Mês: março 2022

Zelensky é o novo Moro da mídia brasileira

Aqui no Brasil, Zelensky se transformou no novo Sergio Moro. A GloboNews virou uma máquina de propaganda imperialista.

A grande mídia brasileira, que hoje é parte da oligarquia nativa, passou a ter raiva de oligarca? É isso mesmo, produção?

A GloboNews virou uma maquina de propaganda imperialista. Quanto de grana custa isso? Quanto os Marinho estão faturando?

Na Globo, o rico americano é retratado como bilionário bem sucedido, fruto de sua competência. Rico russo, é oligarca ligado a Putin.

Os EUA criaram uma guerra contra a Rússia sem usar um único soldado e sem colocar em risco um único cidadão americano.

Essa propaganda americana da Globo só mostra que sua campanha contra Dilma e Lula foi comandada pelos EUA.

Toda essa campanha russofóbica que estamos assistindo no Brasil, é comandada pelos mesmos atores do antipetismo de guerra.

Biden abre diálogo com a Venezuela para melar a relação de Putin com Maduro. Agora, a Globo é Maduro desde criancinha.

Impressiona como o imperialismo americano comanda totalmente os países da Europa. Isso explica o massacre covarde dos terroristas de Israel na palestina, isso sem qualquer crítica dos presidentes europeus, que fará qualquer sanção.

Essa guerra entre Rússia e Ucrânia escancara que o imperialismo americano é muito pior e mais perigoso do que se falava. Hitler certamente teria inveja.

Biden empurrou uma nação inteira para a morte usando os ucranianos como bois de piranha numa guerra inventada e comandada por ele.

É doloroso ver crianças, idosos, mulheres ucranianos, ou seja, o povo como um todo sofrendo com essa guerra de Biden, e ele usando isso como moeda política dentro do próprio EUA.

O que está claro é que Biden fez acordo com os nazistas para usar o povo ucraniano como bucha de canhão contra a Rússia.

Mais de 1,5 milhão de ucranianos fugiram do país numa guerra criada pelos EUA. O povo americano, seguro em casa, dorme o sono dos justos.

A pergunta que de faz é se essa guerra será capaz de reverter o derretimento de Biden que tem mais de 55% de rejeição.

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Governo tem cinco dias para explicar ida de Carlos Bolsonaro à Rússia

Além de notificar Câmara de Vereadores do Rio, STF quer informações relacionadas a gastos e agenda do filho do presidente.

O Palácio do Planalto tem cinco dias para explicar a presença do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) na comitiva presidencial que esteve recentemente na Rússia.

As explicações foram pedidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e atendidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, a Presidência da República deve apresentar todas as condições relacionadas à presença do filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) na comitiva.

As informações devem incluir a agenda cumprida pelo vereador, além de eventuais gastos e diárias pagas. A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro também deve informar se Carlos Bolsonaro solicitou licença para realizar a viagem.

O pedido de investigação foi feito dentro do inquérito das milícias digitais pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede). As investigações apuram a atuação de grupos que buscam usar a Internet para atacar a democracia e promover desinformação.

*Com GGN

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Ex-premiê ucraniano: OTAN planejava iniciar guerra mundial contra Rússia com uso de armas nucleares

Nikolai Azarov, ex-primeiro-ministro da Ucrânia, disse que a Rússia decidiu restaurar ordem na Ucrânia para evitar uma terceira guerra mundial e um ataque ao seu território.

“Para evitar uma terceira guerra mundial e um ataque à Rússia com uso de armas nucleares, o governo russo tomou a decisão de controlar esta situação e restaurar a ordem na Ucrânia”, escreveu ele em sua conta no Facebook.

De acordo com o ex-premiê, as tropas ucranianas sob a liderança de batalhões nacionalistas estavam se preparando para iniciar uma operação militar em Donbass em 25 de fevereiro.

“Um dia antes do início da guerra para aniquilamento da população de língua russa no Donbass, foram tomadas decisões marcantes. Sob o controle dos batalhões nacionalistas, o Exército ucraniano estava se preparando para iniciar uma operação no Donbass em 25.02.22”, afirmou Azarov.

Além disso, ele disse que no verão de 2022 [inverno no Hemisfério Sul] a OTAN planejava acordar a introdução de forças na Ucrânia e até o fim do ano provocar um conflito nuclear com a Rússia.

“Desde dezembro de 2021, a Rússia recebia dados sobre os planos da OTAN de implantar no território da Ucrânia quatro brigadas militares (duas terrestres, uma marítima, uma aérea). Além do mais, a brigada aérea tinha capacidade de transportar ogivas nucleares. A OTAN queria chegar a um acordo sobre essa implantação de tropas na reunião do Conselho de Segurança da ONU no verão de 2022. Então, muito provavelmente até o final do ano, eles provocariam um conflito e lançariam uma ação militar em larga escala contra a Rússia usando armas nucleares.”, concluiu ex-ministro ucraniano.

 - Sputnik Brasil, 1920, 02.03.2022

Lavrov sobre possibilidade de guerra nuclear: melhor perguntar a Biden

A Rússia começou a operação militar especial de “desmilitarização e desnazificação” da Ucrânia, em 24 de fevereiro, por ordem do presidente Vladimir Putin, após ter reconhecido oficialmente a independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. O passo da Rússia provocou uma onda de sanções dos países ocidentais contra Moscou em todos os setores.

*Com Sputnik

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Vídeo: Mamãe Falei é a própria síntese da terceira via

Primeiro, temos que entender de onde vem essa história da terceira via, e não vem de longe, pois é uma segunda tentativa de emplacar a tal frente ampla. O mote é o “combate à corrupção”. O objetivo é reorganizar os interesses da burguesia nativa.

Segundo Diogo Mainardi, dono do blog Antagonista, Moro é a própria reencarnação da terceira via, estão aí incluídos o MBL, mas principalmente o deputado estadual pelo Podemos, Arthur do Val, mais conhecido como Mamãe Falei, que é o candidato de Moro ao governo de São Paulo. Ou seja, o estado mais rico do país.

Então, que fique claro que, para Moro, Mamãe Falei é peça chave para a sua ambiciosa e pouco provável eleição para a Presidência da República.

Somado a eles, tem um outro braço da chamada terceira via, que é o Vem pra Rua. Numa escala mais próxima da realidade, a terceira via não passa de uma segunda via do bolsonarismo.

Essa gente toda junta, de alguma forma, ajudou a levar Bolsonaro à presidência, aplaudindo todas as suas práticas, incluindo aí uma das facetas mais marcantes do fascismo do mito, a misoginia.

A agressividade com que Mamãe Falei se dirigiu ao padre Lancellotti, que não mereceu qualquer reprimenda de Moro, é das coisas mais repugnantes que já se viu.

A notinha de Moro no twitter, dizendo-se indignado com a atitude de Mamãe Falei na Ucrânia, é pura balela.

Moro sabe muito bem quem são os tontos do MBL. Foi ele que, dias atrás, disse que Kim Kataguiry cometeu uma gafe verbal quando, no programa de Monark, fez coro com o apresentador pela legalização do nazismo no Brasil.

O que precisa ser colocado de maneira bem clara é que este não é um fato isolado, muito menos surpreende a revelação do próprio Mamãe Falei, de que o dono do MBL, Renan dos Santos, tem por hábito viajar pela Europa para fazer turismo sexual.

O fato é que nada disso ocorreria nesse país se não fosse aquela torrente de ódio sedimentada durante anos pela mídia contra o PT, Lula e Dilma para devolver o poder à burguesia.

O vídeo abaixo, gravado pouco antes de vazar o áudio em que Mamãe Falei disse “que as mulheres ucranianas são fáceis por serem pobres”, mostra com bastante clareza de que tipo de podridão política essa gente se alimenta.

Neste vídeo aparece o turista sexual, Renan dos Santos e o Mamãe Falei contando as proezas da odisseia do dois fascistas na Ucrânia depois de arrecadarem no Brasil quase R$ 200 mil em doações para posar ao lado de coquetéis molotov.

Tanto Mamãe Falei quanto Renan dos Santos estão acabados politicamente. Mas não resta dúvida que também se transformaram na última pá de cal da moribunda campanha do candidato à presidência pela terceira via, Sergio Moro.

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Jamil Chade: Carta para Arthur do Val: a condição feminina na guerra e na paz

Senhor Deputado

Confesso que não conhecia seu nome, e nem sua denominação de guerra. Mas os áudios indigestos que vazaram com seus comentários sobre a situação na Ucrânia me obrigaram a escrever aqui algumas linhas sobre o que eu vi em campos de refugiados e filas de pessoas desesperadas para escapar da guerra e da pobreza ao longo de duas décadas.

Não estou acusando o senhor e sua comitiva do que estará exposto abaixo. Mas considero que, sem entender essa dimensão do sofrimento humano, fica impossível justificar uma viagem como a que o senhor faz para ajudar a defender um povo.

Ao longo da história, a violência sexual é uma das armas de guerra mais recorrentes para desmoralizar uma sociedade. Ela não tem religião, nem raça. Ela destrói. Demonstra o poder sobre o destino não apenas das vidas, mas também dos corpos e almas.

Percorrendo campos de refugiados em três continentes, o que sempre mais me impressionou foi a vulnerabilidade das mulheres nessa situação.

Mas, antes, vamos ser claros aqui. Não precisamos sair do Brasil para saber que as mulheres, simplesmente por serem mulheres, precisam passar a vida se explicando. Como se necessitassem de chancela ou justificativa para determinar o destino de seu corpo ou coração, se podem trabalhar ou ter tesão. Intolerável, não?

Então, o senhor pode imaginar o que isso significa em tempos de guerra, onde a lei e a moral são suspensas?

Conheci certa vez uma garota yazidi. Ela me contou como, depois de sua cidade ser tomada por islamistas, ela foi transformada em escrava sexual. Aqueles olhos verdes intensos se enchiam de lágrimas quando contava que, num calabouço, ela e as demais meninas se dividiam em dois grupos.

Aquelas que rezavam para sobreviver e aquelas que rezavam para morrer logo.

Ela também me contou que, num ato de solidariedade com as outras mulheres que viriam depois delas, foi iniciado um gesto espontâneo de escrever mensagens nas paredes daqueles quartos imundos, inclusive com dicas de como agir. Escreviam com a única cor que tinham. O vermelho do sangue de suas vaginas estupradas.

O senhor me diria: claro, isso é coisa de terrorista islâmico. Sim, sem dúvida. Mas quero lhe contar o que investigações e auditorias revelaram em um local mais próximo de nós: o Haiti.

Ali e em outros locais onde estão destacadas, as tropas de paz da ONU – repletas de moral, credibilidade e protocolos – foram acusadas de estupro e de abusos com mulheres, meninas e meninos. Alguns, em troca de comida. Num caso específico, um garoto era semanalmente estuprado por oficiais, em troca de bolachas. Há até mesmo uma categoria de crianças hoje nesses países, “os filhos da ONU”.

Na Sérvia, num barracão onde eram depositados os refugiados que aguardavam para chegar até a Europa Ocidental, conheci uma mulher que não falava. Sua irmã, depois, veio me explicar que ela ficou muda depois de ter sido estuprada pelo “guia” que seus pais tinham contratado na Turquia para que elas cruzassem as fronteiras. Para pagar pelo guia, os pais venderam as únicas coisas que tinham: uma casinha e dois animais.

Em Dadaab, no Quênia, entendi toda a minha ignorância quando fui perguntar para um grupo de crianças do que elas tinham mais medo. Achei que a resposta seria: as bombas de Mogadíscio. Mas era do escuro do campo de refugiados. Quando pedi para saber o motivo, uma delas sussurrou: “não podemos nem ir ao banheiro pela noite. Um homem pode fazer coisas ruins com nosso corpo”.

Anos depois, voltei a viajar para a África. Da janela do avião a hélice em que eu voava, podia ver como um garoto usava um pedaço de galho para tentar dirigir o destino de vacas e outros animais. Enquanto ele conseguia dar direção ao gado, algumas reses escapavam um pouco adiante.

Do assento em que eu estava, quase não consegui ouvir quando o piloto se virou para trás e, competindo com o barulho do motor, gritou que estávamos iniciando a aterrissagem. Jamais imaginaria que, minutos depois, era sobre aquele local de terra de onde o garoto estava retirando os animais que o avião iria pousar. O que de fato eu tinha visto era a preparação da pista de pouso.

Eu tinha viajado para um lugar a oeste da cidade de Bagamoyo, na Tanzânia, para escrever sobre o impacto da Aids numa das regiões mais pobres do planeta. Mas seria naquele local que eu descobriria, de uma maneira inusitada, a dimensão do drama de imigrantes e refugiados. Ao longo dos anos, visitei campos de refugiados na fronteira do Iraque, entre o Quênia e a Somália, em Darfur, na rota entre a Turquia e a Europa. Vi milhares de pessoas sem destino. Mas, nas proximidades de Bagamoyo, aquela história era diferente. Oficialmente, não havia uma guerra. Não havia um acampamento de refugiados. Mas eu logo descobriria que nem por isso o desespero deixava de estar presente naquela população.

Eu fazia uma visita a um hospital e esperava para falar com o diretor. Por falta de médicos, ele fora chamado para fazer um parto. Sabia que aquilo significava que eu passaria horas ali, à espera de minha entrevista. Restava fazer o que eu mais gostava nessas viagens: descobrir quem estava ali, falar com as pessoas, perambular pelo local, ler os cartazes e simplesmente observar. No portão do centro de atendimento, centenas de mulheres com seus véus coloridos aguardavam de forma paciente. Tentavam afastar as moscas, num calor intenso, enquanto o choro de crianças rompia os muros descascados daquela entrada de um galpão transformado em sala de espera.

Ao caminhar para uma das alas, fui barrado. Os enfermeiros me pediram que não entrasse no local. Quando perguntei qual era a especialidade daquela área, disseram que não podiam revelar. Em partes da África, o preconceito e o estigma em relação aos pacientes de Aids obrigam os hospitais a não indicar nem em suas paredes o nome da doença. Decidi sair do prédio em ruínas e, num dos pátios do hospital, vi duas garotas brincando.

Não tinham mais de 10 anos de idade. E o único momento em que olharam para o chão, sem resposta, foi quando perguntei o que faziam ali. Mas a curiosidade delas em saber o que um rapaz branco, com um bloco de notas na mão e uma câmera fotográfica, fazia lá era maior que sua vontade de contar histórias. Desisti de seguir com minhas perguntas. Expliquei que era jornalista brasileiro e, para dizer meu nome, mostrei um cartão de visita, que acabou ficando com elas.

Quando iam responder à minha pergunta sobre os seus nomes, nossa conversa foi interrompida por uma senhora que, da porta do hospital, me avisava que o diretor já estava à disposição para a entrevista. Deixei aquelas crianças depois de menos de cinco minutos de conversa. Já caminhando, virei e disse uma das poucas expressões que tinha aprendido em suaíli: kwaheri – “adeus”. Ganhei em troca dois enormes sorrisos.

Terminada a entrevista com o diretor do hospital, confesso que nem sequer notei se as meninas continuavam ou não no pátio. Estava ainda sob o choque de um pedido do gerente da clínica, que, ao terminar de me explicar o que faziam, me perguntou se eu não poderia deixar para eles qualquer comprimido que tivesse na mala. Qualquer um. Até mesmo se o prazo de validade já tivesse expirado.

Alguns meses depois, já na Suíça, abri minha caixa de correio de forma despretensiosa ao chegar em casa. Num envelope surrado e escrito à mão, chegava uma carta de Bagamoyo.

Pensei comigo: deve ser um erro e a carta deve ter sido colocada na minha caixa por engano. Eu não conheço ninguém em Bagamoyo. Mas o envelope deixava muito claro: era para Jamil Chade.

Antes mesmo de entrar em casa, deixei minha sacola no chão e abri o envelope. Uma vez mais, meu nome estava no papel, com uma letra visivelmente infantil. Eu continuava sem entender. Até que comecei a ler. No texto, em inglês, quem escrevia explicava que tinha me conhecido diante do hospital e que tinha meu endereço em Genebra por conta de um cartão que eu lhe havia deixado.

Como num sonho, as imagens daquelas garotas imediatamente apareceram em minha mente. Mas o conteúdo daquela carta era um verdadeiro pesadelo. A garota me escrevia com um apelo comovedor. “Por favor, case-se comigo e me tire daqui. Prometo que vou cuidar de você, limpar sua casa e sou muito boa cozinheira.” A carta contava que sua mãe havia morrido de Aids – naquele mesmo hospital – e que seu pai também estava morto.

Cada um dos oito filhos fora buscar formas de sobreviver e ela era a última da família a ter permanecido na empobrecida cidade. “Preciso sair daqui”, escrevia a garota. A cada tantas frases, uma promessa se repetia: “Eu vou te amar.”

Uma observação no final parecia mais um atestado de morte: “Com as últimas moedas que eu tinha, comprei este envelope, este papel e este selo. Você é minha última esperança.”

Deputado, talvez o senhor classificaria essa pessoa no grupo de “meninas fáceis”. Eu, porém, chorei de desespero e de impotência diante daquele pedido de resgate.

Eu e o senhor- homens brancos – nascemos como a classe mais privilegiada do planeta. Eu e o senhor não tivemos de fazer nada para adquirir esses privilégios. Existimos.

É nossa obrigação, portanto, desmontar o processo de profunda desumanização de uma guerra e da miséria. Cada um com suas armas.

Não sei qual será o destino que a Assembleia Legislativa em São Paulo, seu partido e seus eleitores darão ao senhor. Qualquer que seja ele, só espero que esse episódio revoltante sirva para que haja alguma insurreição de consciências sobre a condição feminina. Na guerra e na paz.

Grato pela atenção

Jamil Chade

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O Antropofagista nunca precisou tanto de apoiadores como agora

O momento exige de nós aquilo que Guimarães Rosa proclamou, “A vida… o que ela quer da gente é coragem”.

É com esse espírito, diante das novas realidades que nós brasileiros enfrentamos, é que estamos promovendo mudanças que consideramos decisivas para o enfrentamento objetivo desse estado de coisas porque passamos.

O bom senso nos trouxe a consciência de que não há como reivindicar uma sociedade mais justa num momento em que as desigualdades gritam, acolhendo em nosso blog publicidades, através de monetização, de empresas ou até de pessoas que compram esse espaço em um leilão, sem que possamos escolher que tipo de publicidade permitimos ou não em nosso blog.

É uma nova técnica contemporânea de utilizar o próprio espaço dos críticos do sistema para utilizá-lo a modo e gosto do freguês. Isso, praticamente tira a personalidade do nosso trabalho.

Diante dessa realidade que gera algum tipo de recurso para a manutenção do blog, o Antropofagista está se organizando para, independente do cálculo financeiro, retirar os anúncios, ou seja, retirar a monetização do blog para que resulte numa leitura mais fluida em que os leitores não tenham que ler os artigos entre publicidades em virtude da lógica da monetização.

Só teremos progresso no presente clima de acirramento político no país, sobretudo no eleitoral tão decisivo para nós, se lutarmos dentro do nosso próprio espaço para combater essas perversas técnicas universalizantes que acabam nos transformando em mulas das grandes corporações.

A nossa intenção é respaldar a ideia de que precisamos organizar o blog a partir de uma efetiva e correspondente ação que define de que lado estamos nessa guerra de informação.

Mas não podemos ficar apenas no discurso, daí essa natural tomada de decisão.

No entanto, o blog tem seus custos e o seu processo financeiro terá que ser tocado mais do que nunca com o apoio dos próprios leitores.

Nesse sentido, apelamos fortemente para os leitores que possam contribuir com qualquer valor, que utilizem o PIX ou a conta que nos permitirá traçar um novo plano de debate plural e multiplicador que deve ser implantado neste blog.

Contamos com o apoio de vocês e já agradecemos.

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A cambada de Moro é muito maior e pior do que se imagina

O cara tem um faro absurdo pra escolher pilantra como aliado.

Na Lava Jato, o pica das galáxias pegou a nata da escória do MP, PF, judiciário. Tudo junto e misturado num mesmo bando coeso e claro, tratados como os super-heróis pela nossa gloriosa mídia.

O cara mal entra para a política e já cola com o chefe da milícia de Rio das Pedras, e fica no mesmo nível de Ronnie Lessa e Adriano da Nóbrega. De lambuja, leva junto o Queiroz e a 1ª dama dessa zorra toda que representa o governo Bolsonaro, com Carluxo, com tudo.

Fico pensando em Barroso, padrinho da Lava Jato, que votou em tudo que esses pilantras queriam e ainda agiu como relações públicas da força-tarefa, principalmente quando vazaram, via Intercept, a podridão desse submundo antipetista formado pelos piores marginais desse país.

Agora estoura escândalos pra todo lado dos tontos do MBL. Kim Kataguri defendendo a legalização do nazismo, Renan dos Santos, o dono da marca MBL que apoia Moro e uma cambada de pilantras que se autointitulam conservadores, cometendo crime na Ucrânia. Isso porque arrecadaram uma baba de quase 200 mil de otários para fazerem o que fizeram na Ucrânia.

E pensar que essa escória se formou para golpear Dilma e encarcerar Lula com apoio massivo da mídia brasileira.

Ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, na manhã deste sábado (5), o deputado estadual Arthur do Val (Podemos), partido de Moro, deveria ir direto pra cadeia.

Isso tudo acontece quando completa seis anos da condução coercitiva de Lula, comandada pelo chefe desses bandidos chamado Sergio Moro que, agora, faz notinha no twitter querendo se distanciar do vagabundo que ele apoia para o governo de São Paulo.

Dá nojo tudo isso, sobretudo quando se lembra o que essa turma, incluindo a Globo, aprontou para tentar acabar com o PT, Dilma e, principalmente, Lula.

Só pra lembrar o que o aliado de Moro escreveu no twitter e seguiu sendo o homem de Moro em São Paulo.

Arthur do Val – Mamãe Falei: “O que o Padre Lancellotti faz é DEPLORÁVEL.
A Igreja Católica tem uma linda histórica e não pode ficar a mercê de um cafetão da miséria. Nunca ameacei ninguém, nem ele.
Ele é uma das maiores farsas do Brasil, em breve vocês saberão! Vou DESMASCARAR esse Padre.”

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Namorada dá o fora, por carta, em Mamãe Falei após áudio sobre ucranianas

A namorada do deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP), Giulia Blagitz, disse em seu perfil nas redes sociais nesta 6ª feira (4.mar.2022) que os 2 seguirão “caminhos distintos”. A publicação foi realizada logo depois da divulgação de áudios do deputado (ouça ao fim do texto) em que ele chama refugiadas ucranianas de “fáceis” por serem “pobres”.

“Gostaria de deixar claro que seguiremos caminhos distintos. Infelizmente a vida é imprevisível e muitas vezes nos leva por caminhos que não compreendemos”, escreveu –leia na imagem abaixo. Momentos depois, Giulia apagou a publicação dos stories. O endereço do seu perfil agora exibe a seguinte mensagem: “O link que você acessou pode estar quebrado ou a página pode ter sido removida”.

 

Mamãe Falei na Ucrânia

Arthur do Val está na Ucrânia com o coordenador do MBL (Movimento Brasil Livre), Renan Santos, para acompanhar o conflito com a Rússia. Ele disse que foi chamado por grupos ucranianos para esclarecer aos brasileiros as informações falsas sobre a guerra no leste europeu.

“É sem noção, cara, é inacreditável, é um bagulho fora de série. Se você pegar a fila da melhor balada do Brasil, na melhor época do ano, não chega aos pés da fila de refugiados aqui. Eu tô mal, to triste porque é inacreditável”, declarou do Val, que é pré-candidato ao governo de São Paulo.

*Com Poder 360

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Áudio: Mamãe Falei teria dito que mulheres da Ucrânia “são fáceis porque são pobres”

Um áudio repugnante associado ao deputado estadual Arthur do Val (Podemos), conhecido como “Mamãe Falei”, repleto de machismo, foi vazado nesta sexta-feira (4), O áudio teria sido encaminhado a membros do Movimento Brasil Livre (MBL) e, nele, a voz que seria a do parlamentar que está na Ucrânia, afirma que as mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres”.

“Elas olham. Vou te dizer, elas são fáceis porque elas são pobres. Aqui, cara, minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Funciona demais. Depois eu conto a história. Nossa velho! Não peguei ninguém, mas colei em duas minas, que a gente não tinha tempo”, diz um trecho do áudio.

Mamãe Falei e o coordenador do MBL, Renan Santos, foram à Ucrânia para “cobrir” a guerra. Na quinta-feira (3), ambos postaram fotos, orgulhosos, preparando coquetéis molotov para serem atirados nas tropas russas.

No áudio atribuído ao parlamentar ainda é feita uma comparação entre as filas de refugiadas ucranianas, que só teriam “deusas”, e as filas de baladas em São Paulo.

“Você tem que ir para as cidades normais, porque você pega as minas assim, não na balada, na praia. Você pega ela no mercado. Você pega ela na padaria. Que nem a recepcionista do hotel que deu em cima de mim aqui (…) E eu nem peguei ninguém aqui. Só a sensação de que eu poderia fazer, enfim, já sabem. Já estou comprando minha passagem pro Leste Europeu no ano que vem. Assim que eu chegar em São Paulo”, diz ainda, sugerindo turismo sexual.

Ouça:

*Com Forum

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Zelensky abandona Kiev e vai para a Polônia, diz agência russa

Agência de notícias da Rússia creditou a informação ao presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, que teria divulgado a informação em seu canal no Telegram. Governo da Ucrânia nega.

A agência de notícias russa Sputnik, que vem sofrendo censura pelas gigantes de Tecnologia da Informação, informou na manhã desta sexta-feira (4), que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teria deixado o país rumo à Polônia.

“O presidente ucraniano supostamente deixou o país e agora está na Polônia”, teria dito o presidente da Duma russa Vyacheslav Volodin em seu canal Telegram, segundo segundo relatos da Tass. Veja a mensagem abaixo:

A Duma Federal, junto com o Soviete da Federação, forma o Legislativo da Federação Russa. A Duma é a câmara baixa da Assembleia Federal, enquanto o Soviete da Federação é a câmara alta.

Zelenski não confirma

O governo da Ucrânia não confirma a informação, mas ressalta que está se prevenindo para um bombardeio russo em grandes cidades do país nesta sexta.

A operação militar

Relatos de que Zelensky deixou a capital ucraniana surgiram no início da semana passada, com o presidente refutando-os e postando várias mensagens em vídeo nas quais ele disse que permaneceu em Kiev.

No final de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia com o objetivo de “desmilitarizar e desnazificar” o país. A operação começou após um pedido de ajuda das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk. Após o início da operação, seguiu-se uma onda massiva de sanções anti-Rússia das nações do Ocidente.

*Com Forum

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