Bolsonaro jogou os brasileiros na fila do osso

Fila para comer ossos num país que é o maior exportador de carne bovina do mundo, choca os brasileiros.

Mas essa lógica está longe de ser um caso isolado. Quanto mais o Brasil do agronegócio aumenta suas exportações, mais a miséria e a fome crescem no país.

Paulo Guedes, há poucos dias, apresentou uma solução para esse drama do Brasil, dar restos de comida aos pobres. Isso acontece em um país que, com Lula e Dilma, saiu do mapa da fome, mas que, somente neste último ano, governo Bolsonaro devolveu 20 milhões à miséria absoluta, enquanto o país ostenta 11 novos bilionários, segundo lista da Forbes.

E os bolsonaristas ainda têm coragem de falar de Cuba e Venezuela.

O fato é que nem o mais pessimista dos brasileiros imaginaria que aquele golpe em Dilma, que também fez com que Bolsonaro chegasse ao poder, com o pacto da escória nacional, levasse o Brasil a esse estado de coisa.

Bolsonaro, já no início da pandemia, deu uma aula de desprezo humano pelas vítimas da covid, vírus que ele tanto se empenhou em disseminar e que provocou o genocídio de centenas de milhares de brasileiros.

Mas foi Paulo Guedes que resumiu a verdadeira intenção da política econômica de Bolsonaro, enriquecer ainda mais os ricos e dar os seus restos de comida para os pobres, os famintos, os miseráveis.

Lula, vencendo a eleição de 2022, e espera-se que isso aconteça, terá um árduo caminho pela frente para tirar o país do umbral a que chegou pelas mãos das classes dominantes que manipulam as instituições, sobretudo da justiça e a mídia, principalmente a Globo.

Bolsonaro só chegou à cadeira da presidência e produziu tamanha tragédia porque teve o luxuoso auxílio dos endinheirados completamente descolados de qualquer escrúpulo.

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Vídeo: Berço do capitalismo, Nova York usa valas comuns para enterrar pobres, vítimas da Covid-19

A cidade de Nova York, coração do sistema financeiro internacional, que concentra o maior número de mortos e casos do novo coronavírus nos Estados Unidos, passou a sepultar os mortos pela Covid-19 em valas comuns em Hart Island, uma ilha na região do Bronx, onde normalmente são enterrados indigentes e moradores de rua.

A metrópole do dinheiro, aonde tem mais mais milionários por metro quadrado no planeta, expõe inapelavelmente a falência civilizatória do liberalismo.

Imagens capturadas pela agência de notícias Reuters mostram a monstruosidade.

As mesmas imagens mostram detentos usando equipamento de proteção individual, numa escada por onde descem dezenas de caixões em enormes covas fazendo lembrar o nazismo.

Segundo a emissora BBC, a Hart Island está sendo usada para o sepultamento de vítimas cujas famílias não foram identificadas ou não podem pagar pelos custos de um enterro. Daí o desprezo humano e a inacreditável lógica do capitalismo.

O Estado de Nova York concentra 162.000 casos de coronavírus, além de 7.067 mortes. Em todo o país, são mais de 460.000 infectados e 16.000 óbitos.

Isso porque Trump, assim como Bolsonaro disse que o coronavírus era fake-news da mídia.

As imagens degradantes e desumanas feitas por um drone, divulgadas pela BBC, mostram cenário macabro que remete a um genocídio.

 

 

*Com informações da BBC

No Brasil, não são as chuvas que causam tragédias, mas a pobreza com a maior concentração de renda do mundo

Nossos parasitas são mais vorazes que os parasitas dos outros.

Foi essa a conclusão que chegaram as jornalistas internacionais que debateram o enredo do premiadíssimo filme Sul-coreano “Parasita”.

A elite brasileira, em nome da ganância, parece ter perdido completamente a vergonha, deu um bico nos biombos cordiais e, hoje, nem a filantropia dos sábados, a burguesia quer mais praticar tal a mentalidade selvagem adotada pela casta tropical. Tudo rigorosamente abonado pelas famosas instituições que “estão funcionando”, capturadas por privilégios e balangandãs que a elite, através de seus comandados dentro dos corredores políticos lhe oferece, sobretudo militares da alta patente e os mais graduados togados do aparelho judiciário do Estado brasileiro.

O que se viu depois do golpe em Dilma foi um acelerado processo de decomposição de um mínimo de civilidade que o Brasil mantinha por conta das políticas sociais de Lula e Dilma, que herdaram um país ainda pautado pela visão civilizatória da escravidão.

É certo que o que Lula fez na história recente do país foi absolutamente revolucionário, pois não só incluiu os pobres no orçamento do governo, como expôs ao mundo o tamanho da miséria que o Brasil ostentava até 2002.

É bom lembrar a estrondosa histeria das classes dominantes com a primeira entrevista de Zé Dirceu no Canal Livre, na Bandeirantes, quando expôs um projeto de poder de 20 anos do PT em que se pretendia zerar o déficit habitacional dos mais pobres, erradicar a miséria e a fome, chegar ao pleno emprego, valorizar os salários, entre outras medidas de transferência de renda para dar um mínimo possível de equilíbrio ao país.

Ali ficou claro, pelo ódio das palavras contra Zé Dirceu que a tragédia da miséria no país é um projeto da elite, não um acaso.

A elite brasileira nunca foi sequer liberal como se classifica. A nossa história mostra que o capitalismo brasileiro sempre foi patrimonialista, ou seja, sempre se apoderou do Estado e de sua arrecadação, sempre foi extrativista e, principalmente especulativo, como vemos agora.

Quando a elite fala em desenvolvimento do Brasil, o faz de forma lacônica e não desenvolve qualquer raciocínio no sentido do aumento das atividades produtivas. Ela passa a vida inteira choramingando impostos que normalmente surrupia do erário. Impostos pagos, na maioria das vezes, pelo povo através do consumo cotidiano.

O resultado das imagens trágicas que nos aparecem com as chuvas, mostram que 99,9% dos atingidos pelos desastres são pobres, miseráveis, subcidadãos que, como tal, sobrevivem de um trabalho precarizado, tendo que morar em lugares de extremo risco, sem a menor estrutura para a sobrevivência de um ser humano, o que revela que as tragédias trazidas pelas chuvas, que não atingem as classes média e alta, são, na verdade, promovidas pela ganância e pelo desprezo humano.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas