Categorias
Uncategorized

Celso de Mello: “obscurantismo retrógrado de um ditador travestido de político”

Ex-ministro do STF Celso de Mello disse, ainda, que Jair Bolsonaro possui uma “absurda” e “horrenda” visão de mundo.

Segundo Malu Gaspar, O Globo, o ex-decano do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello disse à equipe da coluna que os atos em defesa da democracia e do Estado de Direito que serão realizados nesta quinta-feira (11) na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, marcarão “um dia glorioso na luta pela democracia, pela liberdade e contra o obscurantismo retrógrado de um ditador travestido de político”.

O evento deve reunir cerca de 8 mil pessoas e marcará o lançamento da “Carta aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito” que já reuniu mais de 865 mil assinaturas, entre elas a do próprio Celso de Mello e de outros nove ex-ministros do STF.

A carta se tornou um poderoso recado da sociedade civil frente aos arroubos autoritários de Bolsonaro, que criticou o documento e seus signatários.

O presidente já disse que não precisa de “nenhuma cartinha” para defender a Constituição – ainda que ele mesmo tenha feito isso em 2018, para tentar apaziguar a relação com o STF, após o deputado federal Eduardo Bolsonaro (então no PSL) falar que bastavam um cabo e soldado para fechar o tribunal.

Em mensagem enviada à coluna, Celso de Mello também criticou uma declaração de Bolsonaro, que disse em uma live que, se Lula for eleito, o petista vai transformar clubes de tiro em bibliotecas.

“O presidente da República (que julga ser um monarca absolutista ou que pretende ser um contraditório ‘monarca presidencial’), ao sugerir que sua derrota no processo eleitoral importará, caso haja vitória de Lula, em substituição de clubes de tiro por bibliotecas , tornou-se, inequivocamente , com tal afirmação, o Sumo Sacerdote que desconhece tanto o valor e a primazia da vida, dos livros e da cultura em geral quanto o seu dever ético de celebrá-los incondicionalmente”, escreveu o ex-decano do STF.

Para Celso de Mello, a “absurda” e “horrenda” visão de mundo de Bolsonaro equivale à “repulsiva fala necrófila (“ Viva a morte; abaixo a inteligência ”) pronunciada no passado, em tempos ominosos, logo no início da Guerra Civil espanhola, em 1936, contra o grande escritor e intelectual espanhol Miguel de Unamuno, então Reitor da Universidade de Salamanca, pelo general Millán Astray, seguidor falangista fiel ao autocrata (e impiedoso) Francisco Franco”.

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Ensaio de ditador

Inação de PGR e Congresso ameaça democracia; urge reagir, até por sobrevivência.

Editorial Folha – Jair Messias Bolsonaro é um presidente contra a Constituição. Comete desvarios em série na sua fuga rumo à tirania e precisa ser parado pela lei que despreza.

Há loucura e há método na sequência de investidas contra a democracia e o sistema eleitoral, ao passo que o país é duramente castigado pela ausência de governo. São demasiadas horas perdidas com mentiras, picuinhas e bravatas enquanto brasileiros adoecem, morrem e empobrecem.

Os danos na saúde, na educação e no meio ambiente, cujos ministérios têm sido ocupados por estafermos, serão sentidos ao longo de gerações.

Os juros sobem e a perspectiva de crescimento cai quando há nada menos que 14,8 milhões de desempregados. A disparada nos preços de energia e comida vitima os mais pobres. Artimanhas para burlar a prudência orçamentária afugentam investidores.

Aqui a insânia encontra o cálculo. Ao protótipo de ditador cujo governo fracassou resta enxovalhar as instituições e ameaçá-las de ruptura pela força.

Mas o uivo autoritário encontrou reação firme de agentes da lei. O Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral incluíram o presidente da República em inquéritos, que precisam ir até o fim.

Os presidentes da Câmara e do Senado e o procurador-geral da República, no entanto, não entenderam o jogo. Por ingenuidade ou interesse equivocado, associam-se a uma figura que se pudesse fecharia o Congresso, o Ministério Público e o Supremo.

Falta ao procurador Augusto Aras perceber que a vaga que ambiciona no STF de nada valeria em um regime de exceção; ao deputado Arthur Lira (PP-AL), que a pusilanimidade de hoje não seria recompensada com mais poder em uma ditadura.

A deliberação sobre os pedidos de impeachment torna-se urgente. Da mesma maneira, os achados e conclusões da CPI da Pandemia devem desencadear a responsabilização do presidente. À Procuradoria cumpre exercer a sua prerrogativa de acionar criminalmente o chefe do governo.

A inação de Aras e Lira põe em risco a democracia; é preciso reagir, até pela própria sobrevivência.

Participe da vaquinha: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/o-blog-antropofagista-precisa-de-voce

Siga-nos no facebook: https://www.facebook.com/Antropofagista-Jornalismo-109522954746371/

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Ridículo: Onyx Lorenzoni chora ao apelar para a direita superar divergências

Ministro da Casa Civil fez discurso exaltado, e chegou a chorar duas vezes em SP

Em um discurso exaltado, em que chegou a chorar duas vezes, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, defendeu a unidade da direita, para que não seja perdida uma oportunidade histórica de mudar o país. As declarações foram dadas neste sábado (12), durante a Cpac, conferência conservadora que acontece em um hotel de São Paulo.

“Temos de tentar nos unir superando divergências. Pelo amor de Deus, temos a chance de nossas vidas. Para nunca mais permitir que essa gente [a esquerda] volte e faça o que eles fizeram”, afirmou o ministro.

O campo conservador passa por uma disputa entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e dissidências, que atingem até mesmo o PSL. A legenda vive a possibilidade de um racha entre deputados alinhados a Bolsonaro e aqueles aliados do presidente nacional da sigla, Luciano Bivar (PE).

Onyx, em sua fala, citou o Chile como exemplo de um país em que a direita, representada pelo ditador Augusto Pinochet, teve impacto duradouro, que não foi modificado posteriormente.

“O Chile teve quatro ou cinco governos de esquerda e não mudaram os fundamentos do que fizeram lá atrás”, declarou, em referências às reformas liberais do ditador. Nesse momento, ouviu-se na plateia um “Viva Pinochet!”.

Segundo o ministro, “a gente não pode perder essa chance”. “Eles [a esquerda] dominaram esse país durante anos a fio. Pela primeira vez a direita brasileira tem a chance de escrever a história do Brasil.”

Em diversos momentos de seu discurso, o ministro fez referências à intervenção divina na eleição de Bolsonaro, especialmente ao relembrar o atentado sofrido pelo então candidato no ano passado, que quase o matou.

“Aquela faca meio centímetro mais para o lado, a viatura da PF se chegasse no hospital três minutos mais tarde, eu e o Duda [Eduardo Bolsonaro] não estaríamos. Não somos fruto do acaso”, afirmou.

Numa apresentação com slides, Onyx fez um histórico dos governos petistas, dos escândalos do mensalão e da Lava Jato, até chegar à eleição de Bolsonaro. Finalizou fazendo um chamamento à mobilização dos conservadores. “Duelo ideológico é democracia viva. O que nós tínhamos era a hegemonia da esquerda.”

Indagado sobre o aumento no desmatamento no Brasil, divulgado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) na sexta (11), Onyx limitou-se a dizer que acha admirável que a imprensa brasileira faça o jogo dos estrangeiros.

“Precisamos ter prudência com esses números, porque senão a imprensa brasileira ajuda ONGs com viés esquerdista lá na Europa a dizer: não coma carne brasileira, não compre o produto brasileiro.”

“O Brasil é o país que mais preservou suas florestas nativas”, afirmou. “Quem está mais perto de cumprir o Acordo de Paris? A França ou o Brasil? Qual país europeu pode nos mostrar florestas nativas preservadas? Nenhum.”

Em relação à carta do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em que os EUA afirmam apoiar a entrada de Argentina e Romênia, mas não a ampliação que incluiria o Brasil, o ministro da Casa Civil afirmou que nada mudou.

“Os EUA continuam apoiando a entrada do Brasil, só que tem uma questão temporal. A Argentina pediu acessão em 2016, e o Brasil, só em 2017”, diz. “O governo americano está apenas respeitando essa ordem.”

Onyx afirmou também que a própria organização irá desejar a entrada do Brasil. “Dos 254 itens o Brasil já tem o reconhecimento de 82. Nós vamos cumprindo todas as etapas. Vai chegar um momento em que, pelo tamanho da economia brasileira, a própria OCDE vai se preocupar em nos ter.”

 

 

*Com informações da Folhapress