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O jornalista Daniel Gullino foi ameaçado por Bolsonaro porque fez a pergunta que a mídia deveria fazer

Dilma, neste sábado, teve a preocupação de separar os jornalistas da Folha dos donos da empresa. Ela fez muito bem porque tem grandes jornalistas escrevendo, mesmo que não seja pelo motivo nobre de prestigiar a pluralidade.

Por que pode-se afirmar isso? Porque os editoriais da Folha sempre tiveram um lado, o da Folha, o dos interesses comerciais e, consequentemente sua posição política segue os caminhos que o dinheiro indica.

O jornalista Daniel Gullino é do Globo, dos Marinho, mas cumpre um papel fundamental como profissional. Hoje ele deu uma mostra significativa de profissionalismo, fazendo o que a mídia deveria fazer diuturnamente, perguntar a Bolsonaro, por que Queiroz depositou o montante de R$ 89 mil na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro?

Pela torpeza da resposta de Bolsonaro (minha vontade é encher sua boca com uma porrada), Daniel Gullino acertou em cheio, mostrando que Bolsonaro não estava preparado para aquela pergunta e, não estando preparado, mostrou-se ainda mais despreparado para responder. Isso revela que ele vem sendo poupado pela mídia nativa de perguntas sobre os inúmeros escândalos que envolvem sua família.

Ou seja, isso fala tanto de Bolsonaro quanto da grande mídia, ou seja, há um pacto de silêncio sobre esse escárnio que envolve Queiroz e Michelle.

Talvez a coisa seja um pouco mais complexa, porque o jornalista em questão se mantém atento com matérias espinhosas sobre as respostas que Bolsonaro nunca deu, como a que ele publicou no dia 07 de agosto, intitulada Bolsonaro nunca explicou circunstâncias de suposto empréstimo a Queiroz 

E sabe-se muito bem que, quando um jornalista incomoda Bolsonaro, ele parte para o ataque, como fez com a jornalista Patrícia Campos Mello, por ter publicado uma excelente matéria sobre a rede de fake news, a partir do gabinete do ódio que motivou a abertura da CPMI que pode ainda custar a cassação da chapa Bolsonaro/Mourão.

O fato é que jornalistas como Daniel Gullino e Patrícia Campos Mello podem sim prestar um grande serviço ao país, mesmo estando dentro de empresas de mídia que colocam seus interesses empresariais em primeiro lugar e, com isso, convidam outros tantos jornalistas a fazerem o mesmo e com a mesma coragem.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro diz a jornalista, ‘Minha vontade é encher tua boca com uma porrada, tá’

Bolsonaro, neste domingo, quebrou o prumo, perdeu o verniz de paz e amor, tirou a focinheira e partiu pra cima de um jornalista ao ser perguntado sobre os depósitos feitos por Fabrício Queiroz na conta bancária da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Durante visita à Catedral de Brasília, Bolsonaro foi questionado por um repórter do jornal O Globo sobre o motivo dos depósitos feitos a Michelle.

O genocida então reagiu com o ódio que marca sua trajetória miliciana com uma intimidação: “Minha vontade é encher tua boca com uma porrada, tá”

Perguntado se aquele show de tirania era direcionado a toda a imprensa, não respondeu, o que significa que sim. Era só tocar no calcanhar de Aquiles do cachorro louco que ele atacaria mostrando o caminho das pedras para a oposição para atiçar a besta fera e a mesma entregar a rapadura, ou seja, que essa é a chave de sua queda.

Os repórteres questionaram se a declaração do presidente era direcionada a toda imprensa ou apenas ao repórter que fez a pergunta. “Isso é uma ameaça presidente?”, questionaram. Bolsonaro não respondeu e deixou o local em seguida. Bolsonaro seguiu para o Palácio da Alvorada.

Os jornalistas, entretanto, foram proibidos pelos militares de seguir para o espaço reservado à imprensa na entrada da residência oficial do presidente da República.

 

*Da redação

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Flávio Bolsonaro foge da acareação com Paulo Marinho

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) informou que não poderá comparecer à acareação (confronto de versões) com o empresário Paulo Marinho no dia 21 de setembro por falta de disponibilidade na agenda. A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pela assessoria do senador.

A data foi sugerida pelo MPF (Ministério Público Federal), que pretende colocar os dois frente a frente para falar sobre as suspeitas de vazamento de informações da Operação Furna da Onça, realizada em novembro de 2018. Marinho diz que Flávio foi informado com antecedência sobre a operação, o que o senador nega.

Segundo a defesa do senador, o agendamento de uma data para a acareação será avaliado no caso de um convite formal ou intimação do MPF. A sugestão do dia 21 de setembro, por sua vez, não poderá ser atendida por falta de disponibilidade.

Em julho, Marinho já havia “provocado” Flávio e dito que estava à disposição do MPF para a acareação, bastando marcar hora, data e local. “Reafirmo tudo que relatei nos meus três depoimentos. Já o senador assumiu que esteve na minha casa na reunião do dia 13/12/18, mas não soube de nada. Francamente, senador!”, escreveu o empresário em uma rede social.

Entenda o caso

Paulo Marinho acusa o senador de ter tido acesso antecipado a uma ação da Polícia Federal contra seu ex-assessor parlamentar, Fabrício Queiroz. A denúncia de Marinho, feita em maio à Folha de S.Paulo, foi classificada por Flávio como uma “invenção de alguém desesperado e sem votos”.

Marinho, que é presidente do PSDB no Rio de Janeiro e suplente de Flávio no Senado, também é pré-candidato à prefeitura da capital fluminense.

O tucano já prestou três depoimentos, sendo dois à PF e um ao MPF. Flávio também falou ao MPF, e admitiu ter pedido e realizado uma reunião com Marinho em dezembro de 2018 — mas negou o vazamento de informações sobre a Operação Furna da Onça. Um trecho do depoimento do senador foi divulgado em 31 de julho pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo.

“É uma situação que vai acontecendo. A imprensa atirando pedra em mim, eu tinha que me defender, procurar um advogado. Foi essa a intenção (de se reunir com Marinho), porque o Marinho eu tinha a percepção de que era uma pessoa bem relacionada no mundo jurídico. Então fui consultá-lo pra ver se ele tinha uma pessoa para indicar”, disse Flávio.

Paulo Marinho foi um dos principais apoiadores da candidatura de Jair Bolsonaro à presidência em 2018, chegando a emprestar um imóvel para que o então deputado federal pudesse gravar programas eleitorais e conceder entrevistas.

 

*Com informações do Uol

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Queiroz é alvo de inquéritos por mortes em operações quando era PM

A atuação de Fabrício Queiroz, ex-assessor do vereador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), em operações policiais na época em que ele era sargento é alvo de ao menos dois inquéritos da Polícia Civil. Adriano da Nóbrega, miliciano morto que era tenente da corporação à época, também é investigado em um dos casos.

As investigações fazem parte dos 553 inquéritos abertos pela polícia entre 2000 e 2005 sobre 784 mortes durante operações policiais que ainda estão sem resolução. O número foi obtido pelo jornal Extra via Lei de Acesso à Informação.

Um dos inquéritos que investigam Queiroz refere-se a uma operação que aconteceu no dia 13 de maio de 2003. O 18º BPM (Batalhão da Polícia Militar) de Jacarepaguá conduziu a ação na Cidade de Deus. A operação culminou na morte de Anderson Rosa de Souza, 29. Os policiais envolvidos eram o sargento Fabrício Queiroz e o tenente Adriano da Nóbrega.

Segundo o jornal, até hoje, a 32ª DP de Taquara não realizou perícia nos fuzis dos policiais, nem ouviu parentes da vítima. Isso 17 anos depois da morte na operação. O inquérito teria ouvido somente os dois investigados.

O promotor Cláudio Calo disse que causa perplexidade os fuzis não terem sido periciados e estranheza pela “falta de juntada [peças processuais] dos antecedentes criminais dos policiais”.

Adriano foi expulso da polícia anos depois por envolvimento com milicianos. Investigado pela morte da vereadora Marielle Franco (Psol), em março de 2018, ele foi morto em fevereiro deste ano na Bahia, durante confronto policial.

Queiroz está em prisão domiciliar desde julho depois de uma operação da polícia. Ele estava em Atibaia, cidade do interior de São Paulo, quando foi preso em 18 de junho. Queiroz é apontado como chefe de um esquema de “rachadinhas ” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), quando o parlamentar ainda era deputado estadual.

Mais um caso

Fabrício Queiroz tem mais um inquérito sobre morte em serviço. O caso ocorreu em 2002, em uma operação do 18º BPM, com a morte de Gênesis Luiz Conceição da Silva.

O então sargento foi um dos que atirou. De acordo com o jornal, ele nunca foi ouvido e o inquérito está em sua fase final.

Envolvimento de Ronnie Lessa

Outra investigação, essa sobre a morte de Dálber Virgílio da Silva e Luiz Fernando Aniceto Alves, em 2000, levou a uma denúncia contra Ronnie Lessa – PM reformado e acusado de matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes – e mais dois agentes.

O caso ocorreu em 2000 e uma testemunha foi achada mais de 18 anos depois.

O inquérito prosseguiu e Lessa foi denunciado pelos homicídios duas semanas atrás.

 

*Com informações do Uol

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Bolsonarista do MP-RJ pode ter perdido propositalmente o prazo de recurso contra o foro de Flávio Bolsonaro.

A procuradora Soraya Gaia, defensora do foro especial para o filho do presidente, Flávio Bolsonaro, antecipou em três dias o prazo para que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) recorresse da decisão em favor do foro privilegiado no caso da rachadinha. Soraya teria efetuado a alteração da intimação que informava ao MP-RJ da remessa do caso da rachadinha para o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro,  no dia 2 de julho.

Soraya —que já elogiou Bolsonaro nas redes sociais— fez isso ao acessar em uma quinta-feira, 2 de julho, a intimação que informava ao MP-RJ a remessa do caso de Flávio para o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

O acesso dela lançou no sistema o registro de que o MP-RJ tinha tomado oficialmente ciência da decisão, dando início ao que a Justiça chama de fluência de prazo.

Em junho, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio concedeu foro especial a Flávio. Pela decisão, o processo que investiga a prática de “rachadinha” no gabinete dele na Assembleia Legislativa do Rio saiu das mãos do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, e passou para o Órgão Especial do TJ, colegiado formados por 25 desembargadores.

Com o prazo estourado, o MP-RJ tentou o recurso e, obviamente, foi rejeitado.

A ação da procuradora pode ter sido o exemplo mais claro de como a justiça, no Brasil, é uma ação entre amigos e aproximações sociais.

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Homem que vendeu loja a Flávio Bolsonaro relata ameaça; senador critica MP

O antigo dono da loja de chocolates comprada pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse que foi ameaçado ao tentar denunciar um esquema de notas frias no estabelecimento.

A declaração foi dada em depoimento ao MP-RJ (Ministério Público) na investigação sobre um suposto esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) e revelada ontem pelo Jornal Nacional. Em nota, o senador pediu que o MP investigue a conduta de promotores do Caso Queiroz após vazamentos de informações do inquérito, mas não comentou a denúncia.

Cristiano Correia Souza e Silva vendeu a loja para o hoje senador em 2015. Em seu depoimento, Silva diz que foi informado por clientes de que a loja estaria vendendo produtos abaixo da tabela e reportou a prática à sede da Kopenhagen. A empresa confirmou à reportagem que a denúncia era verídica e que multou a loja por isso.

(…) do UOL

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Queiroz e esposa são presos novamente.

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Félix Fischer revogou a prisão domiciliar do ex-assessor Fabrício Queiroz e determinou seu retorno para a cadeia. A decisão também atinge sua mulher, Márcia Aguiar, que antes estava foragida e agora deve ser presa.

A íntegra da decisão ainda não foi divulgada. No seu despacho, Fischer determina a revogação da liminar concedida pelo presidente do STJ, João Otávio Noronha, durante o plantão do Judiciário, que mandou Queiroz para a prisão domiciliar.

Em sua decisão, Fischer também determinou que o Tribunal de Justiça do Rio analise com urgência o habeas corpus apresentado pela defesa. Isso porque os desembargadores do caso acabaram remetendo o processo para o STJ antes que o próprio TJ do Rio decidisse sobre a soltura de Queiroz.

A liminar de Noronha havia mandado o ex-assessor para prisão domiciliar sob entendimento de que ele possuía problemas de saúde e, por isso, fazia parte do grupo de risco para o coronavírus. Na mesma liminar, Noronha autorizou que Márcia Aguiar, que estava foragida, também ficasse em prisão domiciliar com Queiroz.

Ao retornar do recesso, Fischer passou uma semana afastado com um atestado médico. Nesta semana, o ministro passou a analisar o caso de Queiroz e proferiu sua decisão na noite desta quinta-feira.

 

*Aguirre talento/Extra

 

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F. Bolsonaro usou R$ 86,7 mil em espécie na compra de salas comerciais na Barra da Tijuca

A compra de salas comerciais por Flávio Bolsonaro é a nova bomba que o Globo estampa sobre o clã palaciano.

O negócio teve o uso de R$ 86,7 mil em dinheiro vivo enquanto ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio.

É o que revelam as construtoras envolvidas em mais uma operação criminosa do clã e o próprio Flávio em depoimento ao Ministério Público do Rio (MP-RJ) ao qual O GLOBO teve acesso.

No relato, o parlamentar afirmou aos promotores que pediu os valores emprestados para o pai, Jair Bolsonaro, e um irmão — sem identificar qual deles. Flávio também citou a possível ajuda de Jorge Francisco, pai do ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência, e chefe de gabinete de Jair Bolsonaro de janeiro de 2001 a março de 2018, quando faleceu.

Os relatos de Flavio Bolsonaro ocorreram em 7 de julho para o promotor Luis Fernando Ferreira Gomes no inquérito que apura a prática criminosa do clã na Assembleia Legislativa do Rio.

No depoimento, Gomes relatou a Flavio que a Cyrella e a TG Brooksfield informaram ao MP que ele pagou R$ 86.779,43 com dinheiro em espécie, por meio de depósitos bancários, no ano de 2008, para a compra de 12 salas comerciais no Barra Prime Offices — um centro comercial de alto padrão na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

A venda foi registrada em cartório em 16 de setembro de 2010, mas Flávio e as corretoras fizeram um contrato de “instrumento particular de compra e venda” em 5 de dezembro de 2008. Outros valores foram quitados com cheques e com boletos bancários. Flávio foi questionado pelos promotores sobre a origem do dinheiro em espécie.

Eu saí pedindo emprestado para o meu irmão, para o meu pai, eles me emprestaram esse dinheiro. Tá tudo declarado no meu imposto de renda, que foi comprado dessa forma (por meio de empréstimo). Depois eu fui pagando a eles esses empréstimos. Acho que o Jorge (Francisco), que era chefe de gabinete do meu pai, também me ajudou — respondeu Flávio aos promotores.

As salas acabaram revendidas por Flávio 43 dias depois do registro em cartório, de 2010. Segundo reportagens do portal UOL e do jornal “Folha de S.Paulo”, os imóveis foram formalmente adquiridos por valores entre R$ 192,5 mil e R$ 342,5 mil cada. No total declarado, as salas chegavam a R$ 2,6 milhões. Antes de revender, Flávio pagou apenas 12% do financiamento. Menos de dois meses depois, no dia 29 de outubro, o senador vendeu as salas e cedeu o restante do financiamento a uma empresa chamada MCA, obtendo um lucro R$ 318 mil.

Ao longo do depoimento, o promotor também questionou Flávio sobre como foram pagos os empréstimos feitos junto a seus familiares para custear as salas. O senador disse que também retornou os valores em dinheiro vivo.

— Não. Era em espécie, em dinheiro — afirmou Flávio, quando lhe foi perguntado se recebeu o empréstimo integralmente e se o pagou integralmente ou parcelado.

O senador disse que não se recordava:

— Como era em família, não lembro agora exatamente como foi feito. Se foi parcelado ou uma vez só.

Em entrevista ao GLOBO, o senador confirmou que seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, pagava mensalidades escolares e planos de saúde da sua família e que reembolsou em espécie um sargento da PM que pagou a parcela de um financiamento da sua esposa. Flávio nega irregularidades nas transações. Ele também nega que sua loja de chocolates tenha sido utilizada para lavagem de dinheiro, como suspeita o MP, e diz que a franquia é alvo de controle da matriz.

Relação com Santini

No depoimento ao MP, Flávio também afirmou, pela primeira vez, que Alexandre Santini, seu sócio na loja de chocolates, foi quem “apresentou sim as pessoas que vieram comprar as salas” no Barra Prime Offices em 2010. O senador relatou: “Conheci ele (Santini) dessa forma, ele oferecendo imóveis para mim”. Os promotores questionaram Flávio sobre um cheque no valor de R$ 200 mil feito por ele e nominal para o Barra Prime que foi localizado na casa de Santini durante a busca e apreensão em dezembro do ano passado.

 

*Com informações de O Globo

 

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Suspeito de matar Marielle depositou 400 mil na conta de Queiroz que fez depósitos na conta de Michelle Bolsonaro.

Capitão Adriano transferiu R$ 400 mil para conta de Queiroz, estima MP-RJ.

Adriano é o miliciano que foi condecorado pelo clã por ordem de Bolsonaro a Flávio. Adriano estava preso por ter assassinado um flanelinha.

Pelo menos R$ 69,5 mil foram depositados nas contas bancárias de Queiroz por restaurantes administrados pelo miliciano e seus familiares.

Em novembro passado, Queiroz pediu que a mãe de Adriano permanecesse escondida no interior de Minas Gerais, após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) garantir o andamento das investigações sobre o esquema criminoso do gabinete de Flávio Bolsonaro, quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro.

O advogado de Queiroz, Paulo Emílio Catta Preta, também chefiava a defesa Capitão Adriano.

A mãe e a ex-mulher do Capitão Adriano eram “funcionárias fantasmas” do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, de acordo com a investigação conduzida pelo MP-RJ.

A mãe de Adriano realizou 17 depósitos no valor total de R$ 91.796 na conta bancária de Queiroz.

Capitão Adriano era chefe da milícia que domina as comunidades de Rio das Pedras e Muzema, na zona oeste do Rio.

Queiroz e a mulher trocaram mensagens de celular que indicam que o advogado Luís Gustavo Botto Maia, responsável pelas contas eleitorais de Flávio Bolsonaro, faria uma proposta financeira a Adriano e seus familiares, em troca de silêncio do miliciano.

PF e MP encontraram ligações entre o miliciano Adriano da Nóbrega. Acusado da matar Marielle, Ronnie Lessa, era vizinho de Bolsonaro e Carlos no condomínio Vivendas da Barra.

Queiroz depositou na conta de Michelle Bolsonaro 21 cheques que somam R$ 72 mil.

Mulher de Queiroz depositou R$ 17 mil na conta de Michelle Bolsonaro quando o marido era assessor de Flávio.

Ou seja, Queiroz e a esposa repassaram R$ 89 mil para Michelle Bolsonaro.

Precisa desenhar?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Queiroz depositou R$ 72 mil na conta de Michelle, foram ao menos 21 cheques

Preso por envolvimento em um esquema de “rachadinhas” (também conhecido como crime das rachadinhas) quando trabalhava para Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz depositou pelo menos 21 cheques na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, entre 2011 e 2018.

O valor total chega a R$ 72 mil. A revelação desmente Jair Bolsonaro que, em dezembro de 2018, antes de tomar posse, afirmou que o depósito de R$ 24 mil de Queiroz nas contas de Michelle seriam referentes a um empréstimo de R$ 40 mil que ele teria concedido ao amigo de décadas. Quebra do sigilo de Queiroz mostra que não há qualquer depósito de Bolsonaro.

Após a quebra de sigilo de Queiroz autorizada pela Justiça, autoridades verificaram que o ex-assessor recebeu R$ 6,2 milhões em suas contas entre 2007 e 2018. Do total, R$ 1,6 milhão seriam salários recebidos como PM e como assessor na Alerj, onde era funcionário de Flávio Bolsonaro. Outros R$ 2 milhões teriam vindo de 483 depósitos de servidores do gabinete do parlamentar, o que indicaria o esquema de rachadinha. Outros R$ 900 mil foram depositados em dinheiro, sem identificação do depositante.

Queiroz foi preso no último dia 18 em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, ex-advogado de Flávio Bolsonaro. De acordo com relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez movimentações atípicas de R$ 7 milhões de 2014 a 2017.

O procurador da República Sérgio Pinel afirmou, no semestre passado, ter encontrado “fortes indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” envolvendo Flávio Bolsonaro. O MP-RJ disse ter encontrado indícios de que o senador lavou R$ 2,27 milhões com compra de imóveis e em sua loja de chocolates.

 

*Com informações do 247