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Diretor da PF não descarta prisão de Bolsonaro em inquérito sobre tentativa de golpe

Prisão será solicitada caso os “requisitos legais” sejam preenchidos, diz Andrei Rodrigues.

InfoMoney – O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira (27), durante entrevista ao programa Roda Viva, que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser solicitada caso os “requisitos legais” sejam preenchidos. O ex-presidente foi apontado no relatório final da PF como o líder de uma suposta organização que teria planejado um golpe de Estado após a derrota eleitoral de 2022.

“O relatório policial é muito completo e contundente, trazendo vários elementos de prova”, disse Rodrigues, destacando que o documento enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) descreve Bolsonaro como a figura central na articulação da trama golpista. “Prisão ou não prisão não depende de vontade política, pressão popular ou imaginação de pessoas. Depende de requisitos legais”, reforçou.

De acordo com Rodrigues, o relatório da PF detalha o papel de Bolsonaro como organizador das ações que buscavam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A investigação foi baseada em depoimentos, colaboração premiada, materiais apreendidos e análise de dados. “Não são convicções dos investigadores, são provas que estão nos autos”, afirmou o diretor.

Apesar de Bolsonaro ser apontado como líder, Rodrigues explicou que uma possível prisão cautelar só será solicitada caso sejam identificados fatores que justifiquem a medida, como risco de fuga, obstrução de Justiça ou reincidência.

Michelle e Eduardo não serão indiciados – Rodrigues também esclareceu que a investigação não encontrou elementos suficientes para indiciar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ambos citados na delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid como parte de um grupo radical.

“Nós investigamos, apuramos e não encontramos elementos suficientes para várias pessoas, não só essas duas”, explicou Rodrigues. Ele destacou que a delação premiada é apenas um instrumento para obtenção de provas, mas que é necessário cruzar os relatos com outras evidências.

Próximos passos da investigação – O relatório da Polícia Federal, concluído em novembro de 2024, indiciou Bolsonaro e outras 39 pessoas. A delação de Mauro Cid foi utilizada para apontar nomes que integram a suposta trama golpista, mas Rodrigues frisou que nem todos os mencionados foram indiciados por falta de provas, segundo o 247.

Questionado sobre o tempo de duração do inquérito, Rodrigues afirmou que investigações dessa magnitude têm “tempo de maturação” e dependem de análise criteriosa. Ele também reforçou o compromisso da PF com uma condução isenta e responsável, descartando qualquer pré-julgamento.

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Nessa guerra entre dois pilantras, Bolsonaro x Moro, qual cão de guarda é pior, Valeixo ou Ramagem?

Ramagem era o delegado da operação que originou a Furna da Onça.

A meleca toda não para aí.

Quando o delegado da PF “vazou” para Flávio a operação que pegaria Queiroz, Ramagem já era o responsável pela segurança do clã Bolsonaro.

Já Valeixo, o queridinho de Moro, foi aquele que, em 2018, por ordem ilegal de Moro, manteve Lula preso, mesmo após ordem judicial para soltá-lo.

Um Diretor da PF como Valeixo não tem competência para julgar se uma decisão judicial é legal ou ilegal.

O que Valeixo fez com Lula por ordem ilegal de Moro, chama-se abuso de autoridade e perseguição política.

A confissão veio da boca do próprio Moro em mensagem para Carla Zambelli.

Na troca de mensagens, Moro afirma que o delegado Maurício Valeixo manteve o Lula preso após ordem judicial. Ele afirmou que Valeixo “manteve a prisão do Lula diante da ‘ordem ilegal’.

O fato é que Moro confessa o crime que cometeu contra Lula em troca de mensagens com a deputada bolsonarista

Trocando em miúdos, quando membros da Polícia Federal, Ministério Público e do Judiciário apoiam um governo que viola as garantias administrativas de suas instituições e se opõe aos governos estaduais e políticos que defendem sua autonomia, isto se chama: Aparelhamento ideológico.

A verdade é que, olhando para as ações de Valeixo e de Ramagem, a conclusão óbvia a que se chega é de uma fraude eleitoral para levar Bolsonaro à presidência da República, Moro ao ministério da Justiça e Segurança Pública, Ramagem à chefia da Abin e Valeixo à chefia da Polícia Federal.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas