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Na Lava Jato, Moro não cometeu erros, cometeu crimes referendados pela Globo

É bom que se diga o que precisa ser dito dando nome aos bois. Na Lava Jato, Moro não cometeu erros, cometeu crimes referendados pela mídia que hoje reclama do desmonte da farsa.

O papel, sobretudo da Globo, era carregar nas imagens das operações da Lava Jato como um seriado policial, assim falicitava que os editores do Jornal Nacional transmitissem uma informação confusa para ser confusamente entendida pela população brasileira.

Quem seria o novo pato da missa? Essa era a única pergunta que a mídia fazia aos lavajatistas de Curitiba para manchetear a farsa.

Todos os dias a Lava Jato indicava alguém para ser sacrificado pelas redações. A Vossa Excelência, Sergio Moro, foi uma fraude midiática.

Tinha virado hábito o brasileiro ligar no Jornal Nacional para saber quem era o “criminoso” da vez em que as luzes da Globo mirariam seus canhões.

Moro não era o juiz, mas o dono da grife Lava Jato. Escolheu a dedo seus capangas no MPF, assim como o doleiro Alberto Youssef.

Moro não só não escondeu sua relação com os Marinho, como usou sua força na Globo para intimidar o próprio sistema de justiça.

Todo santo dia tinha uma baforada de Bonner no JN salpicada de injúrias e difamações para assassinar a reputação de alguém do PT ou de alguma forma ligado ao partido.

Mas como se sabe, não há festa que dure para sempre e uma hora a Lava Jato acabaria e Moro perderia a aura de herói, como de fato aconteceu.

Sem seus compadres na mídia para dar ares de destemido paladino do combate à corrupção, a maquiagem de Moro começou a borrar.

Mesmo a Globo, não só ignorando os conteúdos da Vaza Jato do Intercept, mas criminalizando a fonte, a borreira escorreu na cara de Moro.

Quando o reverendo Moro virou ministro de Bolsonaro, selando o acordo pela cabeça de Lula por uma pasta, o troço azedou de vez.

O quadro foi pintado e revelou a imagem nítida de que tudo não passou de um conluio. Lula preso, Bolsonaro vira presidente e Moro, ministro.

Agora, a Globo, hospedeira do neofascista Moro, como juiz e como candidato à presidência, reclama que os tribunais estão anulando as suas sentenças que antes referendou.

O vento virou, Moro perdeu a condição de vulto máximo do heroísmo nacional na mídia. Agora, toda a culpa se volta contra ele e, mesmo não tendo ao menos disputado qualquer pleito eleitoral, é o político mais rejeitado entre os presidenciáveis. Isso é inédito na história da República.

Para a mídia, que despejava todas as honrarias a essa gigantesca fraude chamada Sergio Moro, só resta o palavrório e o ora veja.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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