O representante no Brasil da empresa Davati Medical Supply, Cristiano Carvalho será ouvido hoje, quinta-feira dia 15, na CPI da Covid-19, para esclarecimentos relacionados ao depoimento do policial Luiz Paulo Dominghetti, afirmando que em fevereiro o diretor de Logística do Ministério da Saúde na época, Roberto Dias, pediu propina em troca da assinatura de um contrato para compra de vacinas.
Segundo Dominghetti, Roberto Dias pediu propina de US$ 1 por dose da vacina AstraZeneca em uma negociação que envolveu o montante de 400 milhões de doses.
O que quase ninguém comenta sobre aquela ópera bufa da facada, além da falta de sangue, de cicatriz e do furo na camisa, sem falar no carinho com que os seguranças de Bolsonaro trataram Adélio Bispo, além da faca ter sido encontrada a 15 metros do local da suposta agressão, foi que, avisado por um jornalista que seu pai havia sofrido um atentado à faca em Juiz de Fora, Eduardo Bolsonaro, que se encontrava no Rio, não demonstrou qualquer sentimento de aflição ou pânico, o que seria natural e coerente com a gravidade do fato, ao contrário, o deputado falou de forma absolutamente serena e fria que seu pai “estava eleito”.
Hoje, esse comportamento pouco cuidadoso com o estado de saúde do pai, foi percebido pelos que assistiam à CPI com a fala tranquila de Flávio Bolsonaro, ou seja, fala e semblante de quem não estava nem um pouco preocupado com o pai.
O fato é que a fala da diretora da Precisa Medicamentos na CPI, sem a possibilidade de trancar a boca um dia depois de se negar a fazer até o juramento no depoimento e hoje estar disposta a responder a todas as perguntas, certamente, criou um clima de tensão no Palácio no Planalto.
Todos sabem que, quando a CPI recebe a ilustre presença de Flávio Bolsonaro, é porque a coisa vai azedar para o seu pai.
Junte isso à informação de O Globo de que a cúpula militar voltou a ameaçar a democracia dizendo que não aceitará qualquer pergunta mais apimentada a Braga Neto na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, ao fato de que Bolsonaro teria, há meses, agendado uma cirurgia para correção de uma hérnia abdominal para o mês de agosto, somado ao bilhetinho que ele escreveu em pleno hospital, sem demonstrar qualquer stresse, o que seria normal numa situação como essa que, no final das contas, dá para ler, “a farsa da facada 2, o retorno”.
Confira a íntegra da mensagem e tire as conclusões:
“Mais um desafio, consequência da tentativa de assassinato promovida por antigo filiado ao PSOL, braço esquerdo do PT, para impedir a vitória de milhões de brasileiros que queriam mudanças para o Brasil. Um atentado cruel não só contra mim, mas contra a nossa democracia.
Por Deus foi nos dada uma nova oportunidade. Uma oportunidade para enfim colocarmos o Brasil no caminho da prosperidade. E mesmo com todas as adversidades, inclusive uma pandemia que levou muito de nossos irmãos no Brasil e no mundo, continuamos seguindo por este caminho.
Agradeço a todos pelo apoio e pelas orações. É isso que nos motiva a seguir em frente e enfrentar tudo que for preciso para tirar o país de vez das garras da corrupção, da inversão de valores, do crime organizado, e para garantir e proteger a liberdade do nosso povo.
Peço a cada um que está lendo essa mensagem que jamais desista das nossas cores, dos nossos valores! Temos riquezas e um povo maravilhoso que nenhum país no mundo tem. Com honestidade, com honra e com Deus no coração é possível mudar a realidade do nosso Brasil. Assim seguirei!
Que Deus nos abençoe e continue ilumando a nossa nação. Um forte abraço!
Informação foi divulgada pelo Planalto; presidente foi internado para exames na madrugada desta quarta-feira.
O presidente Jair Bolsonaro deverá ser transferido para São Paulo, após seu médico constatar um quadro de obstrução intestinal. Na capital paulista, ele passará por novos exames para verificar se uma cirurgia de emergência será necessária. A informação foi confirmada por nota do Palácio do Planalto.
Na madrugada desta quarta-feira (14), Bolsonaro deu entrada para exames no HFA (Hospital das Forças Armadas) com dores abdominais. Segundo nota da Presidência da República, Bolsonaro seguiu orientação de sua equipe médica para a realização de exames para investigar a causa dos soluços”.
Ainda de acordo com o Planalto, por orientação médica, o presidente ficaria sob observação, “no período de 24 a 48 horas, não necessariamente no hospital. Ele está animado e passa bem”.
O cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou Bolsonaro após a facada que levou no abdome, em setembro de 2018, foi chamado para Brasília.
Ministros ouvidos sob reserva disseram à Folha que, no início da tarde, Bolsonaro estava sedado por causa dos exames que havia feito. Eles esperavam a avaliação do médico, mas defenderam que o presidente seja logo submetido a uma cirurgia para corrigir eventuais problemas decorrentes da facada.
“O presidente está no HFA em repouso, foi medicado. Falei com o ajudante de ordem dele, ele está bem. Teve fortes dores às 4h, mas nada de grave até o momento. Então, graças a Deus, ele está muito bem. Repousando, que é o que ele precisa”, disse o ministro da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos.
Na noite anterior, Bolsonaro demonstrava certo abatimento quando se queixou a apoiadores na porta do Palácio da Alvorada sobre os 11 dias de uma crise de soluço.
Presidente foi internado na madrugada desta quarta-feira no Hospital das Forças Armadas.
Segundo informações de O Globo, o cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou Jair Bolsonaro em 2018 após a facada, foi chamado para ir até Brasília examinar o estado de saúde do presidente, que deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA) na madrugada desta quarta-feira.
Médico da confiança de Bolsonaro, Macedo foi responsável pela cirurgia feita após o então candidato a presidente sofrer um atentando durante a campanha eleitoral, em setembro de 2018. O cirurgião também operou Bolsonaro já no cargo de presidente.
Recentemente, Bolsonaro afirmou que terá que passar por uma cirurgia para corrigir uma hérnia. Será o sétimo procedimento do presidente desde o atentado, embora nem todos tenham sido relacionados ao ataque.
O presidente Jair Bolsonaro deu entrada nesta madrugada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, após sentir dores abdominais. Segundo auxiliares, o presidente passa por exames e está bem. Há dez dias, Bolsonaro vinha reclamando de soluço persistente.
Em nota, o Palácio do Planalto informou que Bolsonaro, por orientação de sua equipe médica, deu entrada no HFA para a realização de exames com o objetivo de investigar a causa dos soluços.
“Por orientação médica, o presidente ficará sob observação, no período de 24 a 48 horas, não necessariamente no hospital. Ele está animado e passa bem”, diz a nota.
Sentindo fortes dores abdominais, Bolsonaro foi internado em hospital em Brasília nas primeiras horas desta quarta-feira, segundo a Reuters.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência e a assessoria do hospital das Forças Armadas não se manifestaram após pedido de informações da imprensa. Possivelmente as notícias sobre o estado de saúde de Bolsonaro chegarão.
Nos últimos dias, o presidente vinha dando sinais de que não estava bem de saúde; as primeira informações dão conta de que ele internado para fazer exames.
De acordo com pessoas próximas do presidente, o quadro clinico de Bolsonaro é de obstrução abdominal.
As especulações sobre o estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro voltaram à tona nesta segunda-feira (12).
O chefe do Executivo, em conversa com apoiadores no “cercadinho” do Palácio da Alvorada, demonstrou certa dificuldade para falar, se expressado de maneira confusa e soluçando.
Se já havia um imenso desconforto na comunidade jurídica brasileira com a indicação do nome de André Mendonça para a vaga de Marco Aurélio Mello no STF, seu tuíte hoje falando em família e religião bateu azedo geral.
Agora, o repúdio ao seu nome não está restrito apenas à comunidade jurídica, mas também da sociedade organizada que não quer ver um ministro do Supremo com a mesma prática vassala do atual PGR, o que desmoraliza qualquer instituição.
Na verdade, na hora de render suas homenagens e agradecimentos, Mendonça se comportou como uma criança no programa da Xuxa, mandando um beijo para o pai, para a mãe e para a apresentadora, numa cena patética que esculacha com a imagem do Supremo Tribunal Federal.
André Mendonça, que deixou uma péssima imagem num breve histórico como ministro da Justiça, por utilizar da pior forma a absurda Lei de Segurança Nacional contra críticos de Bolsonaro, sobretudo jornalistas e até chargistas, parece que só tem mesmo a simpatia de seu amo.
Tudo indica que ele terá que suar muito a camisa na sua peregrinação no Senado para convencer os senadores de que terá como regra o estrito dever de cumprir o que determina a constituição brasileira.
A conferir.
Coloco-me à disposição do Senado Federal. De forma respeitosa, buscarei contato com todos os membros, que têm a elevada missão de avaliar meu nome.Por fim, ao povo brasileiro, reafirmo meu compromisso com a Constituição e o Estado Democrático de Direito. Deus abençoe nosso país!
O ministro Fux decidiu que cabe à CPI da Covid definir as medidas a serem tomadas caso a depoente Emanuela Medrades, diretora da Precisa, recusar-se a responder as perguntas em seu depoimento.
Isso significa que a arma que o governo Bolsonaro tinha para que a depoente traga qualquer informação que possa complicar ainda mais um governo cravejado de denúncias de corrupção na pasta da Saúde, sendo esta a mais grave.
O depoimento dela foi interrompido nesta terça-feira justamente porque Medrades se recusou a responder às primeiras perguntas, que eram apenas sobre quais funções ela exerceu na Precisa Medicamentos. Sua defesa havia obtido uma decisão do STF lhe conferindo o direito a não se auto-incriminar. A CPI, entretanto, argumenta que ela tinha obrigação de responder aos fatos como testemunha e que poderia ficar calado em relação aos fatos que poderiam lhe incriminar.
O que seria um direito da depoente, estava sendo usado como tática para blindar o Palácio do Planalto, fato que os senadores conseguiram derrubar recorrendo ao STF através de Fux. Isso obriga o governo Bolsonaro a mudar totalmente a estratégia de defesa na base da omissão de dados, o que certamente vai complicar muito a vida de Bolsonaro.
Documento em posse da CPI da Covid aponta que o mesmo modelo para aquisição de vacinas extras da Covaxin foi replicado pelo Ministério da Saúde para a tentativa de compra de 200 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. As negociações ocorriam mesmo sem as vacinas terem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As negociações sobre a Covaxin, alvo de denúncias de irregularidades, já estão na mira da CPI. A comissão agora deve se debruçar sobre a Sputnik.
Numa carta enviada em 18 de março pelo então secretário-executivo da Saúde Elcio Franco para o Fundo Soberano Russo (responsável pela Sputnik) o ministério tentava abrir negociação para compra inicial de 100 milhões de doses, com opção para compra de mais 100 milhões.
Nesse documento, Franco quer a confirmação de que a empresa União Química continua como a representante da Sputnik no Brasil, sinalizando que a negociação seguiria com o laboratório brasileiro.
“Antes de lançarmos formalmente as negociações, contudo, agradeceria receber do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) confirmação sobre o status do relacionamento com a União Química Farmacêutica Nacional S/A, que por ora segue sendo a representante oficial do RDIF no Brasil e firmou contrato com este Ministério da Saúde de venda de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V para o segundo trimestre de 2021”, afirmou Elcio na carta.
A carta é enviada no mesmo período (meados do mês de março) em que o governo brasileiro tentava 100 milhões de doses extras da Covaxin, também por meio de uma empresa representante no Brasil.
Diante da negociação da Sputnik, integrantes da CPI apontam que vacinas com intermediários no Brasil tiveram tratamento completamente diferente dos grandes laboratórios, como Pfizer, Jansen e próprio Butantan.
Neste momento, a CPI se concentra sobre indícios de irregularidades nas negociações da empresa Precisa, que representar a Covaxin. E também nas da empresa Davati, que tentava vender 400 milhões de doses da AstraZeneca ao governo brasileiro.
Íntegra da carta do então secretário-executivo da Saúde Elcio Franco ao fundo russo responsável pela Sputnik V — Foto: Reprodução
Enquanto Bolsonaro não cai, mostramos as suas absurdas mentiras sobre a pandemia. Só não é engraçado porque as suas mentiras e inações no combate à doença provocaram a morte, até o momento, de 534 mil brasileiros que se somam aos que sobreviveram, mas não conseguem voltar a uma vida normal em função das graves sequelas deixadas pela doença. E infelizmente, em consequência de Bolsonaro, muitas outras mortes ainda virão.
A CPI da Covid ouve nesta terça-feira (13) Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos.
Ela é considerada peça-chave nas negociações para compra da vacina Covaxin pelo governo federal.
STF rejeitou pedido de Emanuela para não comparecer à CPI, mas decidiu que ela tem o direito de não produzir prova contra si.
Contrato bilionário da Covaxin é alvo de 3 investigações e acabou suspenso pelo ministério. Entenda as suspeitas
O caso respingou em Bolsonaro, que agora é investigado por suspeita de crime de prevaricação. Ontem, o presidente afirmou que prevaricação ‘não se aplica’ a ele.