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Resposta sobre a vida extraterreste pode estar bem próxima

Estamos sós no universo? A existência de vida extraterrestre intriga a humanidade e, agora, novos indícios podem ajudar a responder a questão.

Cientistas do Instituto de Astronomia da Universidade de Cambridge podem ter dado um passo na busca por vida extraterrestre. Utilizando o avançado Telescópio Espacial James Webb (JWST), a equipe detectou impressões químicas de compostos orgânicos na atmosfera do exoplaneta K2-18b, localizado a 124 anos-luz da Terra, na constelação de Leão.

As moléculas em questão — dimetilsulfeto (DMS) e/ou dimetildissulfeto (DMDS) — são conhecidas, no ambiente terrestre, por serem produzidas quase exclusivamente por organismos vivos, especialmente algas marinhas microscópicas. A presença desses compostos em K2-18b pode ser o mais promissor indício de atividade biológica já observado fora do Sistema Solar.

Exoplaneta “hiceano” e a vida extraterrestre
K2-18b é classificado como um planeta hiceano — um tipo de exoplaneta com um vasto oceano sob uma atmosfera rica em hidrogênio. Com 8,6 vezes a massa da Terra e cerca de 2,6 vezes seu tamanho, ele orbita na chamada “zona habitável” de sua estrela, K2-18, onde a presença de água líquida é possível.

A equipe liderada pelo astrofísico Nikku Madhusudhan já havia detectado metano (CH₄) e dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera do planeta em 2023, sugerindo uma composição química compatível com ambientes propícios à vida. A recente detecção de DMS e DMDS, com níveis milhares de vezes superiores aos observados na Terra, fortalece essa hipótese.

“No nosso planeta, o DMS é produzido exclusivamente por organismos vivos. Ver esse sinal em outro mundo é, no mínimo, surpreendente”, afirmou Madhusudhan. No entanto, ele destaca que ainda é cedo para cravar a existência de vida extraterrestre: “Precisamos ser profundamente céticos. Só com observações adicionais poderemos confirmar nossas descobertas.”

James Webb em busca de vida extraterrestre
O Telescópio Espacial James Webb, lançado em 2021, representa a mais poderosa ferramenta de observação astronômica já construída. Equipado com instrumentos de espectroscopia extremamente sensíveis, o JWST consegue analisar a composição atmosférica de exoplanetas ao observar a luz de suas estrelas atravessando suas atmosferas durante trânsitos planetários.

Esse nível de detalhamento só foi possível graças ao MIRI, um espectrógrafo que opera no infravermelho médio, e permitiu a análise dos gases em K2-18b. É esse tipo de tecnologia que está revolucionando o campo da astrobiologia e nos aproximando cada vez mais de responder à pergunta: estamos sozinhos no Universo?

O legado da sonda Kepler e os exoplanetas
Antes do James Webb, o protagonismo na descoberta de planetas fora do Sistema Solar pertencia à sonda Kepler, da NASA. Entre 2009 e 2018, a missão detectou mais de 2.600 exoplanetas confirmados e mapeou possíveis milhares de outros candidatos. Entre eles, alguns chamaram a atenção por estarem na zona habitável e apresentarem tamanhos semelhantes ao da Terra.

O K2-18b, inclusive, foi inicialmente observado na missão K2, uma extensão da missão Kepler. Sua localização e características físicas o tornaram um dos principais alvos para estudos mais aprofundados com o Webb. Outros instrumentos também auxiliam nessa jornada em busca de vida extraterrestre.

O telescópio Spitzer, por exemplo, foi responsável por analisar o sistema Trappist-1, um conjunto de planetas orbitando uma estrela vermelha com 7 astros de tamanhos similares a Terra, sendo pelo menos três deles em zona habitável, ou seja, a uma distância exata de sua estrela onde a água líquida é possível. O sistema chamou a atenção pela proximidade – “apenas” 39 anos-luz da Terra – mas estudos recentes indicam a impossibilidade de vida em seus planetas, muito pela característica de suas órbitas síncronas, ou seja, que impedem o movimento de rotação no próprio eixo.

A busca por vida extraterrestre não se limita a exoplanetas distantes. Dentro do nosso próprio Sistema Solar, Titã, a maior lua de Saturno, também é objeto de estudo. Rios, lagos e mares de metano e etano líquidos, além de um oceano subterrâneo de água salgada, fazem de Titã um ambiente promissor para formas de vida alternativas.

Um estudo recente da Universidade do Arizona, baseado em dados da missão Cassini-Huygens, sugeriu que microrganismos poderiam sobreviver em Titã por meio de fermentação, processo biológico que não requer oxigênio. A energia necessária para tais reações químicas estaria disponível no ambiente, segundo simulações feitas com base na glicina, o aminoácido mais simples conhecido.

Esperança com cautela
Apesar da empolgação com as descobertas em K2-18b, os cientistas alertam que ainda há um longo caminho pela frente. Para que uma descoberta seja considerada científica, é preciso alcançar um nível de confiança estatística chamado cinco sigma, que corresponde a apenas 0,00006% de chance de erro. O estudo atual está em três sigma (99,7% de confiabilidade), o que ainda exige confirmação.

“Francamente, acredito que isso é o mais perto que já estivemos de observar uma característica que possamos atribuir à vida”, declarou Madhusudhan. A comunidade científica aguarda, com cautela e entusiasmo, as próximas observações.

Se confirmadas, essas evidências poderão reescrever o entendimento da humanidade sobre sua posição no cosmos — e abrir as portas para uma nova era de descobertas sobre vida extraterrestre. Com TVTNews.

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LULA 4: Por que a direita está com tanto medo de Lula se reeleger mais uma vez em 2026?

Mesmo com a mídia totalmente instrumentalizada pela direita, essa gente está apanhando de Lula antes da hora.
Está uma choradeira danada. Estão entregando a rapadura antes mesmo da garapa virar manduça ou açucar mascavo.

Acabam dando um credito antecipado pra Lula. Parece que não aprenderam nem perder pra Lula. Como vão vence-lo assim?

A trinca, direita, banco e mídia não aguenta com as diabruras do mago que veio de onde veio e o mundo todo o admira como um dos maiores líderes do planeta, ainda mais que agora que o Brasil vai presidir os BRICS.

A falta de imaginação ou atitude própria da direita, facilita a subida da rampa pela quarta vez desse fenômeno politico chamado Lula.

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Depois de Braga Netto, Heleno deve ser o próximo alvo da PF, avalia cúpula das Forças ArmadasA caserna já espera novas operações da Polícia Federal contra militares envolvidos na tentativa de golpe

A caserna já espera novas operações da Polícia Federal contra militares envolvidos na tentativa de golpe

A cúpula das Forças Armadas está cada vez mais apreensiva com as investigações da Polícia Federal (PF), que podem resultar na inclusão de mais militares em futuras operações relacionadas a suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula (PT) e manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Segundo o jornalista Valdo Cruz, do g1, um dos nomes mais cotados para ser implicado é o do general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo do ex-mandatário, que já foi indiciado no inquérito sobre o golpe. Além disso, as autoridades acreditam que os militares já presos, incluindo integrantes das forças especiais, os chamados “kids pretos”, possam implicar outros colegas que estariam envolvidos no planejamento da ação golpista.

De acordo com a reportagem, o receio de novas operações que tenham militares como alvos gerou discussões na cúpula das Forças Armadas durante o último fim de semana, especialmente após a prisão do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro, e a operação de busca e apreensão realizada na residência de seu ex-assessor, coronel Flávio Botelho Peregrino. Braga Netto foi detido no Rio de Janeiro e está preso na sede do Comando Militar do Leste.

Embora os militares reconheçam que a prisão de um general de quatro estrelas é prejudicial para a imagem do Exército, eles argumentam que Braga Netto já não se comportava como um militar, mas sim como um político. Nesse contexto, ele teria se envolvido diretamente nos preparativos do golpe durante o governo Bolsonaro, fato que inclui sua filiação ao PL, partido ao qual estava vinculado e com o qual mantinha estreitos laços com o ex-mandatário e o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto.

As investigações em andamento revelaram que o grupo de militares bolsonaristas mantinha documentos relacionados ao golpe, e agora, com a apreensão de pen drives durante a operação contra Braga Netto e Peregrino, novas evidências podem surgir.

A expectativa é de que esses materiais contenham informações sobre as articulações do golpe, além de detalhes sobre uma operação secreta para conter os danos resultantes da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de jair Bolsonaro, e evitar que ele revelasse novas informações à PF.

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Para nossa “sorte”, economia brasileira poderá chegar a 3,5%”, diz Lula sobre crescimento do PIB

Presidente ironizou o discurso de setores da imprensa que indicam a sorte pelos bons indicadores econômicos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira (5) da inauguração da fábrica de celulose da Suzano, em Mato Grosso do Sul. Durante o evento, Lula fez críticas aos setores da imprensa que atribuem os bons indicadores econômicos do país à sorte, em vez de reconhecerem as ações do governo. “Para nossa sorte, a economia brasileira poderá chegar a 3,5%”, ironizou o presidente, referindo-se ao crescimento projetado para este ano.

Lula aproveitou a ocasião para destacar as iniciativas de sua gestão no combate à desigualdade de renda. Ele mencionou, entre outras medidas, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. “Todas as pessoas precisam ter acesso a comprar algo para comer, vestir, e isso passa pela distribuição de renda. Todo mundo precisa ter o mínimo necessário, está na Bíblia, na ONU”, afirmou.

Reflexões sobre obras e legado
O presidente também fez questão de ressaltar o legado de seus mandatos anteriores e o compromisso com obras estruturantes em todo o país. “Às vezes, faço provocações nos estados que visito. Questiono as pessoas, pedindo que me digam quem já fez mais do que eu por aquele estado. Por mais ferrenho que seja o apoiador de outros governos, ninguém consegue me citar mais obras estruturantes do que as realizadas nos meus governos”, disse.

Lula lembrou que, ao assumir a presidência em janeiro de 2023, convocou os 27 governadores para discutir as obras prioritárias de cada estado, o que resultou na retomada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Foi assim que construímos esse programa, sem levar em conta ideologia ou partido”, destacou.

Críticas ao programa habitacional anterior
O presidente não poupou críticas ao programa habitacional do governo anterior, o Casa Verde e Amarela, comparando-o com o programa Minha Casa, Minha Vida, que foi retomado e ampliado em sua gestão. “Eu não vi nenhuma casa verde e amarela. Inclusive, estamos retomando a construção de casas que foram paralisadas em 2013. Aliás, no meu governo, todo mundo tem o direito de pintar a casa do jeito que quiser”, brincou Lula, em tom descontraído.

Durante a inauguração, o presidente reforçou que a retomada do crescimento econômico e a promoção da igualdade social são pilares centrais de sua gestão. Ele afirmou que continuará trabalhando para atender às demandas da população e reduzir as disparidades regionais, mantendo o diálogo aberto com estados e municípios.

 

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

O tenente-coronel Mauro Cid, em oitiva ao Supremo Tribunal Federal (STF), indicou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha ciência sobre o plano de golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens prestou depoimento ao ministro Alexandre de Moraes nessa quinta-feira (21/11) para esclarecer contradições entre a delação e as investigações.

Na audiência, Mauro Cid teria sido questionado em relação às informações apuradas pela Polícia Federal (PF) e que motivaram operação da última terça-feira (19/11). De acordo com relatório da corporação, nomes do governo Bolsonaro teriam atuado em plano para matar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.

 

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INDICIADO POR GOLPE

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela PF (Polícia Federal) por integrar uma organização criminosa que liderou uma tentativa de Golpe de Estado no Brasil após a sua derrota nas eleições de 2022. Com isso, Bolsonaro se torna o primeiro presidente da História do Brasil a ser alvo de um processo para ser responsabilizado por tentativa de golpe contra a democracia brasileira.

Após o relatório final da PF com os indiciamentos, a Procuradoria-Geral da República irá formular denúncia ao STF (Supremo Tribunal Federal) que deve abrir um processo criminal contra os acusados.

Além de Bolsonaro, 36 personagens entre ex-ministros, militares e alguns de seus principais auxiliares estão na lista dos indiciados. Só entre militares há mais de uma dezena. Como a coluna adiantou, além de Bolsonaro, o general Walter Braga Netto também foi indiciado. Junto a ele o general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), o ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier. A coluna também apurou que o nome do ex-ministro Anderson Torres está na lista de indiciados.

A PF arrecadou ao longo de quase dois anos de investigações milhares de dados obtidos em celulares e computadores e diversos depoimentos mostrando como foi forjado um plano para impedir que o presidente Lula tomasse posse em janeiro de 2023.

Histórico
O historiador e professor Carlos Fico, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, observa o momento inédito de todo esse processo. A produção de um inquérito desse tipo e a acusação criminal feita pela PF tanto do ex-presidente como dos generais nunca ocorreu em processos golpistas anteriores a partir do momento em que o país criou instituições para assegurar a construção de um estado democrático.

“De todas as tentativas de golpe, sempre houve anistia para os golpistas. Militares golpistas sempre foram anistiados. Pode até ter iniciado um processo de punição, mas sempre teve anistia. Bolsonaro indiciado e, se depois for condenado, vai ser o primeiro presidente da República”, aponta Fico.

“Desde a Proclamação da República, em 1889, e até 1930, não dá para falar em democracia no Brasil. Aí vem a Revolução de 1930 e um governo provisório, um processo irregular até à Constituição de 1934 que estabelecia eleições para 1938. Mas Getúlio dá um golpe em 1937 e inaugura a ditadura do Estado Novo. Só dá para a gente fazer comparação em termos de institucionalidade depois de 1945. Só a partir disso temos alguns períodos democráticos”, explica Fico.

Quatro ex-ministros indiciados
Na relação dos indiciados há quatro ex-ministros do governo Bolsonaro. A lista é encabeçada pelo general Walter Braga Netto, que foi ministro da Defesa e da Casa Civil. Também foi arrolado o general Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência durante toda a gestão de Jair Bolsonaro.

Outro general com papel central no governo passado que consta na relação é Paulo Sergio Nogueira. Além de ter sido ministro da Defesa, ele foi comandante do Exército. Completa a relação de ministros o delegado Anderson Torres, que comandou a pasta da Justiça e Segurança Pública.

Além dos ministros, também foi indiciado o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier. Segundo as investigações, ele foi o único dos chefes militares a concordar com o golpe proposto por Bolsonaro.

Os crimes
Bolsonaro e seus principais auxiliares vão responder pelos seguintes crimes:

Golpe de Estado, com penas de 4 a 12 anos de prisão.
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, com penas de 4 a 8 anos.
Organização criminosa, com penas de 3 a 8 anos.
Depoimentos de comandantes militares
Desde janeiro do ano passado, os investigadores encontraram pelo menos dois documentos que configuram minutas com uma série de medidas contra o Poder Judiciário, incluindo a prisão de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Um deles na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e um outro documento semelhante nos arquivos de Mauro Cid.

Além disso, como se viu nesta semana na Operação Contragolpe, os investigadores encontraram documentos mostrando que um grupo de militares conhecido como “Kids Pretos” chegou a planejar na casa do general Walter Braga Netto, um plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e ainda o ministro Alexandre de Moraes.

A PF ainda coletou depoimentos dos comandantes militares durante o governo de Bolsonaro e tanto o general Gomes Freire como o brigadeiro Carlos Baptista Júnior confessaram que foram abordados por Bolsonaro com planos golpistas.

“Em uma das reuniões dos comandantes das Forças com o então presidente após o segundo turno das eleições, depois de o presidente da República, Jair Bolsonaro, aventar a hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio de institutos previstos na Constituição (GLO [Garantia da Lei e da Ordem], ou estado de defesa, ou estado de sítio), o então comandante do Exército, general Freire Gomes, afirmou que caso tentasse tal ato teria que prender o presidente da República”, disse Baptista Júnior para a PF.

Os núcleos do golpe
De acordo com o relatório final da PF, os 37 indiciados se dividiram em seis núcleos diferentes para atacar a credibilidade do sistema eleitoral, conduzir ações clandestinas de inteligência (a chamada Abin Paralela) e articular o golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder.

Os núcleos listados pelos investigadores são os seguintes:

Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral.
Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado.
Núcleo Jurídico.
Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas.
Núcleo de Inteligência Paralela.
Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas.
Operação Contragolpe
A conclusão do inquérito do golpe ocorre dois dias depois da PF deflagrar a Operação Contragolpe, que revelou um plano de assassinato elaborado por militares para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Todo o planejamento foi feito por militares com formação em operações especiais, conhecidos como Kids Pretos.

Como o ICL Notícias mostrou ontem (20), o planejamento para as execuções durou ao menos 36 dias. Em 15 de dezembro, um grupo de ao menos seis militares foi a diferentes pontos de Brasília para interceptar o ministro Alexandre de Moraes. O plano golpista só foi abortado por volta das 21h.

Com a derrota para Lula no segundo turno de 2022, o núcleo duro de Bolsonaro passou a discutir formas de dar um golpe de Estado para mantê-lo no poder.

36 dias de planejamento para o golpe
Dados do inquérito da Polícia Federal analisados pela coluna mostram que os preparativos para o plano de execução do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin duraram ao menos 36 dias.

As informações indicam que o ex-presidente Jair Bolsonaro participou das articulações, tentando obter o apoio dos chefes militares. Os preparativos do plano “Punhal Verde e Amarelo” tiveram a participação direta do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro em 2022.

Veja abaixo a cronologia do plano de golpe:

9/11: o general Mario Fernandes cria documento com o detalhamento das ações golpistas, envolvendo o monitoramento e a execução de Alexandre de Moraes.
12/11: Braga Netto abriga em sua casa reunião com os Kids pretos envolvidos na trama de assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes
14/11: Mauro Cid oferece R$ 100 mil para bancar gastos dos Kids Pretos com plano.
18/11: Braga Netto fala com manifestantes golpistas e pede paciência: “Tem que aguardar alguns dias”.

6/12: Bolsonaro, Cid e um dos Kids Pretos estiveram no Palácio do Planalto ao mesmo tempo, durante meia hora. A PF obteve essa informação ao cruzar dados das torres de telefonia com informações da agenda do então presidente. O general Mário Fernandes imprimiu o plano “Punhal Verde e Amarelo” no mesmo dia no Palácio do Planalto.
7/12: Bolsonaro se reúne com chefes do Exército, Marinha e

Aeronáutica para apresentar a minuta do golpe.
9/12: Bolsonaro se reúne com o general Estevam Theofilo, comandante do Coter (Comando de Operações Terrestres), que concorda em dar sequência ao golpe caso Bolsonaro assinasse a minuta que era discutida no Planalto.

10/12: o coronel Marcelo Câmara, assessor pessoal de Jair Bolsonaro, passa a Mauro Cid informações detalhadas sobre o acesso de Moraes, Lula e Alckmin ao TSE, no dia da diplomação.

15/12: Kids Pretos botam em ação plano para matar Alexandre de Moraes. Ao menos seis pessoas são distribuídas em diferentes locais de Brasília para interceptar Moraes. Plano só é abortado ao fim da noite.

*Juliana Dal Piva e Ivvar Mello/ICL

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Lula lidera disputa pela Presidência em todos os cenários da pesquisa CNT/MDA para 2026

Lula lidera disputa pela Presidência em todos os cenários da pesquisa CNT/MDA para 2026.

A pesquisa do instituto CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (12) aponta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente de todos os cenários de intenção de voto para a eleição presidencial de 2026. O levantamento foi realizado presencialmente entre 7 e 10 de novembro, com 2.002 eleitores, e tem uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%.

No cenário principal, que considera o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível, Lula lidera com 35,2% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro aparece com 32,2%. Outros nomes testados foram Pablo Marçal (PRTB), com 8,4%, Simone Tebet (MDB), com 8%, e Ciro Gomes (PDT), com 6,2%.

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Dino mantém suspensa emendas parlamentares e exige dados sobre repasses a ONGs

Nesta terça-feira (12), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, decidiu que manterá suspensa a execução das emendas parlamentares. A decisão veio depois que a CGU (Controladoria-Geral da União), apresentou um relatório que apontou irregularidades nos repasses de verbas para Organizações Não Governamentais (ONGs).

A Câmara dos Deputados, e o Senado Federal também foram intimados pelo ministro a se pronunciarem sobre os relatórios, dentro do prazo de 10 dias. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais 10 dias para apresentar sua posição.

Segundo a auditoria encaminhada ao Supremo pela CGU, sete ONGs que foram beneficiadas com R$ 482,3 milhões em emendas parlamentares entre 2020 e 2024 não tem capacidade técnica para executar seus projetos. Além disso, foi relatado também dois casos de com indícios de sobrepreço, e de um de superfaturamento.

Transparência das emendas
O pagamento das emenda foi suspenso pelo Supremo devido a falta de transparência nesse mecanismo. De acordo com o ministro Dino, a interrupção dos repasses devem se manter até que seja implementado métodos de transparência e rastreamento.

Esses repasses, que são monitorados pela CGU, incluem emendas individuais, de bancada, comissão e de relator, o extinto “orçamento secreto”. Na próxima quarta-feira (13), o Senado deve analisar um projeto nesse sentido.

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‘Aceitem a democracia’, diz o maior golpista do Brasil

O artigo surgiu no site de um dos maiores jornais brasileiros como se fosse mais um texto opinativo corriqueiro, em meio aos palpites daqueles que tentam entender a complexidade da política nacional.

Chamou atenção pela assinatura do articulista, que contrastava com o título. O autor: Jair Bolsonaro (aquele mesmo!) O título: “Aceitem a democracia”.

Nas 623 palavras seguintes, um amontoado de mentiras, distorções e manipulações de fatos é apresentado no espaço jornalístico que ao menos em tese deveria ser dedicado a perseguir a verdade.

Ao contrário: em tom de tese cívica, como se fosse uma desinteressada defesa do bem comum, a Folha ofereceu ao leitor um rosário de lorotas.

“Aceitem a democracia”, diz o homem que usou a autoridade de presidente da República para tentar desacreditar o processo eleitoral de seu próprio país.

“Aceitem a democracia”, pede o sujeito que incitou seguidores a investirem contra as instituições, invadindo as sedes dos Poderes, em Brasília.

“Aceitem a democracia”, clama o homem que incentivou um hacker a invadir o sistema de informática do Tribunal Superior Eleitoral.

Tentando simular naturalidade, o ghost writer de Bolsonaro escreveu que “quando uma ideia ganha a alma do povo, é inútil tentar matá-la simplesmente por meio da violência”. Difícil definir o sentimento de ler algo assim assinado pelo personagem inspirador de grupos que levantaram detalhes da rotina dos seguranças do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e de Lula, para atacá-los.

Justamente o signatário que serviu de guia aos homens que planejaram e quase conseguiram concluir um atentado a bomba no aeroporto de Brasília.

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Movimentos sociais e partidos de esquerda lançam manifesto contra pressão do mercado sobre Haddad e Tebet por ajuste fiscal

Documento, divulgado neste domingo, pressiona a equipe econômica e o presidente Lula num momento crucial.

Fernando Haddad e Simone Tebet (Foto: Agência Gov)
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247 – Movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda, como PT, Psol, PDT e PCdoB, divulgaram, neste domingo, um manifesto crítico às medidas de ajuste fiscal defendidas pelo mercado financeiro e pela mídia, e que podem vir a ser encampadas no todo ou em parte pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet. O documento destaca a ameaça que essas medidas representam para políticas públicas essenciais em saúde, educação e infraestrutura, além de impactos negativos para trabalhadores, aposentados e programas de investimento. Nesta segunda-feira, uma plataforma digital será lançada para coletar adesões individuais.

A íntegra do manifesto, que denuncia as pressões de setores privilegiados da sociedade, segue abaixo:

MERCADO FINANCEIRO E MÍDIA NÃO PODEM DITAR AS REGRAS PARA O PAÍS

Temos acompanhado, com crescente preocupação, notícias e editoriais na mídia que têm o objetivo de constranger o governo federal a cortar “estruturalmente” recursos orçamentários e outras fontes de financiamento de políticas públicas voltadas para a saúde, a educação, os trabalhadores, aposentados e idosos, bem como os programas de investimento na infraestrutura para o crescimento do país.

São pressões inaceitáveis que partem de uma minoria privilegiada por isenções de impostos e desonerações injustas e indecentes; dos que manipulam a fixação das maiores taxas de juros do planeta e que chantageiam o governo e o país, especulando com o dólar e nas bolsas de valores.

No momento em que o governo federal, eleito para reconstruir o país, vem obtendo resultados significativos na recuperação do nível de emprego, do salário e da renda da população, tais avanços são apresentados como pretexto para forçar ainda mais a elevação da taxa básica de juros, quando o país e suas forças produtivas demandam exatamente o contrário: mais crédito e mais investimento para fazer a economia girar.

O poder financeiro, os mercados e seus porta-vozes na mídia agitam o fantasma de uma inexistente crise fiscal, quando o que estamos vivendo é a retomada dos fundamentos econômicos, destruídos pelo governo anterior. Onde estavam esses críticos quando Bolsonaro e Guedes romperam os orçamentos públicos e a credibilidade do Brasil? Onde estavam quando a inflação caminhava para 12%?

Agora querem cortar na carne da maioria do povo, avançando seu facão sobre conquistas históricas como o reajuste real do salário-mínimo e sua vinculação às aposentadorias e ao BPC, o seguro-desemprego, os direitos do trabalhador sobre o FGTS, os pisos constitucionais da Saúde e da Educação.

E nada falam sobre o maior responsável pelo crescimento da dívida pública, que é a taxa de juros abusiva e crescente. Nada falam sobre as desonerações de setores que lucram muito sem gerar empregos, inclusive a mídia; a imoral isenção de impostos sobre lucros e dividendos nem sobre a recusa de taxar grandes fortunas, por parte de uma maioria do Congresso que se apropria de fatias cada vez maiores do Orçamento.

Chega de hipocrisia e de chantagem! Cortar recursos de quem precisa do Estado e dos investimentos públicos só vai levar o país de volta a um passado de exclusão e injustiça que os movimentos sociais e o povo lutam há tempos, todos os dias, para transformar numa sociedade melhor e mais justa.

Assinam:Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo, MST, MTST, CUT, INTERSINDICAL, CONTAG, CNTE, CONTEE, CMP, MTC, INESC, MBP, MPA, MNU, MAM, MMM, Sem Direitos, Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, PT, PDT, PSOL, PCdoB, Instituto de Finanças Funcionais para o Desenvolvimento (IFFD), Rede MMT Brasil, Transforma Unicamp, Subverta, Fogo no Pavio, Sindicato dos Servidores De Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública (ASFOC/SN), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), Federação Nacional das/os Assistentes Sociais, CANDACES, Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnicos Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FENAPSI), Federação Nacional dos Psicólogos, Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais (Abecs), Fineduca, ABGLT, Rua, Juventude Manifesta, Resistência, ANPAE, FNPE, Confederação Sindical Educação dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Associação Rede Unida, Associação Brasileira de Saúde Coletiva – ABRASCO, Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABReS), Frente Pela Vida