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Militar da ativa, youtuber, faz propaganda ilegal para Bolsonaro

Não bastasse o ciclo de investigações que aproximam Bolsonaro das cenas dos crimes da rede de fake news, do assassinato de Marielle e dos 39kg de cocaína encontrados no avião presidencial, o Estadão publicou nesta segunda-feira  matéria sobre dois youtubers que se dizem propagadores do pensamento de direita e apoiam cem por cento Bolsonaro.

Pouco importa se um deles é da reserva, ilegal é o outro, que é da ativa, um Major da Aeronáutica. Neste caso do major, ainda na ativa, essa função de youtuber é vetada pelo regulamento militar. Procurado, o comando da Aeronáutica não respondeu até a conclusão da edição da matéria.

Não bastasse a notícia dada hoje pela Folha de que o governo Bolsonaro está aparelhado por mais de 2.500 militares em cargos de chefia ou assessoramento, em uma curva ascendente. Agora, sabe-se pelo Estadão que a publicidade de Bolsonaro é adubada por militares da ativa, youtubers, ou seja, essas mil maravilhas entre Bolsonaro e as Forças Armadas parece atender em quantidade recíproca interesses de ambos os lados da mesma moeda, legal ou ilegalmente.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

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Justiça

Segundo a PF, Oficial de alta patente é o dono dos 39 kg de cocaína no avião que se locomove aos locais onde a comitiva vai por condições de segurança

A informação é da coluna Radar de Lauro Jardim no Globo:

“A Polícia Federal identificou fortes indícios de que o sargento Manoel Rodrigues, preso com 39 quilos de cocaína ao desembarcar de um avião presidencial na Espanha, tem ligações com um conhecido traficante que atua nas cidades-satélites de Brasília.”

A PF está convicta de que o militar não agiu sozinho. Mais do que isso: a principal linha de investigação indica que ele fazia o serviço de mula para outro militar, um oficial de alta patente.”

Impressiona a quantidade de gente criminosa na órbita de Bolsonaro. Essa informação é nitroglicerina pura, pois estamos falando de um governo que ostenta mais militares de alta patente do que nos governos dos próprios militares na ditadura. Aliás, é um governo cercado por casos de crimes que não vão adiante, inclusive o automático bloqueio de Eduardo Bolsonaro ao depoimento do sargento na Comissão da Câmara que preside.

Estamos falando de ao menos 2.500 membros das Forças Armadas ocupam cargos de chefia em 30 órgãos federais ou no assessoramento em ministérios e repartições na gestão de Jair Bolsonaro. Presença de militares no governo é a mais expressiva desde a redemocratização. Isso, sem falar dos milicianos que, como mostram as investigações, assassinaram Marielle e Anderson, sumiram com as armas e todos, rigorosamente todos têm ligação direta com o clã Bolsonaro.

 

*Da redação