Juíza que substituiu Moro na Lava-Jato está por trás da operação que desvendou plano contra senador

Gabriela Hardt foi responsável por uma das condenações de Lula em ação decorrente da força-tarefa, sentença pela qual foi acusada de plagiar o ex-colega de profissão.

A Operação Sequaz, que prendeu nove suspeitos de planejarem ataques contra diversas autoridades, entra elas o senador Sergio Moro (União-PR), foi chancelada pela juíza Gabriela Hardt, que assinou os mandados de prisão e de busca e apreensão cumpridos pelos agentes da Polícia Federal (PF). A magistrada substituiu o próprio Moro na Operação Lava-Jato quando o ex-juiz pediu exoneração do cargo, no fim de 2018, para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro, informa O Globo.

Hardt ocupava, à época, o cargo de juíza substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde tramitavam as ações advindas da força-tarefa — cabia a ela, por exemplo, cobrir as férias ou outras eventuais ausências de Moro. Com a saída definitiva do ex-juiz, porém, ela assumiu, até abril do ano seguinte, a titularidade plena da vara.

Em fevereiro de 2019, foi Hardt quem condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão no processo relativo a um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. Na ocasião, ela chegou a ser acusada de copiar trechos da sentença da decisão de Moro que condenou Lula em outra ação, sobre um triplex no Guarujá, no litoral paulista. O texto citava, por exemplo, a palavra “apartamento”.

A juíza admitiu posteriormente ter usado trechos da sentença do colega como base, mas alegou que seria um procedimento comum na magistratura, sem configurar plágio. As condenações contra Lula no âmbito da Lava-Jato acabaram anuladas no Supremo Tribunal Federal (STF).

Atualmente, Hardt voltou a ser juíza substituta na 13ª Vara Criminal, hoje comandada pelo juiz Eduardo Fernando Appio. Embora a força-tarefa da Lava-Jato tenha sido encerrada em 2021, processos decorrentes dela ainda tramitam. A operação desta quarta-feira, no entanto, ocorreu no âmbito da 9ª Vara Criminal, cuja magistrada titular saiu de férias na semana passada, o que levou a uma redistribuição do inquérito, com as decisões ficando a cargo de Hardt.

De acordo com a PF, os ataques contra autoridades eram planejados em cinco unidades da federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Ao todo, foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos e endereços situados em Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

As investigações mostraram que os suspeitos planejavam homicídios e extorsão mediante sequestro em pelo menos cinco unidades da federação — Distrito Federal, em Roraima, no Paraná, no Mato Grosso do Sul e em São Paulo. O promotor de justiça Lincoln Gakiya também é apontado como um dos alvos do grupo criminoso, que cogitava realizar ataques de forma simultânea. Nove pessoas foram presas.

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Dallagnol cada dia mais desesperado, não esconde o pavor de ter que enfrentar a justiça

Dallagnol, todos sabem por que o tagarela marqueteiro se transformou, na Lava Jato, no porta-voz de Moro na mídia por ser um falastrão midiático.

Agora que a Lava Jato não está mais sob o controle de suas mãos, para literalmente manipular a justiça em nome de um projeto de poder, anda vendo assombração em Cristiano Zanin que, no STF, provou a manipulação tosca da Lava Jato para prender Lula e, junto, o incômodo de quem sabe o que o novo juiz da Lava Jato pode descobrir contra ele e Moro, através de Alberto Youssef e Tacla Duran.

Hoje, o deputado boquirroto Dallagnol, em seu palavrório habitual, numa entrevista ao Uol, parecia que alguém tinha lhe jogado pó de mico. Em sua acelerada e confusa fez de tudo para ser confusamente compreendido.

O assunto era a ação da Polícia Federal, comandada pelo Ministro da Justiça, Flávio Dino, que desbaratou e prendeu integrantes do PCC que pretendiam matar Moro e sua família, entre outros agentes do Estado.

Com o microfone e as câmeras do Uol, Dallagnol não mediu esforços para criar uma espécie de power point 2, o falastrão.

A impressão que deu é que ele estava num self service misturando maionese com strogronoff com caviar para tentar emplacar suas ridículas teses baseadas em “convicções”, com uma fala corrosiva contra Lula para manter o bafo da justiça longe do seu cangote, mais que isso, a própria Lava Jato que o projetou através da mídia.

O camarada parecia um personagem do samba gravado por Zeca Pagodinho, “Vacilão”, “… Deu lavagem ao macaco, banana pro porco, osso pro gato
Sardinha ao cachorro, cachaça pro pato. Entrou no chuveiro de terno e sapato. Não queria papo. Foi lá no porão, pegou três-oitão. Deu tiro na mão do próprio irmão que quis te segurar…”

Isso deixou uma coisa clara, Dallagnol está se borrando de medo do novo delegado da Lava Jato, Eduardo Fernando Appio, e aonde suas investigações podem chegar.

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Novo juiz da Lava Jato revoga decisão de Moro e pede que Cunha entregue carros confiscados

Ex-deputado terá que entregar dois Porsche Cayenne, um Ford Fusion, um Ford Edge, um Hyundai Tucson e um Volkswagen Passat.

CNN –  juiz federal Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou que o ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, entregue seis carros confiscados durante a Operação Lava Jato.

Em uma decisão de 2016, o então juiz Sergio Moro havia determinado que os veículos não podiam ser transferidos ou vendidos, mas não solicitou a entrega dos bens. Nesta quinta-feira (09), o novo juiz da Lava Jato revogou a decisão anterior. O prazo dado para entrega foi de cinco dias.

“Revogo, por conseguinte, o respeitável despacho judicial deste Juízo Federal (nos autos de pedido de prisão preventiva de Eduardo Cunha – decisão do evento 03 do então juiz federal Sérgio Moro) o qual havia autorizado que o acusado Eduardo Cunha (e seus familiares) ficassem na posse dos veículos de luxo”, diz o trecho.

Os automóveis confiscados são dois Porsche Cayenne, um Ford Fusion, um Ford Edge, um Hyundai Tucson e um Volkswagen Passat.

Em seu perfil em uma rede social, Eduardo Cunha afirmou que há ilegalidade na decisão, pois o caso é de competência da Justiça Eleitoral. O ex-deputado federal também disse que seus advogados irão recorrer.

“Apenas para esclarecer a todos, a ação que eu respondia perante ao juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba teve a anulação da condenação e a sua transferência para a Justiça Eleitoral por decisão do STF, que declarou a incompetência do juízo. Se o juízo foi declarado incompetente, qualquer decisão que não seja a mera transferência para o juízo eleitoral se reveste de ilegalidade e teratologia, nos termos jurídicos”, escreveu Cunha.

“Assim sendo, o juiz que assinava no sistema Lul2 não tem competência para qualquer medida com relação a mim, sendo as decisões tomadas de caráter teratológico, visando o constrangimento público. Qualquer medida só poderia ser tomada pela Justiça Eleitoral e nunca por ele. Meus advogados saberão contestar a teratológica decisão”, disse o ex-deputado.

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