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Planalto faz treinamento com Pazuello para a CPI da Covid

Ex-ministro da Saúde, que prestará depoimento na próxima quarta-feira, passou o sábado em reunião com assessores palacianos.

Às vésperas de prestar depoimento na CPI da Covid, o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, participou neste final de semana de uma reunião reservada dentro do Palácio do Planalto com assessores do governo federal. Fora da agenda pública, o encontro ocorreu no sábado e tinha como objetivo treinar o militar para participar na próxima quarta-feira da comissão parlamentar de inquérito no Senado. Essa preparação faz parte de uma estratégia do governo para defender suas ações na pandemia e blindar o presidente Jair Bolsonaro.

No Planalto, há uma preocupação sobre o desempenho do ex-ministro da Saúde na CPI. Assessores palacianos estão preparando Pazuello para que consiga ser preciso nas respostas, evite o embate com senadores da oposição e não se atrapalhe diante da pressão de parlamentares experientes. Além de ser treinado para falar em público, o general tem recebido um vasto material que será utilizado para defender a sua gestão na crise da pandemia e provar que não foi omisso.

Após deixar o ministério da Saúde, Pazuello passou a ser tutelado pelo governo, foi transferido para um cargo administrativo em Brasília e está cotado para assumir um posto na Secretaria-Geral da Presidência. Recentemente, o militar realizou duas viagens ao lado de Bolsonaro e passou a despachar com frequência no Planalto. Sob pressão, o general está na mira da CPI e já foi alvo de uma ação por improbidade administrativa do Ministério Público Federal pelo colapso de oxigênio em hospitais de Manaus. Também é investigado pela Polícia Federal por possíveis crimes nesse caso de Manaus.

A operação para preparar Pazuello para enfrentar a CPI da Covid é coordenada pela Casa Civil, sob o comando do general da reserva Luiz Eduardo Ramos. Foi instaurado um comitê com integrantes de diferentes ministérios para levantar documentos e trocar informações estratégicas. Esse grupo de trabalho conta com a ajuda do coronel Élcio Franco, ex-secretário executivo do ministério da Saúde e nomeado no dia 23 de abril como assessor especial da Casa Civil. Segundo auxiliares palacianos, o militar está dedicado a compilar dados e preparar respostas para abastecer representantes do governo convocados pela comissão parlamentar.

Durante o trabalho desse comitê, no dia 21 de abril, a Casa Civil enviou um e-mail a 13 ministérios com um documento em que listava 23 “acusações” esperadas pelo governo na CPI da Covid. O intuito era solicitar subsídios para rebater os questionamentos de senadores da comissão parlamentar, apresentando relatórios das ações do governo no combate à pandemia. Mas o vazamento dessa investida, revelada pelo portal UOL e confirmada pelo O GLOBO, expôs o Planalto — e ajudou a municiar parlamentares da oposição.

Pazuello foi procurado neste domingo para comentar, mas não respondeu aos contatos feitos pela reportagem.

*Com informações de O Globo

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A CPI terá que dar conta de uma pergunta ainda ausente de resposta: Por que Bolsonaro é negacionista?

Mesmo Trump que inspirou o negacionismo de Bolsonaro, teve limite e um limite naquilo em que Bolsonaro cometeu de mais grave, ignorar a vacinação.

Trump investiu toneladas de recursos públicos para a descoberta e compra de vacinas. Bolsonaro não fez nem uma coisa, nem outra, mesmo com a oportunidade que teve, ainda em meados de 2020, de comprar 70 milhões de doses da vacina da Pfizer. Soma-se a isso seus ataques à vacina Coronavac, a qual ele chamava de vachina, assim como seus seguidores mais piegas.

Os motivos por ele apresentados só fazem sentido para quem não raciocina, o que por si só já seria suficiente para a CPI resultar numa ação mais efetiva.

Na verdade, essa é a resposta mais coerente. O sujeito não age como uma pessoa normal, tem verdadeira atração pela morte, como muitos já aventaram essa possibilidade como algo concreto e definitivo.

Sinceramente, confesso que cada vez mais associo-me a eles. A impressão que Bolsonaro passa não é de normalidade e com históricos explícitos desde quando estava nas Forças Armadas de alguém que jamais poderia assumir qualquer posto de comando, principalmente o de um país.

Soma-se a isso as mais de 400 mil vítimas fatais pela covid e pelos motivos que levaram essa tragédia a se avolumar no Brasil, a ponto de assombrar o planeta. Isso dá a dimensão do estrago monstruoso que uma pessoa sem a menor condição pode produzir quando está num comando estratégico.

Por isso, a meu ver, a CPI não pode abrir mão de colher depoimentos e análises de psicólogos, psiquiatras para avaliar o comportamento doentio de Bolsonaro, porque os fatos falam por si.

Na realidade, Bolsonaro fala pelos fatos em lives, em declarações na imprensa, registradas em áudio e vídeo, revelando que, neste caso, estamos diante de um fato extraordinário, porque como já dissemos aqui, ele negou toda a qualquer possibilidade de prevenção contra a covid sem um mínimo de sentido lógico para um ser humano comum, o que nos leva a crer que seu caso, além de crime de responsabilidade com múltiplas formas de ação, os motivos mais frios, cruéis, desumanos e perversos na sua relação com cada um dos brasileiros que não são parte de sua família.

Bolsonaro jamais mostrou em um olhar, expressão, comportamento ou gesto qualquer empatia com as vítimas fatais e com os que ainda amargam sequelas graves da covid, além dos familiares que sofrem com a perda de seus entes queridos.

Por isso é fundamental esse arremate na CPI para que o país nunca mais coloque uma pessoa com largo histórico de comportamento absolutamente sabotador em nenhum posto de comando, nem mesmo nas casas legislativas.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O impeachment de Bolsonaro não depende de Lira nem de Renan Calheiros, mas das provas

Lira não tem como negar os fatos, já Calheiros tem de sobra material produzido pelo próprio Bolsonaro contra si.

A prepotência de Bolsonaro é que vai derrubá-lo, não Renan Calheiros, o relator vai apenas apresentar fatos pra lá de conhecidos da sociedade, de forma sequencial e com um histórico mais detalhado dos bastidores de determinadas decisões políticas que associam Bolsonaro ao morticínio.

Que fique claro, teremos um enredo de como se arquitetou determinada decisão, não a decisão em si que foi explícita e está fartamente documentada em vídeos, declarações e, sobretudo na prática com a negação da gravidade do vírus, de sua letalidade, de sua capacidade de contágio, enfim, de tudo aquilo que os cientistas diuturnamente falam na mídia, que diga-se de passagem, teve papel relevante para não transformar a tragédia negacionista de Bolsonaro em uma tragédia com consequências inimagináveis.

Uma das mais graves atitudes de Bolsonaro é ter tratado os cientistas e a ciência como opositores políticos, sem a menor capacidade de discutir ciência. Tudo foi feito na base da prepotência e do risco que quis correr de produzir, como produziu, centenas de milhares de mortes por pura estratégia política que, até hoje, ninguém entendeu que cálculo político é esse adotado por Bolsonaro, já que, se estava mesmo preocupado com a economia e não com as vidas, a primeira coisa que deveria fazer, se negava o lockdown para não parar os negócios que ele julgava piorariam o já combalido programa econômico de seu governo por incapacidade de Guedes, as medidas de prevenção básicas como uso de máscaras, higiene das mãos e distanciamento social, foram mais do que ignoradas, foram atacadas por ele. Isso gerou o que tem de pior em termos de tragédia humana.

Como Lira vai ignorar isso? Ele não tem o poder de apagar o que está fartamente registrado na história recente, para tanto, basta dar um Google para chegar em todas as declarações de Bolsonaro, dá para ficar vários dias assistindo às sandices criminosas e, ainda assim, não conseguirá ver todas as que ele usou para insuflar o seu negacionismo milimetricamente pensado. Claro, sem falar na rede de fake news comandada pelo gabinete do ódio nas redes sociais, mas também por programas regulares como Pingo nos Is e congêneres, regiamente patrocinado pela Secom através de empresas de mídia com contratos milionários.

Então, o que Renan terá que fazer, e já está fazendo, é convocar os ministros para relatarem os bastidores dessa receita trágica comandada por Bolsonaro.

Mas é bom deixar claro que nem isso é tão mais potente contra Bolsonaro do que o farto material produzido por ele atacando a ciência numa associação criminosa com o coronavírus.

Renan Calheiros, certamente, com sua longa experiência no Senado, fará um relatório baseado em provas cabais de fatos protagonizados por Bolsonaro e testemunhos de inúmeros personagens chave que tiveram, de alguma forma, ligação com o governo e que podem sim, com a autoridade de quem participou como testemunha ocular de um pensamento trescloucado de um presidente que jamais negou o seu negacionismo, assumindo integralmente seu nado de afogado contra a correnteza mundial, inclusive na crença destrambelhada da tal imunidade de rebanho que, a princípio, era o ponto central do seu pensamento, ao estilo, morra quem tiver que morrer e salve-se quem puder.

Como Lira vai frear isso? Nem se ele negasse a existência de Bolsonaro e da cloroquina. Lira pode muito, mas não pode tudo como presidente da Câmara, pelo que se sabe dele até aqui, não tem capacidade para produzir milagres. Na verdade, nem ele e nem Renan são capazes de inventar fatos que não estejam amparados por robustas provas materiais.

Assim, quando a bola da CPI da Covid  rolar de fato, será possível afirmar com todas as letras que é o começo, o meio e o fim do governo Bolsonaro, porque se essa pilha de crimes não chegar ao impeachment, nenhum crime mais no Brasil será suficiente para cassar o mandato de um presidente da República.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

CPI da Covid tem gravações explosivas

Há uma sede por parte da imprensa de derrubar a gente. Eu poderia acabar com a pandemia hoje. É só eu juntar os meus ministros, pegar a Caixa Econômica, o BNDES, Banco do Brasil e voltar a pagar à imprensa como se pagava no passado. (Bolsonaro)

De acordo com matéria de Ricardo Noblat, publicada no Metrópoles, está à disposição da CPI da Covid no Senado uma fita explosiva contendo pouco mais de oito horas de gravações do presidente Jair Bolsonaro recomendando remédios ineficazes contra o vírus e criticando medidas adotadas por governadores e prefeitos que poderiam ter reduzido o número de mortos pela pandemia.

A voz debochada e arrogante de Bolsonaro ecoa numa sucessão de vídeos e áudios que mostram um claro desrespeito e desumanidade com os doentes, além do confronto permanente do chefe do governo com os fatos, a ciência e o bom senso, conforme apurou a jornalista Vanda Célia, colaboradora deste blog.

Assessores da CPI temem invasão dos arquivos da comissão para roubo do material, tamanho o impacto que os áudios poderão vir a ter nas eleições do ano que vem. O material está guardado em um cofre, e a senha só é conhecida pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) e o relator Renan Calheiros (MDB-AL).

*Com informações do Metrópoles

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Opinião

A lista feita pelo governo para a CPI mostra que não foi por acaso que o Brasil chegou a 400 mil mortes

A gestão de Pazuello no Ministério da Saúde, repleta de absurdos, não foi acidental. Houve ali a intenção de executar uma política de baixíssima qualidade, a começar pelo próprio gestor, escolhido por Bolsonaro, que não tinha qualquer talento como administrador nem para a essência cômica de sua suposta virtuose em logística. Nada prestou.

Pazuello, como o próprio disse, “um manda e o outro obedece”, apenas reproduziu o que já estava combinado com Bolsonaro.

As palavras, pesquisa e ciência foram descartadas do receituário, e o que se teve no Brasil diante de uma crise sanitária mundial foi um animador de tragédia que, de forma mórbida, deu a um maníaco todas as possibilidades de produzir dor e morte.

Os bolsonaristas tentam o impossível a partir de uma tática “genial” do governo, que consiste na ideia de criar uma espécie de “vitória do fracasso” como principal legado do governo Bolsonaro no combate à pandemia com uma frase tosca, “foi pra isso mesmo que votei em Bolsonaro”.

Isso, para muitos, pode parecer bizarro e absurdo, soar até como piada, como de fato é, mas a exploração do absurdo para uma turma que tem obsessão em defender Bolsonaro naquilo que ele tem de pior, levando ao extremo conceitos animalescos, tem mais a ver com o próprio orgulho do bolsonarista de não querer parecer palhaço votando errado num personagem que se transformou numa das criaturas mais horrendas da história recente da humanidade, com limitações intelectuais gritantes.

O bolsonarismo, mais do que o próprio Bolsonaro, tornou-se um clássico da estupidez, um personagem à parte da versão do governo que aí está.

Para um governo que, na área da saúde, fez uma gestão propositalmente genocida, não há qualquer defesa, por mais que queiram criar, forçar comparações com problemas de desvios éticos de prefeitos e governadores.

O terror é tanto que nem os bolsonaristas mais zumbis estão interessados em uma ação conjunta em defesa dessa tese e, portanto, acham mais fácil defender o conjunto da obra de horror num cenário dominado por um momento trágico na nossa história com uma repercussão internacional que beira o extravagante, por uma paixão sem qualquer link com a realidade, mesmo diante de tantas vidas perdidas, com tanto sofrimento dos familiares e amigos das vítimas fatais da covid.

Então, vem a pergunta inevitável, se até os bolsonaristas assumem que as políticas não implementadas pelo governo para combater a pandemia foi proposital, com roteiro e direção saídos de dentro do Palácio do Planalto, tendo expressamente Bolsonaro como protagonista,  nada do que ocorreu nessa tragédia até agora que arrastou mais de 400 mil brasileiros para a morte, foi involuntário, ao contrário, teve um criador e o nome do autor desse desastre que transformou o Brasil num filme de terror é Jair Messias Bolsonaro.

Tudo o que vier desse crepúsculo será revelado pela CPI da Covid e só poderá ter como resultado a sua cassação política. Nenhum passo atrás.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Lewandowski mantém Renan na relatoria da CPI da Covid

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou nesta quinta-feira (29) um pedido para que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) fosse impedido de participar da CPI da Covid. Com a decisão, o emedebista está mantido na relatoria da comissão, que foi instalada na última terça e teve hoje a primeira sessão.

Lewandowski rejeitou um mandado de segurança apresentado na última terça pelos senadores Jorginho Mello (PL-SC), Marcos Rogério (DEM-RO) e Eduardo Girão (Podemos-CE). Os parlamentares argumentavam que Calheiros não poderia integrar a comissão porque é pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB-AL), que pode vir a ser investigado.

Para o ministro, a indicação de membros para CPIs é uma atribuição interna do Congresso. “Note-se que a Carta Política [Constituição] não esmiuçou como se deve dar a composição ou a escolha dos integrantes da comissão, nem mesmo para os relevantes encargos de Presidente, Vice-Presidente e Relator. Em outras palavras, reservou ao Legislativo a tarefa de regulamentá-la internamente, por meio do seu regimento”, escreveu.

Essa foi a segunda tentativa de políticos governistas de tirar Calheiros das investigações. Na última segunda, a Justiça Federal de Brasília concedeu uma liminar pedida pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP) para afastar Renan da relatoria. A decisão, porém, foi derrubada no dia seguinte pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Zambelli recorreu.

A CPI da Covid foi instalada na última terça e teve hoje a primeira sessão. Sob um clima tenso, os senadores aprovaram a convocação de todos os ministros da Saúde que já passaram pelo governo Bolsonaro: o atual, Marcelo Queiroga, e os ex-ministros Luiz Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello.

Também foi aprovada a convocação do diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres. Todos serão ouvidos na semana que vem, a partir de terça (4).

Na sessão de hoje, Calheiros lembrou que o Brasil superou a marca de 400 mil mortos pela doença. Também acusou colegas governistas de tentarem atrasar os trabalhos da CPI e bateu boca com parte da tropa de choque do governo, que está em minoria na comissão.

Largada turbulenta

A CPI da Covid foi instalada na última terça e teve hoje a primeira sessão. Sob um clima tenso, os senadores aprovaram a convocação de todos os ministros da Saúde que já passaram pelo governo Bolsonaro: o atual, Marcelo Queiroga, e os ex-ministros Luiz Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello.

Também foi aprovada a convocação do diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres. Todos serão ouvidos na semana que vem, a partir de terça (4).

Na sessão de hoje, Calheiros lembrou que o Brasil superou a marca de 400 mil mortos pela doença. Também acusou colegas governistas de tentarem atrasar os trabalhos da CPI e bateu boca com parte da tropa de choque do governo, que está em minoria na comissão.

*Matéria originalmente publicada no Uol por Rafael Neves

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Saúde

Quadruplicando ritmo de mortes, Brasil atinge 400 mil vidas perdidas para a Covid

Últimos 100 mil óbitos foram registrados em apenas 36 dias. Apesar de queda nas taxas de morte no momento, após endurecimento de medidas de restrição, abril foi o mês mais letal e teve mais de 2 mil vítimas diárias.

Segundo matéria publicada no G1, o Brasil atingiu nesta quinta-feira (29) uma nova marca da tragédia sanitária dos últimos 13 meses: ultrapassou as 400 mil vidas perdidas para a Covid-19. O assustador número, que reflete o fracasso brasileiro no combate à pandemia, traz um dado ainda mais triste e revelador: o ritmo das mortes pela doença no país quadruplicou. Ele nunca havia sido tão intenso.

Entre março e abril, foram 100 mil mortes registradas em apenas 36 dias. Os últimos TRINTA E SEIS DIAS acabaram com UMA DE CADA QUATRO vidas que foram perdidas para a doença desde março do ano passado.

No início da tarde desta quinta, o total de mortos chegou 400.021, e o de casos confirmados, 14.541.806.

A marca dos primeiros 100 mil óbitos no Brasil foi atingida quase 5 meses – 149 dias – após a primeira pessoa morrer pela doença no país. Dos 100 mil para os 200 mil, passaram-se outros 5 meses – 152 dias. Mas para chegar aos 300 mil, foram necessários somente 76 dias, número que agora caiu quase pela metade.

As 400 mil vidas perdidas estão sendo registradas justamente no mês que mais matou pessoas: foram mais de 76 mil em 29 dias de abril. Março, o mês anterior mais letal da pandemia, teve 66.868 mortes em 31 dias.

Alta taxa de mortes e jovens internados

Diferentemente do mês passado, quando a média de mortes estava com tendência de alta, neste final de abril, a média de mortes está em queda, após vários estados terem adotado medidas mais duras de restrição em meio à segunda onda da Covid.

No entanto, o número diário de mortes permanece num patamar muito alto: são mais de 2 mil vítimas diárias da Covid há mais de 40 dias – a maior média do mundo entre 9 de março e 25 de abril.

Ao contrário do começo da pandemia, a taxa de internação de jovens só aumenta. Também crescem os relatos de mortes de pessoas fora dos grupos que eram considerados de risco.

Alerta nos sistemas de saúde, aglomerações e CPI

Os sistemas de saúde nos estados, que em grande parte viviam o auge do colapso ao longo de março, passam por uma leve folga no momento. As taxas de ocupação de leitos tiveram redução nas últimas semanas. No entanto, com a lentidão do ritmo de vacinação no país (leia detalhes mais abaixo) e a volta de medidas de flexibilização, o alerta continua.

Diariamente no país são registradas aglomerações no transporte público das grandes cidades. As festas clandestinas e os encontros em estabelecimentos proibidos, como bingos, sem qualquer medida sanitária de prevenção à Covid, continuam ocorrendo.

No Congresso, senadores instalaram nesta semana a CPI da Covid, proposta para apontar os responsáveis pela devastadora crise de saúde que a pandemia causou no Brasil. Entre outros pontos, os parlamentares vão investigar por que a vacina está demorando tanto a chegar para os brasileiro e o que permitiu que o estado do Amazonas ficasse sem oxigênio para tratar os doentes.

 Foto: Anderson Cattai/Editoria de Arte

Média diária de mortes por Covid-19 — Foto: Anderson Cattai/Editoria de Arte

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Política

Vídeo: Flávio Bolsonaro, em discurso contra a formação da CPI, acaba criminalizando a conduta do pai

Usando o argumento de que a CPI da Covid, por ter algumas sessões presenciais, mesmo que com protocolo rígido de distanciamento, uso de máscaras e uma série de medidas de prevenção pelo Senado, Flávio, como se vê no vídeo, fala de uma suposta aglomeração que aconteceria e acaba criminalizando as cenas mais vistas protagonizadas pelo pai durante a pandemia, em que Bolsonaro aparece sem máscara, muitas vezes arrastando uma enorme quantidade de pessoas em condições de altíssimo risco de contágio pelo vírus que, certamente, contribuiu não só pelo ato, mas pelo mau exemplo com a disseminação do vírus no Brasil que já chega a 400 mil vítimas fatais.

Essa linha de “argumento” de Flávio mostra que não há justificativa possível contra atos tão escancarados que flagram não só o mau exemplo, mas o risco que Bolsonaro sabia que produzia para a vida das pessoas que se aglomeraram e o discurso contra o isolamento social, o que mostra que, quanto mais os defensores do governo se mexem, mais provas produzem contra Bolsonaro na CPI.

https://twitter.com/marilizpj/status/1387076397357797380?s=20

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

MPF identifica quebra de contrato da Covaxin e suspeita de favorecimento da gestão Pazuello a empresa

Procuradoria investiga indícios de pressão da cúpula da Saúde em áreas técnicas; ministério nega e diz que aquisição será concluída com aval da Anvisa.

O MPF (Ministério Público Federal) identificou um descumprimento do contrato assinado para o fornecimento da vacina indiana Covaxin e investiga suspeita de favorecimento do Ministério da Saúde à empresa responsável, a Precisa Medicamentos, em razão de cláusulas tidas como benevolentes.

O contrato para a entrega de 20 milhões de doses tem o valor de R$ 1,61 bilhão. Foi negociado na gestão do general da ativa Eduardo Pazuello e assinado em 25 de fevereiro.

Três dias antes, em 22 de fevereiro, o ministério já havia autorizado o pagamento à farmacêutica. A nota de empenho, que é a autorização para os depósitos, contempla a íntegra do valor. O pagamento ainda não ocorreu.

Pazuello foi demitido do cargo de ministro da Saúde em 15 de março. É, hoje, um dos principais alvos da CPI da Covid, recém-instalada no Senado.

O contrato assinado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos —que representa a Bharat Biotech Limited International— estabeleceu um cronograma de entrega que deveria ser cumprido “após a assinatura”.

Para 16 milhões de doses, esse prazo já se esgotou. Para os 4 milhões restantes, esgota-se no próximo dia 6, conforme cláusula prevista em contrato.

A Covaxin ainda não tem aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No último dia 31, a agência negou pedido do Ministério da Saúde para autorização excepcional de importação e distribuição da vacina. Faltam dados técnicos básicos sobre o imunizante, segundo a Anvisa.

Também foi negado pedido de certificado de boas práticas de fabricação para a Bharat Biotech, após inspeção de técnicos da Anvisa na fábrica na Índia.

A especificação sobre entrega da Covaxin é diferente, por exemplo, da cláusula no contrato entre o ministério e a União Química, responsável pela vacina russa Sputnik V. A Sputnik também segue sem aval da Anvisa.

Assinado em 12 de março, o contrato prevê que 10 milhões de doses devem ser entregues em até 60 dias “após a obtenção da autorização temporária de uso emergencial ou registro definitivo”.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que não há diferença entre os dois contratos. “Trata-se meramente de redação”, afirmou.

Segundo a pasta, a aquisição da Covaxin só será concluída após a Anvisa conceder registro de uso emergencial ou definitivo. “Com a aprovação da agência sanitária, o laboratório deverá providenciar o embarque do produto na Índia.”

Diante do descumprimento dos prazos contratuais, o MPF em Brasília decidiu cobrar, no último dia 31, uma explicação do diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias. É ele que assina contratos do tipo.

A Procuradoria também quer uma cópia dos processos de importação da vacina. Neste caso, o pedido se dirige ao tenente-coronel do Exército Alex Lial Marinho, nomeado por Pazuello no cargo de coordenador-geral de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde.

O MPF investiga suspeita de favorecimento à Precisa em razão de termos contratuais tidos como benevolentes e por não ter havido sanção contratual após o descumprimento dos prazos previstos.

Além disso, a Procuradoria reúne indícios de que a cúpula do ministério pressionou as áreas técnicas para que fosse encontrada uma solução diante do descumprimento do contrato –o que o ministério nega.

“Não houve pressão para solução no deferimento da licença de importação. Este assunto foi tratado entre a empresa e a Anvisa”, disse a pasta, em nota.

Os indícios levantados fazem parte de inquérito civil aberto para investigar suposta improbidade administrativa de Pazuello e seus auxiliares nos atos para compra e distribuição de vacinas, na distribuição de cloroquina —um medicamento sem eficácia para Covid-19—no país e na omissão diante do iminente colapso de oxigênio no Amazonas em janeiro.

Se ficar constatado que o Ministério da Saúde não adotou medidas diante do descumprimento do cronograma de entrega da Covaxin, o MPF pretende abrir uma investigação à parte, para apurar a ocorrência de crimes no caso.

A Covaxin é a vacina mais cara, dentre os imunizantes comprados pelo Ministério da Saúde para o combate à Covid-19. Pelo contrato, cada dose custa US$ 15 (R$ 80,70, pela cotação do dólar no momento da emissão da nota de empenho).

A Sputnik V tem um custo individual de R$ 69,36. Cada dose das vacinas da Pfizer e da Janssen saiu por US$ 10 (ou R$ 56,30, segundo pagamentos feitos antecipadamente). A Coronavac, do Instituto Butantan, custa R$ 58,20.

O Ministério da Saúde disse que os preços estão dentro da média e em conformidade com os mercados interno e externo.

No sábado (24), a pasta fez nova atualização no cronograma de entregas de vacinas e diminuiu em 31% a previsão até maio –de 46,9 milhões de doses antes para 32,4 milhões agora. Imunizantes sem autorização da Anvisa —Covaxin e Sputnik V— saíram do cronograma.

Em nota, a Precisa Medicamentos afirmou que o ministério fez pedido de importação dentro do prazo contratual e que, em paralelo, a empresa solicitou emissão do certificado de boas práticas de fabricação.

“Embora o processo de emissão do certificado não tenha ligação formal com o pedido de licença de importação feito pelo Ministério da Saúde, e ainda que a lei não condicione a autorização de uso excepcional ou emergencial à emissão do certificado, a Anvisa indeferiu a licença solicitada pelo ministério”, disse.

Precisa e Bharat Biotech têm mantido contato permanente e relatado ao ministério as tratativas com a Anvisa, afirma a nota, “possibilitando assim, com a maior urgência e brevidade possível, sua entrega ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”.

*Com informações da Folha

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Política

Todos os caminhos da CPI da Covid levam ao impeachment

O próprio governo Bolsonaro listou uma série de crimes, omissões e críticas que podem ser imputadas ao governo por parte dos integrantes da CPI da Covid.

O estranho é que o fato do próprio governo fazer a lista dos motivos que podem levar Bolsonaro a sofrer um impeachment já demonstra que estes são verdadeiros.

A lista, que foi amplamente divulgada pela mídia, é o resultado de quem sabe que seus próprios caminhos podem ser considerados pela CPI como atos criminosos.

A negligência na aquisição de vacinas; a minimização da gravidade da pandemia; o incentivo ao não cumprimento de medidas restritivas são somente alguns dos 23 itens em que o próprio governo admite que, no mínimo, são  fruto de omissão e descaso com a população brasileira.

Certamente, a CPI terá em mãos essa lista de 23 pontos produzida pelo governo e mais o dobro de acusações que devem substanciar, pelo conjunto da obra, o pedido de impeachment de Bolsonaro. Cada vez mais essa possibilidade ganha força e dramaticidade contra Bolsonaro.

A tendência é que, sob fogo cruzado e os holofotes de toda a mídia, seja ela industrial ou alternativa, isso se torne um grande debate nacional, o que, com certeza, partindo de qualquer ponto, o pedido de impeachment é dado como certo, até porque o governo não teve força para barrar a abertura da CPI, o comando e, principalmente, a relatoria de Renan Calheiros que, tudo indica, não vai deixar barato e não está entrando nessa guerra para perder, já que está munido de muitas provas e será pressionado pela sociedade a colocá-las na mesa criando uma situação insustentável para a permanência de Bolsonaro à frente do governo.

A conferir.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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