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Bolsonaro usa a Secom para convocação de manifestação contra o STF e Congresso, mas diz que não é

Bolsonaro usa a Secom (Secretaria de Comunicação), ou seja, aparelho do Estado, para convocação de manifestação contra o STF e Congresso, mas diz que não é.

Serão atos de apoio a Bolsonaro, mas também são levantadas bandeiras contra o Congresso e o STF. O presidente defendeu as manifestações, chamando-as de “espontâneas” e “movimento pró-Brasil”, numa clara afronta de Bolsonaro, presidente da República, aos poderes legislativo e judiciário.

Não existe outra interpretação a ser feita. Algo de muito sério está para estourar contra o clã Bolsonaro e os caminhos podem ser pela CPMI das fake news, que pode derrubar o seu governo, já que Bolsonaro colocou em xeque a própria eleição e, consequentemente, o TSE.

A mesma receita foi usada quando Adriano da Nóbrega foi morto na Bahia, e Bolsonaro perguntou quem matou Adriano, quando, na verdade todos sabem quem tinha interesse em sua morte como queima de arquivo, já que o miliciano era ligado a Flávio Bolsonaro.

Lembrando que Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz serão julgados por um júri popular nos próximos dias.

Essa manifestação tem uma montanha de fatos escondidos por baixo do real motivo desse enfrentamento aparentemente gratuito, o que, na verdade, é que nesse regime de mentiras permanentes, o subsolo dessa montanha deve estar podre.

O que Bolsonaro quer é transformar o gado numa energia mecânica contra o que está para jorrar das toneladas de sujeira que o vulcão está prestes a cuspir numa enorme erupção.

 

*Da redação

 

 

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Só aparelho de mordaça pode conter Bolsonaro, diz Marco Aurélio Mello

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, reagiu aos últimos comentários agressivos de Jair Bolsonaro contra o presidente da OAB; o ministro defende que “só um aparelho de mordaça” pode conter Bolsonaro e ainda questiona: “Tempos estranhos. Aonde vamos parar?”

Ao ser perguntado sobre o que achou da fala do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) a respeito do desaparecimento de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse, nesta terça-feira (30) ao blog de Tales Faria, no UOL: “No mais, apenas criando um aparelho de mordaça”.

Um outro ministro do STF ouvido pelo blog sob a condição de anonimato argumentou:

“O pior de tudo é o mau exemplo, a associação do sucesso político ou qualquer outro à incivilidade e à grosseria. Por outro lado, acho que pode ser um marco de como as pessoas não devem ser. A repugnância tem sido geral.”

O documento secreto RPB 655, elaborado pelo Comando Costeiro da Aeronáutica, mostra que Jair Bolsonaro mentiu, ao dizer, nesta segunda-feira, que Fernando Santa Cruz foi morto por militantes de esquerda. O relatório militar comprova que o pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, foi preso pelo regime em 22 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro.

Há outros relatos que desmentem a versão de Bolsonaro para o fato. No livro “Memórias de uma Guerra Suja”, o escritor Marcelo Netto, ex-marido da jornalista Miriam Leitão, é descrito que Fernando foi morto, em 1974, pelos militares, em um local que ficou conhecido como “Casa da Morte”. O imóvel ficava na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro.

O maior erro

Para o editor da Fórum, Renato Rovai, o ataque de Bolsonaro ao presidente da OAB foi o seu maior erro político até o momento. Rovai considera que ele ultrapassou alguns limites que podem começar a construir uma frente mais ampla pelo seu impeachment.

Um presidente começa a cair no Brasil quando perde, além da maioria no Congresso, também o apoio de algumas instituições. As principais: CNBB, OAB e ABI, que, mesmo bem menor, expressa um valor fundamental, a liberdade de imprensa.

 

*Com informações da Forum

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Bolsonaro Vai Renunciar

Tivemos uma manifestação de apoio ao governo fortemente divulgada por todos os meios de comunicação. A ideia de estimular ou desestimular a manifestação de maneira oficial é irrelevante. Tanto a direita como a esquerda fez com que a nação soubesse do movimento.

O resultado foi como o previsto, ou seja, extremamente discreto para um governo que não tem nem 6 meses de vida. A conclusão está posta: o projeto neoliberal é refutado pela esmagadora maioria da população.

Não há nenhum setor produtivo que apoia esse governo, pois a rigor ele existe para destruir esse mesmo setor. Incrivelmente Bolsonaro conseguiu a proeza de colocar no mesmo bloco opositor a ele trabalhadores e empresários.

Ao ver seu capital político esvaziar em progressão geométrica, Bolsonaro agora tenta estancar sua própria sangria fazendo coro contra a “velha política”, contra o Congresso, contra o STF, contra a democracia e contra o próprio vice-presidente.

Em suma, fortalece as próprias muralhas que o impediram de governar até então. E assim o faz porque justamente não pretende mais governar. Seu intuito é renunciar e sair como o herói dos seus bovinos seguidores.

Dessa forma, Bolsonaro não quer apenas manter seu patrimônio político, mas também intenta apagar todos os focos de incêndio que estão rapidamente tomando a sala de sua casa. O caso Queiroz, o assassinato da vereadora Marielle e seu envolvimento com as milícias desembocam no mesmo rio sujo de uma família que é a mais perfeita representação política do lumping proletariado.

A sua renúncia está pronta. Basta saber quando será o momento de apresentá-la. A ideia é um desembarque antes do dia 15 de junho, após a virada de mais um mês de ingovernabilidade e recessão.

Não haverá nenhum golpe de Estado e nenhuma pirotecnia janista. O temor de uma esquerda nostálgica não tem fundamentos. Milhões de brasileiros tomarão as ruas no dia 30, em resposta a essa camarilha fascista e ignóbil. Assistiremos a uma manifestação como nunca houve em nossa história.

A renúncia de Bolsonaro será uma grande vitória das forças sociais e produtivas. Vai frear o descalabro neoliberal, a ingerência norte-americana e vai restaurar o diálogo com os setores mais progressistas do país.

Pouco importa se os setores mais reacionários tentarem ainda fazer manobras exóticas para impedir esse processo de derrota neoliberal. As resistências se assemelharão a um corpo se contorcendo enquanto está em queda livre.

Lógico que sempre existe a possibilidade de Bolsonaro não renunciar e esgotar todo o seu capital político ao ponto de se tornar em um personagem execrado e odiado por toda a nação.

Nesse caso as soluções serão mais dramáticas ao ponto de lembrarmos dos tempos da Revolução Francesa. Uma saída tão poética como essa seria impossível… nada humaniza mais um Messias do que uma guilhotina…

 

 

 

 

*Por Carlos D’Incao – Historiador/247