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Opinião

Fedelhos morais, sionistas nativos dão faniquito contra Lula

Em que tempo essa gente imagina que vive? Torcer o nariz contra Lula, pelo Brasil ter se alinhado à África do Sul contra o genocídio em Gaza, imposto pelo exército terrorista de Israel, imaginando que o sionismo é um poder supremo, é só mais uma bugiganga editorialista, produzida por sionistas paratatás ou quem se casou com eles.

Aonde estava essa gente quando Lula arrancou ,na frente de todos os líderes mundiais, em busca da paz entre Israel e Palestina?

Pois bem, essa grita, como se Lula fosse um criadinho do sionismo, a serviço do genocídio israelense contra mais de 23 mil palestinos, sendo a maioria crianças.

Vejam bem, há uma legião, um número incontável de vídeos rodando pelo planeta, via web, a Palestina sendo massacrada pelos jovens monstros de Israel, inspirados no sionismo.

Quem tem um mínimo de decência, tem posição frontalmente contrária a Israel, que trata palestinos, incluindo bebês recém-nascidos, como quitutes a serem devotados.

O poder animal do exército terrorista de Israel, fica caladinho, felizmente, diante das multidões em vários países, formadas por cidadãos em busca de soluções desesperadas contra a carnificina promovida pelos sionistas de Israel.

Mas, como se vê, no ataque a Lula, o sionismo, via Globo e afins, acha-se senhor de si, professor de Deus e não admitirá nunca que a operação imunda de genocídio contra palestinos na qual Israel especializou-se, quebrou os dentes, perdeu o prumo a partir da própria vidraça que eles próprios jogaram na imagem de Israel.

Falar em antissemitismo num país de maioria negra, com um pouco mais de cinco séculos, nos quais quatro deles, o Brasil teve a mais feroz e longa escravidão de negros, é um insulto que nos deixa com os olhos vidrados de perplexidade com o racismo arrogante dos sionistas, porque falamos da população negra, vítima, em mais de 80% de violência letal, enquanto se sabe que a maioria dos sionistas, no Brasil, reza pela cartilha racista de Bolsonaro.

Então, é bom os sionistas entenderem que o tremelique contra Lula só nos faz bocejar pelos vários antecedentes comprobatórios que, como citado pela África do Sul, há 76 anos, Israel, com a ajuda luxuosa do EUA, impõe aos palestinos, já que Israel não passa de um puxadinho ianque, que sonha em reinar sozinho no Oriente Médio.

 

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Mundo

Direto do Equador: Capital Quito vive clima de tensão após explosões

Enviada especial da CNN relata ataque a Unidade de Polícia Comunitária; comerciante contou sobre medo e danos.

Moradores do bairro de Los Condes, no sul de Quito, capital do Equador, vivem clima de tensão após uma explosão em uma Unidade de Polícia Comunitária na noite de quarta-feira (10).

O caso aconteceu após um homem em uma moto acender um dispositivo explosivo diante do local. Uma parede foi reduzida a escombros, e os vidros das janelas ficaram estilhaçados.

Com medo de futuros ataques, uma comerciante das proximidades da unidade pediu que a CNN não fizesse imagens nem dela nem de sua loja. Seu comércio teve duas janelas quebradas pela explosão.

Ela contou à reportagem que mora a cerca de três quarteirões do local do ataque e que escutou uma forte explosão por volta das 21h30, no horário local.

Segundo a comerciante, ela viu uma luz forte, o chão de sua casa tremeu e os alarmes dos carros começaram a tocar. Mas, assustada, ela só foi conferir os destroços que atingiram sua loja no dia seguinte.

Também na quarta, uma explosão foi registrada em uma passarela para pedestres da capital. A polícia local divulgou imagens da área e afirmou que houve danos materiais.

Na manhã desta quinta-feira (11), um explosivo foi deixado perto de uma ponte em Quito, a cerca de seis quilômetros da unidade de polícia atacada. Após averiguação, a polícia metropolitana detonou o artefato de forma controlada.

Além disso, na terça-feira (9), um carro explodiu no estacionamento de um posto de gasolina. Perguntados pela CNN pelo episódio, trabalhadores se negaram a comentar como foi o ocorrido.

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Brasil

Cidades brasileiras se unem a articulação global e realizarão atos pró-Palestina no próximo sábado

Organizações internacionais marcaram o dia 13 de janeiro como uma data de mobilização internacional contra o genocídio.

Representantes de movimentos, entidades e partidos políticos brasileiros se uniram a organizações internacionais e realizarão atos em solidariedade ao povo palestino no próximo sábado (13). Na mesma data, organizações vão realizar protestos em ruas de cidades por todo o mundo.

O movimento global reforça as denúncias da comunidade internacional sobre a política de extermínio que vem sendo praticada por Israel no território palestino, especialmente em Gaza. Mais de 23 mil pessoas morreram desde o início da ofensiva em resposta a ataques do grupo Hamas em 7 de outubro de 2023. A maioria das vítimas é de mulheres e crianças.

Em Brasília, a manifestação do próximo sábado acontece pela manhã: às 9h, na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. Os manifestantes se organizam para realizar ações de conscientização sobre a política genocida israelense, com a distribuição de panfletos e outras atividades.

“Não nos omitiremos, não nos calaremos diante do terror e do crime imposto por Israel, que em três meses já matou mais de 15 mil crianças palestinas”, disse Pedro Batista, do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino no Distrito Federal, em entrevista ao Brasil de Fato DF.

Belo Horizonte (MG)

O ato em Belo Horizonte começa às 9h30, na Praça Sete, na região central da cidade. Está sendo organizado um abaixo-assinado para exigir do governo brasileiro o rompimento de relações diplomáticas e comerciais com o governo israelense.

Brasília (DF)

Em Brasília, a manifestação do próximo sábado acontece pela manhã: às 9h, na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. Os manifestantes se organizam para realizar ações de conscientização sobre a política genocida israelense, com a distribuição de panfletos e outras atividades.

“Não nos omitiremos, não nos calaremos diante do terror e do crime imposto por Israel, que em três meses já matou mais de 15 mil crianças palestinas”, disse Pedro Batista, do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino no Distrito Federal, em entrevista ao Brasil de Fato DF.

Goiânia (GO)

Haverá mobilização também em Goiânia. O ato, organizado pelo Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino de Goiás, tem concentração marcada para 9h na Praça Attilio Corrêa Lima, a popular Praça do Bandeirante, no setor central.

Maceió (AL)

A capital alagoana é mais uma cidade que contará com ato em solidariedade ao povo palestino. Com concentração marcada para 10h, a manifestação em Maceió acontecerá no Calçadão do Comércio, ao lado do antigo Produban, no centro da cidade.

Natal (RN)

O Comitê Potiguar de Solidariedade à Palestina se uniu à articulação internacional e realizará um ato em Natal pelo cessar-fogo imediato em Gaza. A mobilização começa às 16h, junto ao shopping center Midway Mall, no bairro Tirol.

Recife (PE)

Em Recife (PE), o dia 13 de janeiro também será de demonstração de solidariedade ao povo palestino. A partir das 9h, representantes de movimentos populares, entidades e organizações estarão no Parque 13 de Maio, no bairro de Santo Amaro, para participação na mobilização internacional.

São Paulo (SP)Um dos atos já confirmados no Brasil é o da capital paulista. Os manifestantes vão se concentrar a partir das 14h30, junto ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e, depois, partirão em caminhada até a Praça Roosevelt, na região central da cidade.

*BdF

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Mundo

Decretos de Noboa são ‘solução autoritária clássica da direita’, diz pesquisadora equatoriana

Segundo Pilar Troya, política neoliberal e medidas ‘de curto prazo’ adotadas pelo governo do Equador fortalecem Forças Armadas e podem gerar ainda mais violência de facções que se sentirem ameaçadas.

Cenas chocantes protagonizadas por facções criminosas em diversas cidades do Equador têm redobrado a atenção do governo de Daniel Noboa. Imagens de criminosos invadindo os estúdios da tradicional emissora TC Televisión, sequestros de inocentes a mão armada e ataques a universidade foram intensamente divulgadas e reproduzidas em escala mundial.

Diante da onda de violência deflagrada na última terça-feira (09/01), o chefe de Estado assinou um decreto ainda mais rigoroso do que havia anunciado no dia anterior: o estado de “conflito armado interno”, seguido do estado de exceção. O novo documento qualifica os grupos criminosos como “terroristas” e autoriza a operação das Forças Armadas em território nacional.

No entanto, as medidas que têm sido instituídas pelo presidente equatoriano com o intuito de “neutralizar” e controlar a situação, por outro lado, têm sido interpretadas como uma ameaça ainda maior para as facções criminosas.

“Uma solução autoritária clássica da direita”, avaliou Pilar Troya Fernández, pesquisadora do escritório inter-regional do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, em entrevista a Opera Mundi.

Segundo a acadêmica equatoriana, um dos principais fatores que podem ter contribuído para a violência instalada no país são justamente as medidas neoliberais apresentadas por uma gestão conservadora, que tende a lidar com com os problemas de criminalidade “não pensando no conjunto da situação”, mas implementando políticas de curto prazo, como o decreto de caráter “autoritário” que dá aval para os “militares assassinarem os presos”.

“Agora não é [um decreto] emergencial. É uma guerra interna que diz que todas as facções criminosas são terroristas e que autoriza a matar com menos restrições” explica Troya, acrescentando que o cenário é uma clara contraofensiva dos criminosos contra as políticas de violência implementadas pelo governo.

Nos vídeos que circularam em redes sociais, é possível ouvir integrantes expressando suas insatisfações e enviando recados diretos a Noboa. Alguns dizem que “enquanto você [presidente] mantém essa situação, a gente continuará atacando porque queremos viver.”

A questão é de longa data. De acordo com a pesquisadora, os centros penitenciários de Equador carecem de investimentos estatais em vários setores, como de segurança e policiamento, fora que os funcionários são muito mal pagos. Por conta disso, “o Estado perdeu o controle” sobre o órgão prisional, cedendo espaço para que ele seja controlado pelos próprios criminosos.

Na avaliação da acadêmica, os dois meses em que vão vigorar o decreto de Noboa “não resultarão em nada”, uma vez que tais medidas de caráter emergencial já foram adotadas em governos anteriores, como de Lenín Moreno e Guilherme Lasso, mas obtiveram resultados com efeitos opostos.

“Os massacres e a criminalidade continuaram. A gente acha que eles não têm um plano bem feito sobre como lidar com um problema tão grande”, disse Troya. “Enquanto não pensarem a longo prazo, em todas as facetas do problema, não apenas na violência se desvinculando das demais pautas políticas, econômicas, de emprego, de segurança, não vai dar certo”.

Aumento de facções criminosas
A especialista menciona fatores que contribuem no aumento de facções criminosas no país. Um deles é o avanço do narcotráfico em nível internacional, uma vez que Equador “tem uma boa localização geográfica para exportar droga” e “a economia é dolarizada”, o que facilita a lavagem de dinheiro.

A questão monetária foi, inclusive, abordada pelo próprio presidente nesta quarta-feira (10/01), ao canal Todo Notícias. Durante a entrevista, Noboa afirmou que a dolarização “é um elemento que ajuda no narcoterrorismo”.

Além disso, as condições pós-pandêmicas que instalaram uma grave crise econômica no país também foram fatores agravantes.

“A falta de emprego cria um bom caldo de cultivo para o narcotráfico e, pela mesma pandemia, as rotas internacionais mudam. Então tem mais droga circulando pelo Equador. O consumo também aumentou, como em vários outros países da América do Sul”, explicou Troya, acrescentando críticas à conduta da “direita clássica” que, apesar do cenário, se apoia à ideia de Estado mínimo e segue confiando na prevalência da iniciativa privada como solução para problemas que têm raízes mais profundas.

“O narcotráfico também tem corrompido a polícia, as forças armadas, o sistema judiciário e a empresa privada, porque é ali que o dinheiro é lavado. Nesse sentido precisaria um esforço sério para atacar todas as frentes do narcotráfico, mas não temos nada disso”, conclui a pesquisadora.

*Opera Mundi

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Economia

Inflação cai a 4,62% e fica abaixo do teto da meta pela 1ª vez desde 2020

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, encerrou 2023 em 4,62%, de acordo com divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11).

O número é menor que os 5,79% registrados no ano anterior, e ficou abaixo do teto da meta pela primeira vez desde 2020.

A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), colegiado ligado ao Ministério da Fazenda, para este ano era de uma inflação de 3,25%, mas com uma margem de tolerância que poderia ir de 1,5% até 4,75%.

Em dezembro, a inflação do país foi de 0,56%, sexto mês seguido em alta.

Tanto o número do ano quanto o do mês vieram acima do esperado pelo mercado, de 0,48% e 4,56%, respectivamente, segundo pesquisa da Reuters.

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Mundo

Iraque exige que EUA retirem tropas ‘desestabilizadoras’ que operam no país desde 2014

Iraque ainda não definiu uma data para a negociação da retirada das forças militares lideradas pelos EUA do seu território.

O premiê do Iraque, Muhammad al-Sudani, pediu nesta quarta-feira (10/01) a retirada dos cerca de 2,5 mil militares dos Estados Unidos ainda presentes no país. Em comunicado, ele afirmou que Bagdá deseja uma “saída rápida e ordenada” das forças da coalizão internacional liderada por Washington e formada com o objetivo de combater o grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS).

A presença de tropas norte-americanas, segundo Sudani, é “desestabilizadora”. Os Estados Unidos operam no Iraque e na Síria desde 2014, mas o ISIS foi declarado derrotado militarmente nesses dois países em 2017 e 2019, respectivamente, embora siga atuante com tropas remanescentes. No entanto, o premiê iraquiano afirmou que o país ainda não definiu uma data para a negociação de uma rápida e ordenada retirada das forças do seu território.

Nos últimos meses, se intensificaram os embates entre forças iraquianas pró-Irã e tropas norte-americanas devido à guerra entre o grupo palestino Hamas e Israel, principal aliado de Washington no Oriente Médio. Na quinta-feira passada (04/01), os Estados Unidos bombardearam Bagdá pela primeira vez em quatro anos, matando o líder de um grupo armado ligado ao governo e apoiado pelo Irã.

As exigências para a retirada da coligação norte-americana do Iraque, feitas principalmente por grupos muçulmanos xiitas, estão ligados ao Irã e ganharam força após uma série de ataques dos EUA a grupos armados ligados ao país persa e que também estão no Iraque, segundo a Reuters.

Os receios de que o Iraque possa voltar a ser um local de conflito no Oriente Médio foram despertados por esses ataques, que foram realizados em retaliação a dezenas de investidas com drones e mísseis contra soldados norte-americanos desde que Israel iniciou a sua guerra em Gaza.

Al-Sudani disse à Reuters que é importante reorganizar a relação entre Bagdá e a coalizão internacional para garantir que não seja usada como alvo por qualquer parte interna ou externa para minar a estabilidade do Iraque e da região.

O premiê do Iraque, Muhammad al-Sudani, pediu nesta quarta-feira (10/01) a retirada dos cerca de 2,5 mil militares dos Estados Unidos ainda presentes no país. Em comunicado, ele afirmou que Bagdá deseja uma “saída rápida e ordenada” das forças da coalizão internacional liderada por Washington e formada com o objetivo de combater o grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS).

A presença de tropas norte-americanas, segundo Sudani, é “desestabilizadora”. Os Estados Unidos operam no Iraque e na Síria desde 2014, mas o ISIS foi declarado derrotado militarmente nesses dois países em 2017 e 2019, respectivamente, embora siga atuante com tropas remanescentes. No entanto, o premiê iraquiano afirmou que o país ainda não definiu uma data para a negociação de uma rápida e ordenada retirada das forças do seu território.

Nos últimos meses, se intensificaram os embates entre forças iraquianas pró-Irã e tropas norte-americanas devido à guerra entre o grupo palestino Hamas e Israel, principal aliado de Washington no Oriente Médio. Na quinta-feira passada (04/01), os Estados Unidos bombardearam Bagdá pela primeira vez em quatro anos, matando o líder de um grupo armado ligado ao governo e apoiado pelo Irã.

As exigências para a retirada da coligação norte-americana do Iraque, feitas principalmente por grupos muçulmanos xiitas, estão ligados ao Irã e ganharam força após uma série de ataques dos EUA a grupos armados ligados ao país persa e que também estão no Iraque, segundo a Reuters.

Os receios de que o Iraque possa voltar a ser um local de conflito no Oriente Médio foram despertados por esses ataques, que foram realizados em retaliação a dezenas de investidas com drones e mísseis contra soldados norte-americanos desde que Israel iniciou a sua guerra em Gaza.

*Opera Mundi

 

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Equador pede “respaldo político” a países sul-americanos no enfrentamento à crise de segurança

O governo equatoriano pediu aos países sul-americanos apenas “respaldo político” para o enfrentamento da crise de segurança.

Fontes da diplomacia brasileira relataram que é preciso ter cautela porque a ameaça, neste momento, é “estritamente interna” e tem que ser resolvida pelo próprio governo do país em crise.

Por isso, apesar da preocupação com o reestabelecimento da ordem pública no Equador, o envio das Forças Armadas não está sendo discutida neste momento.

Apoio da PF
Mais cedo, a Polícia Federal informou à CNN que colocou agentes à disposição do país vizinho para auxiliar no combate às ações de grupos criminosos e que mantém um policial do Equador no Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI) para manter ligação direta entre os dois países.

O presidente Daniel Noboa disse em entrevista à Rádio Canela que o Equador se encontra num “conflito armado não internacional” e que luta pela paz e contra “grupos terroristas” compostos por mais de 20 mil pessoas. Noboa disse que os terroristas são alvos militares.

“Não vamos ceder, não vamos deixar a sociedade morrer lentamente, hoje vamos combatê-los, vamos dar soluções e em breve vamos dar paz às famílias equatorianas […] Este governo está tomando as medidas necessárias que nos últimos anos ninguém queria tomar”, disse o presidente.

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Mundo

Lula se reúne com Mauro Vieira para debater situação do Equador

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá se reunir nesta quarta-feira (10) com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir a crescente crise de segurança no Equador. A reunião deverá ocorrer no Palácio da Alvorada, em Brasília.

De acordo com informações obtidas pela GloboNews, Mauro Vieira já iria ao local para participar de uma videoconferência com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. O compromisso, que não havia sido divulgado previamente, foi confirmado à reportagem por fontes no Itamaraty.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá se reunir nesta quarta-feira (10) com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir a crescente crise de segurança no Equador. A reunião deverá ocorrer no Palácio da Alvorada, em Brasília.

De acordo com informações obtidas pela GloboNews, Mauro Vieira já iria ao local para participar de uma videoconferência com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. O compromisso, que não havia sido divulgado previamente, foi confirmado à reportagem por fontes no Itamaraty.

A crise no Equador foi desencadeada pela fuga do criminoso José Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, líder da facção criminosa “Los Choneros”, nesta semana. Desde então, o país tem enfrentado uma onda de violência, com relatos de ao menos oito mortos e dois feridos até a noite da última terça-feira.

O Palácio do Planalto também teme que a escalada da violência atinja brasileiros que vivem no Equador e há indícios de que ao menos um brasileiro tenha sido sequestrado em Guayaquil. O caso está sendo acompanhado pelo Itamaraty.

 

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Justiça

Delegado preso ironizou morte de Marielle: “Comemoração será onde?”

Delegado, que está preso desde 2021, foi condenado por obstrução de Justiça. Decisão determina perda da função pública de investigador.

“O enterro da vereadora será no Caju, mas a comemoração, alguém sabe onde será?” Essa foi uma das frases escritas pelo delegado Maurício Demétrio após o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A declaração é citada na decisão do juiz Bruno Rulière, responsável pelo processo contra o policial civil na 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Comarca da Capital, no Rio de Janeiro, que condenou o investigador por obstrução de Justiça, com a perda da função pública, segundo o Metrópoles.

A conversa foi extraída de um dos 12 celulares apreendidos em junho de 2021, no apartamento do delegado, quando ele foi preso. Demétrio teria ironizado a morte da vereadora Marielle Franco, um dia após o assassinato brutal da parlamentar.

“Manifestações inaceitáveis” do delegado
De acordo com o magistrado, os celulares apresentaram “manifestações inaceitáveis”. Outra frase relatada na decisão de Rulière, considerada inapropriada, é a referência dele à delegada Adriana Belém, chamada de “macaca”. “Refere-se de forma racista a uma delegada, chamando-a de ‘macaca escrota’ e ‘crioula’”, diz o juiz.

Nas duas situações, que se passam em 2018, o interlocutor de Demétrio é o delegado Allan Turnowski — que, na época, ocupava um cargo de diretoria na Cedae. Na conversa sobre Marielle, Turnowski responde com três emojis de espanto.

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Política

Publicidade e capitalismo

Beneficiando-se dos recursos da Big Tech para manipular o desejo das pessoas, as corporações capitalistas conquistaram não esse ou aquele setor, mas o mundo; em vez de uma coluna semanal, o próprio controle dos meios de comunicação.

Por Luiz Marques

A publicidade interpelava a necessidade (“esse produto é o melhor”); buscava o convencimento no ideal de eu (“esse produto deixa você mais atraente”); ora se beneficia dos recursos da Big Tech para manipular o desejo das pessoas. As corporações capitalistas conquistaram não esse ou aquele setor, mas o mundo; em vez de um depósito com excedentes, a sociedade; em vez de uma coluna semanal, o próprio controle dos meios de comunicação. A história poderia recuar ao papiro de Tebas, há três mil anos, que anunciava uma recompensa pelo escravo fugitivo, ou às circulares em pilastras do Fórum de Roma. Optou-se pela aventura na Idade Moderna.

No século XVII, newsbooks tinham a função de difundir as notícias. Em Londres, a Catedral de Saint Paul foi o centro de divulgação que, no crescendo, se expandiu com as publicações impressas. Recomendações eram feitas de forma direta, como a que data de 1658: “A bebida chinesa excelente e aprovada por todos os médicos, chamada Tcha, e em outras nações Tay ou Tee, é vendida no Sultaness Head Cophee-House”. A menção aos médicos apela à óbvia autoridade dos especialistas, mais chamados a opinar do que os filósofos nos países de língua inglesa, diferente da França. Na sequência do progresso advieram a sutileza da linguagem e a imagética. Como diz João Cabral de Melo Neto, num belo poema: “A pele do silêncio / pouca coisa arrepia”.

Hoje a publicidade é “um sistema organizado de persuasão e satisfação, funcionalmente similar aos sistemas mágicos em sociedades mais simples, mas estranhamente coexistindo com uma tecnologia científica avançada”, lê-se no ensaio “Publicidade: o sistema mágico”, in: Cultura e materialismo, de Raymond Willians. A magia supre a falta de respostas negociadas com a morte, a solidão, a frustração, a crise de identidade. O estatuto de “cidadão” cede ao de “consumidor”, que substitui o de “usuário”. Somos os canais de escoação do produzido para o mercado. Condição que subsiste ao protesto por bens coletivos (escolas, hospitais). Temas que mostram autonomia do poder econômico e do poder político para uma tomada de deliberações na sociedade.

Arte e ciência

Custou arrumar a bagunça. O estilo usual era o dos “classificados”. O charlatanismo para combater o coronavírus equivaleu aos “estimulantes reais contra o ar infecto”, na epidemia de peste bubônica (1665-1666), na Inglaterra. Propagandas sobre dentifrícios que “usados, os usuários não são jamais acometidos por dores de dente”, trezentos anos atrás, permaneciam ainda nos anúncios televisivos da British Dental Association, à época em que os Beatles aprendiam os acordes. As entidades de publicitários selaram a transição da publicidade para uma profissão, aproximando-a da psicologia, da sociologia e do marketing. A publicidade se descobre uma arte e ciência.

O curioso é que raros produtos de origem fabril se valeram da publicidade, no início. Esta demorou a ser acolhida com suas galerias artísticas (os bunners). O gosto e as urgências da comercialização andavam em lados opostos. A publicidade contemporânea nasce na volumosa campanha publicitária da Imperial Tobacco Company que, em 1901, ofereceu uma soma fabulosa por oito páginas do The Star. O periódico aceitou entregar quatro, um “recorde mundial”, para imprimir “o anúncio mais caro, colossal e convincente nunca publicado em jornal, em todo o mundo”. O volume de entradas desde então se converteu na lição elementar de campanhas publicitárias.

Para chamar a atenção, se utilizava nos cartazes a letra cursiva, o negrito e o asterisco, mais tarde as ilustrações da espuma milagrosa que servia para afiar a lâmina de barbear. Anunciantes recorriam a trapaças e a mentiras. Pós-revolução industrial, a poluição visual das cidades cobriu as ruas com as estampas do livre mercado. Porções, sabonetes e itens do quilate coloriram a paisagem urbana. E a luz de neon, the sound of silence, padronizou as noites de Norte a Sul.

Dissimulação

Durante a Primeira Guerra havia propagandas “Papai o que Você fez na Grande Guerra”. Um poster dizia que o homem que desapontasse o seu país desapontaria igualmente sua namorada ou esposa. Pressões do campo de batalhas e da economia enfatizavam as angústias. O existencialismo captou o espírito do tempo filosoficamente. Na versão autoritária havia que controlar e reprimir a liberdade dos indivíduos para fazer escolhas. Chantagens e falsas promessas receberam uma maquiagem, com ares de modernismo. A subjetivação da interlocução e a decodificação das emoções com vistas a uma potencialização dos lucros estendia os seus tentáculos sobre as almas.

O que não mudou na travessia entre os séculos foi o método de vender as ilusões. Exceto que, agora, se vende de uma bebida a um partido político. O empresariado aderiu à lógica dissimuladora. À medida que a sociedade adapta-se totalmente às massas, a publicidade pede que integremo-nos totalmente nela. A reciprocidade é falsificada. Nesse sentido, o fetichismo da mercadoria, que é um atributo do valor de troca, não de uso, foi superado pelo valor do sígnico.

“Da informação, a publicidade passou à persuasão, depois à persuasão clandestina, visando agora o consumo dirigido, amedrontando-nos com a ameaça de consumo totalitário. O discurso publicitário dissuade e persuade, daí parecer que o consumidor é senão imunizado, livre da sedutora mensagem publicitária”. Com efeito, “se a publicidade não persuade o consumidor sobre a marca, o faz sobre coisa mais fundamental à ordem da sociedade inteira”, observa Jean Baudrillard em “Significação da publicidade”, in: Teoria da cultura de massas, organizado por Luiz Costa Lima. A reflexão, é dos anos 1970; algoritmos da inteligência artificial reinventaram as regras do jogo.

Consciências

No Brasil, a campanha presidencial de 1989 é a primeira no sistema nacional de telecomunicações. A vitória do parceiro da famosa emissora de TV, em Alagoas, não surpreende. O país é permeado pela propaganda política em novelas, nos noticiários, nas jornadas esportivas. Aqui, firmou-se uma aliança entre publicitários, jornalistas, difusores ditos independentes e donos da opinião pública – o “coronelismo eletrônico”. Na atual legislatura, vinte deputados federais e seis senadores possuem ligações midiáticas diretas, outros têm relações familiares. A publicidade se desenvolveu vendendo bens na economia, modernamente vende pessoas na cultura mercadológica. Fez-se indissociável do modo de produção no capitalismo. Os objetos não se bastam; provam-no as reiteradas associações com predicados de beleza, de virilidade, de sensualidade e de status social.

O “cenário de representação política é construído na e pela mídia e vai muito além das campanhas eleitorais, no que se refere à duração e ao conteúdo”, sublinha Venício A. Lima, no artigo sobre “A propaganda eleitoral e partidária e as eleições”, in: Mídia, eleições e democracia, coordenado por Heloiza Matos. O consolo é que na semiótica corporal Lula da Silva evoluiu bastante. No debate final da candidatura debutante, editado capciosamente pela Rede Globo, o ex-metalúrgico relevou os ataques baixos do oponente e estendeu o braço para cumprimentá-lo (erro); o corpo denunciou o colonizado. Desta vez, recusou ficar perto do colonizador ao debater (bingo).

Concluindo. Primeiro, o problema da publicidade não é a má qualidade dos anúncios, ao contrário do que sugerem os aristocratas que subestimam o talento das agências. Segundo, a publicidade retrata um fracasso social em achar informações confiáveis e espaços de participação e decisão, no Estado de direito democrático. Terceiro, os anúncios que fantasiam a sociedade de consumo e a vinculam aos princípios da felicidade e da solidariedade reforçam as desigualdades realmente existentes. Quarto, a publicidade é estratégica para as ações educacionais (respeito às leis do trânsito, aviso sobre catástrofes climáticas) e sanitárias (calendário com locais de vacinação, infantil e adulta); mas desorganiza as consciências para mudanças estruturais, o que só é possível através da práxis política com base num programa transformador para desalienar a vida privada e transcender a mercantilização de tudo e todos. Aí, contam os partidos e movimentos sociais.

Formulações políticas que congelam a democracia no estágio formal-procedimental são reles peças publicitárias do regime de injustiças distópicas. A luta ideológica contra-hegemônica por uma nova sociedade não se encerrou com a derrota do neofascismo, em 8 de janeiro.

Luiz Marques é docente de Ciência Política na UFRGS, ex-Secretário de Estado da Cultura no Rio Grande do Sul

*Forum 21