meio da pandemia do novo coronavírus, o governo Bolsonaro publicou uma resolução tomada por sete ministros que anuncia a remoção e o reassentamento de famílias quilombolas no Maranhão.

A medida poderá atingir 800 famílias de 30 comunidades dos descendentes de escravos que habitam a região desde o século 17. Não foi anunciada uma data para as remoções.

O documento, publicado no Diário Oficial de ontem (27), também confirma que o governo federal avançará por mais 12 mil hectares da região de Alcântara além da área já utilizada atualmente pelo CLA (Centro de Lançamentos de Alcântara).

O governo Bolsonaro quer abrir a possibilidade de exploração da base para diversos países, cobrando uma espécie de aluguel pela parceria.

Com os EUA, já assinou um acordo de cooperação no ano passado.

A resolução é assinada pelo general Augusto Heleno, ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), na condição de coordenador do CDPEB (Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro), criado em 2018 e remodelado em 2019.

O documento diz refletir o resultado da sétima reunião plenária do comitê, ocorrida no dia 4 de março.

O anúncio da medida causou um choque na comunidade quilombola de Alcântara. “Estamos perplexos com esta medida extremamente autoritária e que pode legar um futuro marcado por mais violações, como ocorreu na ditadura militar nos anos 1980 quando as primeiras famílias foram compulsoriamente deslocadas e a até hoje sofrem os impactos disso”, disse o cientista político Danilo Serejo, assessor jurídico do Mabe (Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara).

Do último ano da ditadura e até 1987, 312 famílias foram removidas de suas casas por ordem do governo.

A nova resolução diz que os quilombolas serão consultados em atendimento à Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Porém, ao mesmo tempo já informa que o governo fará as remoções e indica qual órgão público deverá cuidar de cada aspecto das mudanças.

O Ministério da Defesa, por exemplo, por meio do Comando da Aeronáutica, fará “a execução das mudanças das famílias realocadas, a partir do local onde hoje residem e até o local de suas novas habitações, incluindo o transporte de pessoas e semoventes [animais de criação]”. O Incra fará o “projeto de reassentamento”.

Caberá ao Ministério da Ciência e Tecnologia promover, por meio da Agência Espacial Brasileira e colaboração da área militar, determinadas “ações midiáticas do atual Centro de Lançamento de Alcântara e do futuro Centro Espacial de Alcântara, como forma de fomentar o turismo na região”. A resolução não explica quais são as “ações midiáticas” previstas.

Danilo Serejo disse que a medida é tomada “ao arrepio da lei e à margem de qualquer participação das comunidades”. “A comunidade não participa das discussões e reuniões desse comitê, tampouco foi informada das deliberações ali travadas.

Não temos assento no Comitê. A Resolução já dá o deslocamento de comunidade como certo. Gostaria de destacar isso, é extremamente grave esta postura do governo totalmente na contramão dos documentos internacionais de proteção à vida e aos direitos das comunidades quilombolas”, disse Serejo.

O Brasil é signatário da Convenção 160 da OIT, que prevê uma consulta prévia, livre e informada, e já introduziu a medida no seu ordenamento jurídico. Para os quilombolas, porém, o governo desconsiderou a Convenção. “Neste caso não houve qualquer consulta prévia junto às comunidades. O Brasil jás responde na OIT por uma reclamação que apresentamos em função do AST Brasil-EUA [acordo de salvaguardas]. Quando o governo nos nega o direito de consulta, e decide verticalmente sobre as nossas vidas, na prática nos rouba o direito de decidir sobre o nosso futuro. Reproduz, com isso, uma lógica que só encontra paralelo no Brasil Colônia, disse Serejo.

As medidas previstas na resolução contradizem várias declarações públicas de autoridades civis e militares do governo Bolsonaro nos últimos meses.

Em 10 de abril de 2019, por exemplo, o ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), um militar da Aeronáutica, disse a uma comissão da Câmara dos Deputados: “Quanto à pergunta sobre se haverá a expansão da área, devo dizer que não. A área estabelecida do centro é aquela já definida. Não existe uma questão de expansão”.

Em maio, a bancada do PSOL na Câmara encaminhou um pedido de esclarecimentos ao ministro. Em resposta, ele reafirmou que “não se pode afirmar que populações locais interessadas serão diretamente afetadas por ele [acordo]”.

Depois que foi revelado, em outubro de 2019, que havia todo um plano de comunicação já montado para convencer as famílias a permitirem as remoções, Pontes de novo compareceu a uma audiência no Congresso, em dezembro. Declarou na ocasião que as famílias seriam ouvidas em 2020 no caso de uma eventual remoção.

Em nota divulgada em outubro, o MCT disse que “a área atual do CLA é suficiente para as operações espaciais previstas para acontecerem após as etapas de aprovação do AST [acordo com os EUA]” pelo Congresso e “a estruturação do modelo de negócios do CLA”.

 

 

*Rubens Valente/Uol

Vídeos: Carreata do vírus leva chuva de ovos, vaia e panelaço

A carreata antiquarentena realizada por comerciantes e empresários na manhã deste sábado (28), em João Pessoa, desencadeou reações de indignação na população.

Em vídeos divulgados nas redes sociais, algumas pessoas xingaram, vaiaram, fizeram panelaços de protesto e chegaram até a jogar ovos nos carros.

Ainda é pouco. Essa gente que desfila pela propagação do coronavírus, imitando os desfiles da alta sociedade carioca em carnavais antigos, enfrentou a primeira reação da população. Mas está longe de se limitar a ovadas e panelaços.

Caso aconteçam outras manifestações em favor do coronavírus, em nome dos interesses de comerciantes e empresários, a reação contrária terá a temperatura aumentada e de forma legítima, porque estão na rua em prol dos lucros e da ganância tentando sabotar a quarentena e a vida de milhares de pessoas.

Isso, certamente não vai prestar.

https://youtu.be/Wf2PsQqP4Os

 

*Da redação

Imagem histórica: Médico e paciente apreciam luz do sol após um mês de isolamento em Wuhan

Foto se espalhou pelas redes sociais e foi considerada ‘a cena mais adorável em meio à pandemia’.

Imagine a sensação de ver o pôr do sol após quase um mês de isolamento em um leito de hospital. Esse momento foi registrado em uma foto em que o médico Liu Kai e seu paciente, um homem de 87 anos, aparecem apreciando da luz do sol após longos dias de confinamento. A cena emocionou usuários das redes sociais em todo o mundo.

O registro foi feito em Wuhan, na província de Hubei, epicentro da pandemia do coronavírus no mundo, no início do mês de março. Segundo o jornal China Daily, o paciente deu entrada no hospital em 9 de fevereiro. Ele precisou usar um respirador e não sentia vontade de falar com ninguém.

Após receber cuidados intensivos, o idoso apresentou melhora significativa. O médico Liu Kai contou ao China Daily que um dia, enquanto checava as condições do pulmão do paciente, notou a luz do sol entrando pela janela. Foi quando surgiu a ideia de levar o idoso para um passeio – e não houve resistência.

“Desde que viemos para Wuhan temos trabalhado sem parar. Eu também queria aproveitar a luz do sol por um instante. Mesmo que só tenhamos passado cinco minutos do lado de fora, o humor do paciente melhorou e ele adormeceu rapidamente assim que retornamos”, disse o médico do China Daily.

Rapidamente, a foto se espalhou pelas redes sociais e foi considerada por muitos internautas como “a cena mais adorável em meio à pandemia”.

 

 

*Com informações de O Tempo