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Aumento de tensão entre Israel e Hezbollah acende alerta global

Israel foi atacado pelo Hamas no dia 7 de outubro e, desde então, tem se envolvido em mais conflitos com vizinhos no Oriente Médio.

O fim de semana foi marcado pela escalada de violência no Oriente Médio. Após os ataques na Faixa de Gaza nos últimos dias, o governo de Israel também entrou em conflito com o Hezbollah no Líbano e na Síria. Há, ainda, aumento de tensão com o Irã.

Os ataques colocaram em alerta diplomatas do mundo inteiro que estão agindo na região e na Organização das Nações Unidas (ONU) para evitar o envolvimento de mais países na guerra, diz o Metrópoles.

“Estamos lutando em três frentes diferentes e sofremos perdas muito pesadas”, afirmou o porta-voz do Exército de Israel, Jonathan Conricus.

No fim de semana, Israel foi bombardeado por mísseis vindos do Líbano e, desde então, sua contraofensiva tem mirado também o Hezbollah e a Síria, que teve o Aeroporto de Aleppo destruído.

Além disso, Israel e Irã já haviam se estranhado durante a semana, mas, no domingo (15/10), a tensão aumentou entre os países. O crescimento da violência na região resultou em uma série de “troca de farpas” entre os iranianos e os Estados Unidos (EUA), que já declararam apoio a Israel.

As autoridades israelenses passaram o fim de semana ameaçando a invasão de Gaza, mas até o momento da publicação desta matéria a investida ainda não se concretizara.

O próprio presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a amenizar o tom na imprensa norte-americana, afirmando que uma possível invasão da Faixa de Gaza por Israel seria um “grande erro”.

A escalada do conflito no Oriente Médio foi palco de especulação no domingo (15/10), principalmente entre autoridades iranianas e estadunidenses. “Se a agressão sionista não parar, as mãos de todos os envolvidos estão no gatilho. Se o escopo de guerra se expandir, danos significativos serão infligidos aos EUA”, alertou Hossein Amirabdollahian, chanceler iraniano.

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“Se for preciso suspender relações com Israel, suspenderemos”, diz presidente colombiano

Israel suspende exportações à Colômbia e Gustavo Petro diz que seu país “não apoia genocídios”; Entenda a crise diplomática.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, usou as redes sociais neste domingo (15) para anunciar que não descarta cortar relações com Israel. A declaração vem num contexto de rusgas entre o mandatário colombiano e o estado judaico por conta da guerra que atinge o povo palestino com graves violações de direitos humanos. As rusgas, iniciadas por discursos do colombiano contrários à guerra, escalaram para o anúncio do corte de exportações israelenses ao país da América Latina que motivou a recente declaração de Petro.

“Se for preciso suspender relações com Israel, suspenderemos. Não apoiamos genocídios. Convoco a América Latina a uma solidariedade real com a Colômbia. Não se insulta o presidente colombiano. E se não formos capazes disso, o desenvolvimento da história é quem dirá a última palavra como na Grande Guerra do Chaco”, escreveu o mandatário, lembrando do conflito que envolveu a Bolívia e o Paraguai na década de 1930.

O presidente colombiano enfatizou a necessidade de Israel e Palestina se sentarem à mesa de negociações e trabalharem rumo a uma solução de dois Estados. Ele fez comparações históricas entre a situação em Gaza e atrocidades passadas. Em um comunicado postado no X, anteriormente Twitter, ele disse: “Gaza hoje aparece destruída ou mais do que o gueto de Varsóvia depois de ser destruído pela barbárie nazista em resposta à insurreição judaica e socialista naquele campo de concentração”.

“Nos convocaram para a guerra. Convocaram a América Latina para entregar máquinas de guerra e homens para ir aos campos de combate. Mas se esqueceram que eles mesmos invadiram os nossos países por várias vezes, os mesmos que hoje falam em lutar contra invasões. Se esqueceram que por petróleo invadiram o Iraque, a Síria e a Líbia. Se esqueceram que as mesmas razões que expressam para defender Zelensky são aquelas com as quais deveriam defender a Palestina. E se esqueceu que para cumprir as metas de desenvolvimento sustentável era preciso parar todas as guerras”, discursou Petro em vídeo que publicou nas redes sociais.

https://twitter.com/i/status/1713498435813253564

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Unicef: Exército de Israel já matou mais de 700 crianças palestinas e feriu 2,4 mil

Israel coloca em prática a promessa de assassinar a sangue frio e, de forma deliberada, qualquer palestino em Gaza. Pouco importa se são bebês, crianças ou mulheres grávidas, o importante para o alto comando do governo de Netanyahu, que faz questão de explicitar, é dizimar os palestinos e tomar suas casas e sua terra.

Ao fim e ao cabo, esses ataques monstruosos deixam claro que comando do Estado terrorista de Israel não quer que as crianças palestinos tenham direito à vida, que fará a Palestina se tornar um Estado.

Os sionistas são tomados por uma ambição sanguinária de varrer a Palestina do mapa, sem deixar vestígio humano e, muito menos, de qualquer edificação. Israel quer que tudo vire pó, como mostra a matéria do Metrópoles abaixo.

Ao menos 700 crianças palestinas morreram na conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, que chega ao 9º dia neste domingo (15/10). A informação é do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

À CNN dos Estados Unidos, a porta-voz do Unicef, Sara Al Hattab, afirmou, nesse sábado (14/10), que a quantidade se baseia em informações divulgadas por fontes locais. O número de crianças feridas chega a 2,4 mil.

“As imagens e histórias são claras: crianças com queimaduras horríveis, ferimentos de morteiro e membros perdidos. E os hospitais estão totalmente sobrecarregados para tratá-los”, disse Sara Al Hattab à rede de televisão.

Vale destacar que no momento da divulgação dos números pelo Unicef o total de óbitos na Palestina era de 2.215. Neste domingo (15/10), houve incremento de mais 114 óbitos. O Ministério da Saúde palestino contabiliza 2.329 mortes, desde a escalada do conflito entre Israel e o Hamas.

Já a Embaixada de Israel informou que 1,4 mil pessoas perderam a vida. Há ainda 13.113 feridos, sendo 3,4 mil em Israel e 9,7 mil em Gaza.

O número de mortos na guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas chegou, neste domingo, a mais de 3700 óbitos entre os dois povos.

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Israel planeja destruição total de Gaza com bombas aéreas JDAM, diz jornalista Hersh

Israel está planejando atacar Gaza com bombas aéreas JDAM, levando à destruição total da cidade neste domingo (15) ou na segunda-feira (16), afirmou o jornalista norte-americano Seymour Hersh em sua página na plataforma Substack, citando fontes.

“O planejamento atual sugere que um ataque com JDAM, se aprovado, aconteceria já no domingo ou na segunda-feira, conforme a eficácia da expulsão forçada da cidade de Gaza e do sul, com uma invasão terrestre imediata em seguida”, escreveu Hersh.

Isso levará à destruição total de Gaza, de acordo com o jornalista.
Israel está tentando persuadir o Catar a se unir ao Egito para financiar um acampamento para um milhão ou mais de refugiados retidos na fronteira, acrescentou Hersh.

Cairo, por sua vez, pode concordar com isso na esteira das recentes alegações de corrupção contra o senador norte-americano Robert Menendez, “decorrentes de seus laços comerciais com autoridades egípcias de alto escalão” e da suposta transferência de informações sobre indivíduos que trabalham na embaixada dos Estados Unidos no Cairo, resumiu ele.

Seymour Hersh ganhou o Prêmio Pulitzer por suas investigações dos crimes militares dos EUA no Vietnã e no Iraque.

Ondas de fumaça aumentam quando uma bomba aérea é lançada sobre a Torre Jala durante um ataque aéreo israelense na cidade de Gaza controlada pelo movimento palestino Hamas

*Sputnik Brasil

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Irã lança alerta de ameaça regional e Egito propõe cúpula

O governo do Egito propõe a realização de uma cúpula para tentar dar uma resposta à crise entre palestinos e israelenses, enquanto a diplomacia internacional se mobiliza para tentar impedir que a nova etapa do conflito se transforme em uma guerra regional. Os esforços ocorrem num momento em que o governo iraniano faz um alerta de que não há como garantir que uma invasão de Gaza não resulte num confronto regional.

Neste domingo, o Egito enviou convites a governos estrangeiros e principalmente para países do Oriente Médio.

De acordo com as autoridades do Cairo, há uma tentativa de que haja uma coordenação para que a ajuda humanitária também possa chegar aos palestinos. O governo egípcio, porém, mantém sua postura de que os palestinos não devem ser deslocados da Faixa de Gaza e de que precisam ser mantidos na região.

O argumento oficial é de que o êxodo esvaziaria ainda mais a causa palestina, ainda que diplomatas garantam que a medida tem como objetivo evitar a criação de um gueto palestino em seu território, que faz fronteira com Gaza.

Não há, por enquanto, qualquer indicação de quando essa reunião poderia ocorrer.

Num comunicado, o governo apenas afirmou que está “pronto para fazer qualquer esforço para acalmar a situação atual que envolve os combates entre Israel e o Hamas”. Mas também deixou claro que sua segurança nacional não seria rifada.

O anúncio ocorre no momento em que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, desembarca no Cairo para consultas. Nos últimos dias, ele esteve em cinco países árabes, na esperança de costurar uma posição conjunta de condenação ao Hamas. Nesta segunda-feira, ele está sendo esperado em Tel Aviv.

Irã lança alerta
Apesar dos esforços americanos, o governo do Irã fez um alerta de que “ninguém pode garantir” o controle do conflito se houver, de fato, uma invasão terrestre de Gaza por parte de Israel.

A declaração ocorreu num momento ainda que o governo dos EUA enviou um segundo porta-aviões para a região, supostamente para impedir que a crise transborde para outros países.

“Se os ataques do regime sionista (Israel) contra os cidadãos indefesos e o povo de Gaza continuarem, ninguém poderá garantir o controle da situação e a não expansão dos conflitos”, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian. Ele esteve com o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al-Thani, debatendo a situação.

Um dia antes, ele se reuniu com o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no Catar. Num comunicado do grupo islâmico, foi anunciado que o encontro serviu para que houvesse um acordo para “continuar a cooperação”.

Ainda segundo o comunicado, oi iraniano elogiou o ato do Hamas o qualificou como uma “vitória histórica” contra Israel.

*Jamil Chade/Uol

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Crise humanitária: 50 mil mulheres grávidas vivem ‘pesadelo’ em Gaza e 5 mil estão perto de dar à luz, aponta ONU

As 50 mil mulheres grávidas que vivem na Faixa de Gaza enfrentam um “pesadelo” com um sistema de saúde da região à beira do colapso, alertou neste domingo o representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para a Palestina, Dominic Allen.

Em entrevista à rede americana CNN, Allen destacou que o sistema de saúde de Gaza já estava em estado crítico, o que foi agravado em meio à reação israelense à ofensiva terrorista deflagrada pelo Hamas em 7 de outubro.

— [Gaza] Está sob ataque, à beira do colapso, e estas mulheres grávidas que nos preocupam seriamente não têm para onde ir. Elas estão enfrentando desafios impensáveis — afirmou Allen.

Segundo o representante do UNFPA, que é o organismo da ONU responsável por questões populacionais, cerca de cinco mil das 50 mil grávidas devem dar à luz no próximo mês, e algumas delas podem enfrentar complicações no parto.

— Imagine passar por esse processo nessas fases finais e no último trimestre antes do parto, com possíveis complicações, sem roupas, sem higiene, sem apoio, e sem ter certeza do que o dia seguinte, a próxima hora, o próximo minuto trará para si e para seu filho ainda não nascido — disse Allen, que classificou os relatos ouvidos em hospitais como “angustiantes”.

Allen contou que uma parteira de uma maternidade em Gaza lhe disse que, desde o início do conflito, algumas profissionais não conseguiram sequer chegar à unidade de saúde para prestar assistência dada a falta de segurança e o temor de bombardeios.

— A ajuda humanitária e o fornecimento [de itens básicos] a Gaza devem poder passar. Precisa ser aberto um corredor humanitário, e o direito humanitário ser respeitado. As mulheres grávidas devem, portanto, ter acesso a esses serviços de saúde que salvam vidas — disse Allen à CNN.

Após o ataque letal do movimento islâmico Hamas, em 7 de outubro, Israel decretou estado de sítio “total” na Faixa de Gaza, já sob bloqueio há 16 anos, para que nenhum alimento, água, nem eletricidade entre neste pequeno território onde vivem 2,4 milhões de pessoas.

Os ataques israelenses na Faixa de Gaza mataram 2.329 pessoas, informou o Ministério da Saúde palestino do Hamas, neste domingo (15).

Segundo esta fonte, 9.042 pessoas também ficaram feridas nos bombardeios de represália ao ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro. Um relatório anterior informou sobre mais de 700 crianças mortas em Gaza desde essa data.

O papa Francisco lançou, neste domingo (15), um apelo à criação “urgente” de corredores humanitários para os habitantes da Faixa de Gaza, bombardeada e sitiada por Israel.

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Novo prazo termina, e Israel prepara entrada por terra em Gaza

Apesar do apelo da ONU e da comunidade internacional, forças israelenses já posicionam dezenas de tanques no sul do país, próximo a Gaza.

O novo prazo que o Exército de Israel deu para os moradores do norte da Faixa de Gaza, chamado de Cidade de Gaza, deixem suas casas se esgotou neste domingo, 15. Com isso, é iminente a entrada de tropas israelenses por terra na região, que está em guerra desde o sábado 7, quando o grupo terrorista Hamas fez ataques sem precedentes a Israel.

As forças de Israel fariam uma operação por terra já no sábado, mas diante do apelo da ONU, que falou em “consequências humanitárias catastróficas”, além de ONGs e de outros países, decidiram prolongar o prazo dado aos palestinos da região, diz o Metrópoles.

Israel se prepara para um ataque maciço por terra, ar e mar à Faixa de Gaza. A ofensiva poderá representar uma das maiores carnificinas na história da Faixa de Gaza, densamente povoada. No sábado, o primeiro-ministro do país, Benjanim Netanyahu, visitou uma base militar e anunciou que “a próxima fase está chegando”.

O Exército de Israel tem pelo menos 300 mil soldados mobilizados para o ataque às bases do Hamas. Israel tem alguns dos equipamentos mais modernos do planeta para dar suporte e apoio ás tropas terrestres, o que inclui aeronaves não tripuladas de última geração, os drones, óculos de visão noturna e jatos equipados com radares sofisticados.

No sábado, o governo de Israel acusou o Hamas de bloquear a passagem de cidadãos que tentavam fugir do norte para o sul da Faixa de Gaza após a ordem dada pelos israelenses. O governo divulgou imagens do que seriam estas barreiras. Nas imagens aéreas, supostamente feitas por um um drone (avião não tripulado) aparece o que seria uma fila de carros e palestinos barrada por muralhas que os terroristas teriam colocado na pista.

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Odor de morte se espalha por Gaza devido aos mísseis e ao cerco de Israel

O médico Ahmad Muhanna, diretor de um dos hospitais da Al Awda em Gaza, conta que foi pessoalmente contatado via celular pelas forças de ocupação israelense, ordenando que evacue seus pacientes e vá para o Sul do território. Recusou. Explicou que a unidade de Jambalia é a única alternativa para muitos. Torce para não ser atingido junto com as dezenas de funcionários e feridos.

Israel prepara a invasão terrestre em resposta aos ataques terroristas do grupo Hamas, que deixaram mais de 1,3 mil mortos e dezenas de reféns. Para tanto, cortou suprimentos, bombardeia o território palestino e ordenou a evacuação de mais de 1 milhão de pessoas para o Sul. Até agora, foram mais de 2,2 mil mortos em Gaza.

A questão é que Muhanna e sua equipe encontrarão uma barreira inexpugnável na decisão heróica, que é a falta de recursos causado pelo cerco imposto por Israel, que impede a chegada de medicamentos, suprimentos hospitalares, eletricidade, água, combustível e comida. A ajuda humanitária também não tem data para chegar pela fronteira com o Egito.

Isso por falta de garantias de Israel. Não há certeza de que os comboios de produtos não serão bombardeados pelo Exército, tal como aconteceu com um comboio de pessoas que deixava o Norte de Gaza, atendendo à ordem de evacuação. As explosões de mísseis, que atingiram as chamadas “rotas seguras de saída”, podem ser vistos em vídeos que circulam nas redes, bem como os corpos resultantes. Ao todo, 70 pessoas morreram nesse ataque, incluindo crianças.

Ambulâncias vêm sendo atingidas pelos bombardeios, tal como médicos e enfermeiros, o que reduz a capacidade de atendimento.

Profissionais de saúde de Gaza com quem conversei neste sábado, disseram que a atuação é limitada sem eletricidade e reconhecem que muitos feridos sofreriam menos se tivessem morrido imediatamente nos ataques.

Além disso, dizem que o odor de morte impregna o ar do território. Como resultado dos bombardeios, com corpos se decompondo presos nos escombros, mas também porque os necrotérios estão colapsando.

Até carros de sorvete foram empregados para guardar corpos diante da falta de espaço nos hospitais. A questão é que até eles devem parar de funcionar sem combustível, bloqueado por Israel.

“O cerco a Gaza nos últimos 17 anos enfraqueceu um já frágil sistema de saúde. Desde o segundo dia do início da agressão, a usina de energia solar parou de funcionar e não há fonte de eletricidade a não ser geradores – que consome 50 litros por hora. Estamos prestes a esgotar as quantidades de reserva de combustível”, disse à coluna neste sábado Haneen Wishah, uma das coordenadoras da Al Awda, organização que administra hospitais e serviços de emergência em Gaza.

“É claro que isto resultará em uma crise humanitária sem precedentes devido ao fechamento total de hospitais devido ao corte de energia”, explica. Ela alerta que mais de 700 crianças perderam a vida em Gaza desde o início dos bombardeios. Mais de 100, apenas neste sábado.

Os hospitais também se tornaram uma espécie de ponto de refúgio para muitas pessoas que acreditam que estarão mais seguras em suas instalações. Com tanta gente acumulada, profissionais de saúde dizem que doenças infecciosas ganharam um incentivo para se espalhar mais rápido.

Até agora não foram estabelecidos corredores humanitários para a saída de palestinos da faixa de casa. Falta a aceitação do Egito para receber os refugiados e de Israel para garantir passagem segura. Enquanto isso as Nações Unidas criticam o governo israelense por conta do bloqueio, dos bombardeios e do êxodo caótico provocado em direção sul.

Como noticiou a Al Jazeera, o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, criticou a operação em Gaza, descrevendo a ação como “além do âmbito da autodefesa” e instando o governo de Benjamin Netanyahu a “cessar a punição coletiva” dos palestinos no território sitiado. Wang fez os comentários durante ligação com seu homólogo da Arábia Saudita.

A ligação foi escolhida a dedo, pois Israel estava se esforçando para normalizar as relações com a ditadura saudita.

O governo Netanyahu conta com a ajuda dos Estados Unidos e de parte da Europa. Mas o cheiro de morte em Gaza está se espalhando rápido. Quanto mais países sentirem o odor de crime contra a humanidade, menos apoio ele terá.

*Leonardo Sakamoto/Uol

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Hospital infantil de Gaza foi atacado por Israel com fósforo branco, denuncia ministra palestina

O hospital infantil de Al-Durra foi atacado com munições de fósforo branco proibidas a nível internacional, denunciou a ministra da Saúde palestina, Mai al-Kaila.

A ministra da Saúde palestina, Mai al-Kaila, disse neste sábado (14) que todos os principais hospitais da Faixa de Gaza foram totalmente ou parcialmente destruídos como resultado dos constantes ataques de Israel.

“O hospital de Beit Hanoun, o único da província do nordeste, foi atingido, o hospital infantil de Al-Durra foi atacado com munições de fósforo branco proibidas a nível internacional. O grande hospital indonésio Al-Shifa e o Hospital Central da Faixa de Gaza foram parcialmente destruídos, com outras instituições de saúde também fora de funcionamento”, disse al-Kaila à Sputnik.

Ao mesmo tempo, uma explosão atingiu um comboio em uma rota de evacuação em Gaza após o fim do prazo definido por Israel para o potencial ataque terrestre na região. Há relato de mortes, incluindo de crianças, mas o número exato de vítimas ainda não foi informado, segundo a CNN.

*Sputnik Brasil

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Após alerta aéreo em Golã, Israel bombardeia a Síria

A artilharia israelense bombardeou a Síria, neste sábado, pouco depois de alertas antiaéreos terem sido emitidos nas Colinas de Golã, território foi anexado por Israel em 1967, disse o Exército do país em um comunicado. “Após um relato inicial de sirenes soando nas comunidades de Avnei Eitan e Alma, a artilharia israelense entrou em ação contra os pontos de origem desses tiros na Síria”, acrescentou o Exército.

Este não foi o primeiro bombardeio feito por Israel à Síria, desde o início do conflito com o Hamas. Na quinta-feira, segundo a mídia síria, os israelenses atacaram os dois principais aeroportos do país, nas cidades de Damasco e Aleppo.

O bombardeio coincidiu com a visita a Israel do secretário de Estado americano, Antony Blinken, e horas depois de o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, ligar para seu homólogo sírio, Bashar al-Assad, e pedir aos países árabes e islâmicos que cooperem “para acabar com os crimes do regime sionista contra a nação palestina oprimida”.

Na Síria, a aviação israelense ataca especialmente os grupos apoiados pelo Irã e o movimento libanês Hezbollah, que são aliados de Damasco e inimigos declarados de Israel, além de posições do Exército sírio, diz O Globo.

Neste sábado, moradores de cidades israelenses perto da fronteira com o Líbano, incluindo os kibutzim Dan, Dafna, Snir e Goshrim, foram aconselhados a ir para abrigos e permanecer nesses locais até ordem em contrário. A decisão foi tomada em meio à intensificação da tensão na região fronteiriça entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel, que trocaram hostilidades pelo segundo dia consecutivo. Segundo o grupo libanês, que é liderado por Hashem Safi al-Din, um bombardeio israelense matou um de seus combatentes no Líbano.

Ataques de morteiros do Hezbollah em Mount Dov, no norte de Israel, feriram quatro israelenses, dois dos quais estão em estado crítico, segundo o jornal Haaretz. Já a mídia libanesa apontou a morte de dois idosos em Kfar Chouba, no sul do Líbano, após Israel realizar disparos para impedir uma infiltração terrorista.

O poderoso movimento xiita Hezbollah, pró-Irã, limitou-se a bombardear posições israelenses no norte, para mostrar seu apoio ao Hamas, depois do ataque terrorista lançado pelo movimento islâmico palestino em 7 de outubro, que deixou mais de 1,3 mil mortos em território israelense. Na sexta, porém, disse estar “totalmente preparado” para se somar ao Hamas no conflito contra Israel no momento certo.