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Esquema de Flávio Bolsonaro, Arthur Lira e Ciro Nogueira em transporte de vacinas é denunciado por Luis Miranda

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) encaminhou à CPI da Covid uma denúncia sobre um contrato para o transporte de vacinas com a empresa VTCLog. Entre os principais alvos das novas revelações estão o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). A informação foi publicada pela Revista Crusoé e reproduzida pelo site O Antagonista.

De acordo com as informações encaminhadas à CPI, o dono da VTCLog, Carlos Alberto de Sá, conhecido como Carlinhos, pediu a ajuda de um amigo chamado Flávio Loureiro de Souza, que é próximo de Lira, Ciro e Flávio Bolsonaro. O objetivo era solucionar o impasse dentro do Ministério da Saúde.

A pressão política envolvendo o contrato teve início porque a gestão de Eduardo Pazuello na pasta da Saúde não queria atender aos pedidos de reajuste contratual feitos pela empresa e ameaçava rescindir o contrato. Atualmente, o general é investigado pela CPI.

O deputado Luis Miranda denunciou publicamente um esquema de irregularidades na importação de vacinas pelo governo Jair Bolsonaro. O parlamentar disse que o seu irmão Luís Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística da pasta da Saúde, sofria pressão dentro da pasta para agilizar a aquisição da vacina indiana Covaxin.

A compra do imunizante foi a única para a qual houve um intermediário e sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa. O preço da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante.

Nessa quinta-feira (15), Cristiano Carvalho, vendedor da empresa Davati Medical Supply no Brasil, confirmou que houve pedido de propina para as negociações envolvendo doses da vacina Astrazeneca.

Em depoimento à CPI da Covid, no último dia 1, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati, confirmou que, segundo tratativas com o governo federal, US$ 3,50 era o valor da dose na primeira negociação sem propina. O militar afirmou que a propina só viria com um US$ 1 dólar por dose a pedido de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde.

*Com informações do 247

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Rejeitado, a exemplo de outras legendas, PP resiste a dar abrigo a Bolsonaro

Líder do partido, que priorizará as eleições para Câmara e Senado em 2022, Ciro Nogueira trabalha para que o presidente volte ao PSL.

De acordo com matéria de O Globo, ao contrário do que planejara, o presidente Jair Bolsonaro chega ao último dia do mês de maio sem definir em qual partido ingressará para as eleições do ano que vem. Embora tenha dito no último dia 20, em visita ao Piauí, que estava de “namoro” com o PP, repete-se no partido a mesma resistência que a família presidencial vem encontrando em outras siglas com as quais conversou nos últimos meses.

Diante da entrada de Lula na disputa ao Planalto em 2022, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), passaram a defender, em conversas com Bolsonaro, que ele deveria abandonar o discurso de se filiar a um partido pequeno, como o Patriota ou o Partido da Mulher Brasileira (agora Brasil 35). No entanto, ainda que já tenham dito publicamente que o presidente seria bem-vindo no PP, os dois parlamentares trabalham para colocá-lo no PSL de Luciano Bivar, que tem a maior bancada na Câmara.

A interlocutores, Nogueira e Lira explicaram as razões para preferir Bolsonaro em outro partido. No PP, a prioridade do uso do dinheiro dos fundos eleitoral e partidário estará nas eleições para Câmara e Senado, e não em disputas majoritárias. Foi esse o motivo que fez o governador do Rio, Cláudio Castro (PL-RJ), não ir para o PP — Nogueira deixou claro em uma conversa no início do mês que não pretendia investir em corridas estaduais.

Mas ter Bolsonaro filiado não implicaria necessariamente em ter mais deputados e senadores eleitos em 2022? Lira e Ciro Nogueira acreditam que sim, mas a questão é o perfil dos parlamentares que podem ser eleitos. Para os dois, o PP tem como marca a unidade da bancada, com um alinhamento em mais de 90% das votações. Esse é um ativo que a legenda sempre carregou, enquanto apoiava os governos de Fernando Henrique, Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer. Porém, avaliam os líderes do PP, os bolsonaristas costumam desobedecer orientações de cúpulas partidárias, o que fere essa premissa.

O PP quer nas suas fileiras quadros como o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), ou a ministra da Agricultura, Teresa Cristina (DEM-MS).

Apesar da resistência em oferecer a legenda para Bolsonaro, Lira e Ciro Nogueira têm dito que o apoio ao presidente em 2022 está garantido. Porém, avaliam, tornar-se o partido bolsonarista implicaria levar a sigla para um isolamento considerável, caso Lula ou qualquer outro candidato vençam a disputa ao Planalto. Isso sem contar o peso de acordos políticos locais. O PP apoia governos de esquerda no Nordeste, como o de Rui Costa (PT), na Bahia; Paulo Câmara (PSB), em Pernambuco; e Flavio Dino (PCdoB), no Maranhão.

Em conversa recente com Lira, Bolsonaro expôs as dificuldades que enfrenta para voltar ao PSL, partido pelo qual se elegeu em 2018. E tratou especificamente de um problema que enfrenta na Paraíba. O deputado federal Julian Lemos, ex-coordenador da campanha presidencial de 2018 no Nordeste, segue no comando regional. Lemos rompeu de forma definitiva com a família Bolsonaro, na avaliação do próprio presidente, após chamar o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) de “poodle” e “Carluxa”.

O atípico enredo de um presidente da República com dificuldades de conseguir uma sigla para se filiar vem tendo novos capítulos desde que Bolsonaro percebeu que o partido que se propôs a criar, o Aliança pelo Brasil, não sairia do papel. Por exigir ter o controle das finanças de um partido, abriu conversas com partidos pequenos, mas até mesmo entre eles encontrou resistência para fazer tudo o que gostaria.

O caso do Patriota é o mais emblemático. Embora o presidente Adilson Barroso diga que a sigla está de portas abertas, sua péssima relação com outros dois grupos da legenda (liderados pelo deputado federal Fred Costa, de Minas Gerais, e Ovasco Resende, presidente do diretório de São Paulo) impedem que Bolsonaro tenha a garantia de que controlará os 27 diretórios espalhados pelo país.

Atualmente, quem dá mais sinais de disposição de abraçar o bolsonarismo é o presidente do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, condenado pelo STF no escândalo do mensalão. Jefferson tem filiado expoentes da direita como o deputado federal Daniel Silveira e o blogueiro Oswaldo Eustáquio, presos respectivamente por ameaçar ministros do Supremo e pregar a intervenção militar.

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Tratoraço: Os mandachuvas do bolsolão

Nove parlamentares se destacam no comando de superintendências e diretorias da empresa turbinada no governo Bolsonaro.

Segundo matéria de Breno Pires, publicada no Estadão, sob a guarda do presidente Jair Bolsonaro, nove parlamentares detêm “feudos” na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). Aliados do Palácio do Planalto, esses deputados e senadores são padrinhos dos nomes responsáveis por executar o orçamento da estatal, elevado a R$ 2,73 bilhões neste ano, com as emendas no Congresso.

O clube dos mandachuvas tem ingerência sobre os superintendentes regionais e diretores da Codevasf, que decidem a realização de obras e a doação de máquinas para redutos eleitorais. A influência política, demonstrada a cada entrega feita pela estatal, alimenta os planos eleitorais dos parlamentares, e também de seus apadrinhados, muitos deles envolvidos em denúncias de corrupção.

Os congressistas tiveram o aval do Ministério do Desenvolvimento Regional e da Secretaria de Governo da Presidência para indicar um total de R$ 459 milhões em repasses à Codevasf em dezembro do ano passado. A soma faz parte do pacote de R$ 3 bilhões que o governo distribuiu para atender deputados e senadores. A negociação do Planalto ocorreu sob a promessa de apoio para eleger Arthur Lira (Progressistas-AL) à presidência da Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) ao comando do Senado, em fevereiro deste ano, como revelou o Estadão.

No topo da lista dos deputados que mais indicaram compras e obras por meio da Codevasf, em 2020, estão aliados influentes do Planalto – o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco (R$ 125 milhões); o deputado Arthur Lira (R$ 70 milhões) e o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Progressistas (R$ 50 milhões).

Na Bahia, único Estado com duas superintendências regionais da estatal, o deputado Arthur Maia (DEM), ex-prefeito de Bom Jesus da Lapa, ainda possui influência. Ele mantém Harley Xavier Nascimento como titular da 2ª Superintendência Regional. O deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), por sua vez, foi quem indicou o diretor-presidente da Codevasf, Marcelo Moreira, empossado em agosto de 2019. Em 31 de março passado, emplacou também José Anselmo Moreira Bispo como titular da 6ª Superintendência Regional, sediada em Juazeiro (BA). Antes, o cargo era ocupado por Elmo Nascimento, irmão do deputado.

Do outro lado do Rio São Francisco, a 3ª Superintendência, em Petrolina (PE), tem no comando um ex-assessor parlamentar do senador Fernando Bezerra Coelho. O superintendente, Aurivalter Cordeiro, e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), filho do líder do governo no Senado, assinaram em janeiro dois convênios no valor de R$ 46 milhões para pavimentação na cidade.

Cordeiro é alvo de um pedido de afastamento do cargo, apresentado pelo Ministério Público Federal de Pernambuco, em uma ação que apontou irregularidades em convênio da Codevasf com o município de Cabrobó (PE). Na época dos fatos, ele não estava na estatal, mas, como representante empresarial, teria atuado no direcionamento de uma licitação, por meio da combinação de preços entre empresas. Segundo o Ministério Público Federal, Cordeiro obstruiu a investigação após assumir a 3ª Superintendência, deixando de atender à requisição de informações. A Justiça Federal em Pernambuco ainda não julgou o caso.

Mais próxima à foz do São Francisco, a 5ª Superintendência Regional, em Penedo (AL), era chefiada até o ano passado por um apadrinhado de Arthur Lira. Agora, quem dá as cartas é um primo do presidente da Câmara. Ex-prefeito de Teotônio Vilela (AL), Joãozinho Pereira assumiu a superintendência no início de abril.

No dia 9, Pereira já entregou caminhões pipas e retroescavadeiras em Arapiraca, ao lado de Lira. “É preciso exaltar a importância do deputado federal e presidente da Câmara, Arthur Lira, que não abre mão de desenvolver projetos que ajudem o alagoano de baixa renda a ter uma melhor qualidade de vida”, disse Pereira, diante do primo. Lira indicou ainda um dos diretores da Codevasf, Napoleão Casado, da Área de Gestão dos Empreendimentos de Irrigação.

Quem também tem apadrinhados tanto na sede do órgão quanto no domicílio eleitoral é o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI). Presidente do Progressistas, Nogueira indicou o titular da 7ª Superintendência Regional, em Teresina, Inaldo Pereira Guerra Neto, e o diretor da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas, Davidson Tolentino.

Acordos

Quatro séculos depois da instalação das capitanias hereditárias, entregues pelo rei Dom João III a nobres portugueses, o modelo administrativo da Codevasf tem chefes ligados a líderes parlamentares que dão sustentação a Bolsonaro. A continuidade nos cargos, no entanto, depende agora da manutenção dos acordos políticos.

O deputado Hildo Rocha (MDB-MA), único integrante do clube que se colocou contra a eleição de Lira à presidência da Câmara, amargou a demissão de seu indicado, Jones Braga, da 8ª Superintendência Regional, em São Luís. Rocha apoiou Baleia Rossi (MDB-SP), que perdeu a disputa.

A retaliação não tardou. Celso Dias, afilhado político do líder do PSC na Câmara, Aluísio Mendes (MA), entrou no lugar do apadrinhado de Rocha. O Estadão apurou que a troca contou com o apoio de Lira.

A exemplo de Aluísio Mendes, outros parlamentares entraram no clube da Codevasf. O senador Carlos Viana (PSD-MG), vice-líder do governo no Senado, apadrinhou o superintendente da 1ª regional, em Montes Claros, Marco Antônio Graça Câmara, conhecido como Marcão. No “planilhão” de R$ 3 bilhões, Viana indicou R$ 32 milhões para a superintendência.Líder do governo no Congresso, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO) destinou R$ 85 milhões para ações da Codevasf em seu Estado, onde a empresa ainda está se estabelecendo. Valor semelhante, R$ 81 milhões, foi transferido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional para a nova representação da Codevasf no Amapá. Tanto Palmas como Macapá se tornarão, em breve, sede de Superintendências Regionais. Os futuros chefes ainda não são conhecidos, mas quem vai indicar, sim.

‘Mandachuvas’

Os parlamentares e seus indicados para ocupar as superintendências da Codevasf.

Montes Claros (MG)

Carlos Viana (PSD), senador

Indicado: Marco Antônio Graça Câmara

Bom Jesus da Lapa (BA)

Arthur Oliveira Maia (DEM), deputado

Indicado: Harley Xavier Nascimento

Petrolina (PE)

Fernando Bezerra Coelho (MDB), senador

Indicado: Aurivalter Cordeiro

Penedo (AL)

Arthur Lira (Progressistas), deputado

Indicado: Joãozinho Pereira

Juazeiro (BA)

Elmar Nascimento (DEM), deputado

Indicado: José Anselmo Moreira Bispo

Teresina (PI)

Ciro Nogueira (Progressistas), senador

Indicado: Inaldo Pereira Guerra Neto

São Luís (MA)

Aluísio Mendes (PSC), deputado

Indicado: Celso Dias

Palmas (TO)*

Eduardo Gomes (MDB), senador

Macapá (AP)*

Davi Alcolumbre (DEM), senador

*SUPERINTENDÊNCIAS A SEREM CRIADAS

*Estadão

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Com o dinheiro superfaturado da boiada do tratoraço, Bolsonaro compraria 50 milhões de vacinas

Enquanto se sabe que Bolsonaro montou esquema que destina verba de R$ 3 bilhões em emendas para sua base, e que parte dela comprou tratores com preço até 259% acima do valor real, imediatamente faz-se um paralelo com a quantidade de vacinas que poderia ser comprada e, consequentemente quantas vidas poderiam ser salvas, pois essa montanha de dinheiro daria para comprar 50 milhões de doses de vacinas.

Isso também explica a fidelidade canina a Bolsonaro do senador Ciro Nogueira (PP) na CPI da Covid. O senador é um dos mais destacados comandantes da tropa de choque de Bolsonaro na Comissão.

Por isso mesmo Ciro Nogueira recebeu R$ 135 milhões para distribuir com sua base. Já o senador Fernando Bezerra, que também é da alta patente da tropa de choque de Bolsonaro na CPI, recebeu a bagatela de R$ 125 milhões e ninguém menos que Arthur Lira, presidente da Câmara, o homem que pode colocar na mesa o pedido de impeachment de Bolsonaro, levou a mixaria de R$ 114 milhões.

Lembrando aqui que Ciro Nogueira, na semana passada, garantiu a banqueiros e empresários ligados a Bolsonaro, que a CPI não daria em nada, mesmo que se provasse um bonde de crimes de responsabilidade de Bolsonaro e que Lira mataria todos os pedidos de impeachment no peito.

Somente essas três figuras já explicam como Bolsonaro se sustenta no poder, mesmo depois de suas ações, ou a falta delas, resultarem na morte de mais de 420 mil brasileiros por covid.

Na verdade, os dois senadores, Fernando Bezerra e Ciro Nogueira, não têm condição moral para seguirem participando da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura as graves irregularidades de Bolsonaro na pandemia.

Arthur Lira deveria renunciar à presidência da casa, pois Bolsonaro já comprou sua defesa intransigente contra qualquer pedido de impeachment. Detalhe, Bolsonaro já é o recordista mundial de pedidos de impeachment.

Esse escândalo só coloca mais lenha na fogueira da CPI, porque com R$ 3 bilhões o Brasil já teria vacinado 50 milhões de pessoas com a primeira dose ou 25 milhões com as duas doses.

Agora é esperar para saber como essa bomba vai cair no Senado na próxima terça-feira.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Orçamento secreto bilionário de Bolsonaro banca trator superfaturado em troca de apoio no Congresso

Esquema do governo destina R$ 3 bilhões em emendas para auxiliar base no Congresso; parte delas é gasta para compra de tratores com preços até 259% acima dos valores de referência.

Segundo matéria de Breno Pires, publicada no Estadão, um esquema montado pelo presidente Jair Bolsonaro, no final do ano passado, para aumentar sua base de apoio no Congresso criou um orçamento paralelo de R$ 3 bilhões em emendas, boa parte delas destinada à compra de tratores e equipamentos agrícolas por preços até 259% acima dos valores de referência fixados pelo governo.

O flagrante do manejo sem controle de dinheiro público aparece num conjunto de 101 ofícios enviados por deputados e senadores ao Ministério do Desenvolvimento Regional e órgãos vinculados para indicar como eles preferiam usar os recursos.

O detalhe é que, oficialmente, o próprio Bolsonaro vetou a tentativa do Congresso de impor o destino de um novo tipo de emenda (chamada RP9), criado no seu governo, por “contrariar o interesse público” e estimular o “personalismo”. Foi exatamente isso o que ele passou a ignorar após seu casamento com o Centrão.

Os ofícios, obtidos pelo Estadão ao longo dos últimos três meses, mostram que esse esquema também atropela leis orçamentárias, pois são os ministros que deveriam definir onde aplicar os recursos. Mais do que isso, dificulta o controle do Tribunal de Contas da União (TCU) e da sociedade. Os acordos para direcionar o dinheiro não são públicos, e a distribuição dos valores não é equânime entre os congressistas, atendendo a critérios eleitorais. Só ganha quem apoia o governo.

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), por exemplo, determinou a aplicação de R$ 277 milhões de verbas públicas só do Ministério do Desenvolvimento Regional, assumindo a função do ministro Rogério Marinho. Ele precisaria de 34 anos no Senado para conseguir indicar esse montante por meio da tradicional emenda parlamentar individual, que garante a cada congressista direcionar livremente R$ 8 milhões ao ano.

Ex-presidente do Senado, Alcolumbre destinou R$ 81 milhões apenas à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a estatal que controla, ao lado de outros políticos.

Um caso emblemático é o do deputado Lúcio Mosquini (MDB-RO). O governo aceitou pagar R$ 359 mil num trator que, pelas regras normais, somente liberaria R$ 100 mil dos cofres públicos. No total, o deputado direcionou R$ 8 milhões.

Há situações até em que parlamentares enviaram milhões para compra de máquinas agrícolas para uma cidade a cerca de dois mil quilômetros de seus redutos eleitorais. É o caso dos deputados do Solidariedade Ottaci Nascimento (RR) e Bosco Saraiva (AM). Eles direcionaram R$ 4 milhões para Padre Bernardo (GO). Se a tabela do governo fosse considerada, a compra sairia por R$ 2,8 milhões. À reportagem, Saraiva disse que atendeu a um pedido de Nascimento, seu colega de partido. Por sua vez, Nascimento afirmou ter aceito um pedido do líder da legenda na Câmara, Lucas Vergílio (GO).

Planilha secreta do governo obtida pelo Estadão revela que Alcolumbre também destinou R$ 10 milhões para obras e compras fora do seu Estado. Dois tratores vão para cidades no Paraná, a 2,6 mil quilômetros do Amapá. Sem questionar, o governo concordou em comprar as máquinas por R$ 500 mil, quando pelo preço de referência sairiam por R$ 200 mil.

As máquinas são destinadas a prefeituras para auxiliar nas obras em estradas nas áreas rurais e vias urbanas e também nos projetos de cooperativas da agricultura familiar. Os políticos costumam promover festas de entrega dos equipamentos, o que lhes garante encontros e fotos com potenciais eleitores em ano pré-eleitoral.

Ao serem entrevistados, deputados e senadores negavam o direcionamento dos recursos ou se recusavam a prestar informações. Confrontados com ofícios assinados por eles e a planilha do governo, acabaram por admitir seus atos.
‘Minha cota’ e ‘fui contemplado’: os termos nos ofícios dos parlamentares

O deputado Vicentinho Junior (PL-TO) escreveu à Codevasf que havia sido “contemplado” com o valor de R$ 600 mil para compra de máquinas. “Dificilmente esse ofício foi redigido no meu gabinete, porque essa linguagem aí, tão coloquial, eu não uso”, disse.

Somente após o Estadão encaminhar o documento, Vicentinho Junior admitiu a autoria, mas minimizou a expressão “contemplado” ali utilizada. “Às vezes, uma colocação nesse sentido nada mais é do que ser simpático”, resumiu.

“Minha cota”, “fui contemplado” e “recursos a mim reservados” eram termos frequentes nos ofícios dos parlamentares. Foi dessa última forma que a deputada e atual ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF), se dirigiu à Codevasf para definir o destino de R$ 5 milhões. “Não me lembro. Codevasf?”, perguntou ao Estadão.

Ao ler o documento, Flávia desconversou: “É tanta coisa que a gente faz que não sei exatamente do que se trata”. Nem tudo, porém, é registrado. O senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) admitiu que “ditou” para o ministro Marinho onde R$ 7 milhões deveriam ser aplicados.

Na prática, a origem do novo esquema está no discurso de Bolsonaro de não distribuir cargos, sob o argumento de não lotear o primeiro escalão do governo. De um jeito ou de outro, a moeda de troca se deu por meio da transferência do controle de bilhões de reais do orçamento ao Congresso. Tudo a portas fechadas, longe do olhar dos eleitores.

https://twitter.com/Estadao/status/1391357504429375491?s=20

*Originalmente publicado no Estadão

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Em desespero de quem está com a cabeça a prêmio, Bolsonaro bate o martelo do leilão da Cedae implorando que o mercado o salve

O sorriso de Renata Vasconcellos, do Jornal Nacional, comemorando a entrega de grande parte da Cedae para fundos de investimento que compraram parte da Companhia de Água e Esgoto do Rio de Janeiro, que terão financiamento do BNDES, mostram que o patrimonialismo brasileiro sempre foi e sempre será a marca principal do pensamento das camadas ricas da sociedade no que se refere à ideia do bom burguês, como disse Mário de Andrade e muito bem definida por Sergio Buarque sobre o brasileiro cordial.

Bolsonaro correr para o leilão para bater o martelo de mais um pedaço do desmonte do Estado para servir à ganância do mercado, foi uma festa para a Globo. Mas não deixou de revelar o desespero de quem, segundo um dos seus principais aliados na CPI da Covid, o senador Ciro Nogueira, que disse que, para não ser degolado, Bolsonaro dependia apenas da caneta Bic de Arthur Lira. Imagina isso!

Como é que se deita a cabeça no travesseiro sabendo disso, que você pode dormir presidente e acordar presidiário. Sim, porque todos sabem que o impeachment de Bolsonaro significa bem mais do que a sua cassação, significa que ele perderá o poder de controle das instituições e terá que responder pelas acusações das formas mais variadas que pesam sobre seus ombros e de seus familiares.

Talvez as pessoas possam ter esquecido de que, se o Jair é o homem da casa de vidro, Lira também tem telhado de cristal, e se a justiça der uma ciscada para que o protetor de Bolsonaro entregue logo a rapadura, não há dúvidas, entre a sua cabeça e a de Bolsonaro, ele entregará imediatamente a do presidente da República.

Na verdade, ontem, Bolsonaro deu resposta à matéria de hoje publicada no jornal francês Le Monde que indaga, por que depois das atrocidades cometidas por Bolsonaro durante a pandemia que já matou mais de 400 mil brasileiros, ele ainda está na presidência e conta com um suposto apoio de 25% a 30% da população?

A resposta é simples e foi dada pelo próprio Bolsonaro, indo pessoalmente ao leilão da Cedae dar satisfação ao mercado e a própria confissão de Ciro Nogueira no encontro que teve com banqueiros e empresários e, de joelhos, pedindo apoio para o governo, para que o impeachment não dê em nada por pior que sejam as acusações e provas que desabarão sobre a cabeça do moribundo.

Os atos desesperados de bolsonaristas teleguiados pelo gabinete do ódio, que acontecem hoje, 1º de maio, pedindo intervenção militar, sublinham em vermelho que Bolsonaro está sentindo um cheiro forte e cada vez mais ardido de sua queda.

Para piorar, a fumaça que ganha cada vez mais tamanho e intensidade de que Mourão não só está pronto para entrar em campo, como já está esfregando as mãos, já virou realidade, como fogo que ajuda a elevar a temperatura da panela de pressão contra Bolsonaro capaz de lhe cozinhar em tempo recorde para ser devorado num banquete neoliberal com figuras mais palatáveis à sociedade, mas tão submissas ao mercado quanto o governo que aí está.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Ciro Nogueira comemora pizza na CPI e diz que Arthur Lira não colocará impeachment em votação

Mônica Bergamo: CPI não vai dar em nada para Bolsonaro, diz senador Ciro Nogueira (PP-PI) em encontro reservado com banqueiros.

Pelo que diz a matéria de Mônica Bergamo, publicada na Folha, Ciro Nogueira faz essa afirmação com um desprezo nojento às 400 mil mortes de brasileiros por covid, sem defender a inocência de Bolsonaro. Ao contrário, ele tem certeza da culpa dele por essa situação trágica porque passa o Brasil, mas também tem certeza da impunidade, porque, segundo ele, Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, não encaminhará o pedido de impeachment, porque tanto Nogueira quanto Lira são cúmplices da política genocida promovida pelo governo Bolsonaro.

Certamente, a afirmação de Ciro Nogueira de que Arthur Lira é o garante de Bolsonaro e que nada passará sem seu crivo, está no fato de que se absteve por completo de qualquer sentimento humano com as 400 mil vidas perdidas, sem falar de um número sem fim de sequelados pela covid e seu sofrimento somado aos de familiares e amigos.

A festa que Ciro está fazendo pela pizza, que ele afirma que Lira vai garantir, certamente está no número de benefícios pessoais que os defensores da política genocida que os apoiadores terão com a lealdade com quem produziu esse morticínio.

De acordo com Bergamo, Ciro Nogueira foi didático: “ainda que o relatório de Renan Calheiros seja aprovado, nada acontecerá, muito menos o impeachment. Por motivo simples: o presidente da Câmara do Deputados, Arthur Lira, não deixará nenhum pedido de afastamento de Bolsonaro ser discutido”, funcionando como uma sólida barreira.

Ou seja, o senador não teve qualquer preocupação de defender um governo indefensável, o que ele deixou claro é que Arthur Lira vai garantir a impunidade, mesmo que a CPI revele e prove uma lista sem tamanho de crimes cometidos contra a vida do povo brasileiro que já deixou um rastro que coloca o Brasil na trágica marca de segunda maior nação de vítimas fatais por covid.

Isso é um escracho com o parlamento, mas acima de tudo, com a sociedade brasileira.

Não se sabe qual foi a reação dos banqueiros e empresários presentes no encontro reservado com Ciro Nogueira, porque, se não ficaram indignados com essa declaração canalha, são iguais ou piores que essa escumalha bolsonarista.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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