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Bolsonaro fez maior “toma lá, dá cá” da história, mas economiza com vacina

O caminho de Jair Bolsonaro para a Presidência da República foi pavimentado pela promessa de acabar com o que chamou de velha política. Inflamado, o candidato dizia que daria ao relacionamento entre Executivo e Legislativo um formato diferente da tradicional troca de apoio parlamentar por verbas e cargos. Seria o fim do “toma lá, dá cá”.

Cansado de escândalos de corrupção envolvendo políticos, o eleitor incauto acreditou na bravata – mesmo com Bolsonaro tendo passado 28 anos no Congresso beneficiando-se do fisiologismo praticado pelos partidos que integrou.

Bastou um atrapalhado início de gestão, com seguidas derrotas na Câmara e no Senado, para o presidente jogar pela janela a promessa de campanha.

Por intermédio do ministro chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, se acertou com o Centrão. Como fizeram seus antecessores, recorreu ao escambo.

Bolsonaro, no entanto, não fez um simples “toma lá, dá cá”.

Praticou, na verdade, o maior “toma lá, dá cá” da história.

Conforme noticiaram os jornalistas Breno Pires e Patrik Camporez, no jornal Estado de S. Paulo, somente para garantir a eleição do presidente da Câmara dos Deputados, o governo liberou nada menos que R$ 3 bilhões em obras a 250 deputados e 35 senadores.

Antes desse momento, emendas já tinham sido direcionadas aos aliados, recursos para combate a covid tiveram como destino prioritário os parceiros e outras verbas serviram para conquistar novos amigos no Congresso.

A partir de agora, ministérios, cargos em estatais e outras bocas estarão sob domínio do Centrão.

Enquanto abre o cofre para negociatas, Bolsonaro economiza onde deveria gastar.

Reportagem de Vinicius Sassine, na Folha de S. Paulo, revelou que dos R$ 24,5 bilhões liberados em caráter de urgência, entre agosto e dezembro, para compra e desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, o governo gastou somente R$ 2,2 bilhões.

Com o total de mortos por coronavírus no país perto dos 240 mil e quase um mês de média móvel de óbitos acima de mil por dia, é dispensável citar a importância das vacinas nesse momento trágico. Apesar disso, o Ministério da Saúde não usou mais que 9% do dinheiro disponível para garantir os imunizantes.

Esse é um dos motivos pelo qual as campanhas de vacinação iniciadas pelo país correm o risco de interrupção nos próximos dias.

Não há melhor forma de medir as prioridades de um governo que observar onde gasta os recursos que tem.

A generosidade de Bolsonaro ao conquistar o Centrão na base do “toma lá, dá cá” (que tanto disse rejeitar) contrasta com a parcimônia na hora de garantir o único medicamento que pode salvar milhares de vidas na pandemia. Isso diz muito sobre o ocupante do Palácio do Planalto e sua equipe.

*Chico Alves/Uol

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Bolsonaro avisa ao mercado que vai abandonar as reformas e, consequentemente, a escolta do poder

O Centrão não é a favor nem contra o mercado, o Centrão é a favor do Centrão e age como um camaleão de olho em pesquisas de opinião pública, o que não deixa de ser uma relativa vantagem para a totalidade da população.

Por isso prefere afrontar o mercado do que os eleitores, mesmo não os tratando como cidadãos, mas como eleitores que podem definir o futuro político do integrantes do Centrão.

Parece que esse é um dos preços mais caros a Bolsonaro no acordo que foi feito com o Centrão que quer impedir a continuação das reformas e, consequentemente, bater de frente com os interesses da banca.

Mais que isso, exigiram que Bolsonaro, a seu próprio jeito, mandasse esse recado ao mercado e, assim, fez o presidente em sua última live, quando disse que o mercado tem medinho de tudo e qualquer coisa, fica nervosinho e que precisa ser mais patriota e que o povo precisa comer. Claro, ele estava falando ao Auxílio Emergencial que, para o Centrão, é assunto urgente. Ou seja, é a faca do Centrão na nuca de Bolsonaro.

O fato é que, se Bolsonaro não presta para as reformas que o mercado quer, para a banca, Bolsonaro não presta mais para nada. É aí que pode dar o curto mortal para o seu mandato que se segura em cordas pinguelas cada dias mais frágeis.

Tudo indica que o Posto Ipiranga será somente uma carcaça, uma vaca sagrada para ser adorada, porém, inútil.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Após tomar o comando da Câmara, Centrão busca lugar de militares no governo

Como nenhum almoço é de graça, começa a ser cobrada pelo Centrão a fatura de Bolsonaro.

A vitória nas eleições do Congresso impulsionou o apetite do Centrão por espaços no governo do presidente Jair Bolsonaro, que agora terá um novo esteio para blindar seu mandato. O bloco de partidos da chamada “velha política”, atacada por Bolsonaro na campanha eleitoral, busca dividir protagonismo político com os generais na Esplanada dos Ministérios e voltar aos cargos de seus redutos tradicionais na máquina pública.

A lista de alvos de cobiça da nova base do governo é cirúrgica e conhecida. O grupo mira as pastas da Saúde, chefiada pelo general Eduardo Pazuello, e de Minas e Energia, comandada pelo almirante Bento Albuquerque, e setores da Infraestrutura, de Tarcísio Gomes. Esses ministérios têm órgãos vinculados espalhados pelo País, chefiados também por militares. Outras pastas na mesa de apostas são Cidadania e Desenvolvimento Regional, ambos controlados por políticos de carreira.

A pasta de Minas e Energia pode voltar à órbita do Senado, sendo oferecida a aliados pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), empoderado pelo Palácio do Planalto e um dos responsáveis pela vitória do governo. Ele sondou o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) para o cargo. Bento Albuquerque também foi questionado por causa do prolongado apagão no Amapá no ano passado. Alcolumbre atribui ao apagão a derrota do irmão Josiel, que disputava a prefeitura de Macapá.

Dentro do ministério do almirante Bento, o Centrão mira especialmente os cargos da Itaipu Binacional. A empresa binacional é presidida pelo ex-ministro da Defesa Joaquim Luna e Silva. Oficiais do Exército ocupam postos estratégicos. Na Infraestrutura, o alvo dos aliados do governo é o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), presidido pelo general Antônio Leite dos Santos Filho.

Para conter o assédio do Centrão, Bolsonaro chegou a reconhecer a possibilidade de recriar pastas como Cultura, Esporte e Pesca. Mas depois recuou. Esses ministérios já não teriam uma disputa de espaços tão direta com militares, nem são considerados de primeira linha. “Quem está correndo atrás de ministério da Cultura, do Esporte e da Pesca?”, desdenhou Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo na Câmara, um dos expoentes do bloco que forma agora a base do governo.

Na semana passada, o Estadão revelou pressão de Barros para “enquadrar” a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ex-ministro da Saúde, ele negou intenção de retornar ao cargo. A agência reguladora é presidida pelo contra-almirante Antônio Barra Torres, mas uma mudança no comando é considerada remota, porque ele exerce mandato de cinco anos, com respaldo de Bolsonaro.

Ricardo Barros descarta uma reforma ampla e a substituição de Eduardo Pazuello do comando da Saúde, apesar da cobiça de seu partido. Setores do Progressistas, porém, deixam claro o interesse de voltar ao ministério. Bolsonaro tenta dar sobrevida ao general do Exército. A obediência do militar a suas orientações chegou a ponto da pasta recomendar tratamentos de cura sem comprovação científica no combate à covid-19. O ministro é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela gestão na pandemia. Ele é o único da ativa oficial a permanecer como ministro, fato que contraria o Alto Comando do Exército.

Traição

O ingresso do Centrão no primeiro escalão de Bolsonaro constrange os militares, afirmam oficiais da ativa e da reserva, ciosos da imagem das Forças Armadas. “O que está acontecendo agora é mais uma traição às promessas de campanha, mais uma que vai para o ralo. A política do toma lá, da cá é agora praticada de maneira aberta e escancarada. Considero um fato grave e se eu estivesse no governo ficaria muito constrangido e certamente estaria pensando em abandonar o barco”, diz o general Francisco Mamede de Brito Filho, da reserva do Exército.

Sob anonimato, generais da ativa dizem que a formação será mudada, mas ponderam que “ainda é cedo” para saber no que a nova aliança vai dar. Eles reconhecem que a chegada do Centrão pode reduzir a presença militar, mas lembram que os partidos já ocuparam “silenciosamente” grande parte dos cargos de segundo escalão. Os militares tinham 6 mil em funções civis, segundo levantamento do Tribunal de Contas da União do ano passado. Os oficiais dizem que o governo estava “emparedado” e foi forçado a buscar amparo político, na base do fisiologismo. Também lembram que não será o primeiro governo a se aliar ao Centrão, apesar das promessas do presidente de não ceder, e que o bloco pode dar sustentação à agenda de campanha.

O general de Exército Maynard de Santa Rosa, ex-secretário de Assuntos Estratégicos de Bolsonaro, afirma que não considera saudável rotular um arranjo político inteiro como corrupto. Reconhece, porém, que existe esse preconceito com o bloco entre os militares. “Só vai ter problema se o Centrão confirmar o preconceito”, afirma. “O que acontece fora do Exército não necessariamente influi na tropa, a não ser que haja interesses afetando os dois lados. O que pode afetar é a imagem na opinião pública.”
Generais do Planalto estão blindados

O presidente Bolsonaro tem feito afagos ao Congresso. “Somos um só corpo”, disse aos parlamentares na última quinta-feira. Na nova conformação política do governo, militares podem voltar a perder espaço para indicados de partidos. Mas não apenas de segundo escalão, como ocorreu na troca na articulação política em 2019. O chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, almirante Flávio Rocha, em alta com Bolsonaro e cada vez mais influente na política externa, estava prestes a virar ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Pelo combinado até o momento, o cargo voltará a ser de Onyx Lorenzoni (DEM), que deixará o Ministério da Cidadania, prometido ao Republicanos. Um dos mais cotados para assumir é o deputado João Roma (BA).

Os generais que atuam no Planalto, porém, não estão sob ameaça. Militares e parlamentares ouvidos pelo Estadão observam o fortalecimento do ministro Luiz Eduardo Ramos na Secretaria de Governo, após a vitória no Congresso. O general da reserva montou um QG para azeitar com cargos e verbas a eleição de Arthur Lira (Progressistas-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na Câmara e no Senado. Quem lhe faz sombra é o ministro das Comunicações, Fabio Faria (PSD), que tem sintonia com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, na articulação.

Militares não deixaram de notar que virou motivo de chacota nas redes sociais um vídeo da campanha de Bolsonaro protagonizado pelo general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional. Em 2018, o ministro substituiu a palavra “ladrão” por “Centrão”, numa associação, ao improvisar no palanque de Bolsonaro o verso da música Reunião de Bacana, do grupo Os Originais do Samba. “Se gritar pega Centrão, não fica um, meu irmão”, cantarolou Heleno.

Oficiais ouvidos pela reportagem destacam a discrição recente de generais outrora na linha de frente, como Heleno e Braga Netto. Os generais continuam fortes junto ao presidente, embora tenham mudado de comportamento. Conselheiro de Bolsonaro, Heleno se viu envolvido em investigações sobre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Militares amigos dele afirmam que o ministro se sente responsável pelo “projeto” Bolsonaro, mas demonstra cansaço. Por sua vez, o ministro-chefe da Casa Civil, dono da caneta das nomeações políticas no Diário Oficial da União, recolheu-se após assumir protagonismo na comunicação do governo no início da pandemia.

Ao mesmo tempo que abraça políticos do Centrão, Bolsonaro desprestigia o vice-presidente Hamilton Mourão, general da reserva que costuma vocalizar opiniões do Exército. A família Bolsonaro desconfia de conspiração do vice. O presidente enfraqueceu os espaços de Mourão e o chamou de “palpiteiro”, após o vice sugerir que a reforma ministerial atingiria o chanceler Ernesto Araújo no Itamaraty.

Ex-chefe de gabinete no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o general Brito afirma que é difícil a população desvincular os militares, ainda que da reserva, das Forças Armadas, e diferenciar os ocupam cargos técnicos na máquina pública dos que desempenham funções políticas e servem ao governo Bolsonaro.

Para ele, a quantidade de ministros militares incomoda a ativa. “A imagem da instituição já está arranhada. Ficam do lado de um governo que comete as barbaridades que estamos presenciando”, afirma. Ele comenta a presença na vitrine de Ramos, general quatro estrelas que articulou a eleição dos vencedores. “Não tem como dizer que ele está a serviço do País, ele serve ao governo. Se não se envergonha de ter feito isso, como não se envergonhou em outros eventos passíveis de constrangimento, eles vão continuar, têm suas motivações.”

*Do Estadão

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Lira e Pacheco mostram quem manda: o Centrão

O governo do Centrão começou com um pronunciamento conjunto dos novos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, e a assinatura de um documento em que se comprometem com o auxílio emergencial aos mais pobres, ainda que respeitando o teto fiscal dos gastos. Defenderam ainda a agilidade na vacinação contra a Covid-19 e na aprovação das reformas tributária e administrativa.

Minutos depois – o que denota que a a conversa prévia foi curta – apareceram no Planalto, com suas máscaras, ladeando o presidente Jair Bolsonaro. Todos fizeram juras de colaboração e harmonia, como se isso não fosse óbvio entre recém-eleitos e um presidente que jogou toda a força da máquina governamental a favor deles na disputa. Nessa segunda aparição, os dirigentes do Legislativo foram um pouco mais comedidos em afirmações sobre o auxílio emergencial, por exemplo. De conteúdo, ali, houve pouca coisa.

Hoje à tarde, o Congresso reabre oficialmente os trabalhos em sessão solene que deve ter a presença de Bolsonaro e de quase todos os seus ministros. Para os mais ingênuos – e, por incrível que pareça, pode-se incluir o mercado entre eles -, inicia-se uma era de colaboração entre Executivo e Legislativo que pode resultar na aprovação de reformas e projetos da agenda econômica. Para os conhecedores do poder, porém, não é nada disso.

O ritual protagonizado por Lira e Pacheco nesta quarta não deixa margem a dúvidas: ao fazerem antes sua própria reunião, com assinatura de compromisso e declaração pública conjunta, os presidentes da Câmara e do Senado quiseram deixar claro quem é que manda. Eles, cuja maior preocupação neste momento parece ser passar a ideia de que, embora eleitos com os cargos e verbas do Planalto, não são paus-mandados de Bolsonaro.

Apenas depois disso eles foram ao Planalto para aparecer ao lado de Bolsonaro, em postura altiva, sem rapapés e com discurso de independência. A fisionomia semi-carregada de Bolsonaro traía, quem sabe, pensamentos do tipo “será que fiz bem em apoiar esses dois?”.

As apostas em Brasília hoje são sobre quanto tempo vai durar a paz entre o Planalto e o Congresso. Alguns poucos meses, se cada uma das partes fizer o que prometeu. Do lado dos presidentes das duas Casas, facilitar a votação do Orçamento e de alguns projetos da pauta econômica, como a PEC Emergencial. Do lado do governo, dar os ministérios prometidos ao Centrão. Depois disso, porém, a previsão é de que as agendas vão trombar e vai começar o barata-voa.

*Helena Chagas/Jornalistas pela Democracia

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Arthur Lira, que juntou Bolsonaro, Aécio, Cunha, ACM Neto e o Centrão, vence com 302 votos

Com o derrame de dinheiro que deixa no chinelo qualquer gasto superfaturado do Palácio do Planalto em supermercado, a república do leite condensado emplacou Arthur Lira na presidência da Câmara, com 302 votos contra 145 de Baleia Rossi.

Mas está longe de ser só esse o mais puro e desavergonhado fisiologismo que imperou na votação.

Com uma escumalha formada por, além de Bolsonaro, Aécio Neves, Eduardo Cunha, ACM Neto e os tubarões do Centrão, foi proclamado o vale tudo que abalou Brasília.

Tudo isso se deu para Bolsonaro executar seu programa de massacre das instituições e promulgar a inocência do clã a partir do próprio genocida.

Na verdade, essa gente toda operou como simples escriturários da milícia numa autarquia do crime de latitude e longitude nunca vistas na história da picaretagem política.

Bolsonaro entupiu a Câmara de ratos fazendo com que qualquer um que chegasse perto do Congresso, tivesse que tapar o nariz.

Na realidade, foi a reedição do escândalo daquela votação que golpeou uma mulher honrada como Dilma para colocar Temer, um dos maiores ratos da história política.

Hoje foi pior, porque todos sabiam que estariam ali votando para salvar da cadeia o maior genocida da história do Brasil e seus filhos tão delinquentes quanto ele, num desprezo absoluto pelas mais de 225 mil vítimas fatais da Covid que Bolsonaro produziu até aqui e também o desprezo total com o sofrimento das famílias que perderam seus entes queridos pela política assassina e negacionista de quem vai controlar as duas casas do Congresso.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Centrão já admite impeachment de Bolsonaro

Para líderes, Lira não é um seguro para o presidente, mas tudo depende de acirramento da crise.

A debacle do governo Jair Bolsonaro na chamada “guerra da vacina” contra o governador João Doria (PSDB-SP) fez com que a palavra impeachment deixasse de ser uma exclusividade de discursos públicos da oposição.

Líderes de partidos centristas, inclusive do centrão que sustenta o presidente no Congresso, passaram a discutir com desenvoltura o tema. O “isso não tem chance de acontecer” deu lugar a um cauteloso “olha, depende” nas conversas.

Nos últimos dias, a Folha ouviu uma dezena de políticos de diversas colorações centristas, privilegiando nomes associados ao governo Bolsonaro. Apoiadores de Doria, tucanos históricos com horror a Lira ou oposicionistas puro-sangue, por exemplo, ficaram de fora da enquete informal.

Obviamente isso não significa que o presidente está sob risco imediato, mas o horizonte que havia desanuviado para ele a partir da prisão de Fabrício Queiroz em 18 de junho de 2020 voltou a ter nuvens carregadas.

Naquele momento, a tensão institucional promovida por Bolsonaro contra o Supremo e o Congresso havia chegado a um paroxismo, mas a prisão do ex-assessor de sua família o fez mudar o cálculo: retraiu-se um tanto e compôs abertamente com o centrão e outros partidos das redondezas.

Se Bolsonaro já voltou a ser Bolsonaro em suas declarações, sua aliança com o centrão está guiando sua batalha para tomar o controle da Câmara, após cinco anos de reinado de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A disputa lá é mais central do que no Senado, onde emerge com força Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pela prerrogativa de abertura de processos de impeachment do presidente da Câmara.

Um aliado pontual que deixa a cadeira semana que vem como inimigo, Maia tenta emplacar Baleia Rossi (MDB-SP) em seu lugar. Bolsonaro aposta tudo em Arthur Lira (Progressistas-AL).

O senso comum de que Lira barraria qualquer tentativa de remover o presidente predomina, mas três presidentes de partidos de centro (um deles do centrão) optam por uma tese contraintuitiva.

Segundo eles, o que vale é o “olha, depende”. No caso, da evolução do azedume popular contra Bolsonaro por sua gestão considerada desastrosa mesmo entre aliados próximos na pandemia.

Apoiadores de Baleia Rossi dizem que isso é apenas um jogo de palavras para ganhar votos de deputados tentados a trair a orientação de seus partidos —na conta nominal, a disputa está polarizada.

Um presidente de sigla faz as contas: prevê que o PT dará 20 dos seus 52 votos a Lira, o PSB, 20 de 30 e o DEM, 20 de 29. Isso fora os 32 nomes do PSL que já disseram que vão de Lira.

Se tudo isso acontecer, o bolsonarista leva com quase 300 votos, bem acima dos 257 necessários. Não é ainda, contudo, um jogo jogado.

Para um líder de bancada do centrão, Baleia é tão perigoso ou inofensivo para Bolsonaro quanto Lira. Ele se ampara no fato de que o emedebista sofre influência direta do ex-presidente Michel Temer (MDB), que edificou uma relação próxima com o seu sucessor.

Ele afirma, portanto, que qualquer um dos dois não irá pautar um impeachment exceto que haja uma virada brutal de popularidade contra Bolsonaro. Ninguém impede alguém com 35% de aprovação, argumenta.

A lógica inversa, contudo, segue valendo: um derretimento do presidente não teria nem em Lira, nem Baleia um porto seguro contra um processo.

A perda da primazia sobre a vacina, simbolizada no fato de que foi obrigado a usar a Coronavac promovida por Doria como única opção para iniciar a campanha de imunização do país, coroou a tragédia sanitária.

Mas a corrosão apontada por esses aliados é ainda mais grave devido ao caos na saúde em Manaus, que periga ser repetido em outros estados, com sinais claros de omissão federal. Crianças sob risco, como disse sem ironia visível um tucano simpático ao governo, ninguém tolera.

A tudo isso se soma a incerteza acerca da economia, já que o fim do auxílio emergencial em 31 de dezembro não foi preenchido por nada, e a sensação de inação por parte do Ministério da Economia é citada por todos os entrevistados.

Sem a ajuda, pessoas irão voltar a procurar trabalho, provavelmente elevando as estatísticas de desemprego. É, nas palavras de um cacique do Republicanos, um caldo tóxico.

A decoração do prato vem na forma da crise dupla vivida na área externa, com a queda em desgraça do ídolo de Bolsonaro, o americano Donald Trump, e a sensação de que a China produtora de insumos das vacinas a serem usadas no Brasil não vai esquecer tão cedo as grosserias da família Bolsonaro.

São apenas os dois maiores parceiros comerciais do país, de quebra, com governos hostis ao Planalto.

Os primeiros sinais de perda de vitalidade na popularidade em redes sociais já são visíveis, com a previsível ascensão de Doria. Na vida real, pesquisas internas de partidos também apontam um aumento do mau humor com o governo, principalmente em centros urbanos.

No Palácio do Planalto, auxiliares do presidente já precificaram essa queda nos próximos meses. Mas apostam que o eventual sucesso do programa de imunização acabará se revertendo na conta de Bolsonaro, pois no Brasil quase tudo volta para o Executivo federal.

Ainda assim, a ordem lá é fazer de tudo para eleger Lira, que consideram mais confiável que Baleia. O emedebista, em que pese seu laço com Temer, teve o nome fomentado desde o ano passado pro Maia e Doria, numa triangulação que passou pela inserção do MDB na vice de Bruno Covas em São Paulo, entre outros movimentos.

*Com informações da Folha

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Urgente: Bolsonaro tira mais dinheiro da educação para comprar o Centrão

Bolsonaro pode não saber comprar vacina e, muito menos, seringas, mas é expert em comprar o Centrão.

Bolsonaro acaba de transferir R$ 60 milhões do orçamento do Ministério da Educação Para entregar, através do Ministério do Desenvolvimento Regional, os recursos para a compra de políticos do Centrão.

A velhacaria é parte do repertório de tramoias e trapaças de um governo que acaba de virar chacota do mundo por sua ineficiência e trapalhadas e por não ter conseguido sequer comprar seringas para a vacinação do povo.

E se esse cambalacho não tem o menor amparo legal, porque os meios possíveis para o remanejamento já foram esgotados, Bolsonaro, certamente, utiliza do artifício do cinismo ardil para manter o embrulho a ser entregue ao Centrão.

Além do MEC, serão atingidos o Incra, com R$ 80 milhões, e o Ministério do Turismo, com R$ 110 milhões, para que toda essa grana sustente a esparrela na qual Bolsonaro investe para não sofrer um impeachment e, imediatamente, ser preso por suas falcatruas.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Centrão, o nome eleitoral do dinheiro no Brasil

“Centrão”, é o nome eleitoral do dinheiro no Brasil; reúne PP, PL, Republicanos, PSD, Patriota, etc. juntos, tiveram 10 milhões de votos a mais que em 2016. O impasse político consiste no fato de que os donos do dinheiro são a origem da crise brasileira, não a solução para ela. (Saul Leblon – Carta Maior)

*Da redação

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Vídeo: Ver a Globo se agarrando nos cabelos do Centrão, não tem preço

A Globo, num ato de desespero, comemora a “Vitória” do Centrão e a “derrota” do PT que, na realidade, ela sabe que não é verdade, assim como sabe muito bem que o Centrão é formado por caraminguás. A Globo tem uma opinião comprada por interesses econômicos.

Assista:

*Da redação

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A selvageria de Bolsonaro espelha a alma da elite nacional

O problema do Brasil é que a elite e a mídia se confundem, uma alimenta a outra para se nutrirem dos mesmos privilégios, mesmo de um governo estéril, a mídia e a elite não abandonam Bolsonaro. Se ele não serve para tudo, serve para a selvageria neoliberal. Isso basta para quem só tem uma palavra no dicionário, lucro, não interessando como e nem de onde.

Bolsonaro já veio domesticado como um animal que não ultrapassaria o mata-burro dos assuntos da economia.

Por isso, Paulo Guedes, que é a própria tradução do significado toupeira, permanece sendo o homem que faz o elo entre os interesses do grande capital e o governo nulo de Bolsonaro, enquanto cresce no Brasil o comportamento de selva e a ideia da ignorância ganha status de sabedoria correspondente à necessidade de segregar os mais pobres e tirar qualquer sentido de civilização do campo econômico.

É nesse ambiente que Bolsonaro nada de braçadas, o que, necessariamente, não significa que se fortalece politicamente, mas faz com que se sinta forte, porque pode humilhar generais das Forças Armadas e o judiciário simplesmente não o incomoda.

Bolsonaro entendeu que não precisava ser um bom governante para ser feliz, bastaria compartilhar com o centrão parte do seu poder que a natureza selvagem do baixo clero ficaria surda e muda para os seus erros e alheia aos seus acertos, ou seja, nenhum.

Bolsonaro jogou com a antiga condição humana escancarando que o melhor jeito de governar seria através de suas próprias mãos, mostrando o fisiologismo do olho por olho, dente por dente, exigindo a cegueira do centrão para seu funesto governo em troca de ajuda, na defesa de sua própria cabeça.

Assim, Bolsonaro governa com liberdade absoluta sem precisar fugir ou mentir sobre o seu passado, porque sabe que, protegido pela mídia industrial e pelo próprio mercado, não necessitaria ter um comportamento cauteloso, conduzindo o país a uma espécie de velho oeste debaixo das barbas do judiciário brasileiro.

Bolsonaro governa para o seu mundo e tem liberdade máxima para isso. Pode-se dizer que seu extremismo é este, não abrir mão da batalha que mantém intacto o próprio lar do seu clã familiar.

É certo que o pobre é sua vítima maior, mas como Bolsonaro resolveu envenenar toda a forma de combate à pandemia, do isolamento social, passando pelo uso de máscara à irresponsável propaganda da ineficaz Cloroquina, chegando à guerra com a vacina da China produzida em parceria com o Instituto Butantan, toda a sociedade ficou à mercê de um delinquente que, mesmo vendo seus limites sendo impostos pela sociedade que se avizinha das eleições municipais, numa clara derrota política, seu código moral que vale apenas para quem vive ao seu redor e tem caminhos que busca a convergência com ele, mantém-se em plenitude, mesmo que solitário, do ponto de vista político.

Bolsonaro é um caso que precisará de muitos estudos, não sobre ele, pois, para defini-lo, basta apenas uma palavra, psicopata, que precisa sentir-se forte para se manter de pé diante de sua própria psicopatia.

O que demandará estudos é a adesão incondicional das classes economicamente dominantes e da tradicional casta do Estado brasileiro que, certamente, após uma apurada pesquisa, verá que o que temos hoje, sobretudo nas Forças Armadas e no judiciário é uma reprodução da história do Brasil, a mesma que produziu uma das mais vergonhosas injustiças sociais com uma pobreza que só teve expressiva regressão com Lula e Dilma e, por isso mesmo, Dilma caiu e Lula foi preso.

Esse estudo terá que ser feito porque as classes média e alta no Brasil mostraram que, para sustentar seus privilégios, não medem esforços nem o tamanho do monstro que estão dispostos a bancar se o retorno em lucros e dividendos valer a pena.

Trocando em miúdos, Bolsonaro, num país com instituições minimamente sérias, não governaria um dia sequer, seria cassado no meio do expediente um dia depois de sua posse.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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