Barroso terá que abdicar de sua vaidade e, sobretudo de seu compromisso de acudir os membros da Força-tarefa da Lava Jato, incluindo o chefe, Sergio Moro, e dizer o que os fatos escancaram.
A Lava Jato, se não foi a principal, foi uma das partes mais importantes dentro da estratégia armada para dar o golpe não só em Dilma, mas na democracia e em mais de 54 milhões de eleitores que votaram na reeleição da presidenta.
Não há espaço para meias verdades nessa declaração de Barroso.
Basta lembrar do episódio em que Moro grampeia criminosamente a Presidência da República, dobra a aposta repassando o grampo para a Globo para aumentar ainda mais a temperatura contra Dilma e impedir que Lula fosse para a Casa Civil para conter a debandada orquestrada por três dos maiores corruptos da história do país, Temer, Aécio e Cunha.
A essa altura dos fatos, não cabe esquecimento do ministro do STF, Luis Roberto Barroso quando se pronunciar sobre o golpe contra a presidenta Dilma.
Se Barroso privilegiar só parte da verdade e apadrinhar os lavajatistas, omitindo ou não admitindo a verdade como um todo, sua declaração cai no vazio e não terá importância nenhuma. Ao contrário, isso só contribui com a narrativa de quem armou e executou o golpe de Estado que levou o Brasil a essa tragédia.
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