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Após privatização, Eletrobras registra prejuízo e anuncia demissões

Gigante do setor elétrico divulgou primeiro balanço após ser privatizada e números mostram não só lucro menor no ano da venda, como prejuízo no último trimestre de 2022.

Segundo a Forum, a Eletrobras, maior empresa do setor elétrico da América Latina, registrou prejuízo logo após ser privatizada pelo governo Bolsonaro. Antes estatal, pelo fato de que o Estado brasileiro era o acionista majoritário, a companhia foi vendida ao capital privado em junho em 2022 por R$ 33,7 bilhões – à época era avaliada em R$ 67 bilhões – e agora o governo possui apenas um representante na direção da empresa, com 40% das ações.

Em balanço encaminhado aos investidores nesta terça-feira (14) – o primeiro após a privatização -, a Eletrobras informa que registrou lucro líquido de R$ 3,638 bilhões em 2022, índice que é 36% menor que os R$ 5,714 registrados em 2021. No último trimestre de 2022, isto é, logo após ser vendida, a empresa registrou prejuízo de R$ 479 milhões, enquanto no mesmo período em 2021, quando a companhia ainda era estatal, houve R$ 610 milhões de lucro líquido.

Segundo o informe, o lucro menor em 2022 e o prejuízo no último trimestre se deram por conta do Plano de Demissão Voluntária, encampado em dezembro de 2022 (6 meses após a privatização), pela provisão de R$ 2,5 bilhões para a Amazonas Energia e também “pela deflação ocorrida no período, que resultou em uma redução de R$ 1.675 milhões nas receitas de transmissão”.

O atual presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, anunciou após a divulgação do balanço, em teleconferência com analistas, que até abril deverá ser encampado um novo Plano de Demissão Voluntária que atingirá 20% dos 14 mil funcionários da empresa.

Lula quer rever contrato

Durante encontro com jornalistas da mídia independente em fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o contrato de privatização da Eletrobras e anunciou que colocaria a Advocacia-Geral da União (AGU) para atuar com relação ao tema. Segundo o mandatário, a venda da empresa pelo governo Bolsonaro foi “quase que uma bandidagem”.

“Foi feito quase que uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobras. Nós, inclusive, possivelmente o advogado-geral da União, [ele] vai entrar na Justiça para que a gente possa rever esse contrato leonino contra o governo”, declarou.

O presidente disse ainda que o fato do governo possuir, atualmente, possuir 40% das ações da Eletrobras e só ter uma pessoa participando da direção da empresa é algo “irracional” e “maquiavélico”. “Nós não podemos aceitar. […] Se amanhã tiver interesse de comprar as ações, as ações para o governo valem 3 vezes mais do que o valor normal para outro candidato”, declarou, sinalizando que, “se a economia crescer”, seu governo pode vir a comprar ações para voltar a ser o acionista majoritário da gigante do setor elétrico.

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Mensagens revelam que Allan dos Santos articulou com Planalto demissões nas Comunicações

Um dos principais contatos de Allan dos Santos era o coronel Mauro Cesar Barbosa Cid.

Conversas de WhatsApp apreendidas pela PF no WhatsApp do blogueiro Allan dos Santos mostram que ele abastecia o Palácio do Planalto com informações especialmente contra o que considerava adversários do governo, como funcionários do alto escalão de ministérios supostamente ligados à esquerda.

As mensagens (veja prints abaixo) mostram que Allan dos Santos também sugeria nomes para o caso desses funcionários serem substituídos, contestava demissões e chegava a defender a intervenção militar.

Um dos principais contatos dele era o Coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do presidente. Cid é considerado dentro do Planalto como um dos principais auxiliares de Bolsonaro.

Em 10 de junho de 2020, Allan compartilha informações a Cid recebidas por ele sobre Julio Semeghini, então secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia.

“Importante: quem continua dando as cartas no MCTIC é ligado a China…Julio Semeghini. Secretário-executivo. Ligado ao PSDB. Responsável pelos nomes dos secretários da Setel (telecom) e Serad (rádio e televisão). Trocaram a equipe incompetente da Serad, mas os nomes escolhidos são bons tecnicamente mas restritivamente preocupados com a atender a agenda Julio Semeghini. Outro Julio que afunda o Ministério é o Conjur Jurídico comunista que desde que estou lá inviabilizou todos os projetos que ajudariam a fazer uma agenda positiva ao governo. Assessor especial do ministro e importante elo com a esquerda é Maximiliano. Comunista de carteirinha”.

Allan então responde: “Ótimo”. E compartilha um contato de Luciana Maria Monteiro de Lima, dizendo ser “de confiança”.

De acordo com o perfil profissional na rede Linkedin, Luciana é coordenadora-geral da pasta desde janeiro de 2019.

Print Coronel Cid - parte 3

 

 

 

 

 

 

 

Print Coronel Cid - parte 4

 

Em mais uma conversa, Allan compartilha notícias sobre a recriação do Ministério das Comunicações, ocorrida em junho de 2020.

Uma das notícias diz que “Entidades divergem sobre recriação do Ministério das Comunicação”.

Outra, com o título “Risco de 5G da Huawei expõe necessidade de maior coesão da aliança Cinco Olhos”, mereceu comentário de Allan:

Print Coronel Cid - parte 5

 

 

 

 

 

 

 

“Postaram essa. Principal assessora do ministro. Ainda não absorveram o assunto”.
Cid responde: “É para tirar dos chineses”.

Em outra conversa, Allan diz que conversou com Bolsonaro sobre o futuro do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que balançava no cargo.

“Seria um tiro no pé”, diz Allan na mensagem sobre uma possível queda do ministro.

Cid responde:

“Ele está se queimando. E não ajudando a educação. Educação, cultura…não pode cacarejar….”.

Print Coronel Cid - parte 1

 

 

 

 

 

 

 

Allan responde:

“Ele está se queimando por se aproximar do POVO? E quem faria isso melhor? O povo engole Ramos, Jorge , Levi, Astronauta e Marcelo Alvaro Antonio (LARANJAL), mas o Abraham é um problema? Só o POVO unido às FFAA podem varrer os inúmeros criminosos que hoje mandam no país. Barroso e Alexandre VÃO DAR UM GOLPE no Presidente e acabar com esse país. Sem o braço armado (FFAA), Cid, como defenderei meus filhos?”

*Com informações da CNN Brasil

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150 demissões em um segundo: os algoritmos que decidem quem deve ser mandado embora

Uma empresa de ‘software’ despediu centenas de funcionários em agosto seguindo apenas a recomendação de uma inteligência artificial, um caso que pode se tornar comum.

El País – Você será demitido por um algoritmo. Parece uma profecia de mau agouro, mas esse é o destino que aguarda a maior parte das pessoas empregadas neste agitado primeiro terço do século XXI: ser contratadas e despedidas por máquinas, sem nenhuma intermediação humana. É possível que muitas delas passem por esse ciclo de destruição criativa em várias ocasiões ao longo de trajetórias de trabalho que prometem ser agitadas. É o fim do emprego para a vida toda, que era comum até o final do século XX.

Em agosto, a Xsolla, filial russa de uma empresa de software e serviços interativos com sede em Los Angeles, fez uma reestruturação inovadora de sua equipe, atraindo a atenção de veículos de comunicação do mundo todo. Sem prévio aviso, ela decidiu demitir 150 dos 450 funcionários de seus escritórios em Perm e Moscou, seguindo apenas a recomendação de um algoritmo de eficiência no trabalho que os considerou “improdutivos” e “pouco comprometidos” com os objetivos da empresa.

Nem o impacto da pandemia nem as tão citadas “razões estruturais”. Desta vez, a causa alegada para justificar as demissões em massa foi o julgamento frio de um programa de inteligência artificial alimentado com big data. A medida foi tão drástica e incomum que o diretor-executivo e fundador da empresa, Alexander Agapitov, apressou-se em declarar à edição russa da Forbes que não concordava totalmente com o veredicto da máquina, mas era obrigado a acatá-lo devido aos protocolos internos pactuados com sua assembleia de acionistas. Ele até se ofereceu para ajudar os trabalhadores demitidos a encontrar novos empregos o mais rápido possível porque, em sua opinião, eles são, na maioria, “bons profissionais”.

O caso da Xsolla é um dos muitos exemplos de empresas modernas com vocação disruptiva que estão incorporando a inteligência artificial ao seu processo de tomada de decisões. O que é relativamente novo é que as funções que a máquina assumiu nesta ocasião são nada menos do que as da diretoria-geral de operações e das divisões de recursos humanos e gestão de talentos.

Que as máquinas acabariam substituindo os trabalhadores humanos, é algo que os luditas britânicos do século XIX já sabiam, e que Charles Chaplin nos mostrou de forma bastante eloquente no filme Tempos Modernos, de 1936. O que não esperávamos era que as máquinas fossem se transformar em nossos chefes.

Existe pelo menos um precedente muito conhecido. Em 2019, a Amazon, a mãe de todas as empresas disruptivas de hoje, atraiu a atenção da revista Bloomberg por sua tendência de demitir funcionários com base em critérios informáticos. Naquela ocasião, um dos afetados, Stephen Normandin, foi entrevistado pela revista e virou um símbolo desse procedimento aparentemente frio e desumanizado.

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2.235 indústrias fecharam nos 5 primeiros meses de governo Bolsonaro, recorde histórico. Para 2020, Guedes dobra a aposta

2.235 indústrias fecharam nos 5 primeiros meses de governo Bolsonaro, recorde histórico

O apoio da Federação das Indústrias de São Paulo, comandada por Paulo Skaf, que colocou nas ruas seu pato amarelo, ao golpe de 2016, foi um tiro no pé dos industriais paulistas.

“O Estado de São Paulo, maior polo industrial do País, registrou o fechamento de 2.325 indústrias de transformação e extrativas nos primeiros cinco meses do ano.

O número é o mais alto para o período na última década e 12% maior que o do ano passado, segundo a Junta Comercial”, aponta reportagem do Estado de S. Paulo.

“Entre 2014 e 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro acumulou queda de 4,2%, enquanto o da indústria de transformação em todo o País caiu 14,4%.

“Significa que a produção caiu bastante e obviamente teve impacto nas empresas, com fechamento de fábricas e demissões”, diz o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados”, aponta ainda o texto.

 

 

*Com informações do Ceilândia em Alerta