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Vídeo: Lula destaca o papel “decisivo” e “corajoso” do STF contra o negacionismo

Presidente discursou durante sessão de abertura do ano judiciário, no STF.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou no final da manhã desta quarta-feira (1) em sessão solene, no plenário no Supremo Tribunal Federal (STF), que marcou a abertura do ano Judiciário e Legislativo.

Segundo o presidente, a Suprema Corte tem papel “decisivo” na defesa da sociedade brasileira contra o arbítrio e atuou nos últimos anos de forma “corajosa” contra o “retrocesso, o negacionismo e a violência política“, como nos casos da pandemia da Covid-19 e contra a desinformação nas redes sociais.

“É nosso dever registrar o papel decisivo do STF e do TSE na defesa da sociedade brasileira contra o arbítrio. Daqui dessa sala, contra a qual se voltou o mais concentrado ódio dos agressores, partiram decisões corajosas e absolutamente necessárias para enfrentar e deter o retrocesso, o negacionismo e a violência política“, declarou o presidente.

Ataques golpistas

Lula destacou os recentes ataques contra a democracia e o atentando contra as sedes dos Três Poderes, em 8 de Janeiro, por bolsonaristas golpistas. Segundo ele, a ação criminosa não foi “espontânea”.

“Naquele dia 8 de janeiro, a violência e ódio mostraram sua face mais absurda, o terror. Não foi um episódio nascido por geração espontânea, mas cultivado em investidas sucessivas contra o direito e a Constituição no objetivo de sustentar um projeto autoritário de poder“.

Em consequência do episódio “bárbaro“, um dos locais mais abalados pela destruição foi a Suprema Corte, agora reformada.

“Mais do que um plenário reconstruído, o que vejo aqui é o destemor de ministros e ministras na defesa da nossa carta magna. Vejo a disposição inabalável de trabalhar dia e noite para assegurar que não haja um milímetro de recuo em nossa democracia”, disse Lula.

Antes de Lula, a presidente do STF, ministra Rosa Weber, afirmou em discurso que os terroristas serão responsabilizados pelo “ataque golpista e ignóbil”.

Respeito institucional

O presidente ainda reiterou o compromisso de trabalhar com base no “respeito institucional”, em parceria com o Judiciário no seu terceiro mandato, para superar os “reais” problemas políticos e sociais da sociedade brasileira.

“Tenho a certeza de que, assim como em meus dois mandatos anteriores, a relação entre o executivo federal e a Suprema Corte e o poder judiciário como um todo terá como alicerce o respeito institucional. O povo brasileiro não quer conflito entre as instituições. Não quer agressões, nem intimidações, nem o silêncio dos poderes constituídos. O povo brasileiro quer e precisa, isso sim, de muito trabalho, educação e esforços dos três poderes no sentido de reconstruir o Brasil“, disse Lula.

“Nossos reais inimigos são outros: a fome, a desigualdade, a falta de oportunidades, o extremismo e a violência política, a destruição ambiental e a crise climática“, completou.

*Com GGN

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Exército sabia de armas no acampamento golpista em Brasília e nada fez

Não só os militares não fizeram nada, como só comunicaram Lula do risco na noite do dia 8 de janeiro.

O Exército sabia que havia pessoas armadas no acampamento no quartel general, em frente à Praça dos Três Poderes, em Brasília. Não só os militares não tomaram nenhuma iniciativa, como a Força só comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva do risco na noite do dia 8 de janeiro.

A informação consta em reportagem da Folha de S.Paulo, desta terça-feira (31), no qual o jornal anuncia que Lula deu aval ao Exército para desmontar o acampamento golpista somente no dia seguinte à invasão, no dia 9.

Na reportagem, contudo, é detalhado que Lula foi convencido pelo Exército de tomar medidas somente no dia seguinte, devido a um pedido dos próprios militares.

Os integrantes do Exército teriam dito a Lula que desmontar o acampamento na noite do dia 8, após a invasão, poderia resultar em mortes e conflitos, e que a Operação de retirada dos bolsonaristas deveria ser feita no dia seguinte.

O presidente concordou com adiar a retirada deles, diante dos riscos de tragédia. Mas, segundo o jornal, “pessoas próximas ao presidente” contaram “que o Exército comunicou a Lula que havia pessoas armadas no acampamento”.

A informação teria sido repassada a Lula somente no dia 8 de janeiro, em meio à invasão à Praça dos Três Poderes. E os militares do Exército não teriam feito nada, até então, para impedir riscos ou informar as autoridades de segurança do governo federal de que os bolsonaristas acampados estavam armados.

A reportagem da Folha também narra que, na noite daquele domingo, o interventor escolhido por Lula para assumir a Segurança do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, se encontrou com o general Gustavo Henrique Dutra para tratar da Operação de desmonte do acampamento.

E que tal reunião foi recheada de controversas, sem acordos. Enquanto a PM recebeu ordem para entrar no quartel general e prender os golpistas, o Exército impediu o acesso dos PMs, colocando 3 blindados Guarani e uma tropa de soldados.

Com a falta de acordo, Cappelli comunicou o ministro Flávio Dino, da Justiça, e o general Dutra comunicou o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias. Dias estava ao lado de Lula, e Dutra pediu ao presidente que seria melhor realizar a Operação de retirada dos golpistas na segunda-feira.

Ao militar, Lula teria enfatizado que os acampados eram golpistas criminosos que deveriam ser presos.

*Patrícia Faermann/GGN

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Política

Ministra do Esporte fala sobre caso Wallace: ‘deve responder às leis’

A ministra do Esporte do Brasil, Ana Moser, criticou a enquete sobre “tiro em Lula” publicada no Instagram pelo jogador de vôlei Wallace, que defende o Sada/Cruzeiro.

O que ela disse?

Antes de atleta, o jogador Wallace é um cidadão brasileiro e deve responder às nossas leis e instituições”, escreveu a ministra, no Twitter.

‘Foi infeliz’ A ex-jogadora de vôlei fez o comentário ao compartilhar uma publicação feita por Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, na qual ele afirma que o governo acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) diante do ocorrido.

O que aconteceu?

  • Nos Stories do Instagram, Wallace compartilhou registros em um estande de tiro segurando algumas armas e decidiu abrir uma caixinha de perguntas.
  • Ele foi questionado se “Daria um tiro na cara do Lula com essa [espingarda calibre] 12”.
  • Como resposta, o jogador fez uma enquete indagando se “alguém faria isso”, acrescentando um emoji de um anjo com auréola.
  • Wallace apagou a publicação depois da repercussão de que estaria incitando violência e se desculpou publicamente.

Acabou gerando uma repercussão social muito ruim. Quem me conhece sabe muito bem que eu jamais incitaria violência em hipótese alguma, contra qualquer pessoa, principalmente nosso presidente. Então venho aqui pedir desculpas, foi um post infeliz que acabei fazendo, errei, estou aqui pedindo desculpas porque, quando você erra, não tem jeito, você tem que se assumir o erro desculpar. Jamais tive a intenção de incitar a violência, ódio, não é da minha pessoa. Não foi isso que o esporte me ensinou e não é isso que eu quero passar para ninguém”, alegou Wallace.

Sada/Cruzeiro e CBV repudiam Em nota, o Sada/Cruzeiro afirmou que “lamenta profundamente a publicação e o seu conteúdo”.

“Vivemos um momento delicado, em que precisamos ter muita cautela com as nossas manifestações. As redes sociais podem parecer um espaço em que tudo está liberado, sem muita avaliação das possibilidades de interpretação, e isso é uma armadilha gigantesca”, escreveu a equipe, no Twitter.

O clube também afirmou que “reforçará com todo o nosso staff, atletas e comissão técnica sobre a importância da responsabilidade no uso das mídias digitais”. “Ressaltamos, principalmente, que a violência nunca deve ser exaltada ou estimulada, e da parte do Sada Cruzeiro pedimos sinceras desculpas a todos”, completou o comunicado.

*Com Uol

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Vídeo: Imagens inéditas mostram o início da remoção de garimpos ilegais na Amazônia

As imagens foram divulgadas neste domingo e mostram a ação da Polícia Federal em cumprimento à determinação do STF para queimar equipamentos dos garimpeiros usados em área indígena.

A destruição e a remoção dos garimpos ilegais foram dadas pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2020. Mas o governo Bolsonaro não estava atuando como determinado.

Nesta segunda-feira, Barroso renovou a ordem.

Na semana passada, Barroso já havia se manifestado no sentido de verificar o descumprimento da ordem do STF, como informou o site Jota, de notícias na área do direito.

De acordo com a manifestação de Barroso, o STF detectou descumprimento de determinações judiciais da Corte e indícios de prestação de informações falsas à Justiça em relação à situação dos povos indígenas no Brasil — em especial, os yanomamis. Por isso, via nota, o gabinete do ministro Luís Roberto Barroso, relator de uma ação sobre a questão dos povos originários no Brasil, informou que as desobediências às ordens judiciais serão apuradas e os responsáveis poderão ser punidos.

De acordo com o STF, desde 2020 a Corte proferiu decisões determinando à União e a entidades federais a tomada de providências em favor dos povos indígenas. Porém, segundo informações dos processos, as operações, sobretudo as mais recentes, não seguiram o planejamento aprovado pelo STF e ocorreram com deficiências.

No âmbito da Arguição de Descumprimento Fundamental (ADPF) 709, sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, o STF ordenou a execução de um plano de enfrentamento à Covid-19 para povos indígenas que contemplasse medidas de segurança alimentar e de ampla atenção à saúde. Além disso, solicitou a criação de barreiras sanitárias para impedir a entrada de terceiros nas áreas e a prioridade de vacinação dos povos originários.

Neste domingo, a Polícia Federal esteve em garimpos ilegais na Amazônia e, como prevê a legislação, queimou equipamentos dos garimpeiros (veja as imagens).

https://youtu.be/EoB1Mh9Hhv0

*Joaquim de Carvalho/247

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Bolsonaro pede para perder o quarto turno contra Lula

Se você não pode derrotar seu inimigo, junte-se a ele.

Bolsonaro está pedindo para ser derrotado outra vez por Lula nos últimos 90 e poucos dias, e será. Perdeu ao não se reeleger presidente em 30 de outubro passado. Perdeu com o fracasso do golpe de 8 de janeiro. Perderá na eleição de amanhã no Congresso.

Do seu refúgio na Flórida, nos Estados Unidos, a salvo, por ora, de ser preso, não tinha porque se meter na escolha do próximo presidente do Senado, mas se meteu. Declarou apoio a Rogério Marinho (PL-RN), seu ex-ministro do Desenvolvimento Regional.

Marinho é pule de 10 para ser derrotado por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), candidato à reeleição com o apoio de Lula. Pacheco elegeu-se há dois anos presidente do Senado com o apoio de Bolsonaro. Operou em sintonia com ele até o fim do seu governo.

O que pode ganhar Bolsonaro apoiando Marinho? Nada ganharia apoiando quem Lula apoia, mas nada perderia se permanecesse neutro. O governo propaga a ideia de que esse será o terceiro turno entre Lula e Bolsonaro. Será o quarto. O terceiro foi o golpe.

Quando um não quer, dois não brigam. Lula aprendeu a lição com a mãe dele. Por isso, reconhecendo a força de Arthur Lira (PP-AL) dentro da Câmara dos Deputados, preferiu aliar-se a ele a perder se o enfrentasse. A reeleição de Lira está garantida.

Se você não pode derrotar um inimigo, junte-se a ele. O PT votará em Lira, e espera ocupar um lugar na direção da Câmara, além da presidência da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante. Na Câmara, o PL de Bolsonaro tem a maior bancada.

A disputa de Lira é com o passado. Ninguém superará Ulysses Guimarães, que foi, ao mesmo tempo, presidente do MDB, da Câmara e da Assembleia Constituinte de 1988. Um ano depois, candidato a presidente da República, teve apenas 4,60% dos votos.

Lira quer pelo menos bater o recorde de votos estabelecido por Ibsen Pinheiro (MDB-RS) e João Paulo Cunha (PT-SP). Os dois foram eleitos presidente da Câmara com 434 votos de um total possível de 513 – Ibsen em 1991, Cunha em 2003.

Com o apoio de 19 partidos e se não houver traição, Lira pode atingir a marca de 496 votos. Seria um feito histórico. Uma eleição por aclamação. Lula espera tirar proveito disso. Ele precisa de Lira para governar.

*Noblat/Metrópoles

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Política

Vídeo: Artistas denunciam política de genocídio contra povo Yanomami em campanha de ajuda humanitária

“Para um povo ser dizimado, primeiro começam pelas crianças”, alertam os artistas em campanha organizada pela ONG Ação Cidadania.

Artista de projeção nacional como Wagner Moura, Marieta Severo, Leticia Colin, Fernanda Abreu e Bruno Gagliasso, entre outros, participam de campanha de ajuda humanitária SOS Yanomami, divulgada ontem (29) pela ONG Ação Cidadania. Ao tempo em que denunciam a política de genocídio contra o povo Yanomami em Roraima, eles também solicitam cestas básicas, produtos de higiene, doações e outros recursos aos povos indígenas da maior reserva do Brasil, acometidos pela que já é considerada a maior crise humanitária deste século no país.

O vídeo da campanha, que conta também com Carlinhos de Jesus, Mart’nália e Antonio Calloni, chama atenção, em especial, para a mortalidade das crianças. Nos últimos quatro anos, ao menos 570 delas morreram de fome, de acordo com dados do Ministério da Saúde compilados pela agência Sumaúma. Somente entre as crianças de até 5 anos, 152 vieram óbito por desnutrição durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Bolsonaro e garimpo levaram yanomamis à tragédia e à maior crise humanitária do século

Houve aumento de 360% em comparação ao período anterior, quando 33 foram mortos. Abandonados pelo governo, os Yanomami ainda passaram a conviver com o avanço da malária, de casos de pneumonia e contaminação por mercúrio, agravados pela invasão de mais de 20 mil garimpeiros na área demarcada, onde vivem 30 mil indígenas. No período, 21 ofícios com pedidos de socorros foram enviados ao governo Bolsonaro. Mas entre 2019 e 2022 nenhum deles foi respondido.
É genocídio

“Para um povo ser dizimado, primeiro começam pelas crianças. E é isso que está acontecendo com os indígenas Yanomami em Roraima e no Amazonas”, denunciam os artistas.

“E a causa dessas mortes está ligada ao garimpo ilegal no território que é sagrado para os indígenas. Esses garimpeiros poluem a água potável dos rios e desmatam o solo, prejudicam a alimentação e também traz doenças como malária e sarampo. Precisamos ajudar agora os nossos povos originários. Convidamos você a se juntar a gente e à Ação da Cidadania, que combate a fome há quase 30 anos. Vamos nos unir pelo futuro das crianças Yanomami, pelo futuro de uma povo que carrega a história do nosso país”, acrescentam no vídeo.

De acordo com a organização, a ONG já está nos territórios Yanomami para distribuir os insumos arrecadados. As doações para a campanha Ação da Cidadania – SOS Yanomami podem ser feitas pelo PIX [email protected] ou pelo site da organização que você acessar, clicando aqui. A iniciativa foi compartilhada também por parlamentares, como o deputado federal e ambientalista Nilto Tatto (PT-SP). “Os povos indígenas gritam por socorro, precisamos ajudá-los”, destacou em suas redes.
Operação de combate ao garimpo

Além dessa campanha, organizações locais que atuam diretamente com os povos Yanomami também estão arrecadando recursos. A Hutukara Associação Yanomami vem recolhendo, por exemplo, doações em dinheiro para a compra de alimentos e de ferramentas para a melhoria das roças.

Em paralelo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) anunciou o planejamento de uma megaoperação para remoção dos garimpeiros da Terra Indígena. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo na última sexta-feira (27), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, detalhou que serão operações “emergenciais de saúde, socorro e de fiscalização”. Assim como ações estruturadas para evitar o restabelecimento de atividades predatórias no território.

“É uma abordagem múltipla. É de saúde pública, de restauração dos modos tradicionais de vida, recuperação dessas áreas, de desintrusão das áreas, de combate ao desmatamento e de retirada do garimpo ilegal. Essa será uma megaoperação que terá de ser feita, planejada, em várias fases”, destacou a ministra. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) cumpre também, desde domingo, agenda em Boa Vista com o objetivo de apurar situação da crise humanitária que atinge o povo Yanomami. A missão, que vai até a próxima quinta (2), servirá de base para a construção de um relatório que orientará a continuidade das ações do governo. O objetivo é apurar responsabilidades acerca da tragédia humanitária ocorrida na TI Yanomami.

*Com RBA

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Política

Chanceler alemão diz a Lula, “Vocês fizeram falta”

Durante gestão Bolsonaro, Brasil se afastou de nações consideradas estratégicas comercialmente por questões ideológicas, como a China.

Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o chanceler e primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou estar muito contente com a visita ao território brasileiro.

Em declaração ao lado de Lula, Scholz disse que é muito bom ter o Brasil de volta ao cenário internacional. “Vocês fizeram falta, Lula”, afirmou o chanceler. Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o Brasil se afastou de nações consideradas estratégicas comercialmente por questões ideológicas, como é o caso da China.

Os chefes de governo do Brasil e da Alemanha se reuniram na tarde desta segunda e trataram de temas como meio ambiente, democracia e acordo entre Mercosul e União Europeia (leia mais abaixo).

Ao iniciar sua fala, Olaf parabenizou Lula pela vitória nas eleições e comentou os atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

“As imagens das invasões no Congresso, no Palácio do Planalto e no STF, há três semanas, ainda estão muito presentes na minha e na nossa memória e me deixaram profundamente consternado”, afirmou o chanceler.

Segundo ele, a a democracia brasileira “é forte e resistiu” aos ataques “ultrajantes contra as insituições”. “É sinal que nós temos que defender, de fato, a nossa democracia. Gostaria de reafirmar que vocês podem contar com total solidariedade da Alemanha”, prosseguiu.

Acordo UE-Mercosul

Durante a declaração conjunta, Lula disse esperar que o acordo entre o Mercosul – formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – e a União Europeia, que reúne 27 países europeus,”se tudo der certo”, seja fechado ainda no primeiro semestre deste ano.

“Alguma coisa tem que ser mudada. […] Nós vamos fechar esse acordo, se tudo der certo, quem sabe até o meio desse ano. Até o fim desse semestre é a nossa ideia de tentar encaminhar para que a gente tenha um acordo e comece a discutir outros assuntos, porque temos muitas coisas pela frente, e não apenas esse acordo com a União Europeia”, afirmou.

Já o chanceler alemão disse que o acordo é de interesse tanto do Brasil quanto da União Europeia. “Ambos queremos que haja um rápido avanço nessa questão”, afirmou.

As negociações do tratado entre os blocos foram concluídas em 28 de junho de 2019, mas para que o acordo passe a funcionar de fato, deve passar por um processo de revisão e ratificação por parte dos congressos nacionais dos países do Mercosul e pelo Parlamento Europeu.

Reunião com o chanceler

A visita do chanceler Olaf Scholz ocorre quase um mês após a visita do presidente da Alemanha, Franz-Walter Steinmeyer, por ocasião da posse de Lula, em 1º de janeiro.

Após ser recepcionado no Palácio do Planalto, Lula e Olaf se reuniram por cerca de uma hora e meia, acompanhado apenas de tradutores. Eles conversaram sobre a guerra na Ucrânia que completa um ano no próximo mês e as consequências globais do conflito em termos de paz e segurança, segurança alimentar e energética.

Depois, os dois chefes de governo se reuniram com as delegações de cada país. Pelo governo brasileiro participaram os ministros:

  • vice-presidente Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio);
  • Mauro Vieira (Relações Exteriores);
  • Marina Silva (Meio Ambiente);
  • Alexandre Silveira (Minas e Energia); e
  • Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).

Assessor especial de Lula, Celson Amorim também esteve presente na reunião.

O país europeu é o quarto que mais exporta para o Brasil. Em 2022, a corrente de comércio bilateral superou US$ 19 bilhões, com exportações brasileiras de US$ 6,3 bilhões, importações de US$ 12,8 bilhões e superávit alemão de US$ 6,5 bilhões.

Além disso, Brasil e Alemanha mantêm parcerias em temas-chave da agenda internacional contemporânea, como paz e segurança, meio ambiente, mudança do clima, digitalização e transição energética.

*Com Metrópoles

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Recursos do Fundo Amazônia vão para Yanomamis, diz Marina Silva

Ministra do Meio Ambiente explicou, nesta segunda, que parte das verbas será usada em ações emergenciais ligadas à tragédia dos Yanomamis.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou, nesta segunda-feira (30/1), que parte dos recursos do Fundo Amazônia serão usados para ações emergenciais de enfrentamento à tragédia humanitária que assola os povos indígenas da etnia dos Yanomamis, em Roraima.

A população indígena enfrenta uma grave crise de saúde, com inúmeros registros de desnutrição e malária. Segundo a titular da pasta, a divisão dos recursos incluirá ações em várias frentes, como saúde, segurança alimentar e proteção das aldeias.

“Os recursos do Fundo Amazônia serão deslocados para ações emergenciais. Essas ações estão sendo tratadas em vários níveis, que envolvem: a questão da saúde; o tratamento ao problema da grave situação de fome, que está assolando as comunidades; a parte de segurança, para que essas pessoas possam ficar em suas comunidades, e isso tem a ver com operações de desintrusão do garimpo criminoso dentro dessas comunidades”, declarou a ministra.

Marina Silva deu a declaração em uma entrevista coletiva em Brasília, acompanhada da ministra da Cooperação da Alemanha, Svenja Schulze.

A representante do governo alemão anunciou que o país europeu vai destinar 35 milhões de euros (cerca de R$ 192 milhões), de forma imediata, para o financiamento de ações do Fundo Amazônia. O montante faz parte de um total de 200 milhões de euros que serão enviados pelo governo alemão para medidas ambientais no Brasil.

“Teremos ações emergenciais estruturadas, que irão entrar naquelas áreas [indígenas], não só Yanomami, mas também Munduruku e Kayapó. Esses recursos do fundo serão para que haja uma aporte de recursos rápidos para ações emergenciais sem que haja prejuízo ao suporte de ações a médio e longo prazo”, adicionou.

Também nesta segunda (30/1), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) formalizou a criação de um grupo de trabalho para propor medidas contra a atuação de organizações criminosas — inclusive, grupos de exploração do garimpo — em terras indígenas da Região Amazônica.

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40% dos agentes de segurança pública concordam totalmente ou parcialmente com atos golpistas

“A pesquisa mostra o quão grave é a situação”, alerta presidente de instituto de pesquisa.

Brasil de Fato – O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgará, nesta segunda-feira (30), o resultado de uma pesquisa com integrantes das forças de segurança pública sobre a percepção deles dos atos golpistas de 8 de janeiro. Em suas redes sociais, o presidente do órgão, Renato Sérgio de Lima, adiantou um dos resultados.

De acordo com o pesquisador, 40% dos agentes de segurança pública concordam totalmente “que as pautas dos invasores era legítima”. “A pesquisa mostra o quão grave é a situação e que deveríamos atuar para lançar as bases de uma nova arquitetura institucional para a segurança pública. Não adiantará pensar cada polícia isoladamente”, afirmou Lima em seu perfil no Twitter.

Na entrevista com os agentes das forças de segurança pública, o FBSP perguntou se a depredação das sedes do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Superior Tribunal Federal (STF), promovida por bolsonaristas, é considerada condenável, mas com motivação legítima. A afirmação foi aprovada totalmente por 19,4% dos policiais e parcialmente de 20,5%.

Ainda de acordo com o levantamento do FBSP, 62,1% dos agentes concordam total ou parcialmente com a punição aos policiais que facilitaram a ação dos golpistas; 17,3% discordam totalmente da sanção. O levantamento mostra, ainda, que 55,7% entendem que houve omissão do policiamento local e 72% concordam que a falha foi de planejamento e comando.

A pesquisa do FBSP mostra que 58,9% dos entrevistados concorda que a conduta dos policiais das linhas de proteção foi inadequada para impedir o avanço dos bolsonaristas; para 61,7% a culpa foi do comando do Exército, que tardou a decisão de remover os acampamentos dos golpistas em Brasília.

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A tragédia indígena é militar

Bolsonaro não tinha um partido ou um grupo político organizado para tocar a máquina pública brasileira depois que foi eleito em 2018. O que fez? Usou as Forças Armadas como partido.

Quando se vence uma eleição, bem, é necessário… governar. A campanha fica pra trás e o dia a dia da máquina pública aparece na sua frente. Como nomear ministros, diretores de estatais, de agências reguladoras e todos os cargos que a administração de um país precisa pra FUNCIONAR?

Nas democracias do mundo todo, essa tarefa cabe aos partidos e seus quadros. É assim no Brasil, nos EUA, na França, no Japão. O que fez Bolsonaro? Sem partido nenhum, isolado na vida pública como sempre foi, o presidente eleito recorreu aos militares. Ministérios, estatais e agências foram ocupados por fardados.

O Tribunal de Contas da União identificou mais de 6 mil militares em postos civis no governo. Quase metade deles, identificou a Controladoria Geral da União, eram irregulares – “há militares que não poderiam estar exercendo a função civil e outros estavam mais tempo cedidos à administração pública do que a legislação permite. Há ainda aqueles que estavam recebendo mais do que deveriam, quase R$ 40 mil reais por mês”.

Só em cargos comissionados era 2.673 militares em 2021. Com um detalhe: 2.075 são da ativa. Eles não fazem falta nas unidades militares que serve originalmente? Ao menos abre-se aqui um debate sobre a utilidade (ou inutilidade?) de usarmos impostos para manter esses empregos. Aparentemente, com o fim do governo Bolsonaro, não precisamos deles nos quartéis.

As principais estatais do Brasil foram comandadas, via de regra, também por militares: Infraero, Correios, Petrobras, Itaipu…

Na Funai, órgão que deveria ter evitado o holocausto indígena que vimos nas últimas semanas, dos 39 coordenadores regionais, 22 eram militares — apenas dois eram civis servidores de carreira. Como poderia dar certo? Bem, de certa forma, deu certo: em um áudio publicado pela agência de jornalismo O Joio e o Trigo, um coordenador da Funai prometeu liberar garimpo em terras indígenas.

Qual a conclusão de tudo isso? Simples: que o governo Bolsonaro foi um governo MILITAR. Um governo militar que chegou ao poder pelo voto.

A tragédia, a desumanidade, a ofensa, a humilhação, a incompetência e a destruição que vimos nos últimos anos são, por consequência, MILITARES, e que assim passem à história.

*Leandro Demori

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