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A grande mídia brasileira e a submissão aos Estados Unidos

Os dois maiores parceiros comerciais do Brasil são a China e os Estados Unidos.

A China é o principal destino das exportações brasileiras, especialmente de commodities como soja, minério de ferro e carne, enquanto os Estados Unidos são o segundo maior parceiro, com destaque para o comércio de bens industrializados e agrícolas.

Balança Comercial do Brasil com a China em 2024
De acordo com dados oficiais da Administração Geral das Alfândegas da China e análises do IBRE/FGV, o comércio bilateral entre Brasil e China totalizou US$ 188,17 bilhões em 2024, com crescimento de 3,5% em relação a 2023.

O Brasil manteve um superávit comercial significativo, impulsionado principalmente pelas exportações de commodities agrícolas e minerais, enquanto as importações de produtos manufaturados (como veículos elétricos e autopeças) cresceram expressivamente.

Principais produtos exportados pelo Brasil: Soja, minério de ferro, carne bovina, petróleo, milho e café.

Principais produtos importados do China: Veículos elétricos (149,9 mil unidades importadas de jan-nov), eletrônicos e bens de capital.

Balança Comercial do Brasil com os Estados Unidos em 2024
Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC) e análises econômicas indicam que o comércio de bens e serviços com os EUA resultou em um déficit para o Brasil de mais de US$ 28 bilhões em 2024.

Isso reflete o maior volume de importações de bens industriais e serviços (como tecnologia e remessas), enquanto as exportações brasileiras cresceram, mas não o suficiente para equilibrar a balança.

Principais produtos exportados pelo Brasil: Petróleo bruto, semimanufaturados de ferro/aço, café, óleos combustíveis, celulose e carne.

Principais produtos importados dos EUA: Aeronaves, combustíveis refinados, máquinas e serviços (TI, remessas de dólares).

Esses resultados destacam a complementaridade: superávit com a China em commodities e déficit com os EUA em bens de alto valor agregado.

Para 2025, incertezas como tarifas propostas pelo governo Trump podem impactar o comércio com os EUA.

Por que a mídia brasileira dá mais atenção à relação comercial com os EUA e menos à parceria com a China?

A pergunta toca em um desequilíbrio notório na cobertura jornalística brasileira, que prioriza narrativas sobre os Estados Unidos enquanto marginaliza a China, apesar de esta ser o maior parceiro comercial do Brasil há mais de 15 anos, com um superávit de cerca de US$ 44 bilhões em 2024, contra um déficit de US$ 28 bilhões com os EUA.

Essa assimetria não é casual. Reflete fatores históricos, ideológicos, econômicos e geopolíticos.

Em última análise, a mídia, que reflete as classes economicamente dominantes no Brasil, escancara a submissão aos EUA e, junto, um puro preconceito com a China.

Ou seja, a coisa é tocada por puro viés Ideológico e Sinofobia Estrutural.


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Os Estados Unidos são o país com o maior número de consumidores de drogras e, consequentemente, de cartéis

Posição da Venezuela no Ranking de Países que Abastecem os EUA com Drogas:

A Venezuela não entra no top 5 (nem mesmo no top 10) dos principais países que abastecem os EUA com drogas ilícitas, com base nos relatórios da DEA (2024-2025), do Departamento de Estado dos EUA e do World Drug Report da ONU (2024).

Ela atua principalmente como um país de trânsito secundário para cocaína, mas seu papel é considerado menor em comparação com México, Colômbia, Peru e outros.

Especialistas e fontes como o New York Times e a Al Jazeera enfatizam que o volume de drogas originadas ou transitadas pela Venezuela que chega aos EUA é limitado, representando uma fração pequena do total (estimado em menos de 10% da cocaína global para os EUA)

Ou seja, Trump quer o que todos os outros últimos presidentes dos EUA queriam, roubar o petróleo venezuelano, a maior reserva do mundo.

Toda a solidariedade à Venezuela!


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Venezuela entra em estado de alerta máximo para enfrentar os Estados Unidos

Venezuela colocou suas forças armadas em alerta máximo devido ao envio do portaaviones USS Gerald R. Ford dos EUA ao Mar Caribe, próximo às suas costas.

O governo de Nicolás Maduro considera isso uma ameaça de invasão, enquanto os EUA justificam a operação como combate ao narcotráfico ligado ao “Cártel de los Soles”. Maduro ordenou exercícios militares de 72 horas e denunciou um “plano de guerra” dos EUA.

A tensão inclui acusações mútuas, com os EUA oferecendo recompensa de US$ 50 milhões por Maduro e alertas de viagem nível 4 para Venezuela.

A ONU e países como Brasil alertam para o risco de desestabilização regional. A situação pode escalar, impactando militar, econômica e humanitariamente a região.

Maduro destacou o apoio militar massivo da Rússia e denunciou a campanha de desinformação promovida pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump.


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Mundo

O Plano de Trump para Gaza

Cabe aos palestinos responder se aceitam ou não o plano de Trump.

Mas não vejo como aplaudir a proposta feita pelo presidente dos Estados Unidos no dia 29 de setembro.

Leia a proposta:

1. Gaza será una zona desradicalizada, libre de terrorismo, que no representará ninguna amenaza para sus vecinos.

2. Gaza será reurbanizada en interés de la población de Gaza, que ya ha sufrido lo suficiente.

3. Si ambas partes aceptan esta propuesta, la guerra terminará inmediatamente. Las fuerzas israelíes se retirarán hasta la línea acordada para preparar la liberación de los rehenes. Mientras tanto, se suspenderán todas las operaciones militares, incluidos los bombardeos aéreos y de artillería, y las líneas del frente permanecerán congeladas hasta que se den las condiciones necesarias para una retirada completa por etapas.

4. En las 72 horas siguientes a la aceptación pública de este acuerdo por parte de Israel, todos los rehenes, vivos o muertos, serán devueltos.

5. Una vez liberados todos los rehenes, Israel liberará a 250 presos condenados a cadena perpetua, así como a 1.700 gazaíes detenidos desde el 7 de octubre de 2023, incluidas todas las mujeres y todos los niños detenidos en este contexto. Por cada rehén israelí cuyos restos sean devueltos, Israel devolverá los restos de 15 gazaíes fallecidos.

6. Una vez liberados todos los rehenes, los miembros de Hamás que se comprometan a coexistir pacíficamente y a entregar sus armas se beneficiarán de una amnistía. A los miembros de Hamás que deseen abandonar Gaza se les ofrecerá un paso seguro a países de acogida.

7. Tan pronto como se acepte este acuerdo, se enviará inmediatamente la ayuda completa a la Franja de Gaza. Las cantidades de ayuda serán, como mínimo, las previstas en el acuerdo del 19 de enero de 2025 sobre ayuda humanitaria, incluida la rehabilitación de infraestructuras (agua, electricidad, alcantarillado), la rehabilitación de hospitales y panaderías, y la entrada del equipo necesario para retirar los escombros y abrir las carreteras.

8. La distribución y la ayuda en la Franja de Gaza se llevarán a cabo sin interferencia de ninguna de las dos partes, a través de las Naciones Unidas y sus agencias, la Media Luna Roja y otras instituciones internacionales que no estén asociadas de ninguna manera con ninguna de las dos partes. La apertura del paso de Rafah en ambos sentidos se someterá al mismo mecanismo que el aplicado en el marco del acuerdo del 19 de enero de 2025.

9. Gaza será gobernada en el marco de una gobernanza transitoria temporal por un comité palestino tecnocrático y apolítico, encargado de garantizar el funcionamiento diario de los servicios públicos y los municipios para la población de Gaza. Este comité estará compuesto por palestinos cualificados y expertos internacionales, bajo la supervisión y el control de un nuevo órgano internacional de transición, el «Consejo de Paz», dirigido y presidido por el presidente Donald J. Trump, con otros miembros y jefes de Estado que se anunciarán más adelante, entre ellos el ex primer ministro Tony Blair. Este organismo establecerá el marco y gestionará la financiación de la reconstrucción de Gaza hasta que la Autoridad Palestina haya completado su programa de reformas —tal y como se describe en diversas propuestas, entre ellas el plan de paz del presidente Trump de 2020 y la propuesta franco-saudí— y pueda retomar el control de Gaza de forma segura y eficaz. Este organismo aplicará las mejores normas internacionales para crear una gobernanza moderna y eficaz, al servicio de la población de Gaza y capaz de atraer inversiones.

Comentário

Deixarei de lado o estilo, a pegada de incorporador imobiliário, o passar o pano nos crimes cometidos pelo Estado de Israel e o desequilíbrio geral.

Deixarei de lado, também, o estilo ultimatum.

E, principalmente, deixarei de lado a pegada chantagem de gangster (“tenho uma pistola na tua nuca, se você não concordar, atirarei”).

Vou me focar só numa questão de princípio: a soberania.

O que Trump está propondo é estabelecer um protetorado sob sua gestão pessoal.

Leiam: “Gaza será gobernada en el marco de una gobernanza transitoria temporal por un comité palestino tecnocrático y apolítico, encargado de garantizar el funcionamiento diario de los servicios públicos y los municipios para la población de Gaza. Este comité estará compuesto por palestinos cualificados y expertos internacionales, bajo la supervisión y el control de un nuevo órgano internacional de transición, el «Consejo de Paz», dirigido y presidido por el presidente Donald J. Trump, con otros miembros y jefes de Estado que se anunciarán más adelante, entre ellos el ex primer ministro Tony Blair. Este organismo establecerá el marco y gestionará la financiación de la reconstrucción de Gaza hasta que la Autoridad Palestina haya completado su programa de reformas —tal y como se describe en diversas propuestas, entre ellas el plan de paz del presidente Trump de 2020 y la propuesta franco-saudí— y pueda retomar el control de Gaza de forma segura y eficaz. Este organismo aplicará las mejores normas internacionales para crear una gobernanza moderna y eficaz, al servicio de la población de Gaza y capaz de atraer inversiones”.

O controle sobre Gaza não será da população palestina, não será da Autoridade Palestina.

Será de um “Conselho de Paz”, dirigido e presidido por Trump.

Um “novo órgão internacional de transição”, constituído a la carte, que controlará as coisas até que a Autoridade Palestina tenha feito o dever de casa e possa “retomar o controle de Gaza de forma segura e eficaz”.

Trata-se de um protetorado.

Ou seja, é uma espécie de regresso ao princípio da história.

Aliás, ter o “poodle” Tony Blair à cabeça da coisa só reforça a lembrança do protetorado britânico sobre a Palestina.

Que o ministro Mauro Vieira tenha dito que o Brasil “aplaude” este plano e que ele estaria “alinhado com posições históricas do Brasil” só demonstra como são diferentes os critérios adotados para avaliar o que é soberania nacional.

Cabe aos palestinos, que estão na linha de fogo, decidir o que fazer.

Mas não há como não dizer que a proposta de Trump perpetua a causa de fundo da situação: a ocupação colonial.

PS. a interceptação da flotilha que rumava em direção a Gaza, feita em águas internacionais, é mais um dos inúmeros crimes cometidos pelo Estado terrorista de Israel, a maior “amenaza para sus vecinos” que existe na região.

*Por Valter Pomar, em seu blog


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Brasil

VÍDEO: Secretário de Trump diz que é preciso “consertar” o Brasil para vender aos EUA

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, declarou que o Brasil precisa ser “consertado” para agir de forma correta em relação aos americanos. A fala foi dada em entrevista à NewsNation, uma rede de notícias a cabo dos Estados Unidos, e divulgada neste sábado (27). Segundo ele, países como Brasil, Suíça e Índia estariam tomando medidas que prejudicam os interesses de Washington.

Lutnick reforçou que os três países precisam “entrar no jogo” definido por Donald Trump para manter acesso ao mercado norte-americano. “Temos um monte de países para consertar, como Suíça, Brasil e Índia. São países que precisam realmente reagir corretamente com a América. Abrir seus mercados, parar de tomar ações que prejudicam a América”, afirmou.

No caso brasileiro, as tensões comerciais têm se concentrado nas tarifas impostas pelos EUA. Assim como o Brasil, a Índia também enfrenta taxação de 50% em vários produtos, sendo metade dessa alíquota motivada pela compra de petróleo russo. Já a Suíça paga tarifas de até 39% e, a partir de 1º de outubro, produtos farmacêuticos e caminhões suíços também serão sobretaxados em até 100%.

A fala de Lutnick ocorre dias após um breve encontro entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva, nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O gesto foi interpretado como sinal de distensão das relações, marcadas nos últimos meses por escalada tarifária.

Trump afirmou que teve “química excelente” com Lula e chegou a elogiar o presidente brasileiro. “Ele pareceu ser um homem muito legal, na verdade. Ele gostou de mim, eu gostei dele. E eu só faço negócios com pessoas de quem gosto”, disse o republicano. Lula classificou o episódio como uma “boa surpresa” e confirmou o interesse em realizar uma reunião bilateral.

https://twitter.com/i/status/1972303174137454869

*Sputnik


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Mundo

Censura: Com ameaça de descredenciar jornalistas, Pentágono exige prévia de reportagens

Departamento de Guerra dos EUA impôs regra que obriga imprensa a submeter conteúdo para liberação do governo

O Departamento de Guerra dos Estados Unidos determinou que jornalistas credenciados só poderão publicar informações relacionadas à pasta — classificadas ou não — após aprovação oficial. O descumprimento pode levar à suspensão das credenciais de acesso ao Pentágono.

As novas condições foram comunicadas na noite de sexta-feira (19) e ampliam o embate da administração Donald Trump contra a imprensa, frequentemente acusada pelo ex-presidente de atuar contra ele.

De acordo com o documento, todo material deve ser “aprovado para divulgação pública por um funcionário autorizado, antes da publicação, mesmo que não seja classificado”. A regra inclui dados obtidos de fontes internas anônimas fora dos canais oficiais.

Pentágono exige aprovação prévia de reportagens e ameaça desredenciar jornalistas

O Departamento de Guerra dos Estados Unidos determinou que jornalistas credenciados só poderão publicar informações relacionadas à pasta — classificadas ou não — após aprovação oficial. O descumprimento pode levar à suspensão das credenciais de acesso ao Pentágono.

As novas condições foram comunicadas na noite de sexta-feira (19) e ampliam o embate da administração Donald Trump contra a imprensa, frequentemente acusada pelo ex-presidente de atuar contra ele.

De acordo com o documento, todo material deve ser “aprovado para divulgação pública por um funcionário autorizado, antes da publicação, mesmo que não seja classificado”. A regra inclui dados obtidos de fontes internas anônimas fora dos canais oficiais.

Entidade de jornalistas critica nova regra da aprovação prévia
O Clube Nacional de Imprensa de Washington criticou duramente a medida. “Se as notícias sobre nossas Forças Armadas precisam ser aprovadas primeiro pelo governo, o público deixa de receber informação independente e só vê o que os funcionários querem mostrar. Isso deveria alarmar todos os americanos”, disse o presidente da entidade, Mike Balsamo.

De aordo com o ICL, o secretário de Guerra, Pete Hegseth, defendeu a decisão e reforçou que os repórteres deverão seguir protocolos mais rígidos dentro das instalações militares. “Use sua credencial e cumpra as normas, ou vá para casa”, escreveu no X.


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O Tribunal Penal Internacional, Trump e o poder das big techs

O que o ataque do governo dos Estados Unidos ao TPI pode nos revelar sobre imperialismo digital?

Quem acredita na neutralidade das grandes empresas norte-americanas? Quem aderiu à ideia de que tecnologia é apenas um meio disponível para quaisquer finalidades? Quem caiu na conversa dos consultores das big techs que disseram que o importante é ter “a chave do cofre” dos dados e sistemas hospedados nas nuvens dos provedores norte-americanos? Quem aceitou a ideia de que os produtos vendidos pela Amazon, Microsoft, Oracle, chamados de “nuvem soberana” garantiria efetivamente a nossa soberania dos dados?

O que o ataque do governo dos Estados Unidos ao Tribunal Penal Internacional (TPI) pode nos revelar sobre o imperialismo digital implementado pelas big techs?

Recentemente, o presidente Donald Trump ordenou que o seu gabinete colocasse em prática sanções contra os membros do Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, por emitirem mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, acusados de crimes de guerra e ações de extermínio da população palestina. Além de cassarem os vistos de quatro magistrados da corte, as possibilidades de bloqueio tecnológico aos serviços digitais do Tribunal estavam na pauta.

O jornalista brasileiro Jamil Chade publicou no dia 22 de agosto no UOL uma matéria relatando que o TPI tinha seus arquivos hospedados em uma big tech estadunidense: “como preservar as provas contra os indiciados, já que o sistema contratado pela promotoria estava sob a guarda de uma empresa americana, a Microsoft. Por duas semanas, todo o trabalho parou para que milhares de páginas de provas e evidências fossem para impressoras do escritório. Ninguém mais confiava na possibilidade de que elas seriam preservadas.”

Esse receio de destruição de arquivos ou simplesmente negação de acesso, mesmo que eles estivessem encriptados, foi confirmado em outra situação por representantes das big techs na Europa. Em audiência no Senado francês, no dia 10 de junho último, Anton Carniaux e Pierre Lagarde, executivos da Microsoft na Europa, confirmaram que a empresa é legalmente obrigada a cumprir as solicitações do governo Trump sob o US Cloud Act. A chamada lei da nuvem, Clarifying Lawful Overseas Use of Data Act, permite ao governo dos EUA acessar dados dos provedores de nuvem e empresas dos EUA, mesmo que suas máquinas estejam alocadas no exterior. Trata-se de mais uma extensão da jurisprudência estadunidense para todo o planeta.

O US Cloud Act torna a localização física dos computadores e servidores pouco relevante. O provedor de nuvem como AWS, Microsoft Azure, Google, entre outros, deve assegurar que as autoridades dos EUA tenham acesso a dados via mandado ou intimação dos provedores. Para isso, essas empresas devem ter mecanismos técnicos para garantir a execução da lei. Esse é o ponto. Quando o Serpro e a Dataprev entregam os dados estratégicos do governo brasileiro para a nuvem de uma corporação norte-americana, estão colocando-os sob o controle da Justiça e das agências do Estado estadunidense.

Edward Snowden já havia demonstrado que a NSA, agência de espionagem digital dos EUA, atua dentro das big techs e a partir das big techs com base no US Patriotic Act e na FISA, ou seja, na Foreign Intelligence Surveillance Act. A FISA foi criada no contexto da guerra fria, em 1978, e coloca regras para a vigilância eletrônica de cidadãos estadunidenses, mas é completamente flexível para atuar contra alvos estrangeiros. Em 2008, foi aprovada a FISA Amendments Act que ampliaram os poderes de coleta de dados em massa, como podemos recordar com o programa PRISM, denunciado por Snowden.

Donald Trump, com sua truculência e atitudes de CEO de empresa à beira da falência, tem escancarado o poder de interferência do Estado norte-americano em diversas áreas, principalmente a partir das empresas dos EUA. Em diversas situações, Trump parece estrelar um filme como um tirano, caricato, autocrático e violento. Trata-se da realidade do neofascismo. O neofascismo atua com o poder das tecnologias. Atua pelas redes e com corporações que o fascismo histórico não conheceu. Não podemos continuar submetidos à crença de que os grupos Meta, Alphabet, Amazon, Microsoft e Oracle serão neutros diante dos interesses e decisões dos atuais dirigentes dos Estados Unidos.

A aplicação da soberania de dados no atual cenário sociotécnico implica que os dados criados e extraídos da população brasileira e de seus indivíduos devem estar submetidos às leis brasileiras e não de outros países. Mas os Estados Unidos tem um gigantesco aparato legal de intrusão oficial e expansão de suas determinações legais e políticas para todo o planeta, desrespeitando, agora abertamente e antes veladamente, as legislações nacionais. Obviamente, os consultores das big techs tentarão atenuar essa realidade evidente, com tapinhas nas costas dos gestores públicos e com outras técnicas de manutenção de contratos. Mas, é hora de começar a levar a sério os ataques à nossa autonomia, independência e autodeterminação realizados a partir da presença das big techs em nosso cotidiano. A administração pública brasileira está nas mãos dessas empresas.

Observe o caso canadense. Após diversas ameaças feitas por Trump ao Canadá, os militares canadenses parecem ter descoberto o que sempre foi óbvio: suas estruturas de defesa estão nas mãos das big techs que também são aparatos geopolíticos do Pentágono. As Forças Armadas Canadenses e até mesmo o Departamento de Defesa do Canadá utilizam os serviços chamados Microsoft 365. Trata-se de uma assinatura que combina os aplicativos de produtividade com serviços em nuvem, segurança e dispositivos de gerenciamento de dispositivos. As Forças Armadas canadenses personalizaram esses serviços e os nomearam de Defesa 365.

Agora perceberam que estão completamente vulneráveis e pendurados em contratos que em uma situação de confronto ou forte contencioso serão facilmente anulados pelas diversas leis norte-americanas do Cloud Act à FISA, sem falar em atos específicos que podem ser determinados pela atual gestão norte-americana.

Agora vamos observar o Brasil. E o Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), criado em 2016? Está ou não em situação bem semelhante ao Canadá? E os dados do SUS estão hospedados nas estruturas de nuvem das big techs? E o MEC? Por que faz de conta que permitir que os dados das universidades brasileiras, seus repositórios de pesquisas, as trocas de mensagens e os serviços de streaming estejam sob o controle da Amazon, Google e Microsoft não é importante? Por que continua entregar os dados do desempenho escolar dos adolescentes brasileiros para a Microsoft?

A tese de doutorado de João Cassino, Soberania Fatiada, a partir de uma série de licenças obtidas pelo mestrando Gabriel Boscardim de Moraes em sua pesquisa sobre as parcerias das big techs e o Estado brasileiro, revelou que nem mesmo a solução de contenciosos judiciais serão resolvidos em solo brasileiro. Também fica evidente que os servidores das big techs hospedados em território brasileiro precisam ser atualizados com frequência. As atualizações são obviamente realizadas remotamente, confirmando que não é verdade que as máquinas das big techs aqui estão totalmente sem o controle de sua matriz norte-americana.

Enfim, será necessária uma demonstração contundente de Trump para que os gestores públicos brasileiros comecem a tomar providências em defesa da nossa soberania? Teremos que ter o bloqueio dos e-mails de gestores ou de instituições inteiras, como ocorreu com o acesso negado pela Microsoft aos e-mails do procurador Karim Khan do Tribunal Penal Internacional.

*BdF

*Foto-montagem: Migalhas


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EUA aceitam conversar sobre tarifaço com Brasil na OMC

Os Estados Unidos aceitaram o pedido de consulta do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as tarifas de até 50% impostas a produtos brasileiros, conforme solicitado no início de agosto de 2025.

No entanto, os EUA argumentam que as medidas tarifárias são questões de segurança nacional, baseadas na Lei de Emergências Nacionais e na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, e, portanto, não passíveis de revisão pelo mecanismo de solução de controvérsias da OMC. Apesar disso, concordaram em iniciar consultas e estão dispostos a discutir uma data para o diálogo.

O Brasil contesta as tarifas, alegando que violam regras da OMC, como o princípio da nação mais favorecida e os tetos tarifários negociados, além de discriminar produtos brasileiros ao isentar outros parceiros comerciais.

A solicitação brasileira também questiona uma investigação do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) sob a Seção 301, que aborda práticas comerciais brasileiras relacionadas a comércio digital, serviços de pagamento (como o Pix), tarifas preferenciais, anticorrupção, propriedade intelectual, acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal.

Essa etapa de consultas é uma tentativa de mediação. Caso não haja acordo em 60 dias, o Brasil pode solicitar a abertura de um painel na OMC para avaliar possíveis violações às regras do comércio global. O governo brasileiro vê a aceitação das consultas como um passo positivo, mas reconhece que um acordo é desafiador devido à posição dos EUA de vincular as tarifas à segurança nacional.


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Moraes em entrevista ao Washington Post: ‘Não há menor chance de recuar um milímetro’

O ministro do STF Alexandre de Moraes concedeu uma entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post, que o descreveu como “o juiz que se recusa a ceder à vontade de Trump”.

“Não recuaremos do que precisa ser feito”
Moraes contou que estava assistindo a um jogo do Corinthians quando o celular dele começou a apitar com várias mensagens: Jair Bolsonaro (PL) havia descumprido a ordem de não usar as redes sociais, descreve o jornal. Ele agiu imediatamente, decretando a prisão domiciliar do ex-presidente, que será julgado nas próximas semanas por tentativa de golpe de Estado.

O ministro disse que não há chance de que as sanções impostas pelos Estados Unidos influenciem o processo:

“Não há a menor chance de recuarmos nem um milímetro sequer.

Eu entendo que, para a cultura norte-americana, é mais difícil entender a fragilidade da democracia, porque nunca houve um golpe lá. Mas o Brasil teve anos de ditadura sob [o presidente Getúlio] Vargas, outros 20 anos de ditadura militar e inumeráveis tentativas de golpe. Quando você é mais atingido por uma doença, você desenvolve anticorpos mais fortes e procura uma vacina preventiva.

Faremos a coisa certa: receberemos a acusação, analisaremos a evidência, e quem deve ser condenado, será condenado, e quem deve ser absolvido, será absolvido.”

“Sanções não são agradáveis, mas investigação continuará”

O governo de Donald Trump sancionou Moraes com a perda do visto e com a Lei Magnitsky, criada para punir acusados de graves violações contra os direitos humanos, que proíbe que ele faça transações com instituições financeiras que atuam nos Estados Unidos, segundo o Uol.

*Imagem: Reprodução/The Washington Post


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Embaixada dos Estados Unidos faz ameaça direta aos ministros do STF

Representação diplomática em Brasília adverte aliados de Alexandre de Moraes sobre possíveis sanções pela Lei Magnitsky

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou nesta quinta-feira (7) sua ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal (STF), com um ataque direto ao ministro Alexandre de Moraes e seus aliados. A ameaça partiu de uma publicação oficial da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, que afirmou:

“O ministro Moraes é o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores. Suas flagrantes violações de direitos humanos resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, determinadas pelo presidente Trump. Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto.”

O tweet traduz a posição de Darren Beattie, subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado, que desde a noite de quarta-feira (6) vem fazendo ameaças diretas a autoridades brasileiras. As declarações, publicadas na rede X (antigo Twitter), deixaram claro que qualquer autoridade que “ajudar ou incentivar condutas sancionadas” poderá ser alvo das mesmas penalidades. A escalada se deu após a decisão do ministro Moraes de decretar prisão domiciliar contra Jair Bolsonaro.

Em outro comunicado divulgado pelo Departamento do Hemisfério Ocidental, o governo norte-americano reforçou as críticas à atuação do ministro:

“O ministro Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA, continua a usar instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”

Beattie, por sua vez, foi ainda mais incisivo: “Os aliados de Moraes, na Corte e em outras esferas, estão fortemente advertidos a não colaborar com comportamentos sancionados. Estamos monitorando a situação de perto.” Segundo o 247, a linguagem adotada reflete um tom hostil e sem precedentes nas relações diplomáticas entre os dois países desde a redemocratização brasileira.


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