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Produção industrial no governo Lula, cresce 3,1%

A realidade vive desmentindo a especulação, seja da agiotagem rentista, seja da oligarquia da comunicação.

Projeto Neofascista de Bolsonaro tinha aniquilado a produção industrial.

Com Lula, a coisa se inverteu e ganhou musculatura e impulso

Segundo levantamento do IBGE, eletrodomésticos (23,8%) e automóveis (5,3%) impulsionaram avanço da indústria no ano

Detalhe fundamental: Com os números apresentados pelo IBGE, a indústria nacional encontra-se 1,3% acima do patamar pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2020

Os quatro grandes grupos analisados na pesquisa tiveram um resultado positivo durante o período, além de 20 dos 25 ramos, 60 dos 80 grupos e 63,1% dos 789 produtos pesquisados.

Os equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, além dos veículos automotores, reboques e carrocerias foram os segmentos que mais impulsionaram a produção ao longo do ano, com crescimentos de 14,7% e 12,5%, respectivamente. Também vale destaque para máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,2%), produtos alimentícios (1,5%) e produtos químicos (3,3%).

No total, os bens de consumo duráveis foram os destaques da pesquisa.

Na parte dos bens de consumo, os melhores resultados vieram dos eletrodomésticos (23,8%) e dos automóveis (5,3%). Já entre os bens de capital, os segmentos que mais impulsionaram o cenário positivo foram os produtos para equipamentos de transporte (18,2%), para fins industriais (8,2%) e de uso misto (19,4%).

Completando a lista dos quatro grandes grupos econômicos analisados pelo IBGE, os setores produtores de bens intermediários (2,5%) e de bens de consumo semi e não duráveis (2,4%) também se destacaram no acumulado de 2024, apesar de registrarem avanços menos acentuados do que a média da indústria, em geral (3,1%).

Com isso, o setor industrial avançou 3,1%.

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Bitcoin cai 7% e Ethereum desaba 20% com aversão ao risco após tarifas de Trump

Uma queda nas criptomoedas pesou muito sobre alguns dos ativos digitais mais especulativos no domingo à noite nos EUA, um sinal de que os investidores reduzirão o risco quando os mercados abrirem na segunda-feira após as novas tarifas impostas por Donald Trump.

O Bitcoin caiu cerca de 7% nas negociações de domingo na comparação com a mesma cotação de 24 horas antes, na casa dos US$ 94 mil, e o Ethereum, a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, caía cerca de 20%, enquanto a venda nas chamadas moedas alternativas foi mais aguda, abaixo dos US$ 2.500.

O Dogecoin, que inclui Elon Musk como patrocinador, caiu cerca de 25% durante a sessão, a US$ 0,23, cerca de 50% abaixo da máxima atingida em 8 de dezembro, após a vitória eleitoral de Trump ter estimulado uma alta dos ativos digitais. XRP, Cardano, Avalanche e Chainlink, todas altcoins, caíam mais de 20% cada

Os movimentos oferecem um sinal claro de que as tarifas anunciadas por Trump no fim de semana vão abalar os mercados financeiros na segunda-feira. O presidente impôs uma taxa de 25% sobre produtos do Canadá e México e uma tarifa de 10% sobre produtos chineses, de acordo com uma autoridade dos EUA, ameaçando derrubar o comércio global e dar início a uma nova guerra comercial.

“A guerra tarifária de Trump está impactando todo o mercado”, disse Caroline Bowler, CEO da BTC Markets. “Preocupações sobre guerras comerciais e estagflação, desencadeando recessões, estão se espalhando pelas altcoins e pelo Bitcoin.”

A pressão de venda arrastou o Bitcoin para cerca de US$ 94 mil. A criptomoeda disparou nos últimos meses, enquanto os entusiastas de criptomoedas se preparam para um ambiente regulatório benigno sob

Trump e até mesmo a possibilidade de o presidente criar uma reserva de Bitcoin.

Embora muitos acreditem que o bitcoin seja uma proteção contra a inflação e a incerteza a longo prazo, ele é negociado como um ativo de risco a curto prazo — e provavelmente responderá negativamente a qualquer incerteza em torno da guerra comercial desencadeada pelas tarifas de Trump.

Os investidores estão observando US$ 90.000 como o principal nível de suporte no bitcoin, e alguns alertaram sobre um recuo ainda mais profundo em direção a US$ 80.000 caso a criptomoeda caia significativamente abaixo de seu suporte.

O bitcoin está por volta de 16% abaixo de seu recorde de 20 de janeiro de US$ 109.350,72. Investidores e traders experientes em criptomoedas se acostumaram ao longo dos anos a correções de cerca de 30% durante os mercados em alta.

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Máfia do café ataca o que chama de Café Fake

O tal Café Fake, de fake nada tem. É um produto como outro qualquer que tem personalidade e sabor próprios. Isso não é fake.

Mas como esse produto começa a incomodar a máfia do café, essa camorra paratatá diz que a intenção do suposto café fake é uma evidente tentativa de burlar o mundo cafeeiro.

Pó para bebida sabor café chama a atenção nas redes sociais e ganha apelido de ‘cafake’. Internautas compararam item a compostos lácteos que têm ganhado espaço nas prateleiras do supermercados com inflação dos alimentos. O produto é vendido a R$ 14,99 500gr.

O pó com sabor café, que pode ser produzido a partir de cascas, palha, folhas, paus ou qualquer parte da planta exceto a semente do café.
Isso é fraude?

Se for, o Whey Protein, feito do soro do leite que era jogado fora, também é fraude.

Acho que essa milícia, que comandou o aumento repentino e abusivo do café, está com medo do pó sabor café, virar febre como ocorre com o Whey, já que o preço desse produto é infinitamente menor.

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Gás de cozinha fica mais barato a partir deste sábado

A partir deste sábado (1º), cozinhar ficará mais barato para a maioria dos brasileiros. Entra em vigor a redução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo arrecadado pelos estados, sobre o gás. Cada quilo de gás liquefeito de petróleo (GLP) pagará R$ 0,02 a menos de ICMS.

A exceção será para os consumidores baianos. Na quinta-feira (30), a refinaria privatizada de Mataripe anunciou a elevação do gás de cozinha em 9,2%, o que levará a um aumento de até R$ 8 por botijão, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás).

Com base nos preços médios pesquisados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) de fevereiro a setembro do ano passado, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne os secretários estaduais de Fazenda, decidiu reduzir de R$ 1,41 para R$ 1,39 por quilo o ICMS do gás de cozinha. Segundo o conselho, a média de preços mais baixa em 2024 justificou a redução do imposto.

Embora tenha reduzido o ICMS para o gás de cozinha, o Confaz elevou o tributo para a gasolina, o etanol, o diesel e o biodiesel. Pelo modelo em vigor desde o ano passado, o conselho decide em outubro de cada ano, as alterações no ICMS que entram em vigor em fevereiro do ano seguinte.

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Brasil tem queda de 81,7% no déficit primário em 2024 e governo cumpre meta

Presidente Lula fala em compromisso com saúde fiscal: ‘0,1% do PIB é zero. Tenho responsabilidade’.

O governo cumpriu a meta fiscal e encerrou o ano de 2024 com déficit primário total de R$ 43 bilhões de reais, o que equivale a um saldo negativo de 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse resultado inclui as despesas com a reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes recorde que atingiram o estado no primeiro semestre do ano passado e com o combate a incêndios no Pantanal e na Amazônia.

Sem esses créditos extraordinários, a conta final ficou em R$ 11,0 bilhões. Nesse caso, a melhora é ainda mais expressiva e representa 0,09% do PIB. De acordo com o Tesouro Nacional, o computo final significa queda real de 81,7% na comparação com o déficit de 2023, quando o valor chegou a R$ 239,9 bilhões.

Pela meta estabelecida, o governo poderia gastar até R$ 28,8 bilhões a mais do que arrecadou no ano passado. A meta de déficit zero tem margem de tolerância de 0,25 ponto percentual. No início do mês, o Ministério da Fazenda havia sinalizado que o resultado ficaria em 0,1% do PIB.

O resultado do ano passado derrubou as expectativas pessimistas do mercado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre o tema na manhã desta quinta-feira (30). Segundo ele, o índice reafirma o compromisso do governo com a saúde e o controle das contas públicas. “0,1% do PIB é zero. E vai ser assim. Tenho muita responsabilidade”, disse.

Receitas e despesa

O cenário de 2024 é resultado do bom andamento da arrecadação, que no ano passado atingiu R$ 2,65 trilhões, melhor valor registrado desde 1995. Na comparação com 2023, as receitas subiram, mas as despesas caíram se descontada a inflação. No ano passado, as receitas líquidas subiram 13,9% em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta chega a 9%.

Se considerar apenas as receitas administradas (relativas ao pagamento de tributos), houve alta de 12,5% em 2024, já descontada a inflação. As receitas não administradas pela Receita Federal subiram apenas 3,6% acima da inflação em 2024. Apesar do crescimento de R$ 20,2 bilhões na transferência de dividendos de estatais ao Tesouro Nacional e de R$ 7,2 bilhões em concessões à iniciativa privada, os royalties de petróleo cresceram apenas R$ 923,8 milhões acima da inflação, num cenário de queda do preço do produto no mercado internacional.

No ano passado, as despesas totais subiram 3,5% em valores nominais, mas caíram 0,7% após descontar a inflação. O principal fator para a queda na despesa foi o pagamento de R$ 92 bilhões de precatórios em dezembro de 2023, que não se repetiu em dezembro de 2024.

Os gastos com a Previdência Social subiram apenas 0,1% acima da inflação em 2024, por causa do pagamento de precatórios no fim de 2023. Sem os precatórios, haveria crescimento de 3,5% acima da inflação, impulsionada pelo aumento do número de beneficiários e pela política de valorização do salário-mínimo.

Os gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) saltaram 14,9% acima da inflação no ano passado, pelos mesmos motivos. O pagamento de créditos extraordinários subiu 777,5% além da inflação por causa da reconstrução do Rio Grande do Sul.

Mesmo com a revisão de cadastros do Bolsa Família, os gastos com despesas obrigatórias com controle de fluxo (categoria que engloba os programas sociais) subiram 4,7% descontada a inflação na comparação com 2023. Os gastos discricionários (não obrigatórios) caíram 3,8% em 2024 descontada a inflação. Desse total, a maior parte decorre dos bloqueios no Orçamento em vigor durante o segundo semestre.

Os gastos com o funcionalismo federal caíram 3,2% em 2024, descontada a inflação. A queda foi puxada pela quitação de precatórios no fim de 2023, que caiu 79,4%, descontada a inflação.

Quanto aos investimentos (obras públicas e compra de equipamentos), o total em 2024 somou R$ 87,649 bilhões. O valor representa alta de apenas 1,5% acima do IPCA em relação a 2023. Nos últimos meses, essa despesa tem alternado momentos de crescimento e de queda descontada a inflação. O Tesouro atribui a volatilidade ao ritmo variável no fluxo de obras públicas.

*Com Agência Brasil

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Economia

Dívida pública cai a 76,1% do PIB em dezembro e superávit primário supera expectativa

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 77,0% para a dívida bruta e de 61,0% para a líquida.

A dívida bruta do Brasil registrou queda em dezembro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou superávit primário acima do esperado, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Banco Central.

A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou dezembro em 76,1%, contra 77,7% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 61,1%, de 61,2% em novembro.

Em dezembro, o setor público consolidado registrou um superávit primário de R$ 15,745 bilhões, acima da expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo positivo de R$ 10,2 bilhões.

O desempenho mostra que o governo central teve saldo positivo de R$ 26,728 bilhões, enquanto Estados e municípios registraram déficit primário de R$ 12,018 bilhões e as estatais tiveram superávit de R$ 1,035 bilhão, mostraram os dados do BC.

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Economia

Na primeira reunião comandada por Galípolo, Banco Central aumenta taxa de juros para 13,25%

Alta de 1 ponto percentual foi a quarta elevação consecutiva pelo Copom.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou mais uma vez a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. A alta foi mais uma vez de 1 ponto percentual, levando os juros para 13,25% ao ano.

A quarta elevação consecutiva acontece na primeira reunião comandada por Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência do BC. Ele substituiu Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi um dos principais alvos de críticas de Lula nos dois primeiros anos de governo.

A alta já havia sido indicada por Galípolo, que conduz sua primeira reunião sob forte pressão do mercado financeiro. De acordo com Boletim Focus, organizado pelo BC, os bancos elevaram duas vezes sua previsão para a inflação anual em 2025: de 4,96% no final do ano passado, para 5,5% nesta semana. Isso aumenta a pressão para que o Copom aumente os juros, mesmo que essas previsões muitas vezes não se confirmem.

Para Pedro Faria, economista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o problema da nova gestão do Banco Central é desenvolver novas ferramentas para lidar com um problema real, que é a alta, ainda que moderada, da inflação.

“A política monetária brasileira continua utilizando a excessivamente um único instrumento para tentar conter a inflação, e um instrumento que tem sido extremamente ineficiente, que são juros”, afirma.

“A gente tem uma doença que não é grave, a inflação brasileira não é grave. Ela tem questão de popularidade de governo, do preço dos alimentos, mas ela é pequena, ela não está descontrolada. E está dando muito remédio, juros muito altos para tratar a doença, que pode ser tratada com um coquetel de medicamentos”, exemplifica.

Entre os tratamentos alternativos, ele inclui ações específicas para reduzir o preço dos alimentos – um dos grupos que mais aumentou no ano passado, com grande custo para a população – e uma postura mais ativa do BC no mercado de dólares, intervindo para reduzir a cotação da moeda, que tem impactos na inflação.

Faria elogia a mudança de postura do órgão sob Galípolo, que tem agido de forma mais assertiva para conter a alta do dólar. “Que isso continue enquanto for necessário”, defende.

No caso dos alimentos, pouco impactados pela alta dos juros, Faria propõe o uso de “fundos estabilizadores”. “Você taxar exportações, porque estão tendo uma alta, e o café é o caso mais emblemático. Os produtores estão ganhando rios de dinheiro que não têm nada a ver com a eficiência deles”, explica. “Você pode pegar um pouco disso, taxar um pouco e usar isso para amenizar os efeitos dessa alta para as pessoas. Dando ali algum crédito tributário, por exemplo, para o varejista de café, para o atacadista de café nacional, desde que ele mantenha um certo nível de preço.”

Sem essas mudanças, o espaço para queda nos juros é pequeno, prejudicando o crescimento econômico, a criação de postos de trabalho e aumentando o peso da dívida pública.

“Não adianta ser o Galípolo, que é melhor do que o Campos Neto, como a gente já tem visto com as intervenções no mercado de câmbio, como a gente tem visto na mudança da comunicação, o Banco Central não fica mais espalhando pânico. Ele fica em silêncio, o que impõe muito custo para os especuladores de mercado de câmbio”, avalia. “Enquanto a gente não tiver um pacote, uma caixa de ferramentas com várias ferramentas para lidar com a inflação, nós vamos continuar tendo juros excessivos.”

O que é Selic?

A taxa Selic é referência para a economia nacional. É também o principal instrumento disponível para o BC controlar a inflação no país.

Quando ela sobe, empréstimos e financiamentos tendem a ficar mais caros. Isso desincentiva compras e investimentos, o que contém a inflação. Em compensação, o crescimento econômico tende a ser prejudicado.

Já quando a Selic cai, os juros cobrados de consumidores e empresas ficam menores. Há mais gente comprando e investindo. A economia cresce, criando empregos e favorecendo aumentos de salários. Os preços, por sua vez, tendem a aumentar por conta da demanda.

E assim, segue a humanidade ou desumanidade.

*BdF

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Economia Mundo

500 pessoas mais ricas do mundo perdem US$ 108 bi em dia de “efeito DeepSeek”

Os bilionários cujas fortunas estão ligadas à inteligência artificial foram os maiores perdedores.

As 500 pessoas mais ricas do mundo, puxadas pelo cofundador da Nvidia, Jensen Huang, perderam um total combinado de US$ 108 bilhões na segunda-feira (27), à medida que uma venda liderada por tecnologia, ligada ao desenvolvedor de IA chinês DeepSeek, fez os principais índices despencarem.

Os bilionários cujas fortunas estão ligadas à inteligência artificial foram os maiores perdedores: Huang viu sua fortuna cair US$ 20,1 bilhões, uma queda de 20%, enquanto a perda de US$ 22,6 bilhões do cofundador da Oracle, Larry Ellison, foi maior em termos absolutos, mas representou apenas 12% de sua fortuna, de acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg. Michael Dell, da Dell, perdeu US$ 13 bilhões, e Changpeng “CZ” Zhao, cofundador da Binance, viu sua fortuna diminuir em US$ 12,1 bilhões.

Os titãs do setor de tecnologia, como um todo, viram US$ 94 bilhões de riqueza evaporarem — cerca de 85% da queda total do índice da Bloomberg. O Índice Nasdaq Composite caiu 3,1%, e o S&P 500 caiu 1,5%.

A DeepSeek, com sede em Hangzhou, vem desenvolvendo modelos de IA desde 2023, mas a empresa chamou a atenção de muitos investidores ocidentais neste fim de semana, quando seu aplicativo de chatbot gratuito DeepSeek R1 liderou as paradas de downloads em todo o mundo. Tantos novos usuários se inscreveram que a DeepSeek teve dificuldades para manter o aplicativo online, enfrentando quedas e forçando-a a restringir inscrições a usuários com números de telefone chineses.

A entrada inesperada da DeepSeek na corrida da IA, que segundo a empresa custou apenas US$ 5,6 milhões para ser desenvolvido, desafia a narrativa do Vale do Silício de que enormes gastos de capital são essenciais para desenvolver os modelos mais fortes. Isso foi um duro golpe nos bilionários cujas fortunas estão ligadas à cadeia de suprimentos de IA ocidental, que tem sido o maior motor do mercado de ações nos últimos dois anos.

Roteiro parecido
As avaliações em alta para os chamados hyperscalers de IA — incluindo Meta, Alphabet e Microsoft — geraram bilhões em riqueza para seus proprietários desde que a OpenAI lançou o ChatGPT em novembro de 2022. Essas empresas, na maior parte, operaram com um roteiro semelhante: gastar enormes quantias para desenvolver e operar sistemas de IA, acumulando semicondutores de ponta e os suprimentos de energia necessários para operá-los.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou na sexta-feira que a empresa planejava gastar de US$ 60 bilhões a US$ 65 bilhões em projetos relacionados à IA este ano, bem acima das estimativas de Wall Street. Os gastos de capital em todas as grandes empresas de tecnologia estão a caminho de alcançar US$ 200 bilhões em 2025, de acordo com um relatório da Bloomberg Intelligence.

Apesar da receita limitada para justificar todos os seus investimentos até agora, os mercados recompensaram as ações de tecnologia dos EUA com avaliações recordes, que, por sua vez, geraram ganhos históricos de riqueza para seus proprietários. A Nvidia se destacou como o maior vencedor individual do boom da IA até agora, com a fortuna de Huang aumentando quase oito vezes para US$ 121 bilhões desde o início de 2023 até sexta-feira. A fortuna de Zuckerberg subiu 385% para US$ 229 bilhões no mesmo período e a de Jeff Bezos, da Amazon.com Inc., aumentou 133% para US$ 254 bilhões.

Embora Huang e Ellison tenham sofrido perdas, as fortunas de outros grandes bilionários da tecnologia saíram ilesas. A fortuna de Zuckerberg terminou o dia em alta, ganhando US$ 4,3 bilhões à medida que a Meta se recuperou de uma queda no início da sessão. A riqueza de Bezos subiu cerca de US$ 632 milhões.

*Infomoney

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Economia Mundo

Nvidia perde US$ 598 bi em valor, maior queda para uma única ação na história

Ações da fabricante de chips despencaram 17% nesta segunda, a maior queda desde março de 2020.

A queda da Nvidia, alimentada pela preocupação dos investidores com a startup chinesa de inteligência artificial DeepSeek, apagou uma quantidade recorde de valor de mercado da maior empresa do mundo.

As ações da Nvidia despencaram 17% na segunda-feira, a maior queda desde março de 2020, eliminando US$ 589 bilhões da capitalização de mercado da empresa. Isso superou o recorde anterior — uma queda de 9% em setembro que eliminou cerca de US$ 279 bilhões em valor — e foi a maior da história do mercado de ações dos EUA.

A queda reverberou pelo resto do mercado devido ao peso que a Nvidia tem em índices importantes. Incluindo a queda de segunda-feira, as vendas de ações da Nvidia causaram oito das dez maiores quedas em um único dia no Índice S&P 500, com base no valor de mercado, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. O S&P 500 caiu 1,5% na segunda-feira e o Nasdaq 100 despencou quase 3%.

Nvidia chama DeepSeek de “excelente” avanço em IA e minimiza preocupações

A declaração da Nvidia indica que a empresa acredita que a companhia chinesa não violou as restrições dos EUA que limitam o acesso a chips avançados dos EUA na criação de sua tecnologia

O fabricante de semicondutores liderou uma venda mais ampla em ações de tecnologia após a abordagem de baixo custo da DeepSeek reacender preocupações de que grandes empresas dos EUA investiram muito dinheiro no desenvolvimento de inteligência artificial. A empresa chinesa parece oferecer um desempenho comparável a uma fração do preço.

O mais recente modelo de IA da DeepSeek, lançado na semana passada, é amplamente visto como competitivo com os da OpenAI e da Meta Platforms Inc. O produto de código aberto foi fundado pelo chefe de um fundo quantitativo, Liang Wenfeng, e agora está no topo das classificações da App Store da Apple Inc.

“Preocupações surgiram imediatamente de que isso poderia ser um disruptor do atual modelo de negócios de IA, que depende de chips de alto desempenho e extensa potência computacional e, portanto, energia”, disseram os analistas da Jefferies em uma nota para os clientes.

A Nvidia tem sido a maior beneficiária do influxo de gastos em IA porque projeta semicondutores usados na tecnologia. Embora esses gastos pesados pareçam prontos para continuar, os investidores podem se tornar cautelosos em recompensar empresas que não estão mostrando um retorno suficiente sobre o investimento.

A Meta anunciou na sexta-feira planos para aumentar os gastos de capital em projetos de IA este ano em cerca da metade, para até $65 bilhões, levando suas ações a um recorde histórico. Isso ocorreu após a OpenAI, SoftBank Group Corp. e Oracle Corp. anunciarem uma joint venture de $100 bilhões chamada Stargate para construir centros de dados e projetos de infraestrutura de IA nos EUA.

Em uma tentativa de retardar o progresso da China em IA, os EUA proibiram a exportação de tecnologias avançadas de semicondutores para o país e estão limitando as vendas de chips de IA avançados da Nvidia para outros. Mas o progresso da DeepSeek sugere que engenheiros de IA chineses encontraram uma maneira de contornar as proibições de exportação, focando em maior eficiência com recursos limitados.

A Nvidia disse em um comunicado na segunda-feira que o modelo da DeepSeek é um “excelente avanço em IA” e indicou que a empresa chinesa não violou as restrições dos EUA que limitam o acesso a chips avançados dos EUA na criação de sua tecnologia. Também acrescentou que a inferência, ou o trabalho de execução de modelos de IA, requer “um número significativo de GPUs da Nvidia e networking de alto desempenho.”

*Infomoney

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Economia

Mercado errou 95% das previsões desde 2021, mostra levantamento

Um levantamento feito pelo UOL mostra que o mercado financeiro errou cerca de 95% de suas previsões sobre a economia brasileira nos últimos quatro anos. Todos os anos, economistas e especialistas de mercado fazem previsões sobre indicadores econômicos fundamentais, como a taxa de juros, o câmbio, o PIB e o comportamento da Bolsa de Valores.

No entanto, ao longo dos últimos anos, as previsões apresentadas no início do ano têm mostrado um elevado índice de erro. O levantamento analisou as estimativas feitas para os anos de 2021, 2022, 2023 e 2024, revelando que, em muitos casos, as expectativas não se concretizaram, mesmo com base em pesquisas detalhadas como o Boletim Focus, do Banco Central, e a pesquisa “LatAm Fund Manager Survey”, do Bank of America.

Para 2025, o cenário é um tanto cauteloso, com previsões de crescimento moderado. O Ibovespa deve se manter entre 110 mil e 140 mil pontos, enquanto a Selic deve alcançar 15%. O PIB deve crescer 2,02%, e a inflação, medida pelo IPCA, ficará em 4,99%. O dólar deve ser cotado a R$6,00. Contudo, como mostra o histórico, os especialistas costumam errar o rumo da economia.

Erros e acertos nas previsões anteriores:

2024

  • Ibovespa: A principal previsão era que o índice superaria os 140 mil pontos, mas ele caiu 10,36%, fechando a 120.283,40 pontos. (Errou)
  • Selic: A expectativa era que a taxa de juros ficasse em 9%, mas ela subiu para 12,25% ao ano. (Errou)
  • PIB: A previsão era de um crescimento de 1,59%, mas a alta acumulada até setembro de 2024 foi de 3,1%. (Provavelmente errou)
  • Dólar: A estimativa era que o dólar terminasse o ano em R$5,00, mas ele subiu para R$6,18, uma alta de 27,3%. (Errou)
  • Inflação/IPCA: A previsão era de uma inflação de 3,90%, mas o índice foi de 4,83%. (Errou)

2023

  • Ibovespa: Esperava-se que o índice ficasse entre 110 mil e 120 mil pontos, mas ele fechou em 134.185 pontos, com uma alta de 22,28%. (Errou)
  • Selic: A estimativa era que a Selic ficasse em 11,75%, mas ela terminou o ano em 12,25%. (Errou)
  • PIB: A previsão era de crescimento de 0,78%, mas o PIB cresceu 2,9%. (Errou)
  • Dólar: Esperava-se que o dólar ficasse em R$ 5,28, mas ele terminou o ano em R$4,85, uma queda de 8,06%. (Errou)
  • Inflação/IPCA: A previsão era de 5,36%, mas a inflação de 2023 ficou em 4,62%. (Errou)

2022

  • Ibovespa: A maioria previu que o índice ficaria abaixo dos 120 mil pontos, mas ele terminou o ano com uma alta de 4,69%, a 109.735 pontos. (Acertou)
  • Selic: Esperava-se que a Selic ficasse em 11,75%, mas a taxa subiu para 13,75%. (Errou)
  • PIB: A previsão era de 0,28% de crescimento, mas o PIB cresceu 2,9%. (Errou)
  • Dólar: A estimativa era que o dólar ficasse em R$ 5,60, mas a moeda terminou o ano em R$ 5,27, com uma queda de 5,32%. (Errou)
  • Inflação/IPCA: A previsão era de 5,03%, mas a inflação foi de 5,79%. (Errou)

2021

  • Ibovespa: A maioria previu que o índice ficaria acima de 120 mil pontos, mas ele teve uma queda de 11,93%, fechando a 104.822,44 pontos. (Errou)
  • Selic: Esperava-se uma Selic de 3,25%, mas ela terminou o ano em 9,25%. (Errou)
  • PIB: A previsão era de 3,41% de crescimento, mas o PIB cresceu 4,8%. (Errou)
  • Dólar: A previsão era que o dólar ficasse em R$ 5,00, mas ele subiu para R$ 5,57, uma alta de 7,47%. (Errou)
  • Inflação/IPCA: Esperava-se uma inflação de 3,34%, mas ela ficou em 10,06%. (Errou)

Taxa de acerto – Em um levantamento geral, a taxa de acerto foi de apenas 5%, o que significa que, de cada 20 previsões feitas, apenas uma se confirmou. A única projeção bem-sucedida foi a previsão do desempenho da Bolsa em 2022, quando a alta do Ibovespa foi de 4,69%.