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O escandaloso aumento da desigualdade no Brasil e o fator Lula

A desigualdade atingiu um recorde no Brasil em 2018. No país, um dos 15 mais desiguais do mundo, a renda dos 1% mais ricos da população excede quase 34 vezes a renda dos 50% mais pobres da sociedade.

Esse é o saldo do golpe em Dilma e a prisão política de Lula.

A Aliança da Globo com a escória política, o dinheiro grosso, a milícia, o Judiciário e os militares entreguistas produziram mais de 10 milhões de pobres e mais de 4 milhões de miseráveis no país.

Metade do povo brasileiro hoje ganha R$ 413 reais por mês, diz o IBGE.

Não existe no mundo concentração de renda equivalente à brasileira no topo dos 1% mais ricos.

Aqui no Brasil, os endinheirados se apoderam de 28% da renda; nos EUA, 22%.

Por isso, a pressão do dinheiro grosso para o STF não libertar Lula.

A questão dessa gente não é a prisão depois da condenação em 2ª instância, mas o medo de Lula se reencontrar com o povo nas ruas.

Por isso, Barroso, o principal escapulário do mercado, age como disse Marcelo Semer:

Prisão em segundo grau, diz Barroso: “ESTIMULOU A COLABORAÇÃO PREMIADA”. É isso. O argumento utilitarista (e ilegal) da Lava Jato desde o começo. Nada de Constituição….”

A pobreza cresce sem parar desde o cerco golpista de 2015.

E o que diz o justiceiro Barroso sobre isso? Nada, pula essa questão.

No poder, a direita lavajatista produziu mais 6,27 milhões de novos pobres, elevando a 23,3 milhões o contingente abaixo da linha da pobreza.

O país desumano que é, desigual que também é, e que sempre foi, piorou desde o golpe de 2016.

Então, a questão que envolve a prisão de Lula, nada tem a ver com a justiça, mas sim com a política. Uma política voltada a esmagar os pobres com subempregos e a exterminar os miseráveis pela fome.

Não querem Lula lembrando ao povo que, no seu governo, o país tinha esperança por ter praticamente erradicado a miséria e a fome, além do menor nível de desemprego e um salário mínimo com o maior poder de compra da história.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O Gênio e o Jegue

Nós brasileiros estamos experimentando uma sensação até então desconhecida, com o Brasil sendo declarado inimigo da humanidade com os golpes certeiros que Bolsonaro tem dado na diplomacia brasileira. Isso seria fatal, é a lei natural das coisas.

A escória política, os donos do dinheiro e o baronato midiático que deram o golpe em Dilma e, em parceria com o judiciário, prenderam Lula, falsificaram uma lenda e, agora, não sabem aonde enfiar o monstro que se acha o dono do mundo.

Resultado, o estigma de um país bananeiro está impresso em cada publicação ou programa da mídia internacional.

O antagonismo de Bolsonaro em relação a Lula é tanto diante dos olhos do mundo, que aquele país liderado por Lula, que encantou até mesmo adversários ideológicos no planeta e hoje desfilam juntos contra Bolsonaro simbolizam o nível a que o Brasil desceu com Bolsonaro em apenas sete meses de governo.

Para piorar, no mesmo dia em que vimos o brilho nos olhos de Lula, na entrevista com Bob Fernandes, mesmo num absurdo cárcere político, dando uma verdadeira aula de política, economia e relações internacionais, sempre colocando o povo brasileiro em primeiro lugar, do outro lado, até por instinto literalmente animal, Bolsonaro não conseguiu esconder o sentimento de fracasso quando anunciou a quebra da economia brasileira com a escassez de recursos até para pagar o almoço dos soldados do exército.

Impressiona, neste ponto, o espírito guerreiro de Lula narrando sem imaginar tal declaração de Bolsonaro que, quando chegou ao governo, Fernando Henrique Cardoso tinha deixado o país de forma tão trágica quanto Bolsonaro, a ponto de também ter que dispensar os soldados do exército às 11 horas da manhã por não ter como dar almoço a eles, muito menos comprar um simples coturno ou uma farda decente. Lula, além de providenciar imediatamente a solução desses problemas, promoveu cursos de aperfeiçoamento técnico para os soldados, coisa até então inédita no país.

Mas é na parte da soberania nacional que grita a diferença entre Lula e Bolsonaro e, consequentemente as condições políticas que, com Lula, levaram o Brasil à condição de sexta maior economia do planeta, elevando-o a um expoente natural nas discussões globais. Bolsonaro, por sua vez, é a própria chacota mundial, retratado na Alemanha como samba-Trump, uma caricatura mal-ajambrada do burlesco presidente americano, tal a subserviência de Bolsonaro aos Estados Unidos, tendo como resposta concreta uma série de perdas no campo das relações internacionais nos setores político e comercial.

O fato é que o mundo não entende como o Brasil, que tinha levado um gênio político à Presidência da República pode, colocar um jegue na mesma cadeira.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas