Uma jornalista foi demitida da TV Senado após corrigir uma informação descontextualizada divulgada pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO) durante sessão da CPI da Covid. “Senador Marcos Rogério mostra vídeo de um ano atrás, já retratado pelo dr. Drauzio Varella”, dizia a legenda feita por ela, que apareceu na tela da transmissão.
“Nós não somos uma agência de verificação de fatos”, afirmou a coordenadora da TV Senado em Brasília, ao justificar a demissão. A denúncia foi feita pela jornalista Amanda Audi, que publicou uma reportagem sobre a censura que tem ocorrido nas emissoras públicas no site The Brazilian Report.
“Criadas para aumentar a transparência em relação ao trabalho do Congresso e do governo, as TVs públicas no Brasil têm falhado no combate à desinformação. Os repórteres são desencorajados de histórias que poderiam pintar o governo de uma forma negativa”, escreve Amanda Audi.
Correção na TV Senado
O episódio aconteceu na sessão de 22 de junho, quando Marcos Rogério – senador que tenta proteger o governo de Jair Bolsonaro em todas as sessões da CPI, onde são revelados diversos escândalos relacionados ao [não] combate à pandemia pelo Executivo federal – exibiu um vídeo do dr. Dráuzio Varella de janeiro de 2020, quando o coronavírus ainda não havia chegado ao Brasil, em que ele dizia que os brasileiros não precisavam mudar sua rotina por causa do vírus.
Já em março de 2020 —quando foi declarada a pandemia— Drauzio havia mudado sua recomendação. Em abril daquele ano, o médico reconheceu que “subestimou” a gravidade da pandemia no início.
Como é típico do processo de produzir e espalhar desinformação nos tempos atuais, o vídeo era verdadeiro, mas fora de contexto. E com ele Marcos Rogério dava a entender que Drauzio, com toda a credibilidade que tem junto à sociedade, dava aquela recomendação ainda naquele momento, da transmissão do vídeo. “Está aí o dr. Drauzio Varella”, afirmou Marcos Rogério após a exibição do vídeo, provocando um bate-boca na CPI.
Decisão acolheu pedido do TSE para analisar a conduta do presidente da República após live com informações inverídicas sobre urnas eletrônicas.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quarta-feira a inclusão do presidente Jair Bolsonaro como investigado no inquérito das fake news, por ataques aos ministros da corte e disseminação de notícias falsas sobre as urnas eletrônicas. A decisão de Moraes foi em resposta a pedido feito pelo TSE na última segunda-feira e aponta que Bolsonaro tem agido para “tumultuar, dificultar, frustar ou impedir” as eleições do próximo ano, utilizando uma estrutura digital de organização criminosa já investigada pelo STF.
“Nesse contexto, não há dúvidas de que as condutas do Presidente da República insinuaram a prática de atos ilícitos por membros da Suprema Corte, utilizando-se do modus operandi de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais, com o intuito de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário, o Estado de Direito e a Democracia”, escreveu o ministro.
Moraes ainda afirmou que o presidente Jair Bolsonaro utilizou esquemas de disseminação de notícias falsas já investigados pelo STF em outros inquéritos. Por isso, em sua decisão, Moraes afirma que se tornou “imprescindível a adoção de medidas que elucidem os fatos investigados, especialmente diante da existência de uma organização criminosa – identificada no presente Inquérito 4781 e no Inquérito 4874 – que, ilicitamente, contribuiu para a disseminação das notícias fraudulentas sobre as condutas dos ministros do Supremo Tribunal Federal e contra o sistema de votação no Brasil, tais como as constantes na live do dia 29/7/2021, objeto da notícia crime”.
Na decisão de 15 páginas, o minisstro escreve que as investigações realizadas no inquérito das fake news identificaram a existência “de uma associação criminosa, denominada ‘Gabinete do Ódio’, dedicada à disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às instituições, entre elas o Supremo Tribunal Federal”. Esse gabinete é composto por funcionários do Palácio do Planalto.
Na última segunda-feira, o TSE, por unanimidade, aprovou o encaminhamento ao Supremo de uma notícia-crime contra Bolsonaro para apurar possível conduta criminosa cometida após a realização de uma live, na semana passada, marcada pela disseminação de notícias falsas sobre a urna eletrônica e ataques aos ministros da corte.
Na decisão, Moraes afirma que o pronunciamento de Bolsonaro na última quinta-feira “se revelou como mais uma das ocasiões em que o mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal – imputando aos seus Ministros a intenção de fraudar as eleições para favorecer eventual candidato – e o Tribunal Superior Eleitoral –, no contexto da realização das eleições previstas para o ano de 2022, sustentando, sem quaisquer indícios, que o voto eletrônico é fraudado e não auditável, como, exemplificativamente, é possível verificar em sua live divulgada em seu canal do Youtube”.
Para o ministro, o modus operandi de Bolsonaro em sua live é o mesmo da organização criminosa investigada anteriormente pelo STF, “com intensas reações por meio das redes virtuais, pregando discursos de ódio e contrários às instituições, ao Estado de Direito e à Democracia, inclusive defendendo de maneira absurda e inconstitucional a ausência de eleições em 2022”.
Moraes ainda aponta que as ações do presidente demonstram “o nítido objetivo de tumultuar, diicultar, frustar ou impedir o processo eleitoral, com ataques institucionais ao Tribunal Superior Eleitoral e aos seu ministro-presidente (Luís Roberto Barroso)”.
E abre inquérito administrativo para investigar declarações sem provas contra as urnas eletrônicas.
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou duas medidas contra o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira. Abriu um inquérito administrativo para apurar os ataques sem provas que ele vem fazendo ao sistema eletrônico de votação, e pediu que ele seja investigado também em um inquérito já aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na avaliação do TSE, na “live” realizada na última quinta-feira em que prometeu apresentar provas de fraudes nas eleições, mas não fez, Bolsonaro teve “possível conduta criminosa”. O presidente também vem ameaçando a realização das eleições caso o voto impresso não seja implementado.
No STF, a investigação ocorrerá no âmbito no inquérito das “fake news”, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes no STF. Moraes também é integrante do TSE e disse na sessão desta segunda-feira, a primeira do semestre após o recesso de julho, que vai esperar a representação chegar ao STF. A proposta foi apresentada pelo presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso, que também faz parte do STF.
O inquérito administrativo foi aberto por sugestão do corregedor do TSE, o ministro Luis Felipe Salomão. Em junho, ele já havia determinado que Bolsonaro explicasse as acusações que fez contra as urnas eletrônicas. O prazo para resposta vence nesta segunda-feira, mas, até agora, Bolsonaro não se manifestou.
Pela proposta aprovada pelo plenário do TSE, será enviada uma notícia-crime a Moraes, com o link da transmissão ao vivo de Bolsonaro, ocorrida na última quinta-feira, “para fins de apuração de possível conduta criminosa relacionada ao objeto do Inquérito nº 4.781/DF”. Esse é o número do inquérito as “fake news” no STF.
Em nome da liberdade de imprensa, a Jovem Pan foi a maior propagadora de fake news sobre a pandemia. Ela nunca sugeriu nada, sempre afirmou, num exercício massivo e diuturno, todas as barbaridades que Bolsonaro disseminou, com um adendo, muitos de seus comentaristas construiram resumos para utilizarem, desde o preconceito contra a China, até a campanha proposital em favor do coronavírus.
Primeiro, disseram que ele não existia, depois, que não era bem assim, passando a chamá-lo de vírus chinês e, apelando para o mais grotesco jogo pesado, seguindo as ordens do Palácio do Planalto, afirmaram que a China havia criado um vírus em laboratório para se beneficiar financeiramente da pandemia.
E assim, durante mais de um ano seguiram juntos vários comentaristas da Jovem Pan para que, fazendo uma campanha covarde contra a população para que esta não tivesse consciência da necessidade urgente do isolamento social, do uso de máscara e de todos os protocolos de asseio como forma de evitar o contágio perigoso do coronavírus. Para tanto, utilizaram mentiras descaradas que, sem sombra de dúvida, levaram milhares de pessoas à morte e outras tantas à internações, muitas vezes em estado grave, que custam até hoje uma recuperação dolorosa.
Tudo isso foi feito a serviço do Palácio do Planalto, num modelo de propaganda nazista que seguiu passo a passo todas as orientações da famosa frase, uma mentira contada mil vezes, torna-se verdade.
Dessa forma, os comentaristas da Jovem Pan se igualaram a Bolsonaro e todos aqueles do governo que, não se importando com as vítimas fatais da covid, propagaram informações fatais.
Não resta a menor dúvida de que o principal braço de propagação do vírus almejada por Bolsonaro para se chegar à estúpida ideia de imunidade de rebanho, foi sim a Jovem Pan.
O que agrava ainda mais a situação desses assassinos coadjuvantes, é que o resultado dessa campanha pelo morticínio tem reflexos no comportamento de boa parte sociedade que consagrou a irresponsabilidade e, consequentemente, pagou com a própria vida, porque teve como semente os discursos do grupo de mídia da Jovem Pan.
Não é, portanto, sem motivos que o relator da CPI, Renan Calheiros, pediu a quebra de sigilo da emissora junto com outros bandoleiros que utilizaram a mesma prática, como Allan dos Santos, do Terça Livre, que foram parte importante de um processo político que, até aqui, matou mais de 550 mil brasileiros, o que muitos analistas afirmam ser um número subnotificado, porque a realidade é bem mais assustadora.
O assunto entrou para o Trending Topics no twitter porque todo o povo brasileiro sabe que o principal templo de propagação de fake news sobre a covid veio da Jovem Pan e que todas as bobagens ditas pelos seus, muito bem pagos, comentaristas ou âncoras de programas eram respaldadas pela direção da empresa de comunicação.
Espera-se que a CPI os levem a pagar pelo espetáculo de horrores que protagonizaram contra a população.
Respostas a mentiras que o presidente divulgou em live sobre sistema eleitoral devem avançar para atuação concreta e punitiva, acreditam ministros.
Segundo Mônica Bergamo, Folha, a reação às falas de Jair Bolsonaro na live em que atacou, sem provas, o sistema eleitoral tem sido a pior possível, tanto no Supremo Tribunal Federal (STF) como no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O presidente foi chamado de “moleque” por um dos magistrados do STF, e teve o apoio e a concordância de outros colegas –que têm usado adjetivos igualmente contundentes quando se referem ao mandatário.
No TSE, que é integrado por três ministros do STF (Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes), o clima é o mesmo.
Um dos integrantes da corte eleitoral afirma que as respostas institucionais e as iniciativas de comunicação do tribunal têm sido boas, mas não são suficientes para barrar as investidas de Bolsonaro contra as eleições.
Durante a live do presidente, o TSE foi rápido e rebateu em série 18 alegações feitas por ele.
Além de usar o Twitter para desmentir Bolsonaro em tempo real, a Secretaria de Comunicação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) compilou uma série de links que refutam várias de suas declarações. Bolsonaro divulgou uma profusão de mentiras e de suspeitas que já foram seguidamente desmentidas por investigações feitas pela Polícia Federal ou pela própria corte.
Na opinião de magistrados do tribunal eleitoral, no entanto, seria necessário atuar de maneira mais firme, com medidas concretas que resultem em punição, inclusive no âmbito eleitoral, para que Bolsonaro cesse as tentativas de desacreditar as urnas eletrônicas e, em consequência, o próprio resultado das eleições.
É possível investigar o próprio presidente e assessores que participaram da divulgação de fake news sobre as eleições na live também no âmbito criminal. O STF já instaurou inquéritos para apurar a disseminação de mentiras.
É preciso atuar agora, afirma um dos ministros, para que o país possa realizar as eleições de 2022 dentro da normalidade.
Os magistrados acreditam que tentativas de diálogo com Bolsonaro, como ainda defende o presidente do STF, Luiz Fux, são inúteis e que ele, na verdade, tenta criar um ambiente para tumultuar o processo eleitoral em 2022 caso chegue em desvantagem na disputa para se reeleger.
As pesquisas eleitorais mostram que, se a eleição fosse hoje, Lula venceria Bolsonaro no segundo turno por ampla margem. De acordo com o Datafolha, o petista teria 58% dos votos, contra 31% de Bolsonaro.
Na live, Bolsonaro apresentou um homem, que chamou apenas de “Eduardo, analista de inteligência”, para que ele apresentasse supostas vulnerabilidades das urnas eleitorais.
“Eduardo”, que depois foi identificado em reportagens como Eduardo Gomes, assessor especial da Casa Civil, apresentou também vídeos e gráficos de apurações de eleições passadas para questionar a contabilidade dos votos.
Bolsonaro convidou até mesmo uma pessoa que se apresentou como “Jefferson”, que seria “programador”, para fazer uma demonstração fictícia de como alterar um código da urna eletrônica que desviaria votos de um candidato a outro. A exposição era simplória e, como o próprio presidente admite, não provava nada.
Bolsonaro usou também um vídeo de um astrólogo que faz acupuntura em árvores .
O presidente repetiu não ter prova alguma do que estava dizendo, e afirmou seguidas vezes que apresentava apenas “indícios” de que as urnas não seriam invioláveis.
Canais na internet ganharam dinheiro com fake news sobre Covid, informa Google à CPI,
O Globo – Dados sigilosos enviados pelo Google à CPI da Covid mostram que canais no YouTube, entre eles de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, ganharam dinheiro disseminando notícias falsas sobre a pandemia antes que seus vídeos fossem apagados da rede social. A pedido da comissão, a empresa de tecnologia forneceu uma lista de 385 vídeos removidos pelo Youtube ou deletados pelos próprios usuários após serem identificados como disseminadores de desinformação sobre formas de tratamento para a Covid-19 ou a pandemia. A listagem foi acompanhada de quanto cada publicação rendeu aos donos dos canais até saírem do ar.
O jornalista Alexandre Garcia encabeça a relação, tendo tido 126 tirados doar por ele próprio ou pela plataforma que haviam rendido quase R$ 70 mil em remuneração pela audiência e publicidade. Gustavo Gayer (R$ 40 mil), Notícias Política BR (R$ 20,7 mil), Brasil Notícias (R$ 17,7 mil), completam as primeiras colocações. Ao todo, os usuários ganharam US$ 45 mil, o equivalente a R$ 230 mil.
Desde o início da pandemia, responsáveis por canais que tiveram conteúdo removido pela plataforma refutam ter publicado desinformação de forma deliberada. Em alguns caos, afirmam ser vitima de censura pelas empresas de tecnologia.
O Google forneceu dados sobre 385 vídeos de 34 canais identificados como disseminadores de notícias falsas no Brasil. Destes, 90 publicações não geraram renda aos administradores. A empresa frisou, em sua resposta à CPI, que os vídeos em questão se encontram fora do ar, alguns deles por desrespeitarem os termos de uso da plataforma.
Grande parte é de vídeos com propagandas de drogas comprovadamente ineficazes contra o coronavírus, como a ivermectina e a cloroquina, denunciando um suposto complô contra o uso desses medicamentos da parte de opositores de Jair Bolsonaro.
Títulos com disfarce
O canal Aconteceu na Política alegou sem provas, por exemplo, que “governadores estão estocando vacinas e 6 milhões sumiram” e disseminou mentiras sobre a CoronaVac (“A Vacina de Taubaté de Doria — Bolsonaro sai na frente mais uma vez”).
Em um vídeo do Aconteceu na Política, o youtuber afirma que o Brasil havia superado a porcentagem de população vacinada da Europa, o que nunca ocorreu. Um vídeo com título idêntico do canal de Gustavo Gayer continua no ar. Gayer teve 56 publicações deletadas ou removidas.
“Pazuello detona Mandetta e diz que muita gente poderia ter sido salva com tratamento precoce!”, diz o título de um dos 25 vídeos deletados do canal Brasil de Olho. O mesmo canal publicou os vídeos “Pesquisa surpreende ao mostrar quantos brasileiros tomariam hidroxicloroquina” e “REUNIÃO SECRETA DE DORIA É VAZADA E PROVA USO POLÍTICO DA V4C1NA E REVELA PLANO PRA TIRAR B0LS0NAR0”, entre outros.
Em um vídeo do canal Casando o Verbo, havia a alegação de que os registros de 62 mil pessoas que morreram de AVC foram falseados para incluir Covid-19 como causa da morte, sem base em provas. O título fazia referência à morte do ator Tom Veiga, intérprete do Louro José, que morreu após um AVC.
Os youtubers apelavam a título cifrados para impedir que o Google encontrasse o conteúdo, como o uso da palavra “V4C1NA” e “tratamento inicial” em vez de “tratamento precoce”, nome mais comum para se referir ao “kit Covid”, de medicamentos ineficazes contra o coronavírus, defendido em 2020 pelo governo Jair Bolsonaro.
O levantamento contém três vídeos do Foco do Brasil, canal investigado no inquérito dos atos antidemocráticos, aberto pelo STF, pela ligação com o Palácio do Planalto. O assessor do chamado “gabinete do ódio” Tercio Arnaud Tomaz repassou vídeos ao canal e ajudou seu administrador a retransmitir imagens da TV Brasil.
Em depoimento em julho do ano passado, o dono do Foco do Brasil, Anderson Rossi, disse à Polícia Federal ter um faturamento mensal de R$ 50 mil a R$ 140 mil. Nos vídeos citados sobre Covid, porém, a monetização foi baixa, de apenas R$ 368.
Graves consequências
Os dados foram enviados à CPI a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), com base em um levantamento da Novelo Data sobre vídeos que “desapareceram” da rede social em 2021.
“A propagação de fake news a respeito da pandemia tem sido uma ação orquestrada e com consequências diretas no agravamento do número de mortes pela covid-19”, frisa o senador em seu pedido.
No mundo todo, o Google removeu mais de um milhão de vídeos desde fevereiro do ano passado por disseminarem desinformação sobre a pandemia.
Que nos lembremos sempre, a informação feita ao avesso de maneira proposital, é criminosa, como vimos na cadeia que transmitia fake news durante a pandemia.
O gabinete do ódio estava muito mais preocupado em combater a vacina do que o coronavírus e o efeito multiplicador dessa forma de assassinato foi devastador no Brasil.
Isso reflete mais do que a falta de proteção que as políticas do governo ofereciam, o gabinete do ódio se manteve empenhadíssimo em uma missão, a de produzir o fracasso de qualquer forma de prevenção e de combate à covid, seja pelas ações clássicas como o asseio das mãos, o uso de máscaras e o distanciamento social, seja pela vacina. Essas ações sofreram ataques pesados dos inúmeros fake news recheados de veneno contra a população brasileira.
O nome disso é crime e custou centenas de milhares de vidas.
Quem leu as mentiras letais disseminadas pelo gabinete do ódio com argumentos mentirosos, repassou para outras pessoas, parentes, amigos e etc. E essa irresponsabilidade diante de uma crise sanitária sem precedentes, ainda não foi objeto de uma investigação e de um estudo para dar dimensão às consequências dessa forma de crime.
Por isso o Brasil mergulhou numa crise sanitária extremamente grave, porque simplesmente, além do governo terceirizar o ministério da Saúde para o filho Carlos Bolsonaro e seu secretário de comunicação, Fábio Wajngarten, além do próprio general Pazuello que nada sabe de medicina, o próprio gabinete do ódio, comandado pelo clã Bolsonaro, cuidou de diminuir a gravidade e os riscos da covid e, com isso, o Brasil ainda assiste à morte de tanta gente, porque até o uso de máscaras foi combatido por esses criminosos que, em algum momento, terão que responder pelo que fizeram.
O juiz Manuel Eduardo Pedroso Barros, da 12ª Vara Cível de Brasília, decidiu minutos atrás por condenar parcialmente a atriz e ex-secretária nacional de Cultura, Regina Duarte. Ela terá de se retratar por propagar uma notícia falsa sobre Marisa Letícia Lula da Silva, a Dona Marisa, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, morta em 2017. A decisão ainda cabe recurso.
O processo foi ajuizado por Lula e seus filhos em 2020, depois que a então secretária de Cultura publicou imagem no Instagram afirmando que foram encontrados R$ 256 milhões em uma conta da ex-primeira-dama. Como se sabe, o valor correto nas contas de Dona Marisa era de R$ 26.281,74.
O juiz responsável pelo caso concordou que Regina “propalou Fake News a respeito do patrimônio da falecida Marisa Letícia”, mas que fora “induzida a erro” pelo fato de o valor errado ter sido informado pela Justiça, não cabendo indenização. O magistrado, porém, considerou que há necessidade de retratação diante da relevância do tema.
“Assim, deverá a ré ser condenada a publicar, em sua conta no Instagram ou, na hipótese de a conta estar cancelada, em meio virtual similar, a integralidade da presente sentença, com sinceros pedidos de desculpa à memória da falecida”.
Caso não cumpra a determinação, Regina estará sujeita a multa entre R$ 150,00 a R$ 50 mil.
A resposta de Tino Marcos que segue abaixo, sintetiza o sentimento coletivo que se formou como um tsunami contra a bolsonarista Leda Nagle depois de espalhar nas redes um fake news que, segundo ela, obteve através de um suposto delegado da PF, de que Lula e ministros do STF haviam arquitetado um plano para matar Bolsonaro.
Imediatamente, a própria Polícia Federal fez uma nota dizendo que se trata de uma fervorosa mentira e que tal informação é falsa.
E o disse a fascista Leda Nagle diante de um tuíte que espalhou como se fosse verdadeiro? Ela disse que o vídeo viralizou antes que ela fizesse uma checagem da informação, mas depois afirmou que, na verdade, ela faz parte de um tal de Clube de Notícias, um grupo de conteúdo fechado aonde todas as noites comenta as notícias do dia e completou, algum membro do grupo, por má fé, pinçou um trecho de sua fala.
Segundo O Globo, a Polícia Federal está investigando o uso de perfis falsos atribuídos ao diretor da instituição.
Ou seja, ela dobrou a aposta na mentira, o que fez a jornalista tosca que anda propagando diariamente, a mando de Bolsonaro, o kit cloroquina, apanhou dobrado nas redes.
E vendo muita gente exigir que ela sofra um processo tanto de Lula quanto do STF, Leda Nagle pediu desculpas, mas de boca torta. Aquele tipo de desculpa que, na verdade, não está se desculpando de nada, apenas tentando justificar seu crime de fake news com outro ainda maior.
Que tristeza, Leda. Que pena terminar desse jeito. Tem ideia do que pode mover uma fake news como essa? Lembro de Leda furando uma greve nacional em 1986. Quase foi apedrejada ao entrar na emissora pra apresentar o JH. Mas nunca imaginei que chegaria a esse ponto de hoje.
Leda Nagle leu tweets de um delegado dizendo que, junto com Lula, o STF tem um plano para assassinar Bolsonaro.
Não se sabe que preço ela cobrou para espalhar isso em seu twitter, mas dá imaginar o preço que pagará na justiça por esse tipo de prática criminosa que não pode passar batido, nem por Lula e nem pelo STF.
Não há qualquer novidade no comportamento de Leda. Ela nunca foi lá essas coisas no quesito caráter, mas calúnia vai muito além disso, é crime e quem comete esse crime tem que pagar por ele.
Leda Nagle não repassou um fake news, ela é parte de uma corrente criminosa que tem intenção de caluniar quem essa corrente imagina ser adversário de Bolsonaro.
O crime de calúnia está previsto no artigo 138 do Código Penal, e consiste em atribuir falsamente a alguém a autoria de um crime. Para que se configure o crime de calúnia, é preciso que seja narrado publicamente um fato criminoso. E foi exatamente isso que Leda Nagle fez.
Ou seja, o seu crime contra a honra de Lula e dos ministros do STF está registrado pela própria autora. Ainda mais com a difusão de mensagens pela internet e demais meios midiáticos de comunicação como é o caso.
A extremista de direita Leda Nagle lê denúncia de um delegado sobre um plano para assassinar Bolsonaro.