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BNDES aprova maior financiamento da sua história em rodovias

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou a aprovação de um financiamento histórico de R$ 10,75 bilhões para a CCR Rio-SP, responsável pelas rodovias Via Dutra e Rio-Santos. Este é considerado o maior financiamento do banco para concessões rodoviárias até o momento.

A CCR Rio-SP, que já havia operado a Via Dutra anteriormente, reassumiu a concessão que agora inclui também a Rio-Santos, com um compromisso de investir R$ 15,5 bilhões em melhorias e expansões ao longo dos anos.

Um dos principais projetos é a duplicação do trecho da Via Dutra na Serra das Araras, que se espera concluir até 2028, com um investimento de R$ 1,5 bilhão.

O financiamento compreende um empréstimo de R$ 1,34 bilhão com vencimento em 2047 e a emissão de R$ 9,41 bilhões em debêntures de infraestrutura, isentas de Imposto de Renda, previstas para serem emitidas ao longo de sete anos. Esta é a maior emissão de tais títulos já realizada no mercado, segundo o BNDES.

Além disso, o BNDES aprovou um mecanismo de “back stop” de R$ 1,5 bilhão, que permite à CCR Rio-SP buscar primeiro os recursos no mercado privado, recorrendo ao financiamento do BNDES apenas se necessário.

O anúncio formal do financiamento ocorreu durante um evento em São José dos Campos, SP, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcando mais um passo significativo para o desenvolvimento da infraestrutura rodoviária no país.

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Financiamentos do BNDES para infraestrutura e transição energética em 2023 foi o maior em 5 anos e deve aumentar em 2024

Valores aprovados para investimentos somaram R$ 57,4 bilhões em 2023; o crescimento foi de 24%.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, por meio da diretoria de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática, financiamentos da ordem de R$ 57,4 bilhões em projetos voltados para infraestrutura e transição energética ao longo de 2023. O valor é 24% maior que o registrado no ano anterior e marca o maior volume dos últimos cinco anos.

Segundo o jornal O GLOBO, a expectativa para 2024 é que os financiamentos sejam ainda maiores devido à queda das taxas de juros no país e a posição de liderança do Brasil na defesa da energia renovável.

Luciana Costa, diretora responsável pela área, prevê que o total aprovado chegue a R$ 132 bilhões em projetos por meio de diversos setores, uma vez que o BNDES costuma financiar parte dos empreendimentos em parceria com outros investidores.

Mesmo diante da Taxa de Longo Prazo (TLP) sem redutor desde o ano passado, a demanda por empréstimos cresceu consideravelmente. Dos R$ 57,4 bilhões aprovados em 2023, os desembolsos totalizaram R$ 36,1 bilhões, um montante 27% superior ao ano anterior.

Um destaque do ano foi a participação do BNDES na emissão de 16 debêntures, totalizando R$ 14,5 bilhões. “Começamos a usar esse instrumento com mais frequência e a importância de apoiarmos as emissões é que o mercado de capitais no Brasil não tem muita profundidade ou volume”, disse Luciana à reportagem.

Entre as prioridades do banco estão investimentos em saneamento básico, com R$ 10,5 bilhões destinados a projetos no Rio de Janeiro, Amapá e Paraná. Energia eólica e mobilidade urbana também estão entre os focos. A diretora destacou o Rio de Janeiro como o local do maior projeto de saneamento do país, com investimentos de R$ 32 bilhões.

Além disso, o BNDES apoiou a operação da Atlas Renewable Energy e a Albras, concedendo um empréstimo de US$ 450 milhões para a construção de um complexo de 18 usinas fotovoltaicas em Minas Gerais, representando o maior financiamento em dólares para geração de energia renovável já realizado pela instituição.

Na área de mobilidade, foram aprovados R$ 10 bilhões para financiar dois projetos do Novo PAC no Estado de São Paulo, incluindo a implantação do Trem Intercidades Eixo Norte, que ligará São Paulo a Campinas, e a aquisição de 44 trens para a extensão da Linha 2 (Verde) do metrô de São Paulo.

 

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Arthur Lira tem que ser detido, por Luis Nassif

Sua última tentativa é um projeto de lei obrigando o BNDES a vender sua participação na Petrobras. Bastaria isso para a União deixar de ser controladora da empresa, e consumar-se o golpe.

Quando o país for redemocratizado novamente, o presidente da Câmara Arthur Lira será investigado, denunciado, condenado e, espero, preso. Mas, até lá, poderá produzir desastres irreversíveis.

Sua última tentativa é um projeto de lei obrigando o BNDES a vender sua participação na Petrobras. Bastaria isso para a União deixar de ser controladora da empresa, e consumar-se o golpe, pior ainda do que o perpetrado por Pedro Parente, ao decidir administrativamente basear-se no Preço de Paridade de Importação para os preços internos da Petrobras.

É preciso uma mobilização de todos os setores sérios deste país – e por setores sérios, presumo o Supremo Tribunal Federal, os partidos políticos sérios que ainda restam, e o próprio Senado.

Sei que denunciando Lira estarei sujeito a ser condenado pelo desembargador Cleber Ghelfenstein , que me condenou por “difamar” Eduardo Cunha, parceiro de Lira. Mas o tema não admite tergiversações.

*Com GGN

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

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Salário de coronel amigão de Bolsonaro na Petrobras chega a R$ 130 mil

Coronel Ricardo Marques foi apontado pelo próprio filho como autor de relatório que subnotificou casos de coronavírus.

O coronel reformado Ricardo Marques, amigo do presidente Jair Bolsonaro, nomeado como Gerente Executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras, ganha salário de R$ 70 mil mensais que, somado aos benefícios variáveis chega a R$ 130 mil por mês.

Ricardo Marques foi colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e é pai de Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, auditor que produziu o relatório fake do Tribunal de Contas da União (TCU).

O coronel é apontado pelo próprio filho como responsável pelo vazamento do documento, que deu suporte para Bolsonaro falar que o número de mortos pela Covid-19 seria a metade do que foi divulgado pelo próprio Ministério da Saúde em 2020.

Ricardo Silva Marques se formou na AMAN em 1977, mesmo ano em que o presidente se graduou na academia. Em 2019, ainda na ativa, ganhou o cargo na gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras. No ano passado, Marques foi para a reserva.

Também em 2019, Alexandre Marques, que é amigo dos filhos de Jair Bolsonaro, foi indicado para uma diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O nome do auditor, no entanto, foi barrado pelo próprio TCU, que apontou conflito de interesse, uma vez que o BNDES é um dos órgãos fiscalizados pelo tribunal de contas.

*Com informações da Forum/Lauro Jardim

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Flávio Bolsonaro abriu as portas do BNDES para dono da Precisa

Veja – Filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) abriu as portas do governo em pelo menos uma ocasião para Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, empresa que fechou o contrato de venda da vacina indiana Covaxin para o Ministério da Saúde. Em 13 de outubro de 2020, Flávio participou de uma videoconferência com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, de quem é amigo, e com Maximiano, que na ocasião representava formalmente outra das empresas dele, a Xis Internet Fibra. A reunião constou da agenda oficial do BNDES. Dela também participou Danilo Fiorini Jr, descrito com “CEO” da Xis Internet Fibra. Conforme dados da Junta Comercial de São Paulo, Fiorini Jr já foi dos quadros de diferentes empresas de Maximiano — entre elas, a própria Precisa.

VEJA perguntou à assessoria do BNDES o assunto tratado na videoconferência e por que o senador participou da reunião. “O presidente Gustavo Montezano se reuniu em 13/10/2020 com executivos da XIS Internet Fibra, que buscavam alternativas de financiamento para seus investimentos”, respondeu a assessoria do banco. “Após esse encontro virtual, ocorreu nova reunião da equipe técnica do banco para explicação mais detalhada das alternativas de apoio ao setor de telecomunicações, a qual não contou com a participação do presidente Montezano ou do senador. Não ocorreu nenhuma contratação do BNDES com a XIS Internet Fibra e nem existe trâmite para isso atualmente”.

A assessoria não explicou a razão da presença do senador. Apenas registrou: “Conforme indica a publicação transparente da agenda no site do BNDES, o senador Flávio Bolsonaro participou da reunião.” Em nota divulgada agora há pouco, o senador informou que não tem qualquer relação com o dono da Precisa, ressaltando que “tem apenas conhecidos em comum”. “A tentativa de criar conexões entre o parlamentar e a empresa causa estranhamento e parece ser parte de um esforço para criar uma narrativa falsa”, disse o filho do presidente.

A Precisa se tornou o principal objeto de investigação da CPI da Pandemia desde que o deputado Luis Miranda (DEM-DF), apoiador declarado de Bolsonaro, afirmou que seu irmão Luis Ricardo, que era chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, sofreu pressão indevida de superiores para executar o contrato firmado com a empresa para compra de 20 milhões de doses de Covaxin, a um custo de 1,6 bilhão de reais. Miranda contou que foi com o irmão a uma audiência com o presidente da República, em 20 de março, quando os dois alertaram Bolsonaro das suspeitas de irregularidades. Uma delas seria o pedido de pagamento antecipado, o que não está previsto em contrato, para importar três lotes de vacina com data próxima do vencimento.

Troca de mensagens obtidas por VEJA -

O presidente, conforme o relato do deputado, teria respondido que determinaria à Polícia Federal a investigação do caso. Não há notícia de que isso tenha ocorrido. Hoje, por determinação do Palácio do Planalto, a PF investiga os irmãos Miranda, por suposta denunciação caluniosa. Quando pediu a audiência, o deputado Miranda escreveu o seguinte para um ajudante de ordens de Bolsonaro: “Avise o PR que está rolando um esquema de corrupção pesado na aquisição de vacinas dentro do Min. da Saúde. Tenho as provas e as testemunhas”. Em 22 de março, dois dias após a conversa com o presidente, o deputado volta a se comunicar com o ajudante de ordens: “Pelo amor de Deus, Diniz…Isso é muito sério. Meu irmão quer saber do PR como agir”. Os irmãos Miranda prestam nesta sexta-feira à CPI da Pandemia um depoimento. Não se sabe se por informações ou por torcida, a cúpula da comissão avalia que o depoimento será capaz de fazer “desmoronar o governo”, conforme expressão usada pelo presidente do colegiado, senador Omaz Aziz (PSD-AM), ao tratar do tema.

Francisco Maximiano também terá de prestar depoimento nos próximos dias. As empresas dele são clientes antigas dos cofres públicos — e de investigações do Ministério Público. A Global Gestão em Saúde recebeu 20 milhões de reais adiantados para fornecer medicamentos ao Ministério da Saúde na gestão de Ricardo Barros (PP-PR), atual líder do governo na Câmara, mas não entregou os medicamentos. O caso está sob análise da Justiça. Barros é investigado. Uma apadrinhado dele era superior hierárquico do irmão do deputado Luis Miranda. Já a Precisa vendeu testes de Covid-19 superfaturados para a Secretaria de Saúde do Distrito Federal no ano passado, em uma licitação fraudulenta. A negociata resultou na prisão do então comandante da secretaria, Francisco de Araújo Filho.

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Fundos financeiros deitam na farra da entrega fatiada da Cedae

Como tenho comentado aqui com alguma insistência, os fundos financeiros (capital sem rosto) avançam sobre as empresas da economia real para ter o seu controle e propriedade que chamam de ativos.

Em especial os fundos avançam para ter o controle das empresas que estavam sob controle estatal e estão sendo entregues, desde 2016, na bacia das almas, a preço de xepa.

Agora foi a vez da Cedae esquartejada em blocos, por exigência do desgoverno federal, dentro do tal plano de recuperação do ERJ. Com todos os problemas, a Cedae dava lucros. Assim, mais uma estatal é entregue com forte apoio da mídia que ganha seu quinhão nessa farra patrocinada pelo fundos financeiros que merecem ser conhecidos.

Na mídia o nome dos fundos e corporações aparecem encobertos com pela definição “consórcio” e um nome de fantasia.

Engraçado é que mais de 80% do capital que estes grupos entram no leilão é financiado pelo BNDES que não se dispõe a emprestar para a própria Cedae expandir sua atuação como seria desejável. Para este leilão, a Cedae foi fatiada para os leões do mercado financeiro.

No certame encerrado há pouco, o leilão teve como vencedor do Bloco 1, que envolve a Zona Sul do Rio e alguns municípios o Consórcio Aegea que também levou o Bloco 4, área do Centro e Zona Norte da capital e outros municípios. Esse “consórcio” é controlado pela empresa financeira Equatorial Energia, a mesma que tem participação na Light e controla diversas outras empresas, também concessionárias de serviços púbicos, só que de energia elétrica, no Rio Grande do Sul, Pará, Maranhão etc.

Já, o Bloco 2 da Cedae que envolve Barra da Tijuca e outros municípios fluminenses, ficou com a Iguá Saneamento que é controlada pelo fundo FIP Iguá (Fundo de Investimento em Participações Multiestratégica) e também pelo fundo de pensão canadense, Pension Plan Investment Board (CPPIB) que, em março agora, de olho na concessão da Cedae aportou R$ 1,178 milhões no Iguá.

Ou seja, uma ironia, os trabalhadores canadenses são donos agora de uma parte da Cedae esquartejada e privatizada.

Assim, o setor de infraestrutura no Brasil (rodovias, concessionárias de energia elétrica e saneamento, aeroportos, petróleo, gás, etc.) é cada vez mais controlado pelos fundos financeiros e quase sempre com empréstimos generosos do BNDES.

Ah, um detalhe, nenhum consórcio ou fundo quis a fatia do Bloco 3, a região mais pobre do Rio, a zona oeste. Por que será?

*Roberto Moraes/247

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BNDES fez empréstimos de R$ 283 milhões para fabricantes de cloroquina em 2020

Seria somente coincidência ou tem alguma coisa por trás da obsessão de Bolsonaro com a cloroquina? A matéria que segue abaixo causa certa estranheza. A conclusão, é claro, fica a critério.

Segundo Matéria publicada pelo Estadão O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou, em 2020, quatro empréstimos de R$ 283 milhões para a Apsen e a EMS, fabricantes de medicamento à base de hidroxicloroquina. Embora sua ineficácia tenha sido comprovada em estudos científicos, desde o ano passado, o remédio é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como alternativa no tratamento à covid-19, o que impulsionou as vendas do medicamento.

O remédio é tradicionalmente usado para o tratamento de doenças reumáticas e da malária. No total, cinco farmacêuticas fabricam e vendem no País remédios com hidroxicloroquina: Apsen, EMS, Germed, Cristália e a multinacional francesa Sanofi-Aventis.

O BNDES, a Apsen e a EMS informaram que a contração dos empréstimos não tem qualquer relação com a produção de medicamentos a base de hidroxicloroquina. em nota, o banco ressaltou que “todos os pleitos financeiros são sempre submetidos à exame técnico de equipe especializada, que considera a viabilidade técnica, financeira e jurídica dos projetos, com base no seu conhecimento sobre o mercado, bem como da consequente aprovação do colegiado competente, em linha com a governança interna do BNDES”.

As operações contratadas pela Apsen foram reveladas em reportagem da Folha de S.Paulo, publicada na quinta-feira, 4.

Três dos empréstimos – um para a Apsen, de R$ 94,9 milhões, e dois para a EMS, de R$ 81,4 milhões e de R$ 47,8 milhões – foram contratados em fevereiro do ano passado, quando a covid-19 já era uma preocupação mundial, mas ainda não havia chegado ao País. Segundo o BNDES, esses três financiamentos foram pedidos e aprovados em 2019.

No caso da EMS, o empréstimo de R$ 47,8 milhões foi destinado para construção de uma nova fábrica de medicamentos oncológicos. Já o financiamento de R$ 81,4 milhões foi destinado para a ampliação das linhas de produção de medicamentos, de embalagens e para o almoxarifado do complexo industrial da empresa em Hortolândia (SP).

Conforme a EMS, o crédito não teve “relação com a produção de sulfato de hidroxicloroquina”. A empresa produz a versão genérica do medicamento. Questionada, a EMS não informou qual foi a participação do remédio na receita total de 2020.

A Apsen contratou também um empréstimo, de R$ 59 milhões, em junho do ano passado, já em meio à pandemia. Esse financiamento foi pedido em agosto de 2019 e aprovado em abril de 2020, segundo o BNDES. A empresa informou que nem mesmo a operação aprovada em junho foi destinada a investimentos relacionados à produção de medicamentos a base de hidroxicloriquina.

“A Apsen solicitou as novas captações (financiamentos) visando exclusivamente projetos de expansão da área de Pesquisa e Desenvolvimento de novos produtos e da área Industrial, com o objetivo de preparar as áreas produtivas para suportar o plano estratégico de lançamentos dos próximos anos. Reforçamos que nenhuma parte dos empréstimos cedidos à Apsen, seja pelo BNDES ou por qualquer instituição financeira, foi utilizada na produção, pesquisa ou qualquer ação relativa à hidroxicloroquina”, diz a empresa, em nota.

A Apsen fabrica há 18 anos o Reuquinol, o mais vendido dos medicamentos à base de hidroxicloroquina. Segundo a própria empresa, ela respondeu por 80% das vendas dos remédios que usam a substância no País no ano passado. Por outro lado, as vendas do Reuquinol geraram 6,6% da receita da farmacêutica em 2020, quando a empresa faturou R$ 1 bilhão, 18% acima do ano anterior. Em 2019, o Reuquinol garantiu 5% da receita da Apsen. Dessa forma, as vendas do medicamento a base de hidroxicloroquina passaram de R$ 42,4 milhões naquele ano para R$ 66 milhões em 2020.

Embora não tenham tido a eficácia contra a covid-19 comprovada cientificamente, remédios com hidroxicloroquina venderam mais no ano passado, conforme compilação do Conselho Federal de Farmácia (CFF). As vendas de sulfato de hidroxicloroquina mais que dobraram, para 2 milhões de unidades, alta de 113% ante 2019. Ainda assim, ficaram abaixo do salto de 557% nas vendas do vermífugo ivermectina, que atingiram 53,8 milhões de unidades. Para o CFF, as vendas foram puxadas pela “crença de que esses medicamentos sejam fórmulas milagrosas que previnam ou curem a doença que praticamente parou o planeta”.

Segundo o Sindusfarma, entidade que representa a indústria farmacêutica, as vendas de medicamentos a base de hidroxicloroquina atingiram R$ 91,7 milhões de faturamento para os fabricantes em 2020, alta de 66,7% ante os R$ 55 milhões de 2019.

A Apsen e a EMS não endossam o uso dos medicamentos com contra covid-19. “Com base nas evidências científicas atuais”, a Apsen informou, ainda na nota, que “recomenda a utilização da hidroxicloroquina apenas nas indicações previstas em bula, as quais são aprovadas pela Anvisa” e que “não há aprovação de nenhum órgão regulador da saúde, e nem da OMS, para utilização no tratamento da covid-19”. A EMS frisou que o sulfato de hidroxicloroquina tem “indicação em bula para tratamento de malária, artrite reumatoide e lúpus” e que “orienta que o produto seja utilizado conforme as indicações da bula, sob prescrição médica”.

Há um ano, em março de 2020, quando Bolsonaro exibiu uma caixa de Reuquinol num encontro virtual com líderes do G-20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, o dono da Apsen, Renato Spallicci, divulgou nas redes sociais as imagens do presidente exibindo seu remédio. Embora o empresário já tenha compartilhado na internet assuntos positivos a Bolsonaro, a Apsen informou que Spallicci não tem relações pessoais com o presidente da República.

Em julho, após ser diagnosticado com covid-19, Bolsonaro voltou a exibir uma caixa de sulfato de hidroxicloroquina, naquela vez da versão genérica fabricada pela EMS, durante a live presidencial semanal. Carlos Sanchez, controlador do laboratório, participou de duas reuniões com Bolsonaro no início da pandemia, em março e maio do ano passado. Em reportagem do Estadão de julho, a EMS informou que a empresa “já passou por muitos governos e busca sempre estabelecer diálogo com todos eles” e os encontros de Sanchez com Bolsonaro foram promovidos pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), para discutir “questões econômicas e o novo cenário brasileiro diante da pandemia de coronavírus”.

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Globo, a máquina de propaganda do 1% mais rico do Brasil que produz a maior concentração de renda

É impossível rever injustiças seculares estruturais e cumulativas com um veículo de massa da potência da Globo que, se é verdade que ela influencia cada vez menos a sociedade, também é verdade que ela influencia cada vez mais as instituições oficiais do Brasil, daí a sensação de que essas instituições não mais existem.

A própria Globo, com a Fundação Roberto Marinho, representa um outro lado perverso na tentativa de controle das manifestações artísticas e culturais do Brasil, que são os famigerados institutos e fundações culturais das grandes corporações, que sobrevivem misericordiosamente com milionárias somas de recursos públicos via lei de incentivo fiscal.

Aliás, não se viu um único presidente de fundação fazer qualquer comentário sobre o fim do Ministério da Cultura e, muito menos dessa diarreia intelectual que assola a minúscula Secretaria de Cultura do governo Bolsonaro.

As polêmicas em torno de Regina Duarte estão muito mais ligadas ao fato de se tratar de uma atriz medalhonada pela Globo do que qualquer outra coisa.

Mas na definição dos papeis que levaram o país a esse marco vergonhoso em que ele passou a ser citado pela imprensa nacional quando debatia o premiado filme “Parasita”, porque, simplesmente, o mundo sabe que a elite brasileira produz a mais perversa concentração de renda do mundo, de maneira totalmente desavergonhada, primeiro, porque ela não se sente brasileira, como de fato não é, não vive no Brasil e não tem o menor interesse em produzir desenvolvimento, apenas a secular mentalidade extrativista.

Essa gente, que choramingou seu ódio contra o bolsa família, contra as cotas, contra os movimentos negros, contra os ganhos reais do salário mínimo, que acha que o BNDES é propriedade dela, e que o governo não tem que financiar moradias populares para os mais pobres e, muito menos produzir políticas de geração de emprego para que a exploração de quem consegue uma vaga, seja garantida pelos “donos da terra”.

O que assistimos é um país de joelhos não aos militares de Bolsonaro, esses fazem parte apenas da guarda patrimonial do 1% mais rico, e não apitam nada, são historicamente apitados pelas classes dominantes em troca de um lugar ao sol na casta fardada da carreira militar.

O mesmo tem que ser dito de um veículo de massa poderoso como a Globo que, como se viu, tempo atrás, a mando do mercado, o general Villas Bôas, em combinação com o Jornal Nacional, postou um twitter contra o habeas corpus de Lula a ser julgado pelo STF e, no minuto seguinte, Bonner faz uma chamada urgente, como se fosse pego de surpresa, num teatro grotesco, e lê o recado da elite escrito pelo general.

A questão é simples, é só olhar a situação do país depois do golpe e seguir o dinheiro, principalmente depois das reformas trabalhista e da Previdência, em nome de uma crise fabricada na mídia e por quem ganhou enormemente com as tais reformas.

Está escancarado nos recordes de lucros dos bancos de quem é a coroa desse império que faz uma nação inteira pagar os pornográficos juros de 400% e 500% no cheque especial, sob o silêncio obsequioso da justiça brasileira diante do achaque dos agiotas oficiais.

Ninguém precisa entender tanto de política para concluir que a violência do dinheiro produz a violência da desinformação para perturbar o conhecimento e atrofiar não só uma parcela da população, mas o poder das instituições de controle do país.

Então, tudo o que se for falar do atual momento, sobretudo no que diz respeito ao assunto em voga, que são as milícias das quais a família Bolsonaro é parte, tem que se lembrar que o grande negócio das milícias que dá mais lucro, é a agiotagem que, com certeza, aprenderam com os maiores banqueiros do país.

Isso basta para afirmar que não há diferença entre a mentalidade marginal e a oficial nesse país. Daí a eleição fraudulenta de um ex-capitão, expulso do exército por suas vigarices que, agora, como Presidente da República, cerca-se de militares como se ele não tivesse sido expurgado da própria instituição que eles representam.

Tudo isso só é possível porque o 1% dos mais ricos do Brasil, que mais concentra renda no mundo, representa o que existe de mais selvagem não do capitalismo como especialidade, mas como comportamento humano, como degradação civilizatória, como ambição doentia e, consequentemente, desmedida. Gente doente, psicopata da acumulação que parece querer se transformar nos novos faraós do mundo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Parasitas: Guedes atirou no que viu e acertou no que não viu

A elite do funcionalismo público, digo, militares, filhas de militares que recebem pensão eterna, como Regina Duarte, Maitê Proença, dentre muitas outras, não devem ter gostado nem um pouco da generalização de Paulo Guedes, mesmo que este não tenha atirado nessa direção, mas acertou os calos não só da elite militar, como a de togados e outros tubarões do aparelho judiciário do Estado brasileiro.

O fato é que todos sabem que Guedes tinha na mira o funcionário público médio, aquele que rala de verdade. Mas, pela reação da mídia, Moro, que é o exemplo do parasita que recebia auxílio-moradia morando em casa própria, assim como Bretas, que também recebe, da mesma forma a esposa, um senhor auxílio-moradia para sustentarem um apartamento na Lagoa, no Rio de Janeiro, com uma das vistas mais bonitas do mundo, enquanto alugou sua mansão para banco Bradesco, por valor equivalente ao que ele paga de aluguel. Ou seja, além de uma série de benefícios, ainda levou essa barbada.

Na verdade, Guedes quer arrumar um bode expiatório para justificar o fracasso de sua política econômica, culpou os aposentados, os trabalhadores com carteira assinada, a Petrobras, a Eletrobras, o BNDES e mais uma fieira de “culpados” pela ineficiência não do Estado, mas do mercado, da produção, da indústria.

O que não se verá jamais é Guedes falando mal dos maiores parasitas desse país, os banqueiros como ele, os rentistas, os especuladores do sistema financeiro e mais outros bichos soltos da agiotagem nativa que consomem, sem mover um dedo, mais da metade da renda nacional.

Quem se esquece da frase de Guedes de que os pobres e miseráveis do Brasil não são milionários como ele e seus amigos de copo, porque não poupam. Ou seja, a culpa da pobreza, da miséria e da desigualdade, que é maior do planeta, para Guedes, é dos pobres. Assim como ele, Bolsonaro, criticou os portadores de HIV, dizendo que a sociedade paga um alto custo pelo tratamento deles, Guedes mirou sua língua de trapo na direção da base da pirâmide do funcionalismo. É essa gente que irrita Guedes e é nela que ele, agora, joga a culpa de seu fracasso.

Pelo jeito em que a mídia correu para dizer que ele acertou no conteúdo, mas errou na forma da crítica, o andar de cima da pirâmide se sentiu exposto e agredido, na verdade mais exposto que agredido, já que essa gente não liga muito para as fofocas de “Candocas”.

A verdade é que, a cada ataque na busca pela justificativa de uma economia que derrapa para trás ou, quando muito, para o lado, Guedes gasta uma munição. Não demora, vai culpar seu vizinho, o garçom do clube dos ricos que ele frequenta, do sujeito que toma conta do seu iate ou do carregador de malas do hotel de luxo em que mora em Brasília, porque alguém tem que pagar o pato do seu fracasso e, certamente, não serão os verdadeiros parasitas, porque nem eles ou Guedes admitem isso.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Dólar dispara e chega a R$ 4,32 e bate um novo recorde

Esse é o resultado da política econômica do governo Bolsonaro que já não engana a mais ninguém.

Não bastasse a indústria brasileira estar numa condição degradante, as maiores estatais brasileiras, como BNDES e Petrobras sendo dilapidados para atender aos interesses de corporações internacionais, o Brasil vai assistindo ao aumento da ineficiência do governo Bolsonaro direto no poder de compra dos brasileiros, com o dólar batendo recorde em cima de recorde, fazendo a moeda americana chegar a R$ 4,32.

A foto em destaque, publicada pela Veja, fala por si. Foto que reflete uma manifestação contra o governo Dilma, convocada pela mídia, ocorrida em 15 de março de 2015, quando o dólar estava cotado em R% 3,22.

Certamente, a jovem que exibia o cartaz na época, não quer ver essa imagem hoje, no dia em que a alta do dólar bate mais um recorde. Mas isso não deixa de ser emblemático, porque toda aquela gente que esteve nas ruas, em grande parte, eleitores de Aécio, que teve papel decisivo no golpe contra Dilma e toda a tragédia que aconteceu com o Brasil de lá para cá, escancara que, com a democracia, não se brinca, pois a conta uma hora chega para a população pagar.

 

*Da redação