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Lira está acuado por ação no STF e investigação da PF

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está com sua liderança em xeque, acuado por uma operação da Polícia Federal para desbaratar um suposto esquema de desvio de verbas públicas abastecido por emendas parlamentares, o que resultou na exoneração de um ex-assessor direto de Lira, Luciano Cavalcante. Além disso, Alexsander Moreira, diretor do Ministério da Educação, também foi demitido pelo governo. Essas demissões aumentaram a pressão sobre Lira, que terá que lidar, a partir desta terça-feira (6), com um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que poderá torná-lo réu por corrupção passiva.

A operação da Polícia Federal, denominada Hefesto, está investigando desvios de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação. A suspeita é de fraude em licitação e lavagem de dinheiro na compra de kits de robótica para escolas em Alagoas, reduto eleitoral de Arthur Lira. Segundo as investigações, houve superfaturamento na compra dos kits entre 2019 e 2022, gerando um prejuízo de R$ 8,1 milhões aos cofres públicos.

Além da investigação em curso, Arthur Lira enfrenta um julgamento no STF relacionado a um caso de recebimento de propina. O inquérito teve início em 2012, quando foi apreendido um montante em dinheiro com um assessor da Câmara dos Deputados. A Procuradoria-Geral da República (PGR) alegou que o dinheiro seria destinado a Lira em troca de uma indicação na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Embora a defesa de Lira tenha recorrido contra a decisão de recebimento da denúncia, o julgamento será retomado no STF, diz o 247.

Reportagem do jornal O Globo destaca que o futuro político do presidente da Câmara está em jogo.

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Opinião

Acuado, esta noite Bolsonaro irá para o tudo ou nada contra Lula

Pedido de recontagem de votos será feito em caso de derrota.

Lula não precisa vencer o último debate do segundo turno com Bolsonaro a ser travado logo mais à noite na Rede Globo de Televisão. Se empatar, sairá no lucro. Se perder de pouco, também.

Salvo um desastre de grandes proporções que cometa algum deles, um debate a 48 horas das eleições não costuma impactar no resultado final. Para o eleitor, seu candidato sempre vence.

Tanto mais no caso de uma eleição com o país rachado ao meio, onde 92% dos eleitores dizem que já sabem em quem votar e que não mudam. Os indecisos são poucos, como os nulos e em branco.

Dê-se como provável que os que responderam que votarão em branco ou que irão anular o voto confirmem seu desejo nas urnas. Seria razoável, afinal eles rejeitam os dois candidatos.

Restarão os indecisos, que ora se inclinam para um lado, ora para o outro. Esses, costumam na hora última hora se dividir entre os dois candidatos mais ou menos proporcionalmente.

A vantagem de Lula é continuar à frente nas pesquisas de intenção de voto, por uma diferença de cinco a seis pontos, em média. A mais recente lhe trouxe boas notícias.

O Datafolha mostrou que Lula ampliou sua vantagem sobre o Bolsonaro entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos. Era de 20 pontos na semana passada, passou para 28.

Entre os eleitores evangélicos, a dianteira de Bolsonaro sobre Lula caiu. Era de 38%, agora é de 30%. O caso Roberto Jefferson, que recebeu à bala agentes federais, não prejudicou Bolsonaro.

É sensato supor que um pontinho que ele perdeu no Datafolha e nas pesquisas Quaest e Poder Data tenha se devido à revelação de que, se reeleito, fará um duro ajuste na economia.

Está no plano do ministro Paulo Guedes, da Economia, desindexar o salário mínimo, permitindo assim reajustes abaixo da inflação. Os aposentados pagarão também parte da conta.

Bolsonaro sempre disse que Guedes entende de economia, mas de política não, é ele que entende. E Bolsonaro tem razão, como se tem visto ultimamente desde que Guedes voltou a falar demais.

“Eu, se fosse o Bolsonaro, diria ‘tudo que o Lula fizer, eu faço mais, porque nós roubamos menos”, disse Guedes ontem, e ao perceber o ato falho, logo corrigiu-se: “Nós não roubamos”. Era tarde.

Lula tentará fazer do debate uma discussão sobre a economia; Bolsonaro, tentará deixar de lado a economia e enveredar pelo caminho da corrupção. Sergio Moro estará com ele.

Moro não tem graça. Haveria mais graça se comparecesse como assessor de Bolsonaro o padre de festa junina de nome Kelmon, ex-candidato pelo PTB de Jefferson a presidente da República.

Na campanha de Lula, o ambiente é de trabalho e de otimismo. Na de Bolsonaro, de pessimismo e desavença. Os radicais que cercam Bolsonaro, e ele mesmo, já trabalham com o Plano B.

Em caso de derrota, baterão às portas da justiça com um pedido de recontagem de votos como fez Aécio Neves (PSDB)em 2014, depois de derrotado por Dilma Rousseff que se reelegeu.

Dará em nada. É só para tumultuar, servir de desculpa para o fracasso e manter unida a tropa de olho nas eleições de 2026.

*Noblat/Metrópoles

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Política

Haddad: ‘Bolsonaro é rato acuado. Você pode esperar o pior’

Em entrevista ao Fórum Onze e Meia, o petista afirmou que o presidente “não governa, nenhuma área do país está sendo administrada. O país está à deriva”, ressaltou.

O ex-ministro e ex-candidato à presidência, Fernando Haddad (PT), durante participação no Fórum Onze e Meia desta segunda-feira (23), definiu o presidente da República da seguinte maneira: “Bolsonaro é rato acuado. Você pode esperar o pior”.

O petista criticou a atitude do presidente, que entregou ao Senado pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

“Bolsonaro não governa, nenhuma área do país está sendo administrada. O país está à deriva. Não vamos aceitar um regime de forças”, ressaltou.

Haddad também comentou informações que davam conta que Lula escreveria uma carta para as Forças Armadas No suposto documento, o ex-presidente destacaria o investimento na estrutura militar em seu governo, além de salientar que as Forças Armadas são uma organização do estado e não podem ser partidarizadas. A notícia foi desmentida.

“Lula não precisa escrever carta, não faz o menor sentido. Todos sabem que ele foi o presidente que mais investiu nas Forças Armadas. Não precisa escrever carta para o mercado financeiro, que sempre faz terror em época de eleição, porque Lula foi o presidente que mais reduziu a dívida pública, não aumentou a carga de impostos. Cartas não são necessárias”, afirmou.

Haddad, porém, enfatizou que gestos políticos, sim, são importantes. “Lula está fazendo isso nesses encontros com políticos de várias tendências. Com isso, ele reafirma que a democracia não é algo negociável”, destacou o petista.

*Com informações da Forum

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Política

Bernardo Mello Franco: Acuado, Bolsonaro não disfarça o medo da cadeia

A Procuradoria-Geral da República deixou claro que não tinha a menor intenção de investigar Jair Bolsonaro no rolo da Covaxin. Ainda assim, a abertura de um inquérito por suspeita de prevaricação pode complicar a vida do presidente.

A PGR foi pressionada a agir pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal. Ela rejeitou a desculpa de que seria melhor esperar as conclusões da CPI da Covid, que deve se arrastar até o fim de outubro.

“No desenho das atribuições do Ministério Público, não se vislumbra o papel de espectador das ações dos Poderes da República”, escreveu. Agora o espectador será obrigado a entrar em campo, mesmo que a contragosto.

Com a abertura do inquérito, Bolsonaro passa a ser formalmente investigado por prática de crime comum. Isso deve ampliar seu desgaste num momento de queda de popularidade e aumento dos protestos de rua.

O capitão já foi alvo de mais de 120 pedidos de impeachment, mas todos adormecem na gaveta do presidente da Câmara, Arthur Lira. Na quarta, o deputado recebeu um novo “superpedido”, que aponta a prática de 23 crimes de responsabilidade. Numa rápida entrevista, indicou que vai manter as acusações em banho-maria. “Não será feito agora, né? Tem que esperar”, disse.

A investigação no Supremo dribla a barreira de Lira e abre um novo caminho para a interrupção do mandato presidencial. Se Bolsonaro se tornar alvo de uma denúncia, o deputado terá que levar o caso a plenário. Neste caso, é preciso dois terços dos votos para afastar o capitão.

A abertura de inquérito não significa que Bolsonaro será denunciado pela PGR, que tem arquivado múltiplas suspeitas contra o governo. No entanto, o surgimento de novas provas, como uma eventual gravação da conversa com o deputado Luis Miranda, pode tornar esse desfecho inevitável.

O parlamentar tem espalhado que registrou o diálogo no Alvorada. Pode ser um blefe, mas o presidente ainda não deu um pio para confirmar ou desmentir seu relato. O Planalto apresentou três versões diferentes antes de cancelar o contrato da Covaxin.

A ministra Rosa não é a única a desafiar a blindagem presidencial. O ministro Alexandre de Moraes também atropelou a PGR ao abrir novo inquérito para investigar ataques às instituições democráticas. Bolsonaro passou recibo e citou o envolvimento dos filhos na engrenagem golpista.

Até aqui, a sobrevivência política do capitão dependia apenas da fidelidade de Lira, que segura os pedidos de impeachment para arrancar mais vantagens do governo. Agora Bolsonaro também está nas mãos do procurador Augusto Aras, que tenta barganhar uma indicação ao Supremo.

Sob pressão, o presidente voltou a atacar o tribunal e ameaçar um golpe se for derrotado nas urnas. “Teremos problemas na eleição do ano que vem”, disse, em live no Alvorada.

Bolsonaro não consegue disfarçar o medo da cadeia. Na noite de quinta, ele lembrou o exemplo de Jeanine Añez, que assumiu o poder na Bolívia após a derrubada de Evo Morales: “A presidente que estava lá no mandato-tampão está presa, acusada de atos antidemocráticos. Estão sentindo alguma semelhança com o Brasil?”.

*O Globo

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Acuado, Moro diz que não pedirá demissão

O Ministro da Justiça Sergio Moro concedeu entrevista ao Estado de São Paulo disse:

“Eu me afastaria se houvesse uma situação que levasse à conclusão de que tenha havido um comportamento impróprio da minha parte. Acho que é o contrário”. Ele também falou também que é vítima de hackers, “Quanto à natureza das minhas comunicações, estou absolutamente tranquilo.”.

Ao confirmar que usava o aplicativo Telegram, ele falou:

“O que a gente fazia? A gente mandava para o Ministério Público. Mandava normalmente pelos meios formais, mas, às vezes, existia uma situação da dinâmica ali do dia, naquela correria, e enviava por mensagem”.

Sobre o que afirmou Gilmar Mendes sobre ter cometido crime, Moro se defendeu:

“Não tem nada, nunca houve esse tipo de conluio. Tanto assim, que muitas diligências requeridas pelo Ministério Público foram indeferidas, várias prisões preventivas. O pessoal tem aquela impressão de que o juiz Moro era muito rigoroso, mas muitas prisões preventivas foram indeferidas, várias absolvições foram proferidas. Não existe conluio. Agora, a dinâmica de um caso dessa dimensão leva a esse debate mais dinâmico, que às vezes pode envolver essa troca de conversas pessoais ou por aplicativos. Mas é só uma forma de acelerar o que vai ser decidido no processo”.

Sobre a condenação de Lula no caso do Triplex:

“Olha, se tiver uma análise cautelosa, se nós tirarmos o sensacionalismo que algumas pessoas interessadas estão fazendo, não existe nenhum problema ali. Foi um caso decidido com absoluta imparcialidade com base nas provas, sem qualquer espécie de direcionamento, aconselhamento ou coisa que o valha”. Ele também disse que não negou e nem confirmou a frase “In Fux we trust”.

Dependente de Jair Bolsonaro, Moro o elogiou.

“Desde o início o presidente me apoiou. Agora, esse foi um trabalho realizado enquanto eu não era ministro. Então não é responsabilidade do atual governo. O presidente reconhece e já deu demonstrações públicas nesse sentido de que não se vislumbra uma anormalidade que se coloque em xeque a minha honestidade”, afirma.

Moro falou também sobre o grampo ilegal contra a ex-presidenta Dilma:

“Veja, isso foi dito na época dos fatos, lá em 2016. Houve uma posição da polícia requerendo o levantamento do sigilo, houve uma posição do Ministério Público requerendo o levantamento do sigilo. E houve uma decisão que eu tomei de levantar o sigilo. Se isso foi tratado em mensagens, ali, teria sido tratado dessa forma. Mas não teve nenhum comprometimento ali de imparcialidade no processo. A posição é a que está no processo. É exatamente o que foi feito. Não vejo ali o motivo da celeuma”