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Resistência se organiza e toma ruas pelo mundo em desafio à extrema direita

Diante das estratégias de desestabilização implementadas por movimentos de extrema direita pelo mundo, grupos de resistência e governos começam a reagir. Nesta segunda-feira (29), o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, se recusou a renunciar, depois que um tribunal aceitou uma denúncia contra sua mulher costurada pela extrema direita espanhola.

No discurso em que anunciou que permaneceria no poder, Sánchez apontou justamente para o fenômeno que toma a Europa, os EUA, a América Latina e a democracia pelo mundo: a desinformação como base de uma decisão política.

“Se permitirmos que farsas deliberadas conduzam o debate político, se forçarmos as vítimas dessas mentiras a terem que provar sua inocência contra o Estado de direito. Se permitirmos que o papel das mulheres seja relegado à esfera doméstica, tendo que sacrificar suas carreiras em benefício de seus maridos. Se, em resumo, permitirmos que a irracionalidade se torne rotina, a consequência será que teremos causado danos irreparáveis à nossa democracia”, alertou.

Sanchez ainda denunciou a tentativa de “confundir a liberdade de expressão com a liberdade de difamação”. “Trata-se de uma perversão democrática com consequências desastrosas”, disse.

Sua decisão de continuar ocorre, segundo ele, por representar uma resposta ao “movimento reacionário global que visa impor sua agenda regressiva por meio da difamação e da falsidade”. “Vamos mostrar ao mundo como se defende a democracia”, prometeu.

A denúncia que abriu a crise política havia sido apresentada pela entidade Manos Limpias, de extrema direita, contra Begoña Gómez, esposa de Sánchez. Ela era acusada de tráfico de influência e corrupção em um suposto caso envolvendo recursos de um resgate.

*Jamil Chade/Uol

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Israel acumula fracassos estratégicos e militares em Gaza, afirma NYT

Jornal novaiorquino enfatiza que além de não libertar reféns nem ‘destruir o Hamas’, como prometido, Tel Aviv gerou discórdia com aliados ao planejar invadir Rafah.

“Israel não alcançou seus principais objetivos na guerra”, nos quais, segundo a nação, consistem na libertação de reféns e na “destruição total do Hamas”. É o que diz uma reportagem publicada pelo jornal The New York Times, em 22 de abril.

Segundo o veículo norte-americano, foram mais de seis meses de um conflito custoso no qual Tel Aviv ficou à mercê de seus aliados próximos, enquanto gerou tensões globais decorrentes do alto número de palestinos massacrados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), da fome instalada em Gaza e dos assassinatos a funcionários humanitários que auxiliavam as vítimas da guerra na região.

Dados apontados pela matéria indicam que as baixas militares de Israel começaram a aumentar, com cerca de 260 mortos e mais de 1.500 feridos desde que a nação intensificou suas operações no território palestino, em 7 de outubro de 2023.

As autoridades de Tel Aviv afirmam que cerca de 133 israelenses permanecem reféns em Gaza. No entanto, as negociações para garantir um acordo que possibilite o retorno de pelo menos alguns deles em troca do cessar-fogo e da libertação de prisioneiros palestinos, exigido pelo Hamas, seguem num impasse.

Em um contexto em que as forças israelenses relatam um aumento no número de baixas do grupo de resistência palestino, sem nenhum soldado de seu exército sendo morto desde 6 de abril, e as crescentes ameaças do premiê Benjamin Netanyahu para invadir Rafah, considerado o “último abrigo humanitário” dos palestinos, o The New York Times questiona: “quem governará Gaza e fornecerá sua segurança se os combates acabarem?”

Para a pergunta, autoridades norte-americanas e israelenses, membros do Hamas e palestinos no enclave foram ouvidos pela reportagem.

Douglas London, oficial aposentado da CIA que trabalhou 34 anos na agência, responde que “por mais danos que Israel possa ter infligido ao Hamas, o grupo ainda tem capacidade, resiliência, financiamento e uma longa fila de pessoas esperando para se integrar ao grupo”.

Tel Aviv crê que quatro batalhões do Hamas estão baseados na cidade de Rafah, e que milhares de outros combatentes se refugiaram na região, em meio a um milhão de civis palestinos. E para as IDF, esses batalhões devem ser desmantelados por meio de uma incursão terrestre.

A orientação israelense para que os palestinos se “desloquem a áreas mais seguras” entra em contradição, segundo Washington, uma vez que grande parte do enclave já está inabitável em decorrência dos seis meses de ataques.

“É um momento oportuno para Israel fazer a transição para uma nova fase [da guerra], focada em operações de contraterrorismo muito precisas, particularmente dada a situação de 1,2 a 1,3 milhão de palestinos, todos agrupados dentro de Rafah e seus arredores”, disse o tenente-general Mark C. Schwartz, comandante aposentado de Operações Especiais dos Estados Unidos, que coordenou a segurança norte-americana para Israel e para a Autoridade Palestina.

*Opera Mundi

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Israel emite alertas a embaixadas após repercussão de possíveis mandados de prisão do Tribunal de Haia

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, emitiu alertas neste domingo (28) às embaixadas israelenses para reforçar sua segurança, após relatos da imprensa local de que o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, estaria se preparando para emitir mandados de prisão contra integrantes do alto escalão do governo sob acusações relacionadas a guerra na Faixa de Gaza.

O tribunal, que pode acusar indivíduos de crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio, está investigando o ataque do Hamas em 7 de outubro contra Israel e sua resposta desproporcional que já fez mais de 30 mil vítimas em Gaza.

Segundo a mídia israelense, o TPI pode emitir mandados de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outros integrantes do alto escalão do governo por supostas violações do direito humanitário internacional.

No comunicado às embaixadas, Katz afirmou que era preciso a reforçar a segurança por causa do risco de uma “onda de antissemitismo severo”. “Esperamos que o tribunal (TPI) se abstenha de emitir mandados de prisão contra altos funcionários políticos e de segurança israelenses”, disse. “Não abaixaremos a cabeça nem seremos dissuadidos e continuaremos lutando”, acrescentou.

Já Netanyahu afirmou, na última sexta-feira (26), que qualquer decisão do TPI não afetará as ações de Israel, mas “estabelecerá um precedente perigoso”.

*GGN

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Pedro Sánchez anuncia que permanecerá no cargo de primeiro-ministro da Espanha

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira (29) que irá permanecer no cargo que ocupa desde 2018.

Sánchez cancelou sua agenda pública na última semana para refletir se permanecia no comando do governo, depois que um tribunal de Madri abriu uma investigação contra sua esposa, Begoña Gómez.

Falando do Complexo da Moncloa, o premiê criticou as acusações feitas contra a sua esposa, afirmando que a vivência política “não vale a pena” caso “mentiras mais grosserias substituam o debate respeitoso e racional baseado em evidências”.

“Não há nada que justifique o sofrimento injusto das pessoas que não querem nada mais que respeito, e ver como se tentam destruir sua dignidade sem o mínimo fundamento”, disse Sanchéz.

“Vivemos em uma sociedade em que nos ensinam e nos exigem a seguir trabalhando a todo custo, mas há vezes em que a única forma de avançar é nos detendo, refletir e decidir com clareza por onde queremos caminhar.”

No sábado (27), milhares de pessoas se manifestaram nas ruas de Madri em apoio a Sánchez, à espera de seu anúncio previsto para segunda-feira (29) sobre se continuará ou não no cargo.

Sanchéz disse que a mobilização influiu “decisivamente” em sua decisão para permanecer no cargo e agradeceu o apoio.

“Eu decidi seguir, seguir com mais força à frente da presidência do governo da Espanha.”

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China deixa de ser a segunda maior parceira comercial da Argentina

“Não só não vou fazer negócios com a China, como não vou fazer negócios com nenhum comunista” — esta foi uma das frases do então candidato à presidência da Argentina, Javier Milei, durante a campanha eleitoral do ano passado.

“Sou um defensor da liberdade, da paz e da democracia. Os chineses não entram lá”, acrescentou, em entrevista ao jornalista Tucker Carlson, em setembro de 2023.

Quando se tornou presidente, no entanto, Milei tentou contornar a situação e explicar sua posição frente ao gigante asiático.

“Somos liberais. E se as pessoas quiserem continuar a fazer negócios com a China, podem continuar fazendo os mesmos negócios de sempre. O que eu disse é que não vou estar alinhado com os comunistas, e por acaso estou alinhado com os comunistas?”, disse, em outra ocasião, à agência de notícias Bloomberg.

Essa distância entre os países parece ter se materializado na prática: Milei ainda não teve reuniões oficiais com o presidente chinês, Xi Jinping.

Agora, a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, está tentando outras abordagens ao liderar uma viagem internacional, que inclui uma passagem pela China entre os dias 28 e 30 de abril.

No período que antecedeu a viagem, o governo chinês também demonstrou a sua vontade de “descongelar” a relação. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou que Argentina e China são “parceiros estratégicos abrangentes”.

Mas, enquanto tudo isso acontece, uma informação espalha-se como um incêndio no mundo dos negócios e da geopolítica: a China deixou de ser o segundo parceiro comercial da Argentina em março.

Segundo o último relatório sobre o intercâmbio comercial argentino, divulgado na semana passada pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), esse lugar hoje pertence à União Europeia, enquanto a China é o terceiro.

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Vídeo: Mais um homem negro morre sufocado em ação policial nos EUA

Mais um ser humano negro calado e sufocado até a morte pela polícia na terra da democracia e da liberdade de expressão irrestrita.

A bofetada de realidade na cara dos cretinos que usam esse país doente e preso ao ódio como métrica do mundo livre.

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Cientista questiona serviço de inteligência israelense: “O que é pior? Não saber dos ataques ou saber e não fazer nada?”

Após renúncia do diretor do serviço de inteligência, Pedro Costa Jr. analisa o debate global sobre a falta de eficácia do sistema israelense.

A guerra entre Israel e Hamas teve um novo desenvolvimento que atraiu a atenção da mídia na última segunda-feira (22/04), quando o diretor do serviço de inteligência militar israelense, General Aharon Haliva, renunciou após assumir a responsabilidade por não detectar o ataque do Hamas em 7 de outubro e pelo desencadear da guerra que já vitimou mais de 30 mil pessoas apenas na Faixa de Gaza.

O grande questionamento feito globalmente sobre os serviços de inteligência de Israel aponta para dois caminhos: O que é pior? Um serviço de inteligência sofisticado como o de Israel não saber dos ataques ou saber e não fazer nada?

“Estava acompanhando a CNN Internacional e o grande questionamento é o seguinte. O que é pior? Um serviço de inteligência tão caro como o de Israel, tão sofisticado, badalado, não saber dos ataques ou saber e não fazer nada? Esse debate alcançou o mundo”, afirma o cientista Pedro Costa Júnior em entrevista ao GGN.

Na visão de Costa Júnior, a demissão indica uma certa fragilidade do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por desmentir a eficácia do serviço de inteligência de Israel, considerado um dos melhores do mundo até então.

“É o primeiro alto escalão que renuncia desde os ataques do Hamas no dia 7 de outubro do ano passado, e que expôs o famoso, famigerado serviço de inteligência de Israel, dito como o serviço de inteligência mais sofisticado do mundo. Basta ver o que Israel destina do seu orçamento público para esse serviço de inteligência”, observa.

*GGN

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Ao menos 180 corpos são encontrados em cova comum no hospital de Khan Yunis, na Faixa de Gaza

Em 7 de abril, as tropas israelenses se retiraram da cidade no sul da Faixa de Gaza.

Os corpos de 180 pessoas foram encontrados pelos serviços de emergência palestinos em uma cova comum no Complexo Médico Nasser na cidade sul de Gaza de Khan Yunis, relatou a emissora Al Jazeera.

Os corpos, incluindo os de mulheres idosas e crianças, foram descobertos no pátio do hospital durante o fim de semana, segundo o relatório.

7 de abril, as tropas israelenses se retiraram da cidade, com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmando que as Forças de Defesa de Israel eliminaram o movimento palestino Hamas em uma estrutura militar na cidade.

Israel lançou uma incursão terrestre na Faixa de Gaza após o Hamas atacar o estado judeu em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando cerca de 240 outras. Até agora, mais de 34.000 pessoas foram mortas por ataques israelenses na Faixa de Gaza, de acordo com autoridades locais.

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Vídeo: israelense chuta bandeira da Palestina, que explode

Apesar da explosão, israelense sofreu ferimentos leves e se recusou a ser encaminhado ao hospital. O incidente ocorreu na Cisjordânia

Um israelense, de identidade desconhecida, foi vítima de uma explosão após chutar uma bandeira da Palestina em uma área do assentamento de Kochav Hashahar, na Cisjordânia. Ainda não foi possível determinar quando o incidente ocorreu.

Imagens começaram a circular nas redes sociais nesse domingo (21/4) e mostram o momento em que a vítima caminha até a bandeira, que está fincada em um campo, e tenta removê-la. A informação é do jornal The Times of Israel.

Depois disso, o homem é surpreendido por um dispositivo explosivo, que, segundo a mídia israelense e palestina, estava enterrado no chão e explodiu com o chute.

Após a explosão, uma nuvem de fumaça e escombros se formou. Os passageiros no veículo, que gravavam a tentativa de retirar a bandeira, chegaram a gritar assustados.

Veja:

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Ativistas de mais de 30 países navegam rumo a Gaza com toneladas de ajuda humanitária para romper o cerco

Internacionalista Thiago Ávila representa o Brasil na iniciativa da “Flotilha da Liberdade”, que desafia Israel para levar 5 mil toneladas de alimentos e medicamentos.

Partirá de Istambul na próxima quarta-feira a Flotilha da Liberdade, coalizão de organizações e ativistas de mais de 30 países que há anos realiza expedições marítimas com ajuda humanitária com o objetivo de desafiar o bloqueio ilegal israelense em curso na Faixa de Gaza e entregar ajuda humanitária à população palestina.

“A fome está sendo utilizada por Israel como uma arma de guerra. Já 27 crianças morreram de fome em Gaza e os índices de catástrofe estão entre os mais graves existentes no mundo. Na história recente, a situação que o povo de Gaza enfrenta só é comparável à situação que 2 regiões da Somália passaram em 2011 e em partes do Sudão do Sul em 2017, com a diferença de que em Gaza hoje toda a população está sendo submetida a esse crime contra a humanidade”, afirma Thiago Ávila, representante do Brasil na Flotilha da Liberdade.

Israel mantém Gaza sob ocupação militar desde 1967 e sob cerco total desde 2007. Isso significa que qualquer criança de 0 a 17 anos (a maioria da população de Gaza está entre essa faixa etária) nunca viveu um único dia de sua vida em liberdade. As restrições impostas por Israel mesmo antes de outubro de 2023 impediam a entrada de itens essenciais como equipamentos médicos, alimentos (que ultrapassasse um cruel cálculo de calorias para cada pessoa, mas ainda mantendo a insegurança alimentar), materiais escolares e até coisas supérfluas e chocantes como vestidos de noiva, chocolates e óculos de mergulho.

As restrições, que já faziam organizações denunciarem Israel por transformar Gaza na “maior prisão sem teto do mundo” pioraram muito após outubro de 2023, quando o ministro da Defesa, Yoav Gallant, declarou que os palestinos em Gaza ficariam sem água, sem comida, medicamentos ou eletricidade como punição coletiva após os ataques de 7 de outubro. “Nós estamos enfrentando animais humanos e agiremos de acordo”, afirmou o ministro quando fechou totalmente as passagens para ajuda humanitária de Israel, além do cerco marítimo e aéreo e o controle que detém sobre a fronteira de Rafah, que separa o Egito do sul de Gaza.