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Lira está acuado por ação no STF e investigação da PF

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está com sua liderança em xeque, acuado por uma operação da Polícia Federal para desbaratar um suposto esquema de desvio de verbas públicas abastecido por emendas parlamentares, o que resultou na exoneração de um ex-assessor direto de Lira, Luciano Cavalcante. Além disso, Alexsander Moreira, diretor do Ministério da Educação, também foi demitido pelo governo. Essas demissões aumentaram a pressão sobre Lira, que terá que lidar, a partir desta terça-feira (6), com um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que poderá torná-lo réu por corrupção passiva.

A operação da Polícia Federal, denominada Hefesto, está investigando desvios de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação. A suspeita é de fraude em licitação e lavagem de dinheiro na compra de kits de robótica para escolas em Alagoas, reduto eleitoral de Arthur Lira. Segundo as investigações, houve superfaturamento na compra dos kits entre 2019 e 2022, gerando um prejuízo de R$ 8,1 milhões aos cofres públicos.

Além da investigação em curso, Arthur Lira enfrenta um julgamento no STF relacionado a um caso de recebimento de propina. O inquérito teve início em 2012, quando foi apreendido um montante em dinheiro com um assessor da Câmara dos Deputados. A Procuradoria-Geral da República (PGR) alegou que o dinheiro seria destinado a Lira em troca de uma indicação na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Embora a defesa de Lira tenha recorrido contra a decisão de recebimento da denúncia, o julgamento será retomado no STF, diz o 247.

Reportagem do jornal O Globo destaca que o futuro político do presidente da Câmara está em jogo.

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Lira indicou emenda do orçamento secreto usada por prefeitura para compra de kit de robótica alvo da PF

Alvo da operação da Polícia Federal, a prefeitura de Canapi (AL), cidade localizada a 260 quilômetros da capital Maceió, pagou R$ 5,8 milhões para comprar 330 kits de robóticas para seus alunos em 2021. O dinheiro público usado para a aquisição, segundo documentos analisados pelo GLOBO, foi repassado ao município por meio do orçamento secreto, a pedido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A destinação consta em ofício enviado pelo próprio deputado ao Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado, segundo O Globo.

Lira não é alvo da investigação e tem negado qualquer ligação com os fatos apurados pela PF. Questionado pelo GLOBO sobre a emenda, o parlamentar afirmou não ter sido o responsável pela indicação dos recursos. “Cabia à Mesa Diretora da Câmara o encaminhamento das emendas de relator referentes ao conjunto de deputados que formam a Casa. Portanto, é equivocada a informação de que essas emendas foram destinadas pelo deputado Arthur Lira”, disse ele por meio de nota.

Documento enviado por Lira ao STF no ano passado, contudo, contraria essa versão. Após ordem da Corte para que o Congresso divulgasse quem eram os “padrinhos” das emendas de relator, Lira enviou uma tabela com as indicações que contavam, segundo suas próprias palavras, com o seu “apoio”.

“Como forma de cumprir determinação de ampla publicidade e transparência na distribuição desses investimentos, anexo a este ofício uma planilha que reúne as informações solicitadas”, escreveu o parlamentar, incluindo na relação apenas emendas direcionadas a Alagoas, seu reduto eleitoral, e não a totalidade da Câmara, como agora alega.

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Com visita de Maduro e recriação da Unasul, Lula dissemina cultura e paz no continente

Dentre os movimentos do governo brasileiro do presidente Lula (PT) submetidos ao rotineiro menoscabo da chamada mídia tradicional, a reunião de presidentes sul-americanos, realizada em Brasília nesta semana, merece atenção.

Compareceram os presidentes de onze dos doze países da região. A exceção foi o Peru, que vive as consequências de mais um golpe de Estado, nódoa infelizmente constante no continente.

Durante a reunião, evidenciaram-se diversas intenções.

O Brasil claramente ambicionava a retomada integral da Unasul como entidade capaz de coordenar esforços destinados à criação de um bloco autônomo, especialmente em relação à tradicional tutela estadunidense sobre a região. Como pano de fundo, claro, está a preparação da região, associando forças e interesses, para ocupar espaços de influência num mundo cada vez mais multipolar.

Nessa lógica, caberia a uma entidade como a Unasul caminhar para a criação de instrumentos que genericamente correspondessem ao que veio acontecendo na Europa após os horrores da Segunda Guerra Mundial e do holocausto.

Coordenações comerciais, aduaneiras, diplomáticas e políticas acabaram redundando numa moeda única e na União Europeia.

Diferentemente desta, porém, Lula pretende alicerçar a Unasul justamente sobre ideias que não vicejaram no projeto europeu: a paz, o multilateralismo e a tolerância com as diferenças.

Como é evidente, a Europa está mergulhada no conflito russo-ucraniano, já participou de outras intervenções e mostra-se cada vez mais caudatária do unilateralismo de Washington.

A reincorporação da Venezuela ao grupo sul-americano demonstra o compromisso do grupo de países com a tolerância.

Enquanto a superpotência do Norte convoca bloqueios e impõe sanções comerciais ao vizinho, o Brasil, com a visita de Estado do presidente Nicolás Maduro, patrocina a plena reinserção da Venezuela no concerto regional.

Washington e seus aliados demandam intervenção nos assuntos internos da Venezuela com base na instrumentalização de temas como democracia (ou “ditadura”) e direitos humanos.

Já o Brasil e outros países instam a Venezuela a se defender, a mostrar sua versão. Em coerência, Brasília estimula que as eleições do ano que vem sejam livres, com ampla supervisão internacional.

Não houve adesões definitivas à recriação da Unasul. As chancelarias dos países foram encarregadas de estudar o que fazer da entidade, de maneira a evitar sua sobreposição com outros organismos de coordenação regional.

Que tenha sido o Brasil de Lula a provocar a maior e mais ideologicamente variada reunião de presidentes sul-americanos mostra muito sobre as potencialidades existentes.

As diferenças ideológicas poderão ser aparadas a partir dessa inédita aproximação presencial das altas lideranças.

A despeito de naturais resistências, que poderão ser dissipadas, reafirmou-se a viabilidade de alguma coordenação regional autônoma como instância para a vigência de novos valores. A atitude proativa do Brasil demonstra seu compromisso com a altivez no plano das relações externas também no plano continental.

*247

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Por que Lira não moverá uma palha para evitar cassação de Deltan

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira não moverá uma palha para evitar a cassação do deputado federal Deltan Dallagnol.

Arthur Lira não moverá uma palha para a evitar a cassação de Deltan Dallagnol, determinada pelo TSE, diz Paulo Cappelli, Metrópoles.

O presidente da Câmara não esquece que Deltan, quando procurador da Lava Jato, pediu a cassação de seu mandato e de seu pai, Benedito Lira. E que chegou a conseguir bloquear bens de ambos.

Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes são outro motivo pelo qual Lira não atuará por Deltan. Ambos os magistrados concordam com a pena aplicada ao ex-procurador e são próximos do presidente da Câmara. Lira, portanto, não entrará em rota de colisão com os ministros do STF.

Na semana passada, Deltan apresentou um manifesto assinado por 115 deputados contra a sua cassação. Lira, contudo, deverá sacramentar, na próxima terça-feira, a perda de mandato do ex-procurador da Lava Jato.

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Salles dá indireta para Bolsonaro: ‘Quem com os porcos anda, farelo come’; e é o que ele está comendo

O deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (PL-SP), deu indiretas ao seu principal padrinho político, Jair Bolsonaro, após perder apoio em sua candidatura à prefeitura de São Paulo em 2024.

Salles deseja ser o candidato da extrema-direita no combate a Guilherme Boulos (PSOL-SP), que já é dado como certo para ser o nome da esquerda no pleito municipal.

Ontem, o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve na capital paulista. Além de ser duramente hostilizado pelo público do Morumbi no jogo entre o São Paulo e o Sport do Recife, ele também sinalizou apoio ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) para a reeleição.

Salles queria contar com o apoio do ex-presidente em sua candidatura, mas acabou se decepcionando e foi reclamar no Twitter.

“Quem com os porcos anda, farelo come”, disse o parlamentar. Depois, se explicou melhor, tentando associar Valdemar da Costa Neto ao PT.

“Vou explicar: Valdemar, através do deputado Antonio Carlos Rodrigues, ex-ministro da Dilma e ATUAL elo de ligação do PL com o PT, tem 1 Secretaria e 2 subprefeituras na administração Nunes, que não apoiou Bolsonaro ano passado e ainda disse ao Estadão não querer ser o candidato da direita”, afirmou Salles na rede social.

“Seu partido, MDB tem ministérios e é base do PT no Congresso. A Prefeitura, de Nunes e Marta, está cheia de petistas. Enfim, para o Centrão é tudo business. Não são conservadores, nem liberais e nem direita. Muito menos oposição. Jamais serão. Serão sempre governo. Não foi para isso que passamos 4 anos lutando contra a esquerda. Vergonha”, disse.

Salles recebeu diversas críticas de bolsonaristas, que lhe chamaram de “menino mimado”. O deputado federal conta com 10% das intenções de voto na última avaliação de intenção de votos do Paraná Pesquisas, divulgada em 8 de maio. Para vencer Boulos, o bolsonarista teria que tirar mais de 29% de diferença de votos.

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Mídia tradicional esconde acusações de Tony Garcia contra Moro e procuradores

Por Ronny Teles, em seu twitter – Mais de 24 horas depois da BOMBA, na revista Veja, contra Sergio Moro, que é a denúncia feita por Tony Garcia, NENHUM portal da mídia tradicional mencionou o assunto.

Mais de 24 horas depois da BOMBA, na revista Veja, contra Sergio Moro, que é a denúncia feita por Tony Garcia, NENHUM portal da mídia tradicional mencionou o assunto.

Claro, fora a própria Veja.

E mais de 24 horas após o depoimento, ainda mais bombástico, que o mesmo Tony Garcia deu à TV 247, NENHUMA mídia tradicional mencionou o assunto.

Neste caso, nem mesmo a própria VEJA.

Fazendo uma contagem grosseira, a live da TV 247 teve cerca de 100 mil visualizações. Fora os cortes e os views na página de texto do Brasil 247.

Isto significa que, ao menos, cerca de 100 mil pessoas sabem hoje desta nova denúncia contra Moro, EXCLUSIVAMENTE graças ao trabalho de uma mídia QUE NÃO É da grande hejemônica digníssima, corporativíssima, bajuladíssima, concessionadíssima.

Além disso, só no canal Ronny Teles, mais 100 mil pessoas ficaram cientes desta denúncia. Isto sem contar nos canais semelhantes a este.

Em outras palavras, com os canais independentes como o nosso reverberando os assuntos, pelo menos o dobro de pessoas, e provavelmente muito mais que isso, tiveram acesso a uma informação de extrema importância para a política brasileira, nas primeiras horas.

Seria inteligente para a esquerda pensar bem antes de tomar decisões que fortaleçam a “sagrada mídia tradicional que nos salvará das fake news”. Ou mesmo antes de regulamentar o universo da notícia na internet sem consultar as nossas necessidades, como entes mais frágeis desse ecossistema.

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Bolsonaro usou cofre do governo como caixa de campanha

Detalhes da fatura ampliam provas de abuso de poder econômico e motivos para tornar ex-presidente inelegível.

Faltava um ano para a eleição quando Jair Bolsonaro prometeu um auxílio de R$ 400 por mês para os caminhoneiros. Era outubro de 2021, e o presidente via o preço dos combustíveis azedar o humor de um grupo importante de sua base política, diz Bruno Boghossian, Folha.

O plano sofreu resistências dentro do governo e ficou na geladeira. A equipe econômica e o centrão só embarcaram naquela gastança em julho de 2022, quando o cheiro de derrota nas urnas ficava mais forte. O desespero era tanto que o voucher foi turbinado para R$ 1.000.

Bolsonaro usou o caixa do governo como fundo de financiamento de campanha. O rombo que o ex-presidente deixou mostra que a ordem era despejar sem critério a maior quantidade possível de dinheiro com o carimbo do Palácio do Planalto nos meses que antecederam a eleição.

A Controladoria-Geral da União calculou parte da fatura. Segundo uma auditoria do órgão, 110 mil caminhoneiros tiveram acesso ao auxílio sem cumprir os requisitos. O prejuízo foi de R$ 582 milhões.

A CGU também identificou 246 mil taxistas que receberam vouchers de forma indevida —o que representa 78% do total de beneficiários do programa. Entre os inscritos, havia gente morta e motoristas que não podiam dirigir porque estavam com a carteira de habilitação vencida. Mais R$ 1,4 bilhão acabaram no ralo.

A farra ainda deixou um buraco na Caixa. No ano eleitoral, o governo Bolsonaro criou duas linhas de crédito no banco para amortecer a rejeição ao então presidente. Um programa emprestou R$ 3 bilhões para pessoas com nome sujo. Segundo o UOL, o calote foi de 80% e terá que ser coberto com dinheiro público.

O passivo eleitoral de Bolsonaro era tão grande que nem a festança bilionária foi capaz de comprar uma vitória em outubro. Depois de sonhar com uma virada de mesa, o capitão fugiu para os EUA e deixou a conta pendurada para o sucessor. Além da derrota, o abuso de poder econômico tem tudo para entrar na longa lista de motivos para declarar o ex-presidente inelegível.

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Espero explicações do governo se a polícia bater um dia à minha porta

Arthur Lira, que tenta emparedar Lula, desconfia que Lula faz o mesmo com ele.

A Polícia Federal bateu à porta de Luciano Cavalcante, funcionário do gabinete do líder do PP na Câmara. E só porque ele já foi assessor do presidente da Câmara, Flávio Dino, ministro da Justiça, procurou Arthur Lira (PP-AL) para se explicar.

Se somos iguais perante a lei e, por extensão, perante à Justiça, espero a visita de Dino, a quem a Polícia Federal é subordinada, se ela nos próximos quatro anos bater à minha porta. Ou nos próximos oito, caso Lula se reeleja e Dino continue onde está.

Pau que bate em Chico bate em Francisco. Mão que afaga Francisco deve – ou deveria – afagar Chico. Juro que, ao contrário de Lira, não direi publicamente que não me senti incomodado, e pelas costas, que vou retaliar o governo tão logo possa.

Lira pode agir assim porque é poderoso, eu não sou. Lira, se quiser, pode mentir à vontade, eu não. Se eu publicar uma informação errada, sou obrigado a me corrigir. Político algum se corrige: inventa uma narrativa, palavra da moda, e toca em frente.

Desde o ano passado, a Polícia Federal investiga fraude em licitação na compra de kits de robótica em Alagoas com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Os kits foram vendidos por uma mesma empresa de amigos de Lira

Estima-se que os cofres públicos tiveram um prejuízo de R$ 8,1 milhões. A Polícia Federal, em março deste ano, fez um pedido de buscas e prisões. E a Justiça autorizou. Só em um endereço em Maceió foram encontrados R$ 4,4 milhões em dinheiro vivo.

Lira disse a GloboNews que não tem absolutamente nada a ver com o que está acontecendo e que cada um é responsável pelo seu CPF.

alvez Lira soubesse. Porque na quarta-feira ele quis deixar caducar a Medida Provisória que deu ao governo a atual configuração. Quando ela foi aprovada, ele disse que o governo terá de andar sozinho. A operação da polícia foi só no dia seguinte.

O presidente da Câmara tem colecionado frustrações com o governo. Em abril, Dino vetou a indicação de Lira para uma vaga de desembargador do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região. Ora, por que, diabos, um deputado quer nomear juízes?

erá só por amizade com o indicado? Será por que se preocupa com o fortalecimento da Justiça e considera o nome que indicou o mais habilitado para o cargo? Ou por que seu afilhado, se aceito, ficaria lhe devendo o favor e se prestaria a protegê-lo?

Lira queria promover a desembargador o juiz João Carlos Mayer. Dino não topou porque o juiz era muito próximo do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, suspeito de ter estimulado os ataques golpistas de 8 de janeiro. A minuta do golpe estava com Torres.

O Supremo Tribunal Federal marcou para a próxima semana o julgamento de um recurso de Lira contra a denúncia que o tornaria réu por corrupção passiva. É acusado de receber propina de R$ 106 mil. O dinheiro foi apreendido com um ex-assessor de Lira.

*Blog do Noblat

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