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Mundo

Caos na Índia: O céu arde com cremações, diz repórter do New York Times

Os crematórios estão tão cheios de corpos que é como se uma guerra tivesse acontecido. O fogo das cremações queima o tempo todo. Muitos lugares estão realizando cremações em massa, dezenas de cada vez, e à noite, em certas áreas de Nova Délhi, o céu chega a arder.

Doença e morte estão por toda parte. Dezenas de casas no meu bairro têm pessoas doentes. Um dos meus colegas está doente. Um dos professores do meu filho está doente. O vizinho duas portas abaixo, à nossa direita: doente. Duas portas à esquerda: doente.

— Não tenho ideia de como peguei isso — disse um bom amigo que agora está no hospital, antes de sua voz sumir, doente demais para terminar a frase.

Ele mal conseguiu um leito. E o remédio que seus médicos dizem que ele precisa não é encontrado em nenhum lugar da Índia.

Estou sentado no meu apartamento esperando chegar a minha vez de ser infectado pela doença. É assim que a gente se sente agora em Nova Délhi, com a pior crise de coronavírus do mundo avançando ao nosso redor. O vírus está lá fora, eu estou aqui dentro e sinto que é apenas uma questão de tempo antes que eu também fique doente.

A Índia agora está registrando mais infecções por dia — cerca de 350 mil — do que qualquer outro país desde o início da pandemia, e esse é apenas o número oficial, que a maioria dos especialistas acredita ser subnotificado.

Nova Délhi, a extensa capital de 20 milhões de habitantes da Índia, está sofrendo um aumento desastroso do número de novos casos. Há alguns dias, a taxa de diagnósticos positivos de Covid-19 atingiu impressionantes 36% — o que significa que mais de uma em cada três pessoas testadas estava infectada. Há um mês, era menos de 3%.

As infecções se espalharam tão rápido que os hospitais ficaram completamente lotados. Pessoas são rejeitadas aos milhares. Os remédios estão acabando. O oxigênio que salva vidas também. Os doentes ficaram presos em filas intermináveis nos portões dos hospitais ou em casa, literalmente com falta de ar.

Embora Nova Délhi esteja sob quarentena, a doença ainda está se alastrando. Médicos em toda a cidade e alguns dos principais políticos da capital têm feito pedidos desesperados de socorro ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, nas redes sociais e na TV, implorando por oxigênio, remédios e ajuda.

Especialistas sempre alertaram que a Covid-19 poderia causar um verdadeiro caos na Índia. Este país é enorme — tem 1,4 bilhão de pessoas —, é densamente povoado e, em muitas regiões, é muito pobre.

O que estamos testemunhando é muito diferente do ano passado, durante a primeira onda de coronavírus na Índia. Antes, era o medo do desconhecido. Agora sabemos do que se trata. Conhecemos a totalidade da doença, sua escala e velocidade. Conhecemos a força terrível desta segunda onda, atingindo todos ao mesmo tempo.

O que temíamos durante a primeira onda do ano passado, e que nunca realmente se materializou, agora está acontecendo diante de nossos olhos: uma pane, um colapso, uma percepção de que muitas pessoas morrerão.

Como correspondente estrangeiro há quase 20 anos, cobri zonas de combate, fui sequestrado no Iraque e jogado na prisão em diversos lugares.

Isso é perturbador de uma maneira diferente. Não há como saber se meus dois filhos, minha esposa ou eu estaremos entre aqueles que terão um caso leve e depois recuperarão a saúde ou se ficaremos realmente doentes. E se ficarmos realmente doentes, para onde iremos? As UTIs estão cheias. Os portões de muitos hospitais foram fechados.

Uma nova variante conhecida aqui como “o mutante duplo” pode estar causando muitos danos. A ciência ainda é incipiente, mas pelo que sabemos, essa variante contém uma mutação que pode tornar o vírus mais contagioso e outra que pode torná-lo parcialmente resistente às vacinas. Os médicos estão muito assustados. Alguns com quem falamos disseram que haviam sido vacinados duas vezes e ainda estavam gravemente doentes, um péssimo sinal.

Então o que se pode fazer?

Tento ser positivo, acreditando que é um dos melhores impulsionadores da imunidade, mas me vejo vagando atordoado pelos cômodos do nosso apartamento, abrindo latas de comida e preparando refeições para meus filhos, sentindo como se meu corpo e minha mente estivessem virando mingau. Tenho medo de verificar meu telefone e receber outra mensagem sobre um amigo que está piorando. Ou pior. Tenho certeza de que milhões de pessoas já se sentiram assim, mas comecei a imaginar os sintomas: Minha garganta está doendo? E aquela dor de cabeça lá no fundo? Está pior hoje?

*Com informações de O Globo

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Saúde

Anvisa é desafiada pela Sputnik a fazer um debate público sobre a eficácia da vacina russa

Ainda hoje em coletiva global, Kirill Dmitriev, diretor do fundo que financiou o desenvolvimento da vacina Sputnik V, classificou a rejeição à importação do imunizante russo contra a Covid-19 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como resultado de uma possível pressão política externa “para não deixar a Sputnik entrar no país”. E ainda classificou a Anvisa como mentirosa e antiprofissional.

Pois bem, agora, o perfil oficial da vacina Sputnik V, da Rússia, no Twitter, desafiou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a realizar debate público sobre a eficácia do imunizante.

“Para salvar vidas no Brasil e seguindo as afirmações incorretas e enganosas da Anvisa, estamos convidando a Anvisa para um debate público perante a comissão competente do Congresso do Brasil”, publicou o perfil da vacina.

Em reunião extraordinária da diretoria colegiada da Anvisa, realizada na noite de segunda-feira, 26, a agência negou a importação, em caráter excepcional e temporário, da vacina russa Sputnik V.

A autorização excepcional e temporária para importação foi pedida pelos estados da Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Sergipe, Pernambuco e Rondônia. Esta liberação permite que os imunizantes sejam comprados, distribuídos e aplicados na população.

A decisão da Anvisa de não recomendar a importação da vacina russa Sputnik V pode colocar Antonio Barra Torres, presidente do órgão, na mira da CPI da Covid-19.

EUA pressionaram Brasil a não comprar a vacina russa

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS, na sigla em inglês) confirmou que o governo do ex-presidente Donald Trump pressionou o Brasil contra a aquisição da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V, e o Panamá contra o uso de médicos cubanos.

*Com informações do 247

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Política

Guedes diz que vacina americana que Bolsonaro não comprou é mais eficiente que a chinesa

Guedes diz que “chinês inventou o vírus” e ainda tem coragem de afirmar que a vacina americana que Bolsonaro não comprou, é mais eficiente que a da China, o que também deve ser objeto de investigação da CPI e explicar de onde veio essa informação, pois do contrário, terá que responder criminalmente por essa acusação como injúria e difamação, somado ao fato de produzir conflitos com a China, que é a fornecedora dos insumos para a produção das duas únicas vacinas que o Brasil tem, tanto da CoronaVac pelo Butantan quanto da vacina de Oxford, Astrazeneca, produzida pela Fiocruz.

Detalhe, Guedes foi vacinado com a CoronaVac.

Mas o fato mais estarrecedor é ele contradizer Bolsonaro que não quis comprar a vacina e ainda disse, como mostra o vídeo abaixo, que o brasileiro que tomasse a vacina da Pfizer viraria jacaré.

Vídeo fora do ar

Após a reunião, o Ministério da Saúde retirou o vídeo da página do Facebook da pasta e não deverá ser disponibilizado novamente.

Após Guedes ficar incomodado com a transmissão e pedir ao ministro da Saúde e presidente do conselho, Marcelo Queiroga, que ele não o divulgasse, Queiroga esclareceu que a reunião estava sendo transmitida para que a sociedade pudesse fazer contribuições.

Questionado sobre a retirada do vídeo do ar, o ministério da Saúde justificou, por meio de mensagem: “Deu um problema técnico, a transmissão estava sendo feita por celular/4G, caiu e não conseguimos reconectar”.

É esse tipo de gente que está conduzindo milhares de brasileiros todos os dias para o cadafalso e, por esse motivo, essa mesma gente, inclui-se aí Bolsonaro, tem que sofrer um impeachment a partir da CPI do genocídio.

*Da redação

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Saúde

Diretor de fundo russo chama Anvisa de antiprofissional e mentirosa por barrar Sputnik V no Brasil

Kirill Dmitriev também disse que pode ter havido pressão política externa para não deixar a Sputnik entrar no país, sem apresentar dados para isso.

Kirill Dmitriev, diretor do fundo que financiou o desenvolvimento da vacina Sputnik V, classificou a rejeição à importação do imunizante russo contra a Covid-19 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como resultado de uma possível pressão política externa “para não deixar a Sputnik entrar no país”.

O diretor, no entanto, não citou nomes de laboratórios concorrentes ou de autoridades para respaldar a sua afirmação. “A intervenção externa é um dos elementos-chave para esse comportamento [da Anvisa]”, afirmou.

Dimitriev falou aos jornalistas em uma entrevista coletiva global realizada na manhã desta terça-feira (27), um dia após a decisão da Anvisa. O pedido de importação do imunizante russo havia sido feito por governadores de dez estados (Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Sergipe, Pernambuco e Rondônia).

O diretor do fundo russo também chamou a Anvisa de antiprofissional e mentirosa ao divulgar, segundo ele, informações falsas sobre a Sputnik. Ele afirma que a vacina já foi aceita em 62 países e caminha para ser aprovada em Bangladesh.

Na análise do pedido de importação da vacina russa feita pelos governadores, os diretores e a equipe técnica da agência identificaram a ausência de dados mínimos e elencaram pontos críticos –como falhas no desenvolvimento que trazem incertezas sobre a segurança da vacina –para não aprovar o uso do imunizante.

“Um dos pontos críticos foi a presença de adenovírus replicante na vacina [que, por meio de modificação, não deveria se replicar]. É uma não conformidade grave”, disse o gerente-geral de medicamentos da agência, Gustavo Mendes. Segundo ele, isso pode ter impactos na segurança da vacina.

“O que esperamos de uma vacina de adenovírus vetor é que não tenha vírus replicante. E essa especificação [da empresa produtora] de permitir essa presença não foi justificada”, explica.

Segundo Mendes, o problema foi encontrado em todos os lotes apresentados da vacina para análise. Ao mesmo tempo, não foram apresentados estudos que garantissem a segurança nesse cenário.

Sobre a presença do vírus replicante, Dimitriev disse que a Anvisa não divulgou, em seu parecer, documento apresentado pela Rússia sobre um “sistema rigoroso de controle que não deixa passar esse vírus replicante na vacina”. “Temos os melhores sistemas de filtração de vacinas no mundo. Nossas análises apontam zero caso de trombose cerebral entre adultos que tomaram a vacina”, afirmou.

Os pedidos dos estados à agência foram feitos no fim de março com base na lei 14.124, que abre espaço para pedidos de autorização excepcional e temporária para importação e distribuição de remédios e vacinas contra a Covid sem registro ou aval no Brasil.

A legislação condiciona o pedido a requisitos, como o fato do produto ter sido aprovado por órgãos regulatórios de outros países, incluindo a Rússia.

*Com informações da Folha

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Política

Em nova derrota de Bolsonaro, TRF1 cassa liminar que impedia Renan Calheiros de ser o relator da CPI

O desembargador Francisco de Assis Betti decidiu que o tal juiz, que Carla Zambelli arranjou para impedir a relatoria de Renan Calheiros na CPI da Covid, não tem competência constitucional para isso e, por isso suspendeu a liminar na manhã desta terça (27) .

Renan Calheiros é o favorito para a indicação, que será feita pelo provável presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM). Na última 4ª feira (21.abr), o senador alagoano se declarou impedido de julgar casos relacionados ao Estado de Alagoas, onde seu filho, Renan Filho (MDB), é governador.

“Desde já me declaro parcial para tratar qualquer tema na CPI que envolva Alagoas. Não relatarei ou votarei. Não há sequer indícios quanto ao estado, mas a minha suspeição antecipada é decisão de foro íntimo”, disse Renan Calheiros, em sua conta no Twitter.

O suposto conflito de interesses foi um dos motivos para o juiz Charles Renaud Frazão de Moraes, da 2ª Vara Federal de Brasília, atender pedido da deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e vetar a possibilidade de Renan ocupar o cargo de relator e de votar na CPI, em decisão publicada na noite de 2ª feira (26.abr).

Nesse sentido, Renan Calheiros pode assumir a relatoria da CPI que investiga o genocídio provocado pelo Bolsonaro durante a pandemia de covid-19.

Renan Calheiros está totalmente livre de qualquer impedimento.

Nem começou a CPI e Bolsonaro já entra em campo derrotado, mostrando que ele pode aparelhar muita coisa nas instituições do Estado, mas não pode tudo.

*Da redação

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Política

Assista ao vivo: Senado dá início à instalação da CPI do genocídio

A comissão parlamentar de inquérito (CPI) que vai investigar as ações do governo e o uso de verbas federais na pandemia de covid-19 se reúne pela primeira vez nesta terça-feira (27), a partir das 10h. Com a instalação oficial, a CPI escolherá seu presidente, seu vice-presidente e seu relator.

A reunião teve início às 10hs no Plenário nº 3, na Ala Senador Alexandre Costa, e é semipresencial, com a possibilidade de participação dos membros da CPI em pessoa ou virtualmente. A eleição do presidente e do vice-presidente, que é secreta, será restrita aos que comparecerem no local.

https://youtu.be/pyTjnz751qE

*Da redação

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Política

Centro Gamaleya de Moscou afirma que Anvisa jamais solicitou visita ao local de fabricação da vacina russa

“A agência reguladora do Brasil [Anvisa] não me solicitou [a visita] na qualidade de diretor do centro, isso posso dizer com certeza”, afirmou o diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, Aleksandr Gintsburg.

O diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, Aleksandr Gintsburg, mostrou-se surpreso com a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de não recomendar a importação excepcional e temporária da vacina russa Sputnik V. Segundo Gintsburg, a Anvisa não solicitou nenhuma visita ao local de fabricação do imunizante contra a Covid-19.

“A agência reguladora do Brasil [Anvisa] não me solicitou [a visita] na qualidade de diretor do centro, isso posso dizer com certeza. O regulador argentino nos contatou e já os recebemos diversas vezes. Não negamos o acesso a ninguém, mas há determinadas regras, estas visitas são coordenadas com o Ministério da Saúde da Rússia”, afirmou Gintsburg.

Gintsburg disse acreditar que o motivo da agência decidir pela não autorização da vacina possa estar ligado às pressões políticas exercidas pelos Estados Unidos. “A decisão da Anvisa de adiar o registro da Sputnik V pode ser motivada politicamente. Isso é confirmado pelos dados do relatório do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos de 2020, que fala abertamente dos esforços do departamento de pressionar as autoridades brasileiras e forçá-las a recusar a compra da vacina russa”, destacou.

O Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) também ressaltou que os “comentários técnicos” da Anvisa sobre a Sputnik V “não correspondem com a realidade”.

Na segunda-feira (26), a Anvisa decidiu não recomendar a importação excepcional e temporária da vacina russa Sputnik V. A análise dos diretores justificou o posicionamento alegando falta de dados e risco de doenças por falhas na fabricação do imunizante.

*Informações do 247 com Sputnik

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Terceira via é miopia

A ideia de aproveitar caras novas num setor sórdido nunca deu certo.

Vez ou outra, eu dava um pulo no centrão de São Paulo para botar a prosa em dia com o Antônio Ermírio de Moraes. Saíamos para andar do jeitinho que ele gostava, de braços dados. Ele contava que a pior experiência da sua vida tinha sido se candidatar ao governo do estado. E dizia: “Não sei ser freira em bordel”.

A ideia de aproveitar caras novas para insuflar ar fresco num setor sórdido não é nova. E nunca deu certo. Acelera-se agora a corrida por um salvador da pátria, alguém que evite essa “escolha perversa”. Serve o Luciano Huck, mas serve também o Danilo Gentili —em breve, o Felipe Neto.

Os governadores famintos, sejam eles paulista ou gaúcho, também se oferecem. Ocorre que preparo para a Presidência requer 15 ou 20 anos de experiência profunda com deputados, juízes, polícia, povo. Significa comer muita empadinha no morro.

Por isso, Antônio Ermírio não era opção, Olavo Setubal foi um prefeito biônico que não deixou marca alguma e palhaços como Berlusconi e Sarkozy, ou mesmo o sério Bloomberg, maldizem o dia em que viraram terceira via.

Agora, com o sapo barbudo afiando a lâmina, a coisa entortou de vez. Ninguém imaginava mais um embate do PT com a direita.

Este país continua rodando no mesmo lugar há décadas. Somos agora o 85º no mundo em renda real per capita —com dólar a quase R$ 6— e éramos o 76º, com dólar a R$ 3, nos tempos do PT. Uma vergonha, tanto lá como cá. Parte dessa culpa é da elite, que sugou renda para si e financiou conservadores para lhes representar desde 1964. Emprestou uma bula simplória: fazer o bolo crescer para cada fatia ser mais gorda, para todos. O chamado “trickle-down economics”, que caducou desde a era “tech”.

O empresário costuma ser bom vendedor e ter uma inteligência lógica alta. Quase sempre com uma inteligência emocional e afetiva constrangedoras. Soa pitoresco achar que essa camada, de cultura rasa e visão política limitada, seja capaz de propor um candidato de terceira via.

Exemplo: 1.500 representantes da elite econômica demoraram mais de um ano para escrever um portentoso manifesto que sugere máscaras e distanciamento. Ora, em vez disso poderiam ter feito uma única reunião e dedicado exatos 11 dias de lucro das empresas da Fiesp e da Febraban para comprarem 500 milhões de vacinas. Em agosto do ano passado. Teriam gerado retorno de 20 vezes no PIB deste ano. Ou seja, falta até inteligência lógica-matemática.

Não é diferente quando empresários ovacionam o presidente, não precisando sequer do Zé Carioca da Havan como “cheerleader”.

O Brasil só tem uma solução: redistribuição de riqueza enquanto cresce e não depois. Seja por impostos sobre fortunas, seja por pisos mínimos de seguridade social. Este é um país que precisa de caminhos socializantes, no sentido europeu.

Quem ainda usa o termo comunista é um Neandertal —não existe mais um sequer no Brasil, nem no PSOL. Comunista é a China, que tem 150 cidades novas e modernas com 1 milhão de pessoas cada, pobreza em queda vertiginosa e uma economia que irá desbancar os EUA como a maior das potências.

Os mais desinformados acham que o PT inventou a corrupção e querem evitar a sua volta. Foi, sim, uma decepção imensa o PT, ou o PSDB, terem sido covardes e persistido na tentacular corrupção que já existia —mas que continuou inalterada desde então, ainda hoje com o Centrão S/A Balcão de Negócios no poder absoluto.

O governo atual vai se beneficiar da recuperação econômica que virá em 2022, polarizando com o PT. Fica a sugestão para colegas de elite: hora de repensar se o antiquado urdimento de uma terceira via ainda é uma estratégia inteligente. Afinal, tem como colocar um candidato modernizante sem se acertar com os partidos mais corruptos do país, dando ministérios em troca —onde poderão roubar à vontade? Isso é melhor do que o PT? em que sentido?

Querem morar numa Índia ou Nigéria e esquiar na Suíça ou finalmente terem orgulho de um país que avança? Proteger o seu capital é tirar pirulito dos pobres —nós, do dinheiro, fomos ironicamente muito bem durante a pandemia. Usem uns óculos de modernidade, gente: o Brasil é hoje um dos lugares mais chatos do planeta, mas colocar um animador de auditório não vai mudar nada.

*Ricardo Semler/Folha – Empresário, sócio da Semco Style Institute e fundador das escolas Lumiar; ex-professor visitante da Harvard Law School e de liderança no MIT (EUA)

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Política

Ou a CPI do genocida chega no impeachment de Bolsonaro ou não servirá para nada

O que começa a ser investigado hoje no Brasil pela CPI do Senado não é exatamente uma investigação, mas um replay de tudo o que o país assistiu de mais absurdo que um sujeito poderia cometer contra os brasileiros.

Não há sequer na história do Brasil um bandido, por mais cruel e facínora que pudesse ser, que tivesse cometido 1% de crimes documentados pela mídia, ao vivo e a cores, que não tenha custado a vida de centenas de milhares de brasileiros.

As declarações, os gestos, a ousadia, o desrespeito às leis, à saúde publica ou a qualquer norma de civilidade, foram escrachados por Bolsonaro. Uma mistura de esculhambação com anarquia delinquente e selvagem de um sujeito que criou suas próprias leis e regras, como é característico em líderes de milícias, esquadrões da morte e grupos de extermínio.

Quem diz que não há surpresa nos atos de Bolsonaro, mente. Ele superou e muito toda e qualquer a expectativa negativa que se tinha dele do ponto de visto da crueldade, da frieza, do desprezo pela vida alheia, por pura diversão, aquela diversão sarcástica de gente ruim.

O problema maior é que Bolsonaro não é um brasileiro qualquer, é o presidente da República que tem possibilidade de usar as instituições do Estado para fazer um estrago no povo brasileiro, e o fez sem só nem piedade.

A crueza de seus atos macabros foram listados por seu próprio governo que estão longe de se limitarem a 23, como sugere a lista de crimes distribuídas aos ministérios. Bolsonaro, praticamente, cometeu crime todos os dias em que esteve à frente da presidência, muitos deles com o auxílio luxuoso de Moro na pasta da Justiça e Segurança Pública, o mesmo que transformou Bolsonaro em presidente utilizando os métodos mais criminosos que poderia um juiz canalha.

Então, não há o menor sentido pensar em qualquer hipótese que não seja um desfecho trágico a quem produziu tanto sofrimento, tantas mortes que deixarão uma sequela na sociedade brasileira cem vezes maior, em termos de horror, do que a própria ditadura militar e a sua monstruosidade.

O número de vítimas e o deboche com a dor dos brasileiros é um escárnio que não se viu nem nos piores regimes da história da humanidade. Nenhum facínora de regimes totalitários foi capaz de tamanho proselitismo de suas políticas de extermínio diante dos canais de imprensa.

Bolsonaro, além de tudo, tem a doença do narciso, característica de um psicopata que deve ser imediatamente privado de qualquer tipo de contato com a sociedade.

Se pegar cena por cena de tudo o que ele fez para chegar a essa tragédia sanitária e com o prazer sádico, só se chega a uma conclusão, a CPI tem que agir rápido como uma operação de guerra, propor o impeachment de Bolsonaro para cassar seu mandato e que, em paralelo, um processo judicial corra na mesma velocidade para que ele saia do Palácio do Planalto algemado e preso, pois esse sujeito não é gente, que fará presidente da República.

Por tudo isso, não pode haver um vacilo na CPI que permita, sob qualquer hipótese, que esse monstro não sofra todas as sanções possíveis que a sociedade tem como instrumento de defesa para lidar com bandidos sanguinários da cepa de Bolsonaro.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Pacheco diz que Senado não vai cumprir decisão de juiz do DF sobre impedir Renan Calheiros de relatar CPI

Uma clara derrota, mais uma de Bolsonaro que tenta a todo custo tirar Renan Calheiros da relatoria da CPI da Covid, ou seja, quanto mais Bolsonaro mexe, mais fede.

Presidente da Casa vê incompetência de Justiça do Distrito do Federal para dar liminar sobre o tema.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não vai cumprir a decisão de Charles Morai, da 2ª Vara Federal do Distrito Federal.

O juiz concedeu uma decisão liminar (provisória) para impedir que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) seja nomeado o relator da CPI da Covid nesta terça-feira (27).

Para Pacheco, não compete à Justiça do DF tomar tal decisão.

“Trata-se de questão interna corporis do Parlamento, que não admite interferência de um juiz”, afirma.

A escolha do relator da CPI não é do presidente do Senado, mas sim do presidente da comissão.

*Com informações do Painel/Folha

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