É só olhar ao redor e ver a quantidade de produtos sintéticos, derivados do petróleo para, de estalão, entender o que está por trás do interesse de quem mais promoveu ditaduras, patrocinou golpes, jogou bomba atômica em milhares de civis e patrocina o genocídio de Israel em Gaza.
É nítido o controle dos EUA sobre a mídia nativa, é só observar que não se vê uma linha crítica àquele conceito civilizatório que os EUA vendem como fábula, mas escondem como de fato são.
Certamente, jamais os EUA, seguidos pela mídia lambe-botas do tio San, não dariam a menor confiança ou gastaria um minuto de atenção para a política venezuelana, se o país não estivesse em cima do maior barril de petróleo do planeta.
Ou seja, essa gente insiste em acreditar que todo o mundo é tolo.
Presidente russo vai se reunir com o líder norte-coreano, Kim Jong-un
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu nesta terça-feira (18) aprofundar os laços comerciais e de segurança com a Coreia do Norte e apoiá-la contra os Estados Unidos, enquanto se dirigia ao recluso país com armas nucleares pela primeira vez em 24 anos.
Os EUA e os seus aliados asiáticos estão tentando perceber até onde irá a Rússia em apoio ao líder norte-coreano Kim Jong-un, cujo país é o único que realizou testes de armas nucleares no século 21.
Num sinal de que a Rússia, um membro com poder de veto do Conselho de Segurança das Nações Unidas, está reavaliando toda a sua abordagem à Coreia do Norte, Putin elogiou Pyongyang por resistir ao que ele disse ser pressão econômica, chantagem e ameaças dos EUA.
Num artigo publicado pela mídia estatal norte-coreana, Putin elogiou o “camarada” Kim e prometeu “resistir em conjunto às restrições unilaterais ilegítimas”, para desenvolver o comércio e fortalecer a segurança em toda a Eurásia.
“Washington, recusando-se a implementar acordos previamente alcançados, apresenta continuamente exigências novas, cada vez mais rigorosas e obviamente inaceitáveis”, disse Putin no artigo, impresso na primeira página do Rodong Sinmun da Coreia do Norte, o porta-voz do Partido dos Trabalhadores no poder.
“A Rússia sempre apoiou e continuará a apoiar a RPDC e o heroico povo coreano na sua oposição ao inimigo insidioso, perigoso e agressivo.”
Putin observou que a União Soviética foi a primeira a reconhecer a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), fundada pelo avô de Kim, Kim Il Sung, menos de dois anos antes da Guerra da Coreia de 1950.
A mídia estatal norte-coreana também publicou artigos elogiando a Rússia e apoiando suas operações militares na Ucrânia, chamando-as de “guerra sagrada de todos os cidadãos russos”, diz a CNN.
A visita de Estado de Putin ocorre em meio a acusações dos EUA de que a Coreia do Norte forneceu “dezenas de mísseis balísticos e mais de 11 mil contêineres de munições à Rússia” para uso na Ucrânia. A Coreia do Sul, um forte aliado dos EUA, levantou preocupações semelhantes.
A Casa Branca disse na segunda-feira (18) que estava preocupada com o aprofundamento do relacionamento entre a Rússia e a Coreia do Norte. O Departamento de Estado dos EUA disse estar “bastante certo” que Putin procurará armas para apoiar a sua guerra na Ucrânia.
Moscou e Pyongyang negaram transferências de armas, mas prometeram reforçar os laços militares, possivelmente incluindo exercícios conjuntos.
A Rússia deverá superar toda a aliança militar da Otan na produção de munições este ano, então a viagem de Putin provavelmente visa sublinhar a Washington o quão perturbadora Moscou pode ser numa série de crises globais.
A Rússia vetou em março a renovação anual de um painel de peritos que monitora a aplicação das sanções de longa data das Nações Unidas contra a Coreia do Norte devido aos seus programas de armas nucleares e mísseis balísticos.
Documentos do governo sobre a base secreta dos Estados Unidos em Israel trazem raras pistas sobre a pouco conhecida presença militar do país perto de Gaza.
DOIS MESES ANTES DO ATAQUE do Hamas a Israel, o Pentágono firmou um contrato multimilionário para construir instalações destinadas às tropas dos Estados Unidos em uma base secreta que mantém nos confins do deserto de Negev, em Israel, a apenas 32 quilômetros de Gaza. Com o codinome “Site 512”, a base dos Estados Unidos é uma instalação de radar de longa data, que monitora os céus em busca de ataques de mísseis contra Israel.
Porém, em 7 de outubro, quando milhares de foguetes do Hamas foram lançados, o Site 512 não percebeu nada – porque seu foco está voltado para o Irã, a mais de 1,1 mil quilômetros de distância.
O Exército dos Estados Unidos avança discretamente na construção do Site 512, uma base secreta situada no topo do Monte Har Qeren, no Negev, para adicionar ao local o que os registros governamentais descrevem como uma “instalação de suporte à vida” – um jargão militar para estruturas semelhantes a alojamentos para um contingente de pessoas.
Embora o presidente Joe Biden e a Casa Branca insistam que não há planos para enviar tropas dos Estados Unidos para Israel em meio à guerra contra o Hamas, já existe uma presença militar secreta dos norte-americanos em Israel. E os contratos governamentais, bem como os documentos orçamentários, mostram que essa presença está em franco crescimento.
As instalações para as tropas dos Estados Unidos, no valor de 35,8 milhões de dólares, não foram anunciadas de forma pública, nem divulgadas anteriormente. Mas foram indiretamente referenciadas em um anúncio de contrato feito em 2 de agosto pelo Pentágono.
Embora o Departamento de Defesa tenha se esforçado para ocultar sua verdadeira natureza – descrevendo o local em outros registros apenas como um projeto “confidencial em todo o mundo” – os documentos orçamentários revisados pelo The Intercept revelam que ele faz parte do Site 512. O Pentágono não respondeu de forma imediata a um pedido de comentário.
“Às vezes, algo é tratado como segredo oficial, não na esperança de que um adversário nunca descubra, mas sim [porque] o governo dos Estados Unidos, por razões diplomáticas ou políticas, não quer reconhecer o fato oficialmente”, explicou Paul Pillar. O ex-analista-chefe do centro de contraterrorismo da CIA disse não ter conhecimento específico da base.
“Neste caso, talvez a base seja usada para dar suporte a operações em outros locais do Médio Oriente, e qualquer reconhecimento de que foram desencadeadas a partir de Israel, ou que envolveram cooperação com Israel, seria inconveniente e provavelmente causaria mais reações negativas do que provocariam [sem este reconhecimento]”.
Uma rara admissão da presença militar dos Estados Unidos em Israel ocorreu em 2017, quando os dois países inauguraram uma instalação militar que a Voice of America, serviço de radiodifusão financiado pelo governo dos Estados Unidos, considerou “a primeira base militar do país em solo israelita”.
O brigadeiro general da Força Aérea Israelense, Tzvika Haimovitch, chamou o fato de “histórico”, afirmando: “Estabelecemos uma base americana no estado de Israel, nas Forças de Defesa de Israel, pela primeira vez”.
Graças às investigações da Operação Lava Jato contra grandes construtoras brasileiras, países como Estados Unidos e Suíça saíram ganhando uma fortuna. Somente em multas aplicadas em acordos de leniência, delação premiada e outros compromissos, gigantes nacionais tiveram de desembolsar pelo menos R$ 1,3 bilhão para o caixa dos Estados Unidos, e outros R$ 982 milhões para os suíços.
Os dados são parciais (ou seja, os valores ainda podem aumentar) e foram divulgados pelo Observatório da Lava Jato, organização integrada pelos juristas Carol Proner, Lenio Streck, Fernando Augusto Fernandes, Ney Strozake e Charlotth Back. Com o levantamento inédito, o grupo busca lançar luz sobre o paradeiro dos recursos bilionários que foram arrecadados pela Lava Jato e que, até hoje, seguem sem controle e transparência.
“Os valores referem-se apenas aos acordos que subimos até o momento no Observatório. Não esgotam, no entanto, o total, à medida que ainda estamos tratando e levantando todo material”, explicam os membros dos Observatório.
Entre as empresas que pagaram recursos aos EUA ou Suíça, na esteira das investigações da Lava Jato, estão a Braskem e Odebrecht, que teve provas extraídas dos sistemas Drousys e MyWebDay, usadas em seu acordo de leniência, anuladas pelo Supremo Tribunal Federal por quebra na cadeia de custódia e outras ilegalidades, incluindo a cooperação internacional ilegal com os suíços.
A tabela do Observatório da Lava Jato contém as pessoas físicas ou jurídicas que foram multadas, o processo que originou a penalidade, a destinação dos recursos e pagamento efetuados. Além dos Estados Unidos e Suíça, a própria Lava Jato foi beneficiada. Há sinalização de milhões de reais para a “força-tarefa” do Ministério Público Federal e também para a Polícia Federal.
De acordo com a jornalista, Brasília espera revelações “bombásticas” do FBI em relação às investigações contra Bolsonaro e auxiliares.
A jornalista Helena Chagas contou nesta quinta-feira (31) pelo X, antigo Twitter, que paira em Brasília um clima de suspense pelas informações de que o FBI, Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos, fará revelações “bombásticas” sobre os inquéritos no Brasil que têm como alvo Jair Bolsonaro (PL) e seus auxiliares.
“Vocês podem me cobrar depois. Mas uma fonte bem informada me contou há pouco que a República está com a respiração suspensa aguardando novidades importantes, tipo bombásticas, nas investigações que têm Bolsonaro e cia no alvo. E elas não viriam da PF [Polícia Federal], mas do FBI, que teria descoberto, nos EUA [Estados Unidos], que a turma não negociou apenas joias, mas também imóveis e outros bens na terra de Tio Trump”, publicou.
Vocês podem me cobrar depois. Mas uma fonte bem informada me contou há pouco que a República está com a respiração suspensa aguardando novidades importantes, tipo bombásticas, nas investigações que têm Bolsonaro e cia no alvo. E elas não viriam da PF, mas do FBI, que teria…
Segundo o jornal, o Brasil passou a ser visto como adversário.
A jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo, reporta que o Brasil passou a ser visto como adversário dos Estados Unidos, após a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China. “As fontes americanas afirmam não pressionar o Brasil a não ter relações com o regime de Xi Jinping ou a escolher um dos dois países —os próprios EUA têm grande intercâmbio com a China, argumentam. Mas entendem que o presidente brasileiro e sua equipe de política externa, liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor especial de Lula, Celso Amorim, adotaram um tom aberto de antagonismo aos EUA”, escreve a jornalista.
“Um dos aspectos mais problemáticos, na visão de Washington, é Lula enxergar os EUA como um obstáculo para o fim da guerra na Ucrânia —e a China e a Rússia como os países que vão levar a paz ao conflito”, prossegue.
O presidente Lula avalia que os Estados Unidos precisam parar de fornecer armas à Ucrânia e tem defendido a criação de um clube de países interessados na paz. Ele também afirmou não ser antiamericano. “Quando converso com os Estados Unidos, não me preocupa o que a China vai pensar. Estou conversando sobre os interesses soberanos do meu país. Quando converso com a China, também não me preocupa o que os Estados Unidos estão pensando. É assim que fazem todos os países”, afirmou.
*Com 247
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Sputnik – Um objeto não identificado foi avistado neste domingo (12) sobrevoando as águas da província costeira de Shandong, no leste da China. As autoridades do país já se preparam para derrubá-lo, disse o departamento marítimo local.
O aviso acrescentava que as autoridades competentes estavam se preparando para derrubar o objeto. A esse respeito, o departamento marítimo instou os barcos de pesca a seguir as regras de segurança, informou a agência de notícias. A autoridade marítima também pediu aos pescadores que tirassem fotos do objeto caso ele caísse nas proximidades.
A agência não especificou o que era o objeto voador e se ele acabou mesmo sendo derrubado.
Os Estados Unidos e o Canadá derrubaram um total de três objetos aéreos de alta altitude em fevereiro, incluindo um que foi derrubado no sábado (11) sobre o território canadense de Yukon.
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Questionado sobre quando Bolsonaro voltaria ao Brasil, Flávio deixou em aberto: “Pode ser amanhã, pode ser em seis meses, pode ser nunca”.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, neste sábado (28/1), que o pai, Jair Bolsonaro (PL), não tem previsão de voltar ao Brasil. O ex-presidente viajou aos Estados Unidos no fim de dezembro, dois dias antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na quinta-feira (26/1), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro desembarcou em Brasília após um período sabático ao lado do marido, em Orlando. Bolsonaro, no entanto, ficou nos Estados Unidos. Questionado sobre quando o ex-presidente voltaria, Flávio deixou em aberto: “Pode ser amanhã, pode ser em seis meses, pode ser nunca”.
A declaração do filho do ex-presidente foi dada após a reunião que formalizou a aliança entre PL, PP e Republicanos no apoio à candidatura de Rogério Marinho para a presidência do Senado Federal.
Sem nomear diretamente o adversário de Marinho, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Flávio ainda atribuiu ao atual presidente do Senado parte da culpa sobre o clima de instabilidade no país e os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
“Se nós vimos tudo aconteceu nos últimos meses é porque, talvez, quem estava sentado na cadeira da presidência do Senado não teve a capacidade ou a visão para buscar essa pacificação, para promover o diálogo. Porque é assim que a gente busca unidade no parlamento”, disse. Visto prestes a vencer
Na ocasião, o senador também foi perguntado sobre a situação do visto de Bolsonaro. Ele viajou aos Estados Unidos com o visto diplomático oficial de presidente da República. O documento perderá validade no fim deste mês. Flávio afirmou que a autorização precisa ser revista, mas não confirmou se isso já ocorreu ou se está em trâmite.
Em relação ao risco de extradição, que chegou a ser pedida por parlamentares democratas nos EUA, o filho do ex-presidente afirmou acreditar que o país “não fará nada fora da lei”.
“É a extrema-esquerda que faz, nos EUA, o papel da extrema-esquerda daqui. Eles pressionam por questão política. Mas acredito que o EUA seja um país sério, que não fará nada fora da lei. Sei que ele foi com visto de presidente e, obviamente, se já não foi convertido, será convertido num visto de turista, que ele tem direito. Ele está descansando”, declarou.
“Não sei dizer se já aconteceu a conversão. Ele está muito tranquilo, está acompanhando a distância o que está acontecendo no Brasil, com consciência tranquila de que fez o melhor para o país.”
“Se nós vimos tudo aconteceu nos últimos meses é porque, talvez, quem estava sentado na cadeira da presidência do Senado não teve a capacidade ou a visão para buscar essa pacificação, para promover o diálogo. Porque é assim que a gente busca unidade no parlamento”, disse.
Visto prestes a vencer
Na ocasião, o senador também foi perguntado sobre a situação do visto de Bolsonaro. Ele viajou aos Estados Unidos com o visto diplomático oficial de presidente da República. O documento perderá validade no fim deste mês. Flávio afirmou que a autorização precisa ser revista, mas não confirmou se isso já ocorreu ou se está em trâmite.
Em relação ao risco de extradição, que chegou a ser pedida por parlamentares democratas nos EUA, o filho do ex-presidente afirmou acreditar que o país “não fará nada fora da lei”.
*Com Metrópoles
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GGN – O projeto georgiano GG-21 foi financiado pelo DTRA e implementado por cientistas militares americanos de uma unidade especial do Exército dos EUA de codinome USAMRU-G que opera no Lugar Center. Eles receberam imunidade diplomática na Geórgia para pesquisar bactérias, vírus e toxinas sem serem diplomatas. Esta unidade é subordinada ao Walter Reed Army Institute of Research (WRAIR).
A reportagem a seguir é de Dilyana Gaytandzhieva, jornalista investigativa búlgara, correspondente no Oriente Médio e fundadora da Arms Watch.
Nos últimos anos, ela publicou uma série de relatórios reveladores sobre suprimentos de armas para terroristas na Síria, Iraque e Iêmen.
Seu trabalho atual está focado em documentar crimes de guerra e exportações ilícitas de armas para zonas de guerra em todo o mundo.
A reportagem abaixo é publicada com exclusividade pelo GGN, graças à indicação de leitores antenados.
De Dilyana Gaytandzhieva *
Enquanto os EUA planejam aumentar sua presença militar na Europa Oriental para “proteger seus aliados contra a Rússia”, documentos internos mostram o que significa “proteção” americana em termos práticos.
O Pentágono realizou experimentos biológicos com um resultado potencialmente letal em 4.400 soldados na Ucrânia e 1.000 soldados na Geórgia. De acordo com documentos vazados, todas as mortes de voluntários devem ser relatadas dentro de 24 h (na Ucrânia) e 48 h (na Geórgia).
Ambos os países são considerados os parceiros mais leais dos EUA na região, com vários programas do Pentágono sendo implementados em seu território. Um deles é o programa de engajamento biológico da Agência de Redução de Ameaças de Defesa (DTRA), de US$ 2,5 bilhões , que inclui pesquisas sobre agentes biológicos, vírus mortais e bactérias resistentes a antibióticos sendo estudadas na população local.
Projeto GG-21: “Todas as mortes de voluntários serão prontamente informadas”
O Pentágono lançou um projeto de 5 anos com uma possível extensão de até 3 anos com o codinome GG-21: “Infecções transmitidas por artrópodes e zoonóticas entre militares na Geórgia”. De acordo com a descrição do projeto, amostras de sangue serão obtidas de 1.000 recrutas militares no momento de seu exame físico de registro militar no hospital militar georgiano localizado em Gori.
As amostras serão testadas para anticorpos contra quatorze patógenos:
Bacillus anthracis
Brucela
Vírus CCHF
Coxiella burnetii
Francisella tularensis
Hantavírus
Espécies de Rickettsia
Vírus TBE
Espécies de Bartonella
Espécies de Borrelia
Espécies de Ehlrichia
Espécies de Leptospira
typhi de salmonela
WNV
A quantidade de sangue retirada será de 10 ml. As amostras serão armazenadas indefinidamente no NCDC (Lugar Center) ou USAMRU-G e as alíquotas podem ser enviadas para a sede do WRAIR nos EUA para futuras pesquisas. O Instituto de Pesquisa do Exército Walter Reed (WRAIR) é o maior centro de pesquisa biomédica administrado pelo Departamento de Defesa dos EUA. Os resultados dos exames de sangue não serão fornecidos aos participantes do estudo.
Tal procedimento não pode causar a morte. No entanto, de acordo com o relatório do projeto, “todas as mortes de voluntários serão prontamente relatadas (geralmente dentro de 48 h após a notificação da PI)” ao Hospital Militar da Geórgia e ao WRAIR.
De acordo com o relatório do projeto GG-21, “todas as mortes de voluntários serão prontamente relatadas” ao hospital militar georgiano e ao WRAIR, EUA.
As amostras de sangue dos soldados serão armazenadas e testadas no Lugar Center, uma instalação de US$ 180 milhões financiada pelo Pentágono na capital da Geórgia, Tbilisi.
O Lugar Center tornou-se notório nos últimos anos por atividades controversas , incidentes laboratoriais e escândalos em torno do programa de hepatite C da gigante farmacêutica dos EUA Gilead na Geórgia, que resultou em pelo menos 248 mortes de pacientes . A causa da morte na maioria dos casos foi listada como desconhecida, mostraram documentos internos .
O projeto georgiano GG-21 foi financiado pelo DTRA e implementado por cientistas militares americanos de uma unidade especial do Exército dos EUA de codinome USAMRU-G que opera no Lugar Center. Eles receberam imunidade diplomática na Geórgia para pesquisar bactérias, vírus e toxinas sem serem diplomatas. Esta unidade é subordinada ao Walter Reed Army Institute of Research (WRAIR).
O Lugar Center é o biolaboratório de US$ 180 milhões financiado pelo Pentágono na capital da Geórgia, Tbilisi.
Um carro diplomático com placa da Embaixada dos EUA em Tbilisi no estacionamento do Lugar Center. Cientistas dos EUA que trabalham no laboratório do Pentágono na Geórgia dirigem veículos diplomáticos, pois receberam imunidade diplomática. Fotos: Dilyana Gaytandzhieva
Documentos obtidos do registro de contratos federais dos EUA mostram que o USAMRU-G está expandindo suas atividades para outros aliados dos EUA na região e está “estabelecendo capacidades expedicionárias” na Geórgia, Ucrânia, Bulgária, Romênia, Polônia, Letônia e quaisquer locais futuros. O próximo projeto USAMRU-G envolvendo testes biológicos em soldados deve começar em março deste ano no Hospital Militar Búlgaro em Sofia.
Projeto UP-8: Todas as mortes dos participantes do estudo devem ser relatadas em 24 h.
A Agência de Redução de Ameaças de Defesa (DTRA) financiou um projeto semelhante envolvendo soldados na Ucrânia de codinome UP-8: A disseminação do vírus da febre hemorrágica da Crimeia-Congo (CCHF) e hantavírus na Ucrânia e a potencial necessidade de diagnóstico diferencial em pacientes com suspeita de leptospirose. O projeto começou em 2017 e foi prorrogado algumas vezes até 2020, mostram documentos internos.
De acordo com a descrição do projeto, serão coletadas amostras de sangue de 4.400 soldados saudáveis em Lviv, Kharkov, Odesa e Kiev. 4.000 dessas amostras serão testadas para anticorpos contra hantavírus, e 400 delas – para a presença de anticorpos contra o vírus da febre hemorrágica da Crimeia-Congo (CCHF). Os resultados dos exames de sangue não serão fornecidos aos participantes do estudo.
Não há informações sobre quais outros procedimentos serão realizados, exceto que “incidentes graves, incluindo óbitos, devem ser relatados em 24 horas . Todas as mortes de sujeitos do estudo que são suspeitas ou conhecidas por estarem relacionadas aos procedimentos de pesquisa devem ser levadas ao conhecimento dos comitês de bioética nos EUA e na Ucrânia.”
Amostras de sangue de 4.000 soldados ucranianos serão testadas para hantavírus. Outras 400 amostras de sangue serão testadas para CCHF sob o Projeto Ucraniano UP-8 patrocinado pelo DTRA.
Projeto UP-8: “Incidentes graves, incluindo mortes, devem ser relatados em 24 horas. Todas as mortes de sujeitos do estudo que são suspeitas ou conhecidas por estarem relacionadas aos procedimentos de pesquisa devem ser levadas ao conhecimento dos comitês de bioética nos EUA e na Ucrânia.” Fonte: ukr-leaks.org
A DTRA alocou US$ 80 milhões para pesquisas biológicas na Ucrânia a partir de 30 de julho de 2020, de acordo com informações obtidas do registro federal de contratos dos EUA. Encarregada do programa está a empresa norte-americana Black &Veatch Special Projects Corp.
Outro empreiteiro da DTRA operando na Ucrânia é a CH2M Hill. A empresa americana recebeu um contrato de US$ 22,8 milhões (2020-2023) para a reconstrução e equipamento de dois biolaboratórios: o Instituto Estadual de Pesquisa Científica de Diagnóstico Laboratorial e Especialização Veterinária-Sanitária (Kyiv ILD) e o Serviço Estatal da Ucrânia para Segurança Alimentar e Laboratório Regional de Diagnóstico de Defesa do Consumidor (Odesa RDL).
Funcionários dos EUA são indenizados por mortes e ferimentos à população local
As atividades de DTRA na Geórgia e na Ucrânia estão sob a proteção de acordos bilaterais especiais. De acordo com esses acordos, a Geórgia e a Ucrânia isentarão de responsabilidade, não abrirão processo judicial e indenizarão os Estados Unidos e seu pessoal, contratados e funcionários dos contratados, por danos à propriedade ou morte ou ferimentos a quaisquer pessoas na Geórgia e na Ucrânia, decorrentes de atividades sob este Acordo. Se cientistas patrocinados pelo DTRA causarem mortes ou ferimentos à população local, eles não poderão ser responsabilizados.
Além disso, de acordo com o Acordo EUA-Ucrânia, reclamações de terceiros por mortes e ferimentos na Ucrânia, decorrentes de atos ou omissões de quaisquer funcionários dos Estados Unidos relacionados ao trabalho sob este Contrato, serão de responsabilidade da Ucrânia.
Dilyana Gaytandzhieva
Ela produziu este vídeo há 3 anos, portanto antes da guerra da Ucrânia, sobre laboratórios biológicos dos Estados Unidos.:
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Ações dos Estados Unidos, por meio das chamadas “guerras híbridas”, e a expansão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Leste Europeu catalisaram o conflito Rússia-Ucrânia, segundo afirma Andrew Korybko, analista político norte-americano, informa o Uol.
Em entrevista ao UOL diretamente de Moscou, ele compara o que vê como ingerência indireta dos EUA na Ucrânia com os protestos ocorridos no Brasil a partir de 2013, que culminaram no impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
“O Brasil e a Ucrânia foram ambos vitimados pelas guerras híbridas dirigidas pelos Estados Unidos com o objetivo de fortalecer a hegemonia unipolar norte-americana”, diz Korybko.
O que são guerras híbridas?
Segundo o analista, o conceito de guerra híbrida é uma combinação de “revoluções coloridas” —que são incitações populares, na linha do que aconteceu no Brasil a partir de 2013 e na Primavera Árabe— e guerras não convencionais, como ataques cibernéticos, contendas judiciais e retaliações econômicas, para substituir governos que não estejam alinhados aos interesses dos EUA.
Sem citar nominalmente o efeito da Operação Lava Jato, Korybko afirma que, no Brasil, “a guerra [híbrida] se concentrou, principalmente, no chamado ‘lawfare’, ou na manipulação de instrumentos legais, a fim de remover seu governo multipolar democraticamente eleito e legítimo”.
Já na Ucrânia, diz o analista, a estratégia foi organizada com base no que chama de “terrorismo urbano de extrema-direita”, conhecido hoje como a Revolução Colorida EuroMaidan.
Autor do livro “Guerras Híbridas: das revoluções coloridas aos golpes”, Korybko diz que manobras dos EUA na Ucrânia levaram “essas forças de extrema-direita ao poder, as quais ameaçaram a minoria russa indígena [povos originários que habitam a região de Donbass] devido à ideologia fascista das novas autoridades, que glorificam aqueles que colaboraram com a Alemanha nazista”.
“Isso levou os residentes da Crimeia a se reunirem democraticamente com a Rússia e as repúblicas do Donbass a declararem sua independência”, diz ele, que manifestou nas redes sociais apoio ao governo russo.
Em paralelo, o governo ucraniano se recusou a implementar os acordos de Minsk, apoiados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
‘Conflitos por procuração’
Korybko —que é jornalista baseado em Moscou e escreve para diversos veículos de imprensa internacionais, como o russo Sputnik, o chinês CGTN e o italiano L’Antidiplomatico— afirma que as mídias sociais são as novas armas de ataque cirúrgico.
Os Estados Unidos vêm usando esses métodos para derrubar governos em todo o mundo. Segundo o padrão que foi usado na Síria e na Ucrânia, a guerra indireta é marcada por manifestantes e insurgentes, e as quintas colunas são compostas menos por agentes secretos e sabotadores ocultos e mais por protagonistas desvinculados do estado, que se comportam, publicamente, como civis.”Andrew Korybko, analista político
Para o analista, em vez de estabelecer um confronto direto, os EUA estabelecem uma espécie de “conflito por procuração”, promovido na vizinhança dos alvos para desestabilizá-los.
“As tradicionais ocupações militares dão lugar a golpes e operações indiretas para as trocas de regimes, que são muito mais econômicas e menos sensíveis do ponto de vista político”, defende.
Korybko aponta que isso ocorreu em 2014, na Ucrânia, e no Ocidente foi chamado de Revolução Ucraniana ou Revolução da Dignidade. Assim como as Jornadas de Junho de 2013 levaram à eleição de Jair Bolsonaro, as agitações na Ucrânia conduziram Volodymyr Zelensky à presidência. Otan na Ucrânia
O presidente russo Vladimir Putin iniciou ontem o que classificou como uma “operação militar especial” na Ucrânia, com o objetivo de, segundo ele, “desnazificar” e “desmilitarizar” o país vizinho.
Nos últimos meses, Putin também citou suposta ameaça à Rússia em razão da expansão da Otan —a aliança militar liderada pelos EUA— na Ucrânia. “Esses movimentos visam, essencialmente, neutralizar as capacidades russas de contra-ataque nuclear e, assim, colocar a Rússia em uma posição perpétua de chantagem nuclear frente aos EUA”, analisa Korybko.
O presidente russo ainda mencionou a crise humanitária nas repúblicas de Donbass, que reconheceu como independentes no início da semana, como justificativa para autorizar a operação.
“Na Rússia, o sentimento geral é que as pessoas estão aliviadas por Putin não apenas ter finalmente tomado medidas decisivas para evitar uma catástrofe humanitária ainda pior, que já provocou um êxodo de refugiados em larga escala para a Rússia, mas por ele enfrentar a ameaça existencial que os planos dos EUA e da Otan na Ucrânia representam para a Rússia.”
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