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Opinião

Deputados bolsonaristas comemoram diplomação de eleição em que afirmaram que as urnas foram fraudadas

Se, como disse Tom Jobim, o Brasil não é para amadores, o bolsonarismo é para idiotas que acreditam piamente que o sargento Garcia vai prender o Zorro, é só aguardar mais 72 horas.

Todo borrado, esvaindo-se em lágrimas, vagabundeando mais do que sua vagabundagem tradicional, Bolsonaro já deu uma banana para seus patriotas que ainda insistem em ficar tomando chuva, granizo e raio na cabeça, esperando a volta do Messias.

Mas a ópera do absurdo não para aí. Nesta segunda, sob vaias e aplausos, deputados bolsonaristas estavam que era só alegria e orgulho por serem diplomados numa eleição que eles afirmam ter sido fraudada.

Em que lugar do universo é possível um troço desse, além do planeta terra plana?

As cenas que aparecem todos os dias nas redes, com vídeos inacreditáveis de patetices dessa gente do bem, não estão em nenhum manual da estupidez humana. Esses ovoides em vida são um produto cem por cento original da mais pura idiotice nacional.

E é sobre esses zumbis que essa turma da chamada extrema direita que, na verdade, é de extremo oportunismo, deita o cabelo, mostrando como esse campo é fértil para qualquer pilantra amador, tal a idiotice inacreditável que essa gente protagoniza.

O fato é que tudo isso ainda será devidamente estudado e analisado por historiadores num futuro próximo para dar um sentido qualquer a toda essa pantomima de analfabetismo político que tivemos que assistir durante quatro anos.

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Rejeição

Vídeo: Eduardo Bolsonaro é vaiado durante diplomação de eleitos em SP

Rosângela Moro, Ricardo Salles e Mario Frias também foram recepcionados com vaias quando tiveram seus nomes anunciados.

Bolsonaristas fiéis e arrependidos foram recebidos com vaias quando tiveram seus nomes anunciados, durante a diplomação de governador, senador e deputados eleitos por São Paulo. A cerimônia foi realizada nesta segunda-feira (19), pelo Tribunal Regional Eleitora (TRE-SP).

Eduardo Bolsonaro (PL), os ex-ministros Ricardo Salles (PL) e Mario Frias (PL), além de Rosângela Moro (União Brasil), esposa do Sergio Moro (União Brasil-PR), foram vaiados pelo público presente. Salles ouviu gritos de “golpista” e Rosângela de “volta para Curitiba”.

A solenidade foi marcada por protestos da plateia contra apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Do lado de fora, porém, membros Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizaram um pagode para celebrar a diplomação de Guilherme Boulos (PSOL) e Ediane Maria (PSOL) integrante do movimento eleita deputada estadual.

A federação “Brasil da esperança”, composta por PT, PCdoB, PSOL e Rede foi a mais votada do estado, com 19 parlamentares.

Os deputados federais eleitos Carla Zambelli (PL), Baleia Rossi (MDB) e Tiririca (PL) não compareceram à solenidade de diplomação.

*Com Forum

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Bolsonarismo

Bolsonarismo trata diplomação de Lula como ‘prova contra o TSE’ para conter frustração de seguidores

Grupos de militantes do presidente derrotado disseminam no WhatsApp e no Telegram teoria conspiratória envolvendo Superior Tribunal Militar.

De acordo com Malu Gaspar, O globo, apesar dos temores de que bolsonaristas promovessem por aqui uma versão tropical da invasão do Capitólio dos Estados Unidos, quando apoiadores de Donald Trump tentaram impedir a certificação da vitória de Joe Biden, a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Eleitoral se deu sem incidentes nem grande mobilização da oposição.

Desde a véspera do evento, grupos de militantes de Jair Bolsonaro no WhatsApp e no Telegram que apoiam os atos por intervenção militar na frente de quartéis começaram a receber mensagens dizendo que, na verdade, não havia o que temer em relação ao evento.

O argumento da vez, amparado na teoria conspiratória de que a eleição foi fraudada a favor de Lula, é que a diplomação do petista e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), é necessária, pois representa uma espécie de “confissão” dos alegados “crimes” cometidos pela corte e pelo seu presidente, Alexandre de Moraes, durante a eleição.

Na narrativa do subterrâneo bolsonarista, a oficialização da vitória de Lula através do diploma – ritual da democracia surgido em 1951, na presidência de Getúlio Vargas – garante a Bolsonaro uma “assinatura do crime” definitiva para requerer, junto ao Superior Tribunal Militar (STM), a impugnação da chapa Lula-Alckmin.

O argumento mirabolante é uma distorção do artigo 14 da Constituição Federal, que prevê um prazo de 15 dias para a solicitação de impugnação de mandato eletivo ao Tribunal Superior Eleitoral, desde que sejam apresentadas provas de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude.

A Constituição não prevê qualquer participação do STM, mas desde o final de semana mensagens e vídeos afirmando que Bolsonaro vai recorrer ao tribunal militar se disseminam nas redes.

“Agora, sim, o presidente pode agir. E dentro das quatro linhas da Constituição, como sempre nos disse”, escreveu um bolsonarista no Telegram. “Dezenas de crimes foram cometidos desde o início do pleito e a diplomação é o ato em que os responsáveis assinam a culpabilidade de todos os crimes. Agora será cumprida a Constituição e aplicada a lei”, publicou outro.

A teoria sobre a impugnação chegou a ser reproduzida pelo deputado federal reeleito Marco Feliciano (PL-SP), apoiador de Bolsonaro. “Me perguntam se após a diplomação pode haver impugnação? A CF (Constituição Federal) responde”, postou ele, junto com a transcrição do artigo 14.

Circula também a versão de que, caso o TSE e o STF neguem os argumentos que seriam apresentados em uma ação de impugnação da chapa eleita, Bolsonaro poderia convocar o Conselho da República – responsável, entre outras atribuições, pela convocação de Estado de Defesa e o de Sítio.

De acordo com essa nova narrativa, destinada a manter mobilizada uma militância cada vez mais frustrada, a frase “diplomação não é posse” virou uma espécie de chavão, assim como “Lula não subirá a rampa” do Palácio do Planalto.

É típico das dinâmicas bolsonaristas dobrar a aposta em teorias conspiratórias e os dog whistles – os chamados “apitos de cachorro”.

Exemplo disso foi a especulação de que Lula poderá deixar o encontro com Biden nos EUA para o próximo ano, quando já estiver empossado.

“Biden cancela encontro com Lula. Não é estranho? Já deve ter chegado na inteligência do Biden que Lula não subirá a rampa (do Planalto), e não querem associar o presidente dos EUA a um bandido. Isso é muito revelador”.

Nos grupos do WhatsApp, falou-se até em um suposto avião russo que teria aterrissando em Brasília antes da diplomação. As redes do presidente derrotado também contribuíram para jogar gasolina no fogo.

O perfil do aplicativo Bolsonaro TV no Twitter reproduziu uma foto dele diante de um tabuleiro de xadrez, muito usado nos últimos quatro anos para representá-lo como um “enxadrista” que consegue antever os movimentos de adversários. Nas últimas 48 horas, a imagem foi reproduzida aos milhares nos grupos de mensagens.

A estratégia bolsonarista sugere que, esgotado o processo eleitoral, e diante da falta de apoio para uma investiga golpista, o presidente aposta na mobilização permanente de seus apoiadores para além do fim de seu governo, na tentativa de desgastar o governo Lula e manter as instituições democráticas sob estresse.

Resta saber se seus apoiadores terão energia para a empreitada. Enquanto o peso da realidade institucional se impõe, o presidente derrotado tem pouco mais de 15 dias para elaborar uma nova narrativa que explique por que, afinal, Lula terá subido a rampa do Palácio e vestido a faixa presidencial no próximo dia 1º.

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Lula presidente

Lula lembra prisão política em Curitiba e chora ao discursar na cerimônia de diplomação no TSE

Cerimônia marca confirmação do resultado das eleições e é etapa final do processo eleitoral.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza nesta segunda-feira a cerimônia de diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB). A sessão foi iniciada às 14h25. A entrega dos diplomas foi feita pelo presidente da Corte, Alexandre de Moraes, ovacionado pelos presentes assim que foi anunciado. Durante o discurso, Lula chorou e disse que ‘o povo reconquistou direito de viver em democracia’. O evento conta com mais de 300 convidados.

Ao entrar no plenário, Lula, por sua vez, foi recebido pela plateia com gritos de “boa tarde, presidente Lula”, numa referência à saudação que militantes do PT faziam diariamente no acampamento montado ao lado da superintendência da Polícia Federal em Curitiba no período em que ele esteve preso.

— Em primeiro lugar quero agradecer ao povo brasileiro pela honra de presidir pela terceira vez o Brasil. Em minha primeira diplomação, em 2002, lembrei ousadia do povo brasileiro em conceder para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário, um diploma… (choro) — afirmou, completando: — Esse diploma é do povo que reconquistou o direito de viver em democracia. Vocês ganharam esse diploma.

O discurso de Lula teve uma série de ataques velados ao presidente Jair Bolsonaro, que terminou a corrida eleitoral em segundo lugar. O presidente eleito afirmou que “poucas vezes na história recente” do país a democracia esteve “tão ameaçada” e elogiou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) pela atuação durante a campanha.

— Além da sabedoria do povo brasileiro, que escolheu o amor em vez do ódio, a verdade em vez da mentira e a democracia em vez do arbítrio, quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, que enfrentaram toda sorte de ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a soberania do voto popular.

Lula ainda afirmou que os “inimigos da democracia” questionaram o sistema eleitoral, ameaçaram instituições e “criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação”. O dia 30 de outubro, domingo no qual foi realizado o segundo turno das eleições, foi marcado por diversos bloqueios feitos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em vários locais do país que acabaram atrasando e dificultando o acesso à zonas eleitorais.

A ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu um processo de impeachment, foi ovacionada em todos os momentos em que foi citada por Lula. Dilma se posicionou em frente ao púlpito, ao lado do também ex-presidente José Sarney.

Moraes cita ‘covardes ataques’ ao Judiciário

O presidente do TSE afirmou durante seu discurso que a Justiça eleitoral combateu, durante o processo eleitoral, “ataques covardes” aos seus membros e a todo o Judiciário.

— A Justiça eleitoral se preparou para combater com eficácia, eficiência e celeridade os ataques antidemocráticos ao Estado de Direito. E os covardes ataques e violências pessoais aos seus membros e todo Poder Judiciário — discursou Alexandre de Moraes.

A entrega do diploma marca o encerramento do período eleitoral e atesta que os candidatos vencedores das urnas no último dia 30 de outubro de fato ganharam as eleições. Há previsão de que Lula e Moraes discursem. A diplomação é também a etapa que possibilita que os eleitos tomem posse no próximo dia 1.º de janeiro.

*Com O Globo

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Lula presidente

Assista ao vivo à diplomação de Lula e ALckmin

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Moraes atende pedido de Lula e marca diplomação para 12 de dezembro

Presidente do TSE marca diplomação do presidente eleito para o dia 12 de dezembro, conforme desejava Lula.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, atendeu ao pedido de Lula e marcou a diplomação do presidente eleito e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, para o dia 12 de dezembro. O evento foi marcado para as 14h, na sede do tribunal, em Brasília.

Até então, Moraes havia indicado que a diplomação de Lula e de Alckmin ocorreria em 19 de dezembro, último dia do prazo previsto pela legislação eleitoral. Lula, porém, pediu para antecipar a data, numa tentativa de arrefecer os movimentos golpistas de bolsonaristas.

Em conversa com lideranças do MDB nessa segunda-feira (28/11), Lula disse que pretende aguardar a diplomação para anunciar os nomes da maioria de seus futuros ministros. Os únicos que podem ser anunciados antes seriam o da Defesa e o da Fazenda.

O que é a diplomação

Na cerimônia de diplomação, o TSE atestará que os candidatos à Presidência da República e à Vice-Presidência foram efetivamente eleitos e estão aptos a tomar posse nos cargos.

Os diplomas só podem ser entregues após o término do prazo de questionamento legal do resultado e de processamento final do resultado das eleições.

Os postulantes precisam ter o diploma em mãos para tomar posse dos cargos públicos para os quais foram eleitos. Candidatos que tiveram o registro indeferido não podem ser diplomados.

Os documentos são assinados pelo presidente do TSE, no caso do presidente e vice, e pelos TREs, nos estados para cargos de governador, senador, deputado federal e estadual ou distrital.

*Com Metrópoles

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