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Bolsonaro, sobre o leite condensado, repete a tática contra jornalistas que usou no caso do depósito de R$ 89 mil de Queiroz para Michelle

A resposta que Bolsonaro deu hoje sobre a picaretagem da compra de mais de R$ 15 milhões em leite condensado, mandando jornalistas irem para a puta que pariu e, em seguida, dizer para a imprensa enfiar o leite no rabo, repete o mesmo padrão em que, perguntado por que Michelle recebeu R$ 89 mil de Queiroz, respondeu que tinha vontade de encher a boca do jornalista do Globo de porrada, chamando-o de safado.

Isso basta para saber que, debaixo desse angu de leite condensado, tem muito caroço.

Até hoje Bolsonaro não respondeu à pergunta do jornalista do Globo. O que ele pretende com esse ataque é obter o mesmo êxito de cair no esquecimento, como foi no caso de Queiroz e Michelle, já que o leite condensado de Bolsonaro está igual titica, quanto mais mexe, mais fede.

A cada momento surge um fato novo que desanca o vigarista.

Nesta quarta-feira, deputados da oposição protocolaram pedidos de abertura da CPI do Leite Condensado, para investigar os gastos do governo com alimentação em 2020, que chegaram a R$ 1,8 bilhão.

*Da redação

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Vídeo: Em claro desespero com o escândalo do leite condensado, Bolsonaro manda imprensa para a puta que pariu

Uma empresa forneceu leite condensado um mês depois de aberta; outras duas fornecedoras (empresas individuais com contrato de 12 e 25 milhões) de alimentos, nunca trabalharam com os produtos antes e pertencem à mulher e ao filho de um pastor.

Em um evento, perguntado sobre isso, Bolsonaro, em claro desespero, manda jornalista investigativo, pra puta que pariu.

“15,5 milhões em latas de leite condensado… Vai pra puta que pariu, porra!”, disse o presidente em evento com aliados. Em vídeo, é possível ver o ministro da Relações Exteriores, Ernesto Araújo, caindo na gargalhada com a reação do presidente.

Confira:

*Da redação

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Em ÁUDIO, empresa nega venda de leite condensado na proporção indicada pelo governo Bolsonaro

Um porta-voz da empresa “Saúde & Vida Comercial de Alimentos Eireli”, que tem contratos somados em R$ 37 milhões com o governo de Jair Bolsonaro, negou que tenha vendido R$ 15 milhões somente em leite condensado ao Palácio do Planalto.

Os dados da venda constam no Portal da Transparência.

A informação foi desmentida em nome da dona da empresa, Azenate Barreto Abreu, que disse é um valor relativo a 15 anos, mas a empresa foi criada em 2012.

Confira:

https://twitter.com/_danielaabade/status/1354396315153805314?s=20

https://twitter.com/_danielaabade/status/1354402984994680833?s=20

https://twitter.com/_danielaabade/status/1354404611373867008?s=20

*Com informações do DCM

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Desesperado, Bolsonaro apela para que caminhoneiros não façam greve na próxima semana

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apelou aos caminhoneiros para que não façam a greve, que está prevista para esta segunda-feira (1º).

“Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia do Brasil. Apelamos para eles que não façam greve, que todos nós vamos perder. Todos, sem exceção. Agora, a solução não é fácil. Estamos buscando uma maneira de não ter mais este reajuste”, afirmou Bolsonaro ao sair do Ministério da Economia nesta quarta-feira (27), em referência ao aumento no preço do combustível.

Bolsonaro também usou a pandemia de Covid-19 como argumento para que não haja paralisação.

“Você vai causar um transtorno na questão da economia. Estamos vivendo uma época de pandemia. Olha o que nós passamos no ano passado, estamos passando ainda”, afirmou.

A Petrobras aumentou o preço médio do diesel nas refinarias em 4,4% nesta terça-feira (26). A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), que até a semana passada minimizava as chances de uma uma greve nacional de caminhoneiros, mudou de tom em relação à paralisação, como mostrou a Folha.

Na terça, a confederação disse ter sido informada de que o Ministério da Economia neutralizaria o efeito do aumento do diesel nas bombas através da redução do PIS/Cofins. A pasta não havia confirmado a informação, mas Bolsonaro disse que a medida está em estudo, embora sem uma data para resposta.

“Estamos tratando. A Petrobras segue uma planilha, tem a ver com o preço do petróleo lá fora, tem a ver também com variação do dólar –ontem foi uma boa notícia, o dólar baixou R$ 0,20. Estamos estudando medidas”, afirmou.

“Agora, não tenho como dar uma resposta de como diminuir o impacto que, na verdade, foram R$ 0,09 no preço do diesel. Mas, para cada centavo no preço do diesel, que porventura nós queremos diminuir, no caso, PIS/Cofins, equivale buscarmos em outro local R$ 800 milhões. Então, não é uma conta fácil de ser feita”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro também instou os governadores a reduzirem o ICMS, imposto estadual.

“Os impostos federais, eu estou pronto para zerar, a gente vai para o sacrifício, mas gostaria que o ICMS acompanhasse também esta diminuição”, afirmou, acompanhado de dois de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Jair Renan, que não tem cargo oficial no governo.

Bolsonaro também criticou o governo de São Paulo e a prefeitura de Belo Horizonte por terem endurecido as restrições por causa da pandemia de Covid-19.

O presidente foi ao Ministério da Economia acompanhado de Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).

De acordo com Solmucci, uma das demandas apresentadas ao governo foi a prorrogação da carência para pagar os empréstimos no âmbito do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), criado em meio à pandemia.

“Pedimos ajuda com a questão do Simples, porque as empresas não estão conseguindo pagar, podem ser desenquadradas e cair em uma situação tributária ainda pior. Pedimos uma questão de revisão do BEM, que é aquela medida que nos permite reduzir jornada e suspender contrato. Porque, se nós estamos de portas fechadas, como é que nós vamos garantir empregos se não há como pagá-los?​​”, disse o presidente da Abrasel.

Bolsonaro disse que as medidas serão estudadas e anunciadas em até 15 dias.

“Por que tem um estado, que ao fechar tudo a partir das 20h, sábado e domingo também, atinge diretamente o coração de garçons, donos de bares, donos de eventos. Bem como o mesmo problema está acontecendo na capital BH”, disse Bolsonaro com críticas ao governo de São Paulo e à prefeitura de Belo Horizonte.

“Eu apelo a todo chefe de governo, estado, município que não vão para um lockdown porque também atrapalha e o Brasil não tem para onde correr mais. Nossa dívida interna está na casa dos R$ 5 trilhões. Nossa capacidade de endividamento tem um limite. E nós temos que botar a economia para funcionar”, afirmou o presidente.

A entrevista na porta do Ministério da Economia foi encerrada pelo presidente quando um repórter começou a perguntar sobre o inquérito que tem como alvo a condução do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, na crise de falta de oxigênio em Manaus (AM).

*Com informações da Folha

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Malandrão, Eduardo defende compra de leite condensado a R$ 162,00

Eduardo Bolsonaro acha que engana quem justificando que a compra da quantidade de leite condensado foi para o Ministério da Defesa? Segundo ele, as Forças Armadas têm um efetivo de 334 mil pessoas.

Não adianta ele vir com essa cascata de que o leite condensado virou um símbolo das Forças Armadas porque o papai toma o café da manhã com o produto, o que o deputado vigarista tem que explicar é o pagamento de R$ 162,00 por unidade, sendo que a média de preço nos supermercados não passa de R$ 5,50. Isso, sem falar dos armazéns de roça que emitiram nota fiscal para justificar esse escândalo descarado com o erário.

Na verdade, quando o esperto vem com esse argumento, ele endossa a acusação de crime de corrupção cometido pelo governo do papai.

Eduardo só não teve coragem explicar outros gastos do governo federal que inúmeras críticas . O Portal da Transparência apontou que foram investidos R$ 2,2 milhões em chicletes, R$ 8,9 milhões em bombons e R$ 31,5 milhões em refrigerantes, por exemplo.

*Da redação

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Siga a rota do leite condensado

Nesta sequência de tuítes abaixo, é possível seguir a trilha do dinheiro gasto pelo governo Bolsonaro tanto com leite condensado quanto com diversos outros produtos, a grande maioria de supérfluos, com valores absurdos que estão deixando os brasileiros estarrecidos com esse escândalo sem precedentes.

Após a grande repercussão da revelação, o Portal da Transparência do governo federal saiu do ar.

Confira:

https://twitter.com/Boscardin/status/1354228308339261443?s=20

https://twitter.com/Boscardin/status/1354228315687694337?s=20

https://twitter.com/Boscardin/status/1354228322373427201?s=20

https://twitter.com/Boscardin/status/1354228350089310222?s=20

https://twitter.com/Boscardin/status/1354228352543051777?s=20

*Da redação

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Saúde

Nas UTIs não faltam doentes iludidos que tomaram cloroquina em casa

Desde o início da pandemia, a médica Viviane Veiga passa os dias acompanhando pacientes graves (só de covid, foram mais de 800) e fazendo ciência. Coordenadora de UTI da BP — a Beneficência Portuguesa de São Paulo — e presidente eleita da Sociedade Paulista de Terapia Intensiva (Sopati), Viviane coordenou um estudo publicado na semana passada no The British Medical Journal (BMJ).

O trabalho foi realizado pela Coalizão Covid Brasil (grupo formado por grandes hospitais privados que fazem pesquisas sobre a doença). Foram incluídos pacientes de nove centros do país. O objetivo foi analisar o efeito da droga tocilizumabe, atualmente usada para artrite, em doentes com covid em estado grave.

Em entrevista à coluna, Viviane detalha o estudo e fala sobre as pressões que os médicos têm sofrido de familiares de pacientes para que eles prescrevam cloroquina e outras drogas.

Quais foram os resultados do estudo?

O tocilizumabe não se mostrou benéfico nessa população. Além disso, a mortalidade foi maior no grupo que tomou a droga. Quinze dias depois de receber a medicação, houve 11 mortes no grupo que recebeu a medicação contra artrite e duas no grupo tratado de forma convencional. Não houve diferença em termos de causa de óbito. As mortes não parecem estar relacionadas ao uso da medicação.

Existem outras pesquisas com resultados semelhantes?

Outros trabalhos também não encontraram benefícios, mas, no início de janeiro, um grupo do Imperial College anunciou ter feito um estudo que apontou que o medicamento fez diferença. Por enquanto, esse é um pré-print. Os autores jogaram na internet, mas a pesquisa ainda não foi publicada em uma revista científica.

As pesquisas continuam?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) entende que o efeito dessa droga precisa ser mais bem compreendido. É possível que ainda exista espaço para esse medicamento em algum perfil de paciente. Desde dezembro, faço parte de um grupo da OMS que reúne 20 pesquisadores de diversos países que estudam essa droga no contexto da covid. Não adianta ficar usando uma droga cara, de forma indiscriminada, sem ter benefícios.

No estudo feito por vocês com o tocilizumabe, algum dos pacientes tinha usado cloroquina, hidroxicloroquina ou ivermectina?

Em maio, aproximadamente 18% dos pacientes estavam usando hidroxicloroquina no dia da inclusão no estudo. Usaram no hospital ou já tomavam em casa quando foram internados. Hoje o uso de hidroxicloroquina em ambiente hospitalar virou exceção. Apesar da pressão de familiares dos pacientes e de alguns colegas médicos que seguem prescrevendo. Infelizmente, o Ministério da Saúde difundiu o tal “kit covid” e vimos muita apologia ao uso de vitamina C, vitamina D, zinco, ivermectina, nitazoxanida (conhecida como Annita). Não há evidência científica de que essas coisas funcionem contra a covid.

O que você pensa sobre os médicos que prescrevem isso? E sobre as ações do Ministério da Saúde para difundir o uso da cloroquina como um suposto tratamento precoce da covid?

Tudo isso é um enorme desserviço. Com tanto negacionismo e fake news, as pessoas buscam poções mágicas. Ao longo dos meses, vimos o Ministério da Saúde com esse posicionamento de negar a doença e o alto escalão do governo andando no meio da multidão, sem máscara e negando a importância da vacina. O resultado está aí: mais de 210 mil mortos. Será que deveríamos ter deixado chegar a esse ponto?

Qual é a repercussão disso nos hospitais? As famílias dos doentes pressionam os médicos a usar essas drogas?

Os grandes hospitais estão se posicionando em relação ao seu corpo clínico. Mostram o que é a boa prática médica e exigem respeito à evidência científica publicada em literatura. Como coordenadora de UTI, muitas vezes preciso entrar no corpo a corpo com as famílias dos doentes. Elas querem trazer médicos externos, procuram soluções milagrosas. Recebemos pressões, telefonemas em desespero. Explico que faço medicina baseada em ciência. Se houver evidência científica, pratico o que os estudos demonstram. Do contrário, não. Não há estudo sério mostrando benefício. Pelo contrário, há aumento de alterações em eletrocardiograma e exames de fígado.

O que você diz a esses familiares?

Explico que não faltam pacientes nas UTIs que tomaram cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina ou azitromicina em casa e, mesmo assim, adoeceram gravemente. Não podemos nos levar por ideologia e ceder a esse tipo de pressão. Não prescrever a hidroxicloroquina não é uma decisão vinculada a qualquer questão política. Meu vínculo é com a ciência.

Qual é o exemplo que você usa para explicar isso aos familiares de pacientes que seguem iludidos com a história de “tratamento precoce”?

O maior exemplo é Manaus. Os colegas de lá estão vivendo o caos. Lá os pacientes já estavam tomando essas coisas do tal tratamento precoce. E o que aconteceu? Não adiantou nada. Os pacientes estão muito mal. A situação lá é impraticável. Esse é o exemplo mais claro.

Como lidar com tantas falsas alegações de benefício?

A imprensa tem feito um papel muito importante para o esclarecimento do público. A população leiga está sendo bombardeada com alegações sobre medicamentos que basta ir à farmácia e comprar. Em um cenário de pandemia, com os hospitais lotados, é claro que as pessoas vão acreditar e tomar. E ainda há prefeituras e operadoras de saúde mandando essas medicações para a casa das pessoas. Estamos vivendo uma realidade louca.

Para os jornalistas é um pouco frustrante ver que nem sempre a informação é capaz de mudar o comportamento das pessoas. O que é possível fazer para alcançar a mudança necessária?

Precisamos continuar bombardeando as pessoas com informação. Infelizmente, a política foi misturada com ciência de uma forma horrível. Devemos continuar mostrando, batalhando, fazendo o que estamos fazendo para tentar conscientizar as pessoas de várias formas. Nas publicações, nas entrevistas, no ambiente do dia a dia, nos grupos de Whatsapp. Acho difícil que o Ministério da Saúde mude suas condutas neste momento. Cabe a nós continuar a esclarecer a população. De cima para baixo, a informação não virá.

Você já tomou a vacina?

Sim, na semana passada. Foi um dia muito especial porque, além de receber a primeira dose da vacina, nosso estudo foi publicado no The British Medical Journal, depois de um trabalho hercúleo. Teve gente que perguntou por que tomei a CoronaVac, em vez de esperar a vacina da Pfizer. Gente, isso não faz o menor sentido. Sou privilegiada por receber a CoronaVac. É preciso tomar a vacina que estiver disponível. É fundamental imunizar o maior número de pessoas o mais rápido possível.

O pior da pandemia está por vir?

Acho que o pior pode estar por vir. Vejo os números com muita preocupação. São 1.000 mortos por dia. Esse número não diminui. As taxas de ocupação dos hospitais são altas. As equipes de saúde estão completamente fatigadas. Pessoas trabalhando nesse stress há quase um ano. Dar plantão em uma UTI de covid é muito mais difícil do que em uma UTI normal. Os pacientes demandam muito mais atenção, intervenção, cuidados. É impressionante a quantidade de ligações que recebemos diariamente de pessoas que querem ser transferidas para São Paulo. Muita gente com o vírus pegando voo comercial para sair de Manaus. Quantas pessoas não estão sendo infectadas dessa forma?

O que você diria a quem continua andando sem máscara e sem distanciamento social?

Pense no coletivo, olhe para o lado, veja o que está acontecendo. Ligue a televisão, leia o jornal, acesse os sites e veja os números. Covid não escolhe velho, novo, rico, pobre. O vírus está aí no meio de todos nós. Temos que ter empatia e compaixão. Se você está com covid, respeite seu tempo de isolamento. Não vá pegar um voo. Coloque-se no lugar do outro. Pode ser que, daqui um tempo, você esteja precisando de um leito de hospital.

*Cristiane Segatto/Uol

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República do leite condensado: Bolsonaro, em plena pandemia, corta benefícios para pesquisa científica e atinge Butantan e Fiocruz

Cota de importação cai de US$ 300 mi para US$ 93,29 mi; valor é insuficiente para combate à pandemia, diz CNPq.

O governo Jair Bolsonaro cortou 68,9% da cota de importação de equipamentos e insumos destinados à pesquisa científica. A medida afeta principalmente as ações desenvolvidas pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) no combate à pandemia da Covid-19.

Em 2020, o valor foi de US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão, em valores de hoje). Para 2021, serão apenas US$ 93,29 milhões (R$ 499,6 milhões).

A cota de importação é um valor total de produtos comprados de outros países, destinados à pesquisa científica, que ficam livres de impostos de importação.

Duas leis de 1990 garantem o benefício fiscal. A definição sobre a cota ocorre todo ano, e fica a cargo do Ministério da Economia.

Um levantamento feito pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) mostra que a redução feita pelo governo Bolsonaro, em plena pandemia, é sem precedentes na última década.

Em 2010, o valor da cota foi de US$ 600 milhões. Em 2014, foi de US$ 700 milhões. E, em 2017, 2019 e 2020, caiu para US$ 300 milhões.

A mudança no benefício, com prejuízos diretos a pesquisas relacionadas ao combate ao novo coronavírus, foi contestada pelo CNPq, que pediu aos ministérios da Economia e da Ciência, Tecnologia e Inovações, ao qual está vinculado, uma recomposição da cota de importação aos valores de 2020.

Os US$ 93,29 milhões não são suficientes nem para os projetos voltados à pandemia.

O Butantan e a Fiocruz, por exemplo, são os institutos que concentram algumas das principais pesquisas para desenvolvimento de uma vacina brasileira contra o novo coronavírus.

Os estudos ainda não entraram na fase de ensaios clínicos (testes em humanos).

O valor limite de US$ 93,29 milhões para importação de insumos destinados a pesquisas científicas, com isenção de impostos, foi definido em portaria do Ministério da Economia publicada no último dia de 2020. O total se refere a 2021.

Assina a portaria Marcelo Pacheco dos Guaranys, ministro substituto. Guaranys também assina a portaria que havia definido uma cota de US$ 300 milhões para 2020.

“Caso mantido o valor definido, teremos uma profunda redução em relação aos últimos exercícios, o que implica refrear a capacidade de importação de bens e insumos destinados à pesquisa científica, tecnológica e de inovação brasileira, incluindo as pesquisas na área de saúde em quase 70%”, afirmou Vilela ao explicar a necessidade de recomposição dos valores.

Os principais importadores em 2020 foram os institutos públicos dedicados ao combate à pandemia, como Butantan, Fiocruz e universidades federais, segundo o presidente do CNPq.

Vilela disse que projetos de combate à Covid-19, beneficiados com a isenção de impostos, consumiram US$ 9 milhões por mês.

“Em um cenário conservador que considere a manutenção do investimento mensal por 12 meses em 2021, teremos uma demanda total de US$ 108 milhões somente para o combate à Covid-19”, complementou.

Assim, o valor estipulado para 2021 não supriria nem os projetos dedicados ao combate à pandemia.

“Reforço a necessidade de recomposição da cota de importação de US$ 300 milhões, no mínimo, para garantir as pesquisas tanto da Covid-19 como de outros projetos de grande relevância para o país”, afirmou o presidente do CNPq.

Fundações ligadas ao Butantan e à Fiocruz foram os principais importadores em 2020, segundo um estudo da área técnica do CNPq. A Fundação Butantan (de apoio ao instituto) consumiu US$ 80,3 milhões da cota, ou 26,7%. Já a fundação de apoio à Fiocruz importou US$ 47,7 milhões (15,9%).

“Fiocruz e Instituto Butantan lideram a fabricação de vacinas no Brasil para o enfrentamento da Covid-19, tendo contado com o importante apoio do CNPq e da cota de importação para aquisição de insumos e bens destinados à pesquisa”, afirmou o órgão.

Estudos sobre ventiladores pulmonares da Fundação Butantan, por exemplo, consumiram US$ 16,8 milhões em importações. Na Fiocruz, estudos sobre o diagnóstico do vírus necessitaram de importações que somam US$ 20,8 milhões, segundo o CNPq.

Na pandemia, o governo Bolsonaro já manteve uma sobretaxa na importação de seringas chinesas e elevou a tarifa de importação de cilindros usados na armazenagem de oxigênio medicinal.

Após a repercussão negativa da divulgação das duas iniciativas, o governo derrubou as cobranças.

*Com informações da Folha

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Bolsonaro pagou R$ 162,00 por cada lata de leite condensado

Se ainda existe justiça no Brasil, chegou a hora de derrubar esse monstro que ocupa a cadeira da presidência.

Em mais detalhes sobre a polêmica compra de alimentos do governo federal em 2020, especificamente sobre o leite condensado, foram 7200 latas por dia, que custaram R$ 162 cada uma.

Numa busca detalhada sobre a compra do leite condensado pelo governo federal, tão falado nesta terça-feira (26) após a divulgação da lista da aquisição dos alimentos de 2020 pelos órgãos do Executivo federal, é possível identificar o valor unitário de cada lata: R$ 162.

Os mais de R$ 15 milhões gastos na compra do produto renderam nada menos do que cerca de 2,5 milhões de latas, ou seja, 7.200 latas por dia ao longo do ano passado. De acordo com as especificações da compra, o objetivo foi “cobrir despesa com aquisição de gênero alimentício para o aprovisionamento”.

A fornecedora do produto foi a empresa “Saúde & Vida Comercial de Alimentos Eireli”, de Brasília, que é classificada como Micro Empresa. A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) informou pelo Twitter sobre seu endereço:

“O endereço da grande empresa que forneceu mais de -> 15 milhões de reais <- em leite condensado fica no subsolo de um pequeno prédio comercial no bairro residencial do Sudoeste, em Brasília. Aparentemente, não é uma sede grande responsável por compras em milhões”.

Outros gastos exorbitantes e cujas explicações são demandadas desde a divulgação da lista foram R$ 1 milhão em alfafa, R$ 2 milhões com chiclete e R$ 6,6 milhões com bombom, entre outros.

O PSOL pediu à PGR investigação sobre escândalo das compras. E o ex-presidenciável Ciro Gomes anunciou que irá à Justiça pedir explicações.

https://twitter.com/delucca/status/1354169309497597953?s=20

https://twitter.com/jandira_feghali/status/1354186568630722562?s=20

*Com informações do 247

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Política

Bolsonaro libera, mas Pfizer nega venda de vacinas a empresas no Brasil

Presidente Bolsonaro havia endossado a compra de imunizantes pela iniciativa privada com a condição de metade das doses ser doada para o SUS.

Em comunicado divulgado na tarde desta terça-feira (26), a farmacêutica Pfizer também descartou a venda de vacinas à iniciativa privada brasileira.

O laboratório AstraZeneca, que também produz um imunizante contra o vírus, já havia negado a possibilidade, que tem sido analisada por um grupo de grandes empresas e foi endossada pelo presidente Jair Bolsonaro.

A nota da Pfizer diz que a empresa “entende que a vacina contra a Covid-19 é um bem que deve ser oferecido à população em geral, por isso estamos comprometidos a trabalhar em colaboração com os governos em todo o mundo para que a vacina seja uma opção na luta contra a pandemia, como parte dos programas nacionais de imunização”.

A empresa diz que segue em negociação com o governo brasileiro para fornecer a vacina desenvolvida pelo laboratório no plano nacional de imunização.

Nesta terça-feira, o presidente Bolsonaro confirmou em discurso ter dado aval à uma compra, por um grupo de empresas, de 33 milhões de doses da vacina produzida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca. A ideia é doar ao menos metade das doses para o governo federal.

— Semana passada, fomos procurados por um representante de empresários e assinamos uma carta de intenções favorável a isso, para que 33 milhões de doses da (vacina de) Oxford viessem do Reino Unido para o Brasil, a custo zero para o governo. E metade dessas doses, 16,5 milhões, entraria para o SUS e estaria no Programa Nacional de Imunizações, segundo aqueles critérios. E outros 16,5 milhões ficariam com esses empresários, para que fossem vacinados os seus empregados, para que a economia não parasse.

O presidente disse que estimula a ideia porque “ajudaria em muito a economia”. A negociação, entretanto, dividiu executivos, conforme reportagem do GLOBO. Parte dos empresários que inicialmente faziam parte das tratativas considerou polêmica a ideia de reter parte das vacinas para imunização de funcionários das companhias e de seus familiares.

— Quero deixar bem claro que o governo federal é favorável a esse grupo de empresários para levar adiante a sua proposta, trazer vacina para cá, a custo zero para o governo federal, para imunizar então 33 milhões de pessoas. O que puder essa proposta ir à frente, nós estaremos estimulando. Pois, com 33 milhões de doses de graça, ajudaria em muito a economia e aqueles também que por ventura queiram se vacinar — afirmou.

O laboratório AstraZeneca, no entanto, já descartou comercializar doses à iniciativa privada por enquanto, mesmo com o aval do governo brasileiro.

“No momento, todas as doses da vacina estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais ao redor do mundo, incluindo da Covax Facility, não sendo possível disponibilizar vacinas para o mercado privado”, disse a empresa em comunicado emitido nesta terça-feira.

“Nos últimos 7 meses, trabalhamos incansavelmente para cumprir o nosso compromisso de acesso amplo e equitativo no fornecimento da vacina para o maior número possível de países ao redor do mundo”, completou a nota, que cita o acordo da empresa com a Fiocruz para disponibilizar 100 milhões de doses da vacina.

*Com informações de O Globo

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