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Covarde, Bruno Covas manda instalar pedras sob os viadutos para tirar moradores de rua

Depois de quase oito anos morando sob o viaduto Dom Luciano Mendes de Almeida, na avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé (zona leste de SP), o catador de recicláveis William Oliveira, 35, teve de buscar outro lugar para dormir desde a última quinta-feira (28).

O lugar em que ele colocava o colchão de casal ganhado para descansar depois de rodar o dia todo atrás de papelão, ferro e plástico, agora está cheio de pedras desniveladas e pontiagudas, que o impedem de deitar por ali.

Na tarde desta quinta, funcionários de uma empresa contratada pela prefeitura concluíam a colocação das pedras, que são presas ao chão por uma espessa camada de cimento, na parte debaixo do viaduto no sentido bairro da avenida. Do outro lado da pista, a obra já havia sido finalizada.

“A gente faz porque é obrigado, mas até aperta o coração tirar o teto de quem já mora na rua”, disse um dos trabalhadores.

Além de Oliveira, outros catadores de recicláveis costumavam dormir ali, pois havia espaço para deixar a carroça e objetos pessoais, como ele explica. “Não tinha muita gente, uns três ou quatro. E a gente nunca montou barraco. Não parecia favela.”

Desde 2007 morando na rua, o catador conta que encontrou seu canto sob o viaduto. “Aqui era a minha casa mesmo. Até os meus irmãos, que moram no Itaim Paulista, vêm me visitar de domingo aqui”, diz.

A menos de 1 km dali, a parte inferior do viaduto Antônio de Paiva Monteiro também foi coberta por pedras quadradas no fim do ano passado. Quem trabalha próximo conta que o local sempre foi ocupado por alguns moradores de rua, que sumiram após a intervenção da prefeitura.

“Às vezes a prefeitura passava e levava as coisas dos catadores, para eles não ficarem aí. A maioria era tranquilo. Só um ou outro que ficava mais exaltado. Mas acho que cansaram e resolveram colocar essas pedras, assim não dá mais para ninguém ficar aí”, conta o frentista Rafael Gomes da Silva, 21, que trabalha no posto de combustíveis ao lado do viaduto.

A capital tem 24.344 moradores de rua, segundo censo feito pela prefeitura em 2019. Desse total, 8,8% ocupavam baixos de viadutos. A região da Subprefeitura da Mooca, onde ficam os viadutos que receberam as pedras, concentrava 835 pessoas em situação de rua, ficando atrás apenas da Subprefeitura Sé (7.593).

William e outros dois moradores dizem não ter sido avisados com antecedência da necessidade em deixar o local onde dormiam e reclamam que não foram procurados pelo serviço de assistência social.

“Eu acordei com o pessoal da prefeitura descarregando o material para começar a trabalhar. Agora vou ter que me virar para achar um lugar que pelo menos não molhe com a chuva”, diz o catador.

A Prefeitura de São Paulo informou, por meio de nota, que “desconhece a ação citada” e que será aberta uma sindicância para apurar o ocorrido. As pedras colocadas sob os viadutos “já estão sendo removidas”, afirma trecho da nota.

A gestão Bruno Covas (PSDB) ainda informou cumprir o decreto Nº 59.246/20, que dispõe sobre os procedimentos e o tratamento dado à população em situação de rua durante as ações de zeladoria urbana.

“É vedada a retirada de pertences pessoais como documentos, bolsas, mochilas, roupas, muletas e cadeiras de rodas. Podem ser recolhidos objetos que caracterizam estabelecimento permanente em local público, principalmente quando impedirem a livre circulação de pedestres e veículos, tais como camas, sofás, colchões e barracas montadas ou outros bens duráveis”, informa nota enviada à Folha.

Para a arquiteta urbanista Paula Freire Santoro, professora da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), da USP, e coordenadora do LabCidade, a obra é declaradamente desumana ao criar uma “nova arquitetura do genocídio da população de rua”.

“Como pode um gestor construir algo feito para machucar, para não deitar, para fazer as pessoas sumirem dali? Isso não diminui o desafio que é acolher essa população nem reduz o número de pessoas nas ruas, mas é bem mais simples do que encarar os problemas sociais”, critica.

Santoro ainda afirma que a colocação de pedras sob os viadutos é reflexo da desarticulação de ações da gestão municipal, que possui uma Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, mas trata quem mais precisa de maneira cruel.

“A gente tira pessoas desses espaços e não dá qualquer função ou uso social para esse local nem assistência a esses moradores de rua. Isso é um grave problema de gestão.”

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, informou que realiza busca ativa para abordar pessoas em situação de rua e oferece acolhimento nos equipamentos da rede. Os viadutos em questão, segundo a pasta, são monitorados e há as ações são intensificadas quando “há pessoas em situação de vulnerabilidade no local com atendimentos de orientação à saúde, documentação, obtenção de benefícios dos programas de transferência de renda e encaminhamento para centros de acolhida”.

O urbanista Renato Cymbalista, professor da Uninove e da FAU-USP, alerta para a repetição de ações equivocadas voltadas à população de rua. “Conhecemos esse tipo de medida, que ataca o sintoma e não a causa dos problemas. A prefeitura de São Paulo vem tratando o problema há décadas desta forma. Se medidas repressivas resolvessem o problema, São Paulo não teria um só morador de rua.”

Em fevereiro de 2020, a prefeitura, já sob a gestão Bruno Covas (PSDB), colocou grades sob o viaduto Deputado Antônio Sylvio Bueno, em Guaianases (zona leste de SP), para evitar a ocupação de moradores de rua. Na ocasião, a subprefeitura da região afirmou se tratar de obras de revitalização da área.

Na gestão Fernando Haddad (PT), em 2014, a prefeitura instalou paralelepípedos junto às pilastras sob os trilhos da linha 1-azul do metrô, na avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte, onde dormiam moradores de rua sob a justificativa de evitar pichações no local.

Em 2010, a prefeitura, sob o comando de Gilberto Kassab (PSD), construiu uma rampa sob o viaduto João Julião da Costa Aguiar, em Moema (zona sul de SP), impedindo que moradores de rua dormissem no local. A gestão afirmou que a medida impedia o descarte de lixo.

Também sob a gestão de Kassab –em mandado assumido após José Serra (PSDB) deixar a prefeitura–, a reforma da praça da República (região central), em 2007, foi alvo de críticas após a colocação de bancos de madeira com divisória de ferro que impediam as pessoas de deitarem, apelidados de bancos antimendigos.

Na ocasião, o secretário municipal das subprefeituras e subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, afirmou que os bancos foram escolhidos porque são os mais adequados à arquitetura da praça.

Para Cymbalista, a capital poderia olhar para experiências de países que conseguiram equacionar o problema da população de rua, como a Finlândia.

“Lá, há décadas o que prevalece é a ideia do “housing first”, oferecer moradia bem localizada e integrada, e o apoio social específico que cada pessoa precisa. É um país rico, mas outros países ricos não conseguiram avançar tanto, então o modelo faz sentido como inspiração, a ser adaptado conforme a nossa realidade.”

Já Santoro propõe uma nova alternativa aos espaços sob viadutos. “Por que não revertemos essa obra em uma intervenção humanitária, com espaços voltados a acolher população de rua, mas a fim de ajudá-los com questões como o vício em álcool e drogas, capacitação, oferta de emprego e cultura. Seria transformador.”

*Com informações da Folha

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Globo fabrica uma falsa dicotomia entre Dória e Bolsonaro, dois picaretas neoliberais

Um não vale nada, o outro, nada vale. Não foi sem motivo que os dois se aliaram em 2018 para formar a chapa BolsoDória no maior colégio eleitoral do país que resultou na vitória dos dois.

O que a Globo pretende é concentrar e monopolizar o debate entre as duas faces da mesma moeda, pois os dois são absolutamente neoliberais e, portanto, sendo Bolsonaro reeleito ou Dória eleito, a política de arrocho com os trabalhadores e segregação dos pobres e negros, assim como a violência policial que a Globo tanto estimula, estarão garantidos.

Bolsonaro, o tempo todo, teve atitude criminosa durante a pandemia. Dória e  seu pau mandado, Bruno Covas, não tiveram comportamento diferente ou São Paulo não seria uma das cidades no mundo que mais tiveram casos de contágios e mortes por covid, pelo mesmo motivo que fez Bolsonaro ser considerado um genocida.

Da maneira como a Globo coloca, parece que Dória não teve uma atitude criminosa junto com Bruno Covas, que esconderam, de maneira fraudulenta, a grave crise sanitária que São Paulo já vivia no período eleitoral, afirmando que tanto a cidade quanto o estado estavam com a covid estabilizada para, menos de 12 horas depois do pleito, correrem na mesma Globo para dizer, com a maior cara de pau, que São Paulo estava entrando em estado de alerta, tomando medidas restritivas e Dória sendo pego em viagem para Miami, escancarando a fraude montada não só pelos dois, mas pela própria Globo que, por sua vez, fez-se de morta, mesmo sabendo que os casos de contágio e mortes haviam explodido em São Paulo.

Se Dória fosse referência de alguma coisa, São Paulo não estaria com as UTIs lotadas em quase todos os hospitais públicos e privados e o pilantra não posaria para foto oficial da vacina quando ele é um dos principais culpados pela tragédia sanitária em São Paulo, assim como Bolsonaro é culpado pelo Brasil.

A coisa é tão séria que até os tucanos estão constrangidos em comemorar a suposta vitória política de Dória com o episódio da vacinação, porque sabem que não há qualquer diferença no comportamento criminoso dele e de Bolsonaro.

A Globo é que está tentando fazer de um vilão, herói para seguir com o projeto neoliberal e censurar a esquerda no debate sobre a vacina, pois tanto Bolsonaro quanto Dória são responsáveis por esse estado catastrófico em que o Brasil se encontra, porque, certamente, se a esquerda tivesse espaço na mídia, ela denunciaria.

Na narrativa da Globo, não há o outro lado da história, porque a esquerda está proibida de falar na emissora, para ela há somente um lado, o que interessa a ela, o lado da ideologia neoliberal representada tanto por Bolsonaro quanto por Dória.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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VÍDEO: Em novo crime eleitoral, Covas dá bônus a terceirizados de SP e convoca para reta final da campanha

A distribuição de cestas básicas pela prefeitura, ao som do jingle de sua campanha, a três dias do segundo turno, é coisa pequena perto do último crime eleitoral cometido pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) apenas 24 horas antes do segundo turno contra Boulos, neste domingo, 29.

Coisa pequena, porque, como mostra o vídeo, desta vez a ilegalidade foi anunciada pelo próprio candidato.

Na condição de prefeito, Bruno afirmou, através de uma live nas redes  sociais, um bônus financeiro aos funcionários da rede terceirizada da prefeitura de São Paulo.

Em seguida, agradece o apoio a convoca os beneficiados para redobrar a militância nos dias que antecedem o pleito.

Mais que reflexo do desespero com o crescimento da candidatura de Guilherme Boulos, o gesto atesta o ‘vale-tudo’ implantado pelo prefeito na reta final da campanha.

 

*Com informações do DCM

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Covas e Doria tiraram R$ 3,4 bilhões da educação e matricularam crianças em creches inacabadas

Dupla do PSDB que comanda a capital paulista há quatro anos enfraqueceu a educação, matriculou crianças em CEIs inacabados e não cumpriu meta de zerar a fila da creche.

São Paulo – O governo do ex-prefeito e atual governador João Doria e seu vice, sucessor e candidato à reeleição, Bruno Covas, ambos do PSDB, tirou cerca de R$ 3,4 bilhões da educação municipal entre 2017 e 2019. Isso porque a gestão tucana reduziu o percentual da arrecadação de impostos destinado à rede pública de ensino, que vinha crescendo na gestão de Fernando Haddad (PT). Em 2016, a prefeitura aplicou 28,57% da receita de impostos em educação. Em 2017, primeiro ano do governo tucano, foram aplicados 26,59%. O valor caiu mais em 2018: 25,07%. E aumentou um pouco em 2019, sem chegar no percentual de três anos antes: 25,44%.

Embora a ação não seja ilegal, já que a aplicação mínima exigida pela Constituição Federal é de 25% da receita de impostos, na prática a ação de Doria e Covas reduziu o montante investido em educação. Com a redução de verbas, muitas escolas tiveram os contratos de manutenção reduzidos. Em consequência, muitas iniciaram o ano letivo de 2020, por exemplo, sem fazer limpeza de caixas de água, serviços de zeladoria, corte de grama dos parques infantis, dedetização e outras ações.

A redução da verba impactou outros programas, como o Leve Leite, que perdeu 83% da verba que tinha em 2016, deixando de atender quase 700 mil crianças. Naquele ano, a execução do programa foi de R$ 246 milhões, para atender 916 mil crianças de zero a 14 anos. Quando Doria e Covas assumiram, as crianças de 7 a 14 anos foram excluídas do programa e a execução do orçamento caiu para R$ 50,8 milhões. Nos anos seguintes os valores seguiram em queda: R$ 45,9 milhões, em 2018, R$ 41,8 milhões, em 2019. Neste ano, até novembro, foram aplicados R$ 41,4 milhões.

O congelamento de aproximadamente 13,5% do orçamento da educação municipal de 2017, por Doria e Covas, afetou a alimentação das crianças matriculadas nas creches municipais da rede conveniada. Segundo relatos de representantes das entidades conveniadas, o governo de Doria e Covas passou a entregar uma quantidade de alimentos inferior à necessidade das escolas. As organizações passaram a fazer a aquisição de alimentos por conta própria para garantir a refeição completa das crianças. Arroz, carne bovina, óleo de cozinha, frutas e legumes foram os itens que mais tiveram redução no fornecimento pela prefeitura.

A situação ficou grave, como relatou Darcy Diago Finzetto, diretora do Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, durante assembleia do Fórum de Educação Infantil com Entidades Conveniadas do Município de São Paulo (FEI), em 10 de maio de 2017, na Câmara Municipal de São Paulo. “A merenda está vergonhosa. Creches com 150 crianças, da minha entidade, receberam três itens para passar o mês. Três itens que dão para uma semana. Legumes e verduras, então, nem se fala”, contou.

O principal programa de alimentação escolar do governo Doria e Covas foi a ração humana. A ideia era receber doações de sobras de alimentos que seriam descartados pela indústria ou comércio e processá-los para produzir um “granulado nutricional” que seria distribuído à população de baixa renda e para os estudantes. Os doadores receberiam benefícios econômicos e isenção de impostos. A proposta foi amplamente rechaçada e os tucanos desistiram da ideia.

Ao mesmo tempo em que propunha melhorar a nutrição das crianças pobres com alimentos ultraprocessados, Doria e Covas descumpriram a meta para compra de merenda escolar orgânica, investindo apenas 0,62% do orçamento da educação para esse fim, em 2017. Nos anos seguintes, apenas uma pequena parcela dos alimentos da merenda escolar teve origem na agricultura familiar e livre de agrotóxicos.

Fila da creche e pré-escola

A principal promessa de Covas e Doria na educação era zerar a fila da creche até março de 2018. Perto do prazo e sem perspectiva de conseguir cumprir a meta, o governo dos tucanos passou a matricular crianças em creches que ainda estavam em obras. Familiares das crianças eram chamados para efetivar a matrícula, mas quando chegavam no local onde devia estar a creche encontravam canteiros de obras, sem previsão de conclusão.

A RBA mostrou, no início de 2018, que a situação ocorreu, ao menos, em duas unidades. A Creche Particular Conveniada Rio Claro, na Chácara Enseada, região do Jardim Ângela, estava com as obras paradas há mais de um ano, segundo os moradores. No entanto, constavam ali as matrículas de duas centenas de bebês, segundo o sistema de gerenciamento da Secretaria Municipal da Educação. Na zona oeste, a Creche Conveniada Maria de Lourdes ainda estava em obras e sem previsão de conclusão, mas também já tinha 206 crianças matriculadas.

Local da Creche Conveniada Maria de Lourdes ainda está em obras e pode não ficar pronta até o início das aulas

Covas tem repetido que seu governo foi responsável por zerar a fila da pré-escola, o que seria um marco da educação municipal. Na verdade, o tucano se apropria de um feito da gestão de Haddad, encerrada em 2016, que apenas foi concluído em 2017. A gestão petista criou quase 100 mil vagas na educação infantil entre janeiro de 2013 e agosto de 2016, conforme documentos do Ministério Público Estadual. E deixou apenas 1.269 crianças na fila de espera, assumida pelos então eleitos Doria e Covas.

Com isso, a demanda foi zerada sem que os tucanos precisassem abrir nenhuma nova escola. Em vez disso, eles eliminaram o período integral de dezenas de Escolas Municipais de Educação Infantil (Emei) para garantir as vagas que faltavam. A medida prejudicou centenas de famílias, que protestaram contra a mudança, feita sem qualquer diálogo e na volta do recesso de julho, pegando todos de surpresa.

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Vídeo: Desesperado com o avanço de Boulos, Covas retoma o BolsoDória

Bruno Covas, ao ver o crescimento significativo de Boulos, como é característico do PSDB, parte para a baixaria, assumindo de vez o discurso da direita, partindo para o ataque a Cuba e Venezuela. Ou seja, o mesmo neoliberalismo que golpeou Dilma a partir da não aceitação da derrota por Aécio, a prisão de Lula e a consequente eleição dessa coisa que hoje ocupa a cadeira da presidência.

Assista:

*Da redação

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Vídeo: Covas insulta as mulheres para justificar a agressão de seu vice à esposa

Covas conseguiu superar todos os absurdos para justificar uma agressão de um homem contra uma mulher. Tudo para livrar a cara de seu vice.

Existem absurdos e absurdos, mas o que Bruno Covas fez nesta segunda (23), no Roda Viva, foi um insulto à inteligência alheia.

O sujeito teve a cara dura de dizer, quando perguntado sobre a agressão do seu vice, Ricardo Nunes, à própria mulher, que não houve agressão e  que todas as vezes em que batiam boca, em comum acordo, chamavam a polícia.

Imagina se todos os que cometem violência doméstica saírem como uma dessa. É aí que Covas insulta as mulheres, quando mente de maneira despudorada para defender o seu vice que, não por acaso, é um bolsonarista de carteirinha.

Qualquer pessoa minimamente séria, depois desse absurdo dito por Covas para justificar a agressão à mulher, repudiará a sua declaração, até porque, quando ele faz uma declaração que beira à estupidez completa, uma chacota com quem o assistia no Roda Viva, ele confessa que seu vice cometeu a agressão e Covas sabe que isso é verdade, senão não soltaria, em plena rede nacional, um absurdo como esse.

Confira:

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Covas recebe apoio de evangélicos por manter igrejas abertas durante a pandemia

Em busca da reeleição para a Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) dedicou o domingo a compromissos em igrejas evangélicas. Ele esteve no altar da Assembleia de Deus e da Igreja Mundial do Poder de Deus e, em ambas ouviu agradecimentos por ter mantido os templos abertos durante a pandemia.

O Datafolha de quinta-feira mostra que Covas está a frente nas intenções de votos junto ao eleitorado evangélico. Ele tem 52% e Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 29%. A agenda de campanha de hoje busca consolidar esta vantagem, mas o prefeito não falou enquanto esteve no altar das duas igrejas porque a legislação eleitoral proíbe.

Mas os pastores falaram e as manifestações de apoio foram explícitas. Líder da Igreja Mundial, o pastor Valdemiro Santiago citou a liberação do alvará da igreja como prova de compromisso do trabalho de Covas pelas evangélicos.

“Quando este homem entrou lá uma das prioridades dele foi conceder o alvará desta obra, desta igreja. Então muito obrigado prefeito, que Deus te abençoe cada vez mais.”

Covas negou que houve favorecimento em troca de apoio político. Acrescentou que a legislação que legalizou os templos também beneficiou centenas de milhares de imóveis.

“Não há nenhum tipo de compra de apoio. A lei de Anistia de edificações regularizou mais de 200 mil imóveis na cidade de São Paulo. Templos e não templos. Lugares de comércio, residências.”.

Na Igreja Mundial do Reino de Deus o discurso do pastor teve caráter mais político que na Assembleia de Deus. O pastor Valdemiro Santiago disse que ouviu uma entrevista de uma pessoa que desejava a liberação das drogas. Ele não citou nomes, mas era uma ilação a Boulos. Na sequência, o religioso disse que outra entrevista acalmou seu coração.

“Então eu vi uma outra entrevista de uma pessoa que diz o seguinte. Que foi colocado numa saia justa, foi obrigado, constrangido a fazer uma escolha. Fechar ou liberar as igrejas para funcionar [durante a pandemia]. E ele diz: optei por liberar porque a igreja é o hospital da alma. E isso me ajudou a esquecer o que o outro falou sobre drogas.

O pastor afirmou que não tem partido político ou está fazendo campanha, mas na sequência chamou se aproximou de Covas, que estava no altar, e pediu a bênção a ele. “Eu estou falando de uma pessoa que eu tenho carinho muito grande, uma admiração. Eu não sou de nenhum partido, também não estou fazendo campanha para ninguém. Eu queria pedir a bênção para esta pessoa que confessou que a igreja é o hospital da alma. Eu quero pedir para Bruno Covas a oração.”

Valdemiro Santiago tem histórico de apoios políticos e em 2018 pediu votos para o presidente Jair Bolsonaro.

Encontro com jovens e lideranças da Assembleia de Deus

O primeiro evento com evangélicos do domingo foi participação na Reunião de Jovens da Assembleia de Deus. Covas estava no altar quando o pastor Adauto Silva, dizendo falar em nome da igreja, agradeceu pela decisão de manter os templos abertos durante a pandemia.

O religioso não citou o câncer enfrentado pelo prefeito, mas disse que ele atravessou o vale das sombras. Era uma referência ao salmo 23, que começa com a frase “o senhor é meu pastor e nada me faltará”.

O trecho citado pelo pastor diz: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra, não temerei mal algum porque Tu estás comigo”. O salmo é bastante importante para religiosos porque expressa a confiança do fiel em Deus.

Na sequência, o prefeito participou de um evento de líderes da Assembleia de Deus, mas a imprensa não foi autorizada a acompanhar.

 

*Com informações do Uol

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Boulos faz chacota do apoio do Estadão a Covas: “O mesmo jornal da ‘escolha muito difícil’”

Após o jornal O Estado de S. Paulo publicar a nota “não é hora para aventuras” sobre a disputa entre Guilherme Boulos (PSOL) e Bruno Covas (PSDB) pela prefeitura de São Paulo, o candidato do PSOL ironizou o texto do veículo de imprensa da família Mesquita. “O mesmo jornal da “escolha muito difícil” em 2018”, escreveu.

“O Estadão fez editorial hoje em apoio a Bruno Covas. O mesmo jornal da “escolha muito difícil” em 2018. São as velhas oligarquias de São Paulo sempre contra a mudança”, disse Boulos através de conta no Twitter.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou um editorial na manhã deste domingo (20) que diz que “a eleição paulistana do próximo domingo terá, de um lado, o prefeito Bruno Covas, candidato à recondução, testado nas mais difíceis condições possíveis – uma pandemia e uma severa crise econômica –, e, de outro, Guilherme Boulos, um postulante ainda inexperiente na administração pública e que, ademais, representa um partido de esquerda que em seu programa propõe uma mudança imprudente de modelo econômico”. A nota encerra pedindo votos para Covas. “Recomendamos o voto no prefeito Bruno Covas”.

 

*Com informações do 247

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Entre Boulos e Covas, Estadão novamente abraça o BolsoDória

Esse filme já vimos antes, a mídia tucana apoiando o tucanobolsonarismo que elegeu Dória e Bruno Covas e deu a Bolsonaro uma votação recorde em São Paulo, a mesma aonde Bolsonaro e Dória têm rejeição recorde.

Isso não é nada diferente do restante da mídia e, muito menos, aquela que hoje se diz antitucana, mas bolsonarista como a Jovem Pan.

Mainardi, do Antagonista e Crusoé, que está a plenos pulmões na campanha de Moro para 2022, também fechou com o complexo bolsonarista.

Cantanhêde, na Globonews, chega a virar os olhinhos quando fala de Bruno Covas, afinal, ele é limpinho e cheiroso como Dória, que se uniu a Bolsonaro para vencer a eleição de 2018.

Em outras palavras, não só o Estadão, mas toda a mídia industrial no Brasil, entre Boulos e o BolsoDória, representado por Covas, vão todos de BolsoDória, mostrando como e porque Bolsonaro chegou ao cargo máximo do país.

Na mídia, não existe nada de antipetismo, mas sim de antipovo.

O que tem de mais cretino em tudo isso, é que o mesmo Estadão, que durante a disputa entre Haddad e Bolsonaro, escreveu pela pena de Vera Magalhães um artigo intitulado “Uma escolha Difícil”, agora, consegue se superar no preconceito de classe e, consequentemente de raça, com o título “Não é hora de aventura”, logicamente, classificando o líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, como aventureiro, porque mergulhou de cabeça na luta por moradia minimamente digna a brasileiros jogados ao relento, principalmente na cidade mais rica do país.

Isso não deixa de ser revelador do porquê São Paulo tem o maior número de brasileiros segregados diante da elite mais opulenta e de uma mídia que não tem aonde ser mais lacaia dos barões contemporâneos.

Como se diz por aí, os entendidos, entenderão.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Folha reconhece que Haddad foi quem mais investiu na cidade de São Paulo

A gestão de João Doria e Bruno Covas, do PSDB, foi a que menos investiu na cidade de São Paulo ao menos desde 2005, de acordo com levantamento feito com dados da prefeitura.

Os investimentos são aquilo que se gasta com obras e outras melhorias que não incluem as despesas fixas, como pagar os salários dos funcionários, a Previdência e os desembolsos com custeio em geral.

Covas tem usado a questão para fazer campanha, além de dizer que recebeu a prefeitura com um rombo nas finanças, embora houvesse dinheiro em caixa.

A menos de dois meses de terminar o mandato, a gestão iniciada por João Doria, em 2017, e continuada desde abril de 2018 por Covas havia investido R$ 8,2 bilhões, menos do que as gestões de Fernando Haddad (PT), Gilberto Kassab (PSD) e José Serra (PSDB)/Kassab.

De acordo com levantamento feito pela Folha, em valores corrigidos, Haddad investiu R$ 15,4 bilhões, Kassab, R$ 15,2 bilhões, e Serrra/Kassab, R$ 10,4 bilhões.

O levantamento da reportagem contabiliza dados entre 2005 e o começo deste mês.

Após analisar os dados enviados pela Folha, a gestão Covas afirma que o critério usado pela reportagem é “equivocado e induz os leitores a uma conclusão errada”. Além disso, critica a inclusão de “transferências não obrigatórias da União, que variam de acordo com as disponibilidades e prioridades do governo federal”.

A reportagem fez também um cálculo de acordo com esses critérios —usando empenhos e excluindo transferências. No entanto, o investimento ainda continuaria abaixo ao menos das duas últimas gestões.

A reportagem decidiu manter dados liquidados totais, por se tratar do valor efetivamente executado —além disso, conseguir a liberação de verbas federais também é uma tarefa política do prefeito.

Conforme a Folha mostrou, o maior gasto de Covas na área de investimentos se refere ao recapeamento de rua. Nesta área de melhoria das vias, somando despesas além de investimentos, a prefeitura havia gasto R$ 1 bilhão até por volta do fim de outubro.

Fazendo a conta ano a ano, os gastos foram aumentando conforme se aproximou o período eleitoral. Em 2017, o investimento liquidado foi de apenas R$ 1,5 bilhão.

Depois disso, a gestão gastou R$ 2 bilhões em 2018 e R$ 2,4 bilhões, em 2019. Neste ano, o investimento é de R$ 2,2 bilhões, mas prefeitura afirma ter dotação disponível para que ultrapasse R$ 5 bilhões. Se previsão se concretizar, será o maior investimento dos últimos anos em apenas um ano, mas não o suficiente para que Covas invista mais que o valor total das gestões Kassab e Haddad.

Em 2020, as receitas da cidade foram impactadas pela pandemia da Covid-19 –e deve haver déficit de R$ 2,5 bilhões. A diferença, porém, dificilmente mudaria radicalmente o cenário de baixos investimentos da gestão completa, já que o volume de investimentos nos primeiros três anos já estava abaixo da média de períodos anteriores.

ovas tem usado a questão dos investimentos para fazer campanha política. Na quarta-feira (19), em uma agenda no Jardim Angela (extremo sul), exaltou o gasto previsto para o ano.

“Esse ano a gente vai chegar a R$ 4,5 bilhões em investimentos com recurso da prefeitura, o maior valor dos últimos oito anos”, disse.

Por outro lado, o adversário de Covas, Guilherme Boulos (PSOL), tem usado o assunto para atacar o tucano.

Ele afirmou que pretende aumentar o nível de investimento. “Em plena pandemia, você está com R$ 19 bilhões parados em caixa. Uma dívida ativa de R$ 130 bilhões esperando pra ser cobrada”, disse.

O líder de movimento de moradia disse que o investimento de sua gestão para os próximos quatro anos seria de R$ 29 bilhões, montante que, olhando o histórico de investimento dos últimos 15 anos, também parece improvável de se concretizar.

Boulos costuma usar os R$ 19,2 bilhões em caixa para dizer que investirá no próximo ano. Segundo a prefeitura, R$ 7,9 bilhões são vinculados e R$ 11,3 bilhões não vinculados —valor é suficiente para cobrir o fluxo de caixa negativo do último bimestre, segundo a gestão.

Covas tem feito um discurso que dá a entender que encontrou uma situação desfavorável nas contas e que sua gestão colocou a casa em ordem. Ele cita um suposto rombo de R$ 7,5 bilhões.

A afirmação durante um debate fez com que o PT prometesse acionar Covas, acusando-o de propagar fake news. Em nota, a campanha de Covas diz que o orçamento de Haddad era “irrealista e maquiado”.

Checagem da agência Lupa mostro

u que a afirmação de Covas era falsa. Segundo a agência, Haddad deixou R$ 5,34 bilhões em caixa, conforme o relatório de fiscalização do Tribunal de Contas do Município de São Paulo daquele ano.

O documento afirmava que “as disponibilidades financeiras da prefeitura em 31.12.16 eram suficientes para saldar as obrigações de curto prazo. Se todas essas obrigações fossem pagas, restaria um saldo da ordem de R$ 3 bilhões”.

Covas também tem batido na tecla em debates de que o endividamento caiu em sua gestão. Checagem da agência Lupa publicada na Folha também mostrou que, de fato, o endividamento referente ao segundo quadrimestre de 2020, é de 38,5%, enquanto era de 92% no final da gestão Haddad.

A diminuição, porém, também foi consequência da renegociação de dívida entre a prefeitura e a União no início de 2016, na gestão de Haddad.

Antes da renegociação, o indexador da dívida era o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) acrescido de juros de 9% ao ano. Após renegociação, passou a ser o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acrescido de juros de 4% ao ano, limitado à variação da Selic.

Devido ao acordo o endividamento do município caiu de 182% (último quadrimestre de 2015) para 92% (último quadrimestre de 2016).

 

*Artur Rodrigues/Folha

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