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Vídeo: Para proteger bebês, médicos se recusam a deixar hospital em Gaza

Em Gaza, médicos se recusam a deixar um hospital, mesmo após uma ordem de evacuação, para proteger bebês e crianças que necessitam dos equipamentos.

Segundo a ONU, mais de 800 crianças já morreram por causa dos ataques no Oriente Médio.

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‘Dói muito ouvir as pessoas vivas embaixo dos escombros e não poder fazer nada’, diz palestino em Gaza

ATENÇÃO: a reportagem a seguir tem descrições de violência que alguns leitores podem considerar perturbadoras

Os gritos de socorro ecoam em meio à destruição causada por bombas lançadas na Faixa de Gaza. Embaixo de escombros de construções como prédios ou estabelecimentos comerciais há sobreviventes de ataques que clamam para ser salvos, segundo relato à BBC News Brasil do tradutor palestino Kayed Hammad, que está em Gaza.

Hammad conta que os cidadãos escutam os pedidos de ajuda, mas permanecem inertes diante da situação. “E nem mesmo os bombeiros conseguem ajudar, porque não há ferramentas para salvar essas pessoas. E estar ali tentando ajudar também é arriscar a própria vida.”

Ele afirma que as pessoas agonizam sob os escombros à espera de algum tipo de resgate ou até mesmo da morte.

Para o palestino de 59 anos, essa é uma das situações mais dramáticas que tem presenciado nos últimos dias, desde a escalada do conflito entre Israel e Hamas.

Até esta quarta-feira (18/10), pelo menos 3,3 mil pessoas foram mortas em ataques das forças de Israel em Gaza, segundo o ministro palestino da Saúde.

O conflito cresceu em intensidade após o ataque do grupo militante palestino Hamas a Israel no último dia 7 de outubro.

Até o momento, segundo autoridades locais, há cerca de 1,4 mil mortos em Israel.

Pelas janelas, o tradutor e a família acompanharam a tragédia na Faixa de Gaza. “Ao longo da minha vida, já vi sete ou oito conflitos, mas nada assim como está sendo agora.”

Nessas janelas das casas em que ficou, ele afirma ter visto construções sendo atingidas por bombas e pessoas morrendo, além de outras tentando sobreviver embaixo dos destroços dessas construções.

“Vi muita coisa. Vi bombas por todos os lados, ao longo dos dias e noites. Estamos sem luz, sem água, sem comida, sem serviços sanitários, muitas casas destruídas, muita gente morta e ainda tem muita gente morta embaixo dos escombros, que não puderam ser retiradas por falta de ferramentas para isso”, lamenta o palestino.

“Nem eu, nem os bombeiros e nem ninguém poderia resgatar essas pessoas embaixo dos escombros. Os bombeiros, inclusive, tiveram duas estações bombardeadas dias atrás. Bombardearam algumas ambulâncias também”, relata o palestino.

*BBC Brasil

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50 países se unem contra veto dos EUA e pedem reunião de emergência da ONU

Num gesto raramente visto na diplomacia internacional, mais de 50 países se uniram para pedir a convocação de uma reunião de emergência da Assembleia Geral da ONU. O objetivo é a de mobilizar apoio político para a proteção ao povo palestino, diante dos ataques de Israel em Gaza.

A decisão ocorre depois que o governo dos EUA vetou um projeto apresentado pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU, pedindo uma “pausa humanitária” e o fim da evacuação de civis do norte de Gaza. A presidência de Joe Biden já havia avisado o governo brasileiro que não queria o envolvimento do Conselho da ONU nas questões envolvendo Israel, depois dos atos terroristas cometidos pelo Hamas, no dia 7 de outubro.

O veto americano foi explicado pela Casa Branca por conta de sua insistência na necessidade de que Israel mantenha seu direito a autodefesa. A resolução, por ter um caráter humanitário, não tratava desse aspecto.

indicou, já na quarta-feira, que iria tomar uma decisão de driblar o veto americano e pensava em convocar a Assembleia Geral da ONU.

Agora, a iniciativa ganhou o apoio de mais de 50 países, entre eles Argélia, Indonésia, Arábia Saudita, Marrocos, Turquia, Moçambique, Nigéria, Camarões e Paquistão.

No Conselho de Segurança, uma aprovação de uma condenação apenas pode ocorrer se não houver o veto de todos os cinco membros permanentes da entidade. Mas, na Assembleia Geral, a regra é outra: basta que uma resolução tenha a maioria dos 192 votos.

Numa carta obtida pelo UOL e enviada por esses governos para a presidência da Assembleia Geral, o Grupo Árabe e do Grupo da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) nas Nações Unidas em Nova York, “solicitam a retomada da décima sessão especial de emergência da Assembleia Geral após o veto lançado em 18 de outubro de 2023 por um Membro Permanente do Conselho de Segurança sobre um projeto de resolução que aborda a grave situação do Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental”.

Diz a carta:

“À luz da gravidade da situação, devido, em particular, à agressão militar por parte de Israel, a potência ocupante, contra a população civil palestina na Faixa de Gaza, que, até a presente data, matou milhares de civis, incluindo crianças, mulheres e idosos, feriu dezenas de milhares, causou a destruição desenfreada de casas e outras propriedades e infraestrutura civis, e infligiu condições humanitárias catastróficas, arriscando uma desestabilização ainda mais perigosa da situação, colocando em risco mais vidas civis e ameaçando a paz e a segurança internacionais, é urgente que a Assembleia Geral se reúna para tratar dessa crise.”

Ao longo do processo negociador da resolução do Brasil, o Itamaraty cedeu e acomodou vários dos pedidos americanos, na esperança de que o texto pudesse ser aprovado.

Mas a atitude da Casa Branca foi vista como uma tática de protelar qualquer decisão, argumentando até mesmo que o órgão deveria esperar o fim da visita de Joe Biden à região.

Para a diplomacia brasileira, esses eram argumentos apenas para adiar qualquer gesto do Conselho e, mesmo aguardando a visita, não haveria qualquer garantia de que os EUA apoiariam o projeto.

Agora, a manobra dos árabes vai no mesmo sentido da estratégia já usada pelo governo americano contra os russos, quando o governo de Vladimir Putin também usou seu poder de veto no Conselho e impediu a aprovação de uma resolução que os condenava pela invasão da Ucrânia.

A Casa Branca, então, levou o caso para a Assembleia Geral e, ali, conseguiu votos suficientes para aprovar uma resolução condenando Putin.

*Jamil Chade/Uol

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Vídeo: Al Jazeera desmonta tese fantasiosa de Israel sobre ataque a hospital. Foram mais de 500 vítimas

Acusado de ser o autor do ataque, o governo israelense buscou culpar a Jihad Islâmica pelo bombardeio. TV local mostra por que a tese não se sustenta.

A Al Jazeera analisou o vídeo divulgado pelo governo de Israel sobre o bombardeio ao hospital Al-Ahli, em Gaza, ataque que deixou mais de 500 palestinos mortos. Acusado de ser o autor do ataque, o governo israelense foi a público divulgar sua versão e culpou a Jihad Islâmica pela explosão. No entanto, a TV local encontrou evidências que dizem o contrário.

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Militares têm “sinal verde” para invadir Gaza, diz ministro de Israel

O ministro da Economia de Israel afirmou que o governo tem como prioridade a destruição do grupo radical Hamas. Israel ameaça invadir Gaza.

O ministro da Economia de Israel, Nir Barakat, afirmou, nesta quinta-feira (19/10), que o exército israelense tem “sinal verde” para invadir a Faixa de Gaza quando estiver pronto. A informação é da ABC News.

Durante entrevista coletiva, Barakat acrescentou que o país se empenhará na recuperação dos reféns capturados pelo Hamas, mas destacou que a destruição do grupo extremista é a prioridade do governo.

Mais cedo, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallantn, afirmou que um ataque a Gaza virá em breve. “Quem vê Gaza de longe agora verá de dentro. Eu prometo. A ordem virá”, apontou Gallant.

Esta quinta-feira (19/10) marca o 13º dia do conflito entre Israel e Hamas. No último dia 7, o grupo radical realizou um ataque-surpresa ao território israelense. Desde então, Israel tem promovido bombardeios à Faixa de Gaza.

Crise humanitária
O território da Faixa de Gaza encontra-se em cerco total desde 9 de outubro. Com a determinação, a população da região lida com escassez de itens de primeira necessidade, como comida, combustível e alimentos.

A fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito deverá ser aberta para a entrada de ajuda humanitária nesta sexta-feira (20/10) pela manhã. A informação é do canal de televisão egípcio AlQahera News, que cita fontes do governo do país.

Nesta quinta-feira (19/10), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que permitirá a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza a partir do Egito.

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O que a face oculta da viagem de Biden a Israel pode esconder

Uma invasão, por ora, adiada.

Há uma face visível da viagem do presidente americano Joe Biden a Israel e outra oculta. Na primeira, Biden conseguiu que o governo do primeiro-ministro de extrema-direita Benjamin Netanyahu admitisse a entrada na Faixa de Gaza de 22 caminhões carregados de alimentos, garrafas de água e remédios.

Quando entrarão? Não se sabe. Estão na fronteira do Egito com Gaza, mas só começarão a se movimentar com autorização de Israel. É Israel que controla todas as portas de entrada em Gaza. E embora só exista uma que liga diretamente o Egito a Gaza, esta porta permanece sob controle militar de Israel.

A face oculta da viagem de Biden a Israel só é conhecida por ele e Netanyahu que conversaram a sós por uma hora e meia. Israel anunciou que invadiria Gaza por terra, mar e ar, e está pronto para fazê-lo. Mas ainda não invadiu. Será que invadirá? Voltará a reocupá-la? A reocupação foi desaconselhada por Biden.

Israel bombardeia Gaza desde 7 de outubro, quando foi alvo do ataque do Hamas que matou 1.300 pessoas e sequestrou entre 200 e 250. Até aqui, a guerra já matou 3.478 moradores de Gaza, dos quais 70% eram crianças, mulheres e idosos, e feriu 12.065.; em Israel, os mortos somam 1.300, e os feridos 4,2 mil.

Os bombardeios a Gaza já danificaram 27 hospitais, dos quais quatro deles foram evacuados e suspenderam os atendimentos; outros funcionam a meia-boca. A Organização Mundial da Saúde já havia documentado 57 ataques a unidades de saúde que resultaram na morte de ao menos 16 profissionais da área.

Cerca de 5.500 unidades habitacionais foram danificadas e tornaram-se inabitáveis. Mais de um milhão de pessoas deslocaram-se de um lugar para outro em Gaza na tentativa de escapar às bombas e aos mísseis. Há 352 mil vivendo em abrigos de emergência no centro e no sul do enclave.

Martin Griffiths, o responsável pela ajuda humanitária da ONU, disse que a água está sendo racionada para um litro por dia por pessoa em instalações da ONU para palestinos em Gaza. “As pessoas são cada vez mais forçadas a procurar água de fontes inseguras”, acrescentou. Gaza está sem energia, cortada por Israel.

“Vivemos num Estado de direito, a guerra tem de ser feita pelas regras de um Estado de direito. Não podemos esquecer estas regras, senão os terroristas ganham”, sublinhou Biden antes de embarcar de volta a Washington. Quase ao mesmo tempo, o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, declarou em Lisboa:

“Israel tem de respeitar o direito humanitário e internacional (e o bloqueio de Gaza] não cumpre nem respeita esse direito.”

*Blog do Noblat

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Brasileiros relatam noite de pânico com bombardeios em Rafah: ‘Todos morrerão aqui’

Os novos bombardeios à cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, deixaram os brasileiros que aguardam por resgate em pânico. Eles aguardam a abertura da fronteira com o Egito para serem repatriados pelo governo brasileiro. O GLOBO conversou com Alajrami Ahamed, de 43 anos.

— Houve um bombardeio muito violento à noite, e não conseguimos dormir. Não há proteção em Gaza, todos morrerão aqui. A situação é muito difícil e todos estão em perigo. Israel está matando todo mundo.

Alajrami Ahmed disse que foi possível ver o bombardeio de onde estavam. Ele está com outros nove brasileiros em uma casa da embaixada brasileira a 1 km da fronteira com o Egito aguardando um cessar-fogo temporário e a autorização de saída de Gaza.

A liberação da fronteira para saída de civis ainda depende do aval de Israel, que tem resistido. O governo israelense teme que integrantes do Hamas se aproveitem do cessar-fogo para também saírem pela fronteira.

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27 unidades de saúde, 157 escolas e 8 mil residências destruídas em Gaza na guerra entre Israel e Hamas; 471 foram mortos em ataque a hospital

Corpos da população atendida no Hospital Árabe al-Ahli, na Faixa de Gaza, continuaram a ser encontrados hoje (18), um dia depois do bombardeio que despertou mais protestos internacionais contra Israel.

Em meio às disputas de versões sobre a guerra entre Israel e Hamas, autoridades de saúde de Gaza, governada pelo grupo extremista palestino, afirmaram que pelo menos 471 pessoas morreram no ataque aéreo à unidade de saúde, localizada no centro do enclave.

Lideranças da região atribuem o bombardeio de terça-feira à noite a um ataque aéreo de Israel, em resposta à ofensiva do Hamas em território israelense em 7 de outubro, que deixou mais de 1.400 mortos e quase 200 reféns sequestrados. Já o Exército israelense afirma ter “evidências” de que “a explosão foi provocada pelo lançamento de um foguete da Jihad Islâmica, que falhou”.

Relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários aponta danos graves à infraestrutura e serviços essenciais da região, como saúde, educação e saneamento

O número de mortos na guerra subiu para 3.478 pessoas vítimas do conflito, dos quais 70% seriam crianças, mulheres e idosos, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.

Os ataques teriam deixado 12.065 feridos e um número estimado de 1,3 mil pessoas soterradas em escombros de prédios atingidos por até esta quarta-feira, o 12º dia do conflito. Em Israel, foram confirmadas 1,3 mil mortes e 4,2 mil feridos, a maior parte deles em 7 de outubro.

Além das perdas humanas, dados do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) apontam que, além do al-Ahli, outros 26 hospitais foram danificados em bombardeios — quatro deles (Beit Hanoun, Hamad Rehabilitation, Al Karama e Ad Dura), ao norte de Gaza, foram evacuados e pararam completamente os atendimentos. Outros funcionam em capacidade mínima, diz O Globo.

Antes do ataque ao hospital Al Ahli, a Organização Mundial da Saúde já havia documentado 57 ataques a unidades de saúde, que resultaram na morte de ao menos 16 profissionais da área. Por causa dos bombardeios, 23 ambulâncias foram afetadas.

Os ataques também prejudicaram estruturas residenciais e educacionais de Gaza. Até 14 de outubro, segundo dados do Ministério das Obras Públicas de Gaza compilados pelo Ocha, 8.840 unidades habitacionais tinham sido destruídas e 5.434 foram danificadas e tornaram-se inabitáveis. Até 16 de outubro, 167 instalações de ensino foram atingidas por ataques aéreos, incluindo pelo menos 20 unidades da UNRWA e duas que eram usadas como abrigos de emergência para deslocados internos.

Na tarde desta terça-feira, segundo o Ocha, um bombardeio atingiu uma escola da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente que fica no campo de refugiados de Al Maghazi, no centro de Gaza, e que abriga cerca de 4 mil deslocados internos. Pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, de acordo com funcionários da entidade.

Um edifício universitário e sete igrejas também foram danificados e pelo menos onze mesquitas foram destruídas, segundo o relatório mais recente do Ocha. Houve danos, ainda, às instalações de água e saneamento. Até 12 de Outubro, pelo menos seis poços de água, três estações de bombeamento, um reservatório de água e uma usina de dessalinização que atende mais de 1 milhão de pessoas foram danificados.

O relatório mais recente do Ocha contabiliza mais de 1 milhão de pessoas deslocadas internamente em Gaza por causa do conflito. Entre elas, há mais de 352 mil que permanecem em abrigos de emergência designados pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês) no centro e no sul da região. Outros cerca de 55 mil deslocados estão alojados em 51 abrigos desvinculados à ONU, a maioria na cidade e no norte.

 

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Israel autoriza entrada de ajuda humanitária em Gaza pelo Egito após visita de Biden

Tel Aviv seguirá interditando envio de mantimentos de seu próprio território até que Hamas liberte reféns israelenses.

Israel anunciou nesta quarta-feira (18) que autorizará o envio de “comida, água e medicamentos” do Egito para a Faixa de Gaza após pedido do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que desembarcou em Tel Aviv durante a manhã. O território palestino, onde vivem mais de 2 milhões de pessoas, está totalmente bloqueado por Israel desde o ataque do grupo terrorista Hamas, no dia 7 de outubro.

“À luz do pedido do presidente Biden, Israel não impedirá a assistência humanitária via Egito, desde que seja apenas de alimentos, água e medicamentos para a população civil localizada no sul da Faixa de Gaza”, indicou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, segundo a Folha.

Outra condição para a autorização é que os mantimentos não sejam entregues ao Hamas, que domina Gaza. O envio de ajuda humanitária por Israel, por sua vez, seguirá interditado até que o grupo terrorista liberte os reféns capturados no ataque, afirmou Tel Aviv em um comunicado.

Biden confirmou que Israel havia autorizado a entrada de ajuda humanitária em Gaza via Egito “o mais rápido possível” e acrescentou que Washington está trabalhando com seus parceiros para que os caminhões cruzem a fronteira. O líder americano anunciou ainda uma ajuda de US$ 100 milhões (505,6 milhões) dos EUA para Cisjordânia e Gaza.

Nos últimos dias, diversos caminhões com suprimentos se dirigiram ao cruzamento de Rafah, no Egito —o único ponto de acesso ao território palestino fora do controle de Israel. Até esta quarta, porém, não havia garantia de que os veículos conseguiriam atravessar.

Segundo Cairo, Rafah era uma artéria vital antes do início dos atuais combates e não foi oficialmente fechada, mas tornou-se inoperante devido aos ataques aéreos israelenses no lado de Gaza.

A urgência se devia à crise humanitária no território palestino. Após os ataques terroristas, Israel cortou o fornecimento de água, eletricidade, combustível e alimentos a Gaza e deu um ultimato para que todos os moradores no norte do território, onde está metade da população total, fosse para o sul.

Segundo atualizações desta terça do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), diversas famílias estavam retornando para sua casas após se deslocarem por causa das condições que encontraram no sul, onde bombas continuam sendo lançadas por Israel.

Diversas organizações pediram que Tel Aviv liberasse a chegada de mantimentos, já que até mesmo os hospitais começavam a entrar em colapso.

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Biden promete ajuda militar “sem precedentes” a Israel e acende alerta para ampliação do conflito no Oriente Médio

“O mundo saberá que Israel estará mais forte do que nunca. Não ataquem Israel, não façam isso”, declarou o presidente dos Estados Unidos.

Após se encontrar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na manhã desta quarta-feira (18), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que pedirá ao Congresso de seu país a liberação de um pacote de ajuda militar “sem precedentes” a Israel: “o mundo saberá que Israel estará mais forte do que nunca”.

“Israel nunca estará sozinho enquanto os Estados Unidos existirem. (…) O Estado de Israel nasceu para ser um lugar seguro. Se Israel não existisse teríamos que inventá-lo. Talvez vocês não sintam assim hoje, mas Israel precisa de novo ser um lugar seguro para o povo judeu. E prometo a vocês, faremos tudo para que isso aconteça. Vou pedir ao Congresso americano um pacote sem precedentes para sua defesa. Nós vamos dar suprimentos, vamos ajudar a salvar vidas israelenses. O mundo saberá que Israel estará mais forte do que nunca. Minha mensagem para qualquer ator: não ataquem Israel, não façam isso”, declarou.

Biden ainda comparou o ataque do Hamas a Israel no último dia 7 ao Holocausto, mas ignorou o genocídio que Israel promove contra o povo palestino na Faixa de Gaza. “A brutalidade que nós vimos seria profunda em qualquer país do mundo. Mas aqui, num dia sagrado para s judeus, se tornou o dia mais triste desde o Holocausto. Trouxe lembranças do antissemitismo, do genocídio contra o povo judeu. O mundo não fez nada. Nós não vamos ficar de lado e não fazer nada de novo. Não hoje, não amanhã nem nunca. Aqueles que estão no limbo, esperando saber notícias de seus entes queridos, vocês não estão sozinhos. Estamos tentando de todas as maneiras trazer os reféns do Hamas. Para mim, como presidente americano, não há prioridade maior do que a libertação desses reféns”.

*Com 247