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A Globo tem credibilidade para promover um debate político de presidenciáveis?

Não é preciso relembrar que o golpe em Dilma, pra lá de comprovado, foi uma farsa, sobretudo com carimbo do Ministério Público Federal, que concluiu que não houve crime de pelada fiscal, o que a mídia praticamente não noticiou.

Menos ainda é preciso relembrar a confessada farsa que Boni, da Globo, armou no último debato entre Lula e Collor.

Ou seja, Lula vai debater em um lugar que é golpe em pó, em estado puro, digamos que a Globo esteja alguns degraus acima de uma mídia  industrial tradicionalmente golpista, pelo seu tamanho, mas sobretudo por sua arrogância.

Pior, não há na historia dos Marinho um único episódio da vida nacional, que eles não tenham se posicionado e exercido um ativismo vil contra os pobres, os trabalhadores e os negros.

Se a Globo atende a interesses externos, isso é problema dela, o nosso problema é com ela, porque não há nada nesse país, nem mesmo Bolsonaro e sua falange de milicianos, que deteste tanto os brasileiros pobres e negros quanto a Globo. Isso é histórico, é uma das marcas da oligarquia brasileira.

Vou ainda mais longe, a Globo, com Lula, repetirá a mesma fórmula que usou contra Getúlio e Brizola, que até hoje ignora a existência deles. É como se quisesse enterrar e salgar.

O mesmo pode-se dizer de Jango e, com Lula, não será diferente. Para a Globo, mesmo não sendo formalmente um partido, não existe um adversário político, existe inimigo de vida.

Há um ódio encroado no DNA dos Marinho contra qualquer um que ouse beneficiar os mais pobres, os trabalhadores e negros. E é essa gente que promoverá o último debate do primeiro turno.

Para se ter uma ideia de que nada mudou no comando do império Globo, é só ver as perguntas feitas para Lula sobre aquelas falácias de corrupção e as que foram engavetadas por Bonner e Renata Vasconcellos sobre o esquema de formação de quadrilha e peculato dentro dos gabinetes do clã Bolsonaro, chamado, de forma eufêmica, de rachadinha, principalmente quando se descobre 107 imóveis comprados pela família Bolsonaro, sob a batuta de Bolsonaro, em que 51 desses imóveis, registrados em cartório, foram pagos com malas de dinheiro vivo, o que, na soma, daria mais do que aquela foto pornográfica do banker de Geddel Vieira Lima.

Poderia se perguntar, o que são R$ 26 milhões perto dos R$ 2 bilhões que o ex-juiz, ex-ministro de Bolsonaro, Sergio Moro, junto com Dallagnol, estava prestes a enfiar no bolso? Dinheiro de propriedade da Petrobras, devolvido pelo Departamento de Justiça Americano, que os dois ex-heróis da Globo usariam para montar, imagina isso, uma fundação privada de combate à corrupção.

O roubo só não se consumou, porque a PGR, Raquel Dodge e e o ministro do STF, Alexandre de Moraes abortaram a malandragem dos dois pilantras, elevados e premiados pela Globo com o prêmio de “Faz Diferença”.

Poderia aqui listar um número sem fim de razões para afirmar que a Globo não tem envergadura moral para promover qualquer debate, que fará o último debate presidencial a dois dias do primeiro turno.

E aqui vai a minha opinião, dependendo do resultado das pesquisas que apresentam mais confiabilidade, se Lula tiver avançado consolidando sua vitória no primeiro turno, ele não deveria ir ao debate, como fez no SBT, o que esfaziaria, como esvaziou a audiência da TV de Silvio Santos.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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