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Gilson Machado: por quem chora a sanfona do ex-ministro do Turismo?

Para quem, de fato, no fim das contas, Gilson Machado fez no consulado português no Recife o seu mais recente solinho de acordeão?

O ruralista, político, hoteleiro e sanfoneiro Gilson Machado foi ministro do Turismo durante quase todo o “governo” de Jair Bolsonaro. Machado foi o ministro que mais participou das lives negacionistas e zombeteiras de Bolsonaro durante a pandemia de covid-19. Não obstante, numa das lives, ele tocou Ave Maria na sanfona “em homenagem” às vitimas da doença e do seu chefe.

No meio da pandemia, quando o Brasil se aproximava de contar 400 mil mortos, Bolsonaro e Gilson Machado posaram com o animador de fascismo Sikêra Jr. segurando um cartão gigante de CPF atravessado com uma tarja vermelha onde se lia “CPF cancelado”.

No meio da pandemia, num Dia do Exército, quando o Exército Brasileiro deu uma medalha a Gilson Machado, Bolsonaro, em nova zombaria, tirou a máscara do seu ministro do Turismo quando vestiu a honraria em seu pescoço.

No Réveillon de 2024, Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Heloisa e as crianças viram os fogos rebentarem na pousada Villas Taturé, em São Miguel dos Milagres, nas Alagoas. A pousada pertence a Gilson Machado e Machado subiu ao palco do Restaurante Coco Verde, o restaurante da pousada, pegou de novo a sanfona e levou o genocida às lágrimas com o versos “o capitão do povo/Vai voltar de novo/Igual a ele/Nunca existiu/Ele é a salvação/Desse Brasil”.


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Nas últimas semanas, Gilson Machado tem servido de testa de ferro de Bolsonaro para pedir doações por Pix para financiar Eduardo, Heloisa e as crianças nos EUA; para Eduardo batalhar apoio de autoridades dos EUA contra o Poder Judiciário do Brasil.

Nesta sexta-feira, 13, Gilson Machado foi preso pela Polícia Federal por tentar arranjar um passaporte português para Mauro Cid, para Cid fugir do Brasil, quem sabe pela rota Zambelli: atravessando a fronteira com a Argentina e pegando um avião para o Velho Mundo e, de lá, repetir ao mundo o que disse em áudio plantado na revista Veja sobre sua delação contra Bolsonaro e meia dúzia de generais de quatro estrelas: “eles queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu”.

Mas Mauro Cid não faria isso, porque senão seu pai general do Exército, beneficiado por sua delação, pagaria o pato. Pois a Polícia Federal acaba de informar à PGR que o pai general, a mãe, a esposa e a filha de Cid, também eles, já estão nos EUA. Se mandaram agorinha, em maio, para Los Angeles, Califórnia, enquanto Gilson Machado dedilhava pauzinhos no consulado português no Recife.

Gilson Machado nunca foi nomeado por Mauro Cid ministro do Turismo. Nunca fez lives com Cid. Nunca festejou com Cid nenhum “CPF cancelado”. Nunca passou o ano novo em pousada de Cid. Nunca levou Cid às lágrimas ao dedilhar sua sanfona nem foi por Cid que fez sua sanfona chorar. Nunca recebeu de Cid uma medalha do Exército. Nunca foi testa de ferro de Cid.

Por quem, para quem, de fato, no fim das contas, Gilson Machado fez no consulado português no Recife o seu mais recente solinho de acordeão?

*Hugo Souza/Come Ananás

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Cid confirma que Bolsonaro pediu monitoramento de Alexandre de Moraes

O tenente-coronel do Exército Mauro Cid (à esquerda na foto) confirmou nesta segunda-feira (9) que o ex-presidente Jair Bolsonaro pediu o monitoramento da rotina do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).Cid confirma que Bolsonaro pediu monitoramento de Alexandre de Moraes 1Cid confirma que Bolsonaro pediu monitoramento de Alexandre de Moraes 2

Segundo Cid, o pedido foi feito no final do mandato de Bolsonaro para verificar se Moraes teria se encontrado com o então vice-presidente da República, Hamilton Mourão.

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Cid foi primeiro foi o primeiro réu do Núcleo 1 da trama golpista a ser interrogado por Alexandre de Moraes, relator da ação penal do golpe. O militar também está na condição de delator nas investigações.

De acordo com o militar, “era comum” o ex-presidente fazer pedidos de monitoramento de quem considerava um adversário político. Cid disse que a ordem foi repassada ao coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro e que também é réu nas investigações da trama golpista.


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“Por várias vezes, o presidente recebia algumas informações de que aliados políticos estariam se encontrando com adversários políticos. Então, foi comum a gente verificar se isso era verdade ou não. Não tinha nenhuma análise de inteligência. A gente perguntava para a Força Aérea ou via a agenda do ministro”, afirmou.

No início do interrogatório, Mauro Cid também confirmou que Bolsonaro tinha conhecimento sobre a minuta de golpe para estabelecer medida de estado de sítio para tentar reverter o resultado das eleições de 2022.

De hoje até sexta-feira (13), Alexandre de Moraes vai interrogar presencialmente o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Walter Braga Netto e mais seis réus acusados de participarem do “núcleo crucial” de uma trama para impedir a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o resultado das eleições de 2022.

Confira a ordem dos depoimentos:

  1. Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  2. Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  3. Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  4. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  5. Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  6. Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  7. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  8. Walter Braga Netto, general do Exército e ex-ministro de Bolsonaro.

*André Richter – Repórter da Agência Brasil

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Cúpula bolsonarista entrega de bandeja a cabeça de Aras

O WhatsApp de Mauro Cid é um campo minado com bombas atômicas contra o passado sujo dos bolsonaristas mais aprochegados de Bolsonaro.

A começar por Michelle dos cheques de Queiroz, classificada pelo próprio Cid como alguém de passado sujo.

O WhatsApp de Mauro Cid é um verdadeiro Raio-x do submundo bolsonarista.

As mensagens de Cid, portanto, são um ponto central nas investigações que começam a revelar detalhes sobre a atuação de figuras-chave do governo Bolsonaro, agora, com Aras no centro das atenções por sua proximidade e lealdade canina com o ex-presidente miliciano.

Foi aí que Aras se viu como oferta relâmpago para ser fritado vivo por seus desafetos que são milhões de brasileiros, sobretudo por conta do genocídio da pandemia de Covid, provocado por Bolsonaro em que Aras suou a camisa para blindar seu patrão.

E tem mais.

Segundo divulgações recentes, Cid relatou ter recebido informações sigilosas do ex-procurador-geral da República, Augusto Aras, de forma reservada, incluindo comunicações com a subprocuradora Lindôra Araújo.

Esses contatos escancaram uma relação próxima e extraoficial entre Aras e o círculo bolsonarista, levantando questionamentos sobre a imparcialidade do ex-PGR.

Aras, segundo mensagens de Cid, teria compartilhado informações com ele, o que viola princípios jurídicos como impessoalidade, moralidade e legalidade, segundo procuradores.

Além disso, Cid, que firmou um acordo de delação premiada após ser preso em 2023, revelou detalhes sobre esquemas como a falsificação de cartões de vacina e a venda de joias recebidas por Bolsonaro, o que reforça a percepção de submundo bolsonarista com práticas nada republicanas.

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“Prefiro o Lula”, um mote perfeito para Michelle Bolsonaro se vingar e pedir a cabeça de Wajngarten

A chacota entre o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-Secretário de Comunicação da Presidência (Secom) Fabio Wajngarten em torno das especulações sobre a suposta candidatura à Presidência de Michelle Bolsonaro (PL), ocorrida em janeiro de 2023 mas divulgada somente na última sexta-feira (16), caiu como uma luva para os planos da ex-primeira-dama, que busca fortalecer seu nome como sucessora do marido, Jair Bolsonaro (PL), na disputa contra Lula em 2026.

Na troca de mensagens datada de 27 de janeiro, um dia após a ex-primeira-dama voltar de Orlando, para onde fugiu com o marido no dia 30 de dezembro de 2022, Wajngarten envia a Cid uma notícia de que Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, estaria cogitando lançar Michelle candidata à Presidência em 2026.

Em tom de chacota, Cid responde: “Prefiro o Lula”, com uma “hahahahahahaha”, de gargalhadas, em seguida. Wajngarten reage: “idem”.

O ex-Secom, homem de confiança de Bolsonaro, passa a detonar a ex-primeira-dama, compartilhando uma mensagem que dizia que o “PL vai pagar 39k por mês para a Michele (SIC) ‘porque ele carrega o bolsonarismo sem a rejeição do Bolsonaro”. Em seguida, outra mensagem encaminhada por Wajngarten indaga: “em que mundo o Valdemar está vivendo?”.

Cid, então, manda um áudio, transcrito na troca de mensagens, revelando o que pensa da ex-primeira-dama. “Cara, se a dona Michelle tentar entrar pra política num cargo alto, ela vai ser destruída, porque eu acho que ela tem muita coisa suja… não suja, mas ela né, a personalidade dela, eles vão usar tudo contra pra acabar com ela”.

Álibi para a vingança
Embora a troca de mensagens tenha ocorrido em janeiro de 2023, a chacota serviu como álibi para Michelle Bolsonaro se vingar de Wajngarten, com quem não mantinha relações há meses.

A ex-primeira-dama teria determinado ao marido e ao presidente do PL, Costa Neto, com quem mantém ótimas relações, a demissão sumária do ex-Secom.

Apesar da candidatura à Presidência ter sido assumida apenas agora por Bolsonaro, Michelle já teria se rendido há meses aos flertes de Costa Neto que, como mostra a troca de mensagens, nutria esperanças de lançar a candidatura da ex-primeira-dama antes mesmo do ex-presidente ficar inelegível.

A rusga entre os dois tem como pano de fundo justamente as eleições de 2026. Michelle chegou a ser cogitada como candidata ao Senado pelo Distrito Federal em 2026. No entanto, com o nome fortalecido para a Presidência, ela iniciou articulações para lançar um candidato de confiança para fazer dupla com Damares Alves (Republicanos-DF), que já é parte da bancada da ex-primeira-dama na casa.

Michelle então atuou para costurar a candidatura do irmão, o fotógrafo Eduardo Torres, para o Senado na vaga reservada a ela. Ele articula a candidatura junto ao movimento Direita na Capital, que tem como slogan Make Brasília Great, uma cópia do que é usado por Donald Trump – make América Great Again.

Cid, então, manda um áudio, transcrito na troca de mensagens, revelando o que pensa da ex-primeira-dama. “Cara, se a dona Michelle tentar entrar pra política num cargo alto, ela vai ser destruída, porque eu acho que ela tem muita coisa suja… não suja, mas ela né, a personalidade dela, eles vão usar tudo contra pra acabar com ela”. Com Forum.

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Cid disse que Michelle e Eduardo Bolsonaro compunham ala mais radical da trama golpista

Filho e esposa faziam parte de grupo que instigava Jair Bolsonaro a ‘dar um golpe de Estado’, de acordo com depoimento.

Chefe da Ajudância de Ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou no primeiro depoimento de sua colaboração premiada que a ala “mais radical” do grupo que defendia um golpe de Estado no Brasil no final de 2022 incluía a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

A íntegra do depoimento de Cid, datada de 28 de agosto de 2023, foi obtida pelo colunista Elio Gaspari. Em novembro daquele ano, o UOL revelou que a delação de Cid apontava Michelle e Eduardo como incitadores do golpe.

“Tais pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado, afirmavam que o ex-presidente tinha o apoio do povo e dos CACs [Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores] para dar o golpe”, diz a transcrição do depoimento de Cid, que agora vem a público.

O relatório final da investigação da Polícia Federal sobre a trama golpista, concluído em 21 de novembro de 2024 — ou seja, um ano e três meses após o depoimento inicial de Cid –, não traz Michelle nem Eduardo entre os 40 indiciados.

O nome da ex-primeira-dama nem é mencionado no documento. Eduardo é citado apenas de forma lateral, no contexto de que seu nome aparecia como contato no telefone celular de um dos investigados. À época em que vazaram esses pontos da delação de Cid, Eduardo e Michelle negaram ao UOL envolvimento em ações pró-golpe.

As afirmações são “absurdas e sem qualquer amparo na verdade”, disse a defesa de Michelle à época, acrescentando que Bolsonaro ou seus familiares “jamais estiveram conectados a movimentos que projetassem a ruptura institucional do país”. Eduardo disse que a delação de Cid não passava de “devaneio” e “fantasia”.

O relatório da PF está sob análise da Procuradoria-Geral da República, a quem cabe oferecer denúncia ao STF contra os 40 suspeitos ou arquivar os indiciamentos.

Michelle e Eduardo são atualmente cotados para disputar a Presidência em 2026, no lugar de Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030.

Cid: ala mais radical era a favor de ‘braço armado’
No depoimento dado em agosto de 2023, Cid disse que havia três grupos distintos em torno de Bolsonaro no final de 2022, momento em que o país vivia com acampamentos de bolsonaristas em frente a quartéis do Exército pedindo um golpe de Estado.

De acordo com o tenente-coronel, o primeiro trabalhava para convencê-lo a admitir a derrota e se tornar “o grande líder da oposição”. Entre eles estariam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o comandante da Aeronáutica, Baptista Júnior, entre outros.

O segundo grupo, segundo Cid, não concordava com os rumos que o país estava tomando, mas também se colocava contra medidas de ruptura. Fariam parte dele, entre outros, o comandante do Exército, Freire Gomes.

Já o terceiro grupo, favorável a medidas golpistas, era formado por duas alas nas palavras de Cid. Uma “menos radical”, que buscava encontrar indícios de fraudes nas urnas para justificar uma virada de mesa.

Outra, mais radical, “a favor de um braço armado”. Esse grupo mais belicoso defendia assinatura de decretos de exceção, de acordo com ele.

No depoimento, Cid diz que essas pessoas “gostariam de alguma forma incentivar um golpe de Estado”, queriam que Bolsonaro assinasse um decreto de exceção e “acreditavam que quando o presidente desse a ordem ele teria apoio do povo e dos CACs”.

“Quanto a parte mais radical”, prossegue o relato do depoimento de Cid feito pela PF, “não era um grupo organizado, eram pessoas que se encontravam com presidente, esporadicamente, com a intenção de exigir uma atuação mais contundente do então presidente”.

Nessa ala, Cid cita nominalmente Felipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, que ocupou quatro ministérios na gestão Bolsonaro, Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, o general Mario Fernandes, secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, e os senadores Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES), além de Eduardo e Michelle.

Desse grupo, apenas Felipe Martins e Mario Fernandes acabaram sendo indiciados pela PF no relatório final da trama golpista.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é citado por Cid nessa ocasião como integrante da ala “menos radical” que buscava o golpe, a que buscaria indicativos de fraude eleitoral que justificassem a virada de mesa. Valdemar está entre os indiciados pela PF.

De acordo com a investigação, ele é suspeito de ter ingressado com questionamento do resultado eleitoral em que Bolsonaro foi derrotado por Lula mesmo ciente de que eram falsos os argumentos que usava para sugerir fraude nas urnas eletrônicas.

*Ranier Bragon/ICL

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Investigação

Cid complica dois empresários em delação sobre golpe

Em delação homologada pela Polícia Federal, Mauro Cid citou papel de empresários em plano para evitar a posse de Lula.

Em delação homologada pela Polícia Federal, Mauro Cid apontou a participação de empresários em um plano não concretizado para evitar a posse de Lula após o segundo turno.

A delação do tenente-coronel também complica o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), que, segundo Cid, seria um dos parlamentares que teriam se posicionado a favor de um golpe de Estado, segundo Paulo Cappelli, Metrópoles..

Em 11 de janeiro de 2023, após a posse de Lula, Luciano Hang fez uma postagem desejando sorte ao presidente eleito e repudiando as depredações nas sedes dos Três Poderes.

O teor da delação referente a Pazuello e aos empresários foi publicado pela revista Veja e confirmado pela coluna.

Em janeiro, o dono da Havan foi condenado a pagar mais de R$ 85 milhões por coagir os empregados a votarem em Bolsonaro na eleição presidencial de 2018. A ação civil foi movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

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Investigação

PF quer traçar “conjunto da obra” do golpismo com delação de Cid

Para PF, delação de Mauro Cid mostra que Jair Bolsonaro incentivou eleitores em trama golpista que culminou no 8 de Janeiro.

Para investigadores da Polícia Federal (PF), a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, ajuda a traçar o conjunto da obra do golpismo incentivado pelo ex-presidente desde antes das eleições de 2022.

Assim como na ação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que condenou Bolsonaro à inelegibilidade, o inquérito da PF deve ser construído sobre vários eventos, e não apenas um, mostrando o comportamento do presidente para ameaçar a democracia no Brasil, diz Guilherme Amado, Metrópoles.

A linha do tempo, segundo a PF, começa com a disseminação de notícias falsas sobre urnas eletrônicas e no uso de redes sociais para descredibilizar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso, instituições que poderiam questionar uma tentativa de golpe partindo do Poder Executivo.

Depois, durante o processo eleitoral, Bolsonaro teria intensificado os ataques à lisura do pleito, preparando-se para uma tentativa posterior de golpe, e acionou o Ministério da Justiça e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para tentar interferir na eleição e impedir eleitores de Lula de ir votar.

Após Bolsonaro perder a eleição, veio, nessa cronologia traçada pela PF, uma tentativa de golpe incentivada por ele que culminou nas manifestações no dia da diplomação de Lula, em dezembro, e finalmente nos atos de 8 de janeiro.

O foco dos investigadores, neste momento, é avançar em diligências para encontrar provas que mostrem como, em todos esses momentos, houve participação direta do ex-presidente e de seus auxiliares para desestabilizar a ordem democrática.

 

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Investigação

Em delação, Cid diz que Bolsonaro ordenou fraudes em certificados de vacina

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, afirmou em seu acordo de delação premiada que partiu do então presidente Jair Bolsonaro a ordem para confeccionar certificados falsos de vacinas da covid-19.

Em um dos depoimentos prestados por Cid à Polícia Federal, como parte de seu acordo de colaboração, o tenente-coronel admitiu sua participação na realização de fraudes nos certificados de vacina inseridos no sistema do Ministério de Saúde e também vinculou Jair Bolsonaro diretamente ao esquema. A informação foi confirmada ao UOL por três fontes que acompanharam as negociações do acordo.

Procurado, o advogado e ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten negou a acusação: “Eu garanto que o presidente nunca pediu nem pra ele, nem para a filha dele. Até porque o mundo inteiro conhece a posição dele sobre as vacinas, e o visto dele, como presidente da República, não necessitava de comprovante de vacina. A filha menor de idade também não tinha necessidade, razão pela qual não fez qualquer pedido ao tenente-coronel Mauro Cid sobre os certificados”, afirmou.

O relato de Cid contraria a versão que o ex-presidente apresentou à Polícia Federal. Em maio, Bolsonaro declarou que não conhecia nem orientou fraudes em cartão de vacinação para seu uso ou de familiares.

A investigação sobre os certificados falsos de vacina é uma das mais avançadas na Polícia Federal envolvendo o ex-presidente da República. A apuração teve início com a descoberta de diálogos no telefone celular de Mauro Cid que mostravam como o tenente-coronel acionou diversos contatos para solicitar a inserção dos dados falsos de vacina. O objetivo da manobra seria burlar as exigências de comprovação da vacinação para entrada em países estrangeiros.

Com base nessas informações, a PF deflagrou em maio a Operação Venire, cumprindo a prisão preventiva de Mauro Cid e outros alvos. O ex-ajudante de ordens só foi solto em setembro, depois que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes homologou seu acordo de delação premiada.

Certificado falso entregue em mãos
A PF já havia obtido provas suficientes sobre o esquema de fraudes nos comprovantes de vacinação da covid-19, mas ainda buscava identificar a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro nos fatos. Quando a operação foi deflagrada, o ex-mandatário e seus aliados passaram a afirmar que ele desconhecia o esquema. Em seu depoimento à PF, Bolsonaro também disse que nunca orientou as fraudes nos certificados. Mauro Cid, entretanto, desmentiu Bolsonaro, em seu acordo de delação premiada.

Cid disse à Polícia Federal que recebeu de Bolsonaro ordens para confeccionar falsos comprovantes de vacinação da covid-19 em nome do então presidente da República e da sua filha mais nova, Laura, que é menor de idade.

Em seu depoimento, o tenente-coronel relatou que providenciou os documentos falsos por meio de aliados. Cid afirma, então, que imprimiu os comprovantes falsos em nome de Jair Bolsonaro e de sua filha Laura e entregou os documentos em mãos ao então presidente da República, para que usasse caso achasse conveniente.

Cid também confirmou à PF os fatos já identificados anteriormente pela investigação. Os dados falsos de vacina de Bolsonaro e Laura foram inseridos por funcionários da Prefeitura de Duque de Caxias no sistema do Ministério da Saúde em 21 de dezembro de 2022. Foram lançadas falsamente, em nome deles, duas doses da vacina Pfizer, por meio da inserção de dados realizada às 18h59 e 19h daquele mesmo dia.

De acordo com as informações do inquérito da PF, Mauro Cid emitiu certificados de vacinação para Bolsonaro e sua filha no dia seguinte, 22 de dezembro de 2022, às 8h. A PF investiga se foram esses certificados que Cid imprimiu para entregar em mãos a Bolsonaro, como ele disse em seu depoimento.

Bolsonaro viajou para os Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022, para não passar a faixa presidencial para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Os EUA exigiam, para entrada no país, comprovante de vacinação ou a realização de teste negativo de covid-19. A hipótese da investigação é que os certificados foram gerados para que Bolsonaro e sua filha não tivessem problemas na entrada ou saída dos EUA.

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Política

Entorno de Bolsonaro vê estratégia ‘kamikaze’ de Cid e culpa advogado

Assessores e aliados de Jair Bolsonaro passaram a classificar a estratégia de defesa do tenente-coronel Mauro Cid como “kamikaze”. A avaliação passou a ser feita após a coluna revelar, na semana passada, que o ex-ajudante de ordens da Presidência relatou, em sua delação premiada, que Bolsonaro teve uma reunião com comandantes das Forças Armadas e ministros da ala militar de seu governo para discutir uma minuta golpista, diz Bela Megale, O Globo.

No relato, Cid revelou que o ex-chefe da Marinha, o almirante Almir Garnier, mostrou disposição em aderir ao plano golpista. Para o entorno de Bolsonaro, o relato colocou, do mesmo lado, Bolsonaro, a Marinha e também o ex-ministro e general Walter Braga Netto.

O grupo pretende se articular e defender um relato que siga a mesma linha sobre os fatos, isolando, assim, Mauro Cid e buscando descredibilizar sua delação. Na visão dos aliados de Bolsonaro, o principal “culpado” pelo que chamam de “estratégia kamizake” adotada pelo tenente-coronel é o advogado Cezar Bitencourt.

Desde que assumiu a defesa de Cid, no mês passado, Bitencourt despertou incômodo no entorno de Bolsonaro, com a transmissão de sinais trocados sobre a possibilidade de o cliente fazer uma delação e também sobre o conteúdo que foi revelado para a Polícia Federal.

Como informou a coluna, até semana passada o ex-presidente ainda não acreditava que seria alvo direto da delação de Cid.

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O “campo minado” que Cid deixou para Bolsonaro

Mauro Cid está no centro de investigações que cercam Bolsonaro, como o caso das joias e o da falsificação de comprovantes de vacina.

O tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF). O militar entrou na mira dos policiais em uma apuração sobre fraude na vacinação para a Covid-19 e, hoje, é visto como o maior trunfo dos investigadores para se descobrir tudo o que se passava no entorno do então chefe do Executivo, diz o Metrópoles.

Depois do acordo fechado com a PF, o Ministério Público Federal (MPF) deve se manifestar sobre as condições para o trato ser firmado.

Desvio ilegal de joias, tentativa de golpe de Estado, grampo em altas autoridades da República e até, eventualmente, corrupção e participação dos filhos de Bolsonaro em irregularidades: tudo pode sair da boca de Cid, cuja função oficial era a de, exatamente, assessorar o ex-presidente e dialogar com interlocutores. Bolsonaro, dizem fontes, não teria, em boa parte do tempo, espaço para atender telefonemas e ver mensagens – não pagaria, inclusive, as próprias contas bancárias. Cid centralizava tudo.

O Metrópoles apurou que o ex-ajudante de ordens esteve no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta (6/9), para uma audiência sobre a delação. Nas últimas semanas, o militar prestou cerca de 26 horas de depoimento sobre casos que envolvem o ex-presidente Bolsonaro e que estão sob o guarda-chuva do magistrado.

Cid chegou ao gabinete do ministro com uma proposta de delação premiada. O advogado do militar, Cezar Bitencourt, também teria participado da audiência. A aceitação da proposta de delação pela PF foi antecipada pela Globo News e confirmada pelo Metrópoles nesta quinta-feira (7/9). Agora, cabe a Moraes analisar o caso.

Fontes que acompanham a investigação disseram ao Metrópoles que a expectativa é a de que, com tamanha proximidade com o ex-presidente e por sua boa formação acadêmica, Cid tenha a capacidade de explorar eventos com profundidade e apresentar provas com detalhamento.

Não se sabe, por exemplo, se os policiais se debruçaram sobre a participação dos filhos de Bolsonaro em possíveis negociatas. Cid servia como um anteparo do então presidente. E, segundo fontes, todo tipo de informação e apelo chegava ao ex-ajudante de ordens. Inclusive, eventualmente, contatos de empresários interessados em participar do governo e até militares com ambições golpistas.

Até agora, entre bolsonaristas, é incerto o peso da apreensão dos celulares do advogado Frederick Wassef no caso. No geral, há um “pânico”. Wassef é conhecido por ser falastrão. Gosta de aumentar suas próprias ações e importância. O choque de versões entre o que Cid delatar e o que estiver escrito nas mensagens do advogado pode municiar os investigadores.

O ex-ajudante de ordens pode desmentir versões e implicar o ex-chefe. O que se sabe até agora é que havia, no núcleo próximo de Bolsonaro, quase uma disputa por quem seria o maior “resolvedor de problemas”. Wassef adorava disputar o título, e mergulhou, dizem fontes, na tentativa de corrigir problemas no caso das joias. Acontece que, assim como no caso de Fabrício Queiroz, amigo da família e denunciado por promotores fluminenses por operar um esquema de lavagem de dinheiro para Flávio Bolsonaro, Wassef acabou flagrado fazendo, supostamente, coisa errada.

Cid chegou ao gabinete do ministro com uma proposta de delação premiada. O advogado do militar, Cezar Bitencourt, também teria participado da audiência. A aceitação da proposta de delação pela PF foi antecipada pela Globo News e confirmada pelo Metrópoles nesta quinta-feira (7/9). Agora, cabe a Moraes analisar o caso.

Fontes que acompanham a investigação disseram ao Metrópoles que a expectativa é a de que, com tamanha proximidade com o ex-presidente e por sua boa formação acadêmica, Cid tenha a capacidade de explorar eventos com profundidade e apresentar provas com detalhamento.

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