Nesta última semana, o fascismo nativo teve muitas baixas, sobretudo na ala mais próxima de Bolsonaro, encurtando ainda mais o espaço que já não tinham.
Bolsonaro não tem mais como estar encalacrado depois da caixa preta do celular de Mauro Cid.
É tanta podridão envolvendo pessoas da alta cúpula do verde-oliva que o celular fede. É roubo de pedras preciosas, rolex e por aí vai, mostrando que Bolsonaro transformou o Planalto na feira de Acari.
Para piorar um pouco mais, o hacker deu com a língua nos dentes. E Bolsonaro vai se enterrando cada vez mais, revelando que tem muito mais a ver com o universo do crime comum do que propriamente político.
A tentativa de golpe do 8 de janeiro, comandada pelo próprio, foi um ato claro de desespero de quem tinha somente essa saída para para tentar fazer uma barreira de contenção da lama podre que escorreria do seu governo assim que deixasse o Palácio do Planalto.
O fato é que, tudo isso junto e misturado, com Carla Zambelli, Mauro Cid, Walter Delgatti e afins, produziu uma geleia real que abarcou muita gente nessa nossa rodada de escândalos que, vendo-se sem saída, cada qual foi cuidar de si, atacando o presidente Lula, a delação premiada, a Polícia Federal ou qualquer coisa que se movesse no sentido contrário dos seus interesses.
O resultado é um festival de um desesperado na fabricação de falsos fatos para criar uma agenda política qualquer que os tire da zona de tiro, porque todos sabem que Bolsonaro caindo em desgraça, sendo preso, arrastará com ele um bonde para a Papuda que, certamente, incluirá militares golpistas da alta cúpula e, de lambuja, Moro, Dallagnol e outros bichos soltos da ex-república de Curitiba.
Na verdade, esse barata voa dos fascistas está revelando que as próximas semanas prometem.
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Manifestação aconteceu pouco antes da sessão que aprovou os pedidos de cassação do bolsonarista Sandro Fantinel por discurso xenófobo.
A Câmara de Caixas do Sul (RS) contou, na manhã desta quinta-feira (2), com uma manifestação histórica liderada pelo movimento negro em solidariedade ao povo baiano e em protesto contra o vereador Sandro Fantinel (sem partido).
A casa legislativa foi tomada por manifestantes pouco antes da sessão que aprovou, por unanimidade, pedidos de cassação do bolsonarista por conta da fala xenófoba que fez na última terça-feira (28) contra trabalhadores vítimas do trabalho análogo à escravidão.
Em sua discurso na terça-feira, Fantinel relativizou o escândalo dos mais de 200 trabalhadores – a maioria da Bahia – resgatados em situação análoga à escravidão em uma empresa terceirizada que oferecia mão de obra para as vinícolas Salton, Aurora e Cooperativa Garibaldi, em Bento Gonçalves (RS), e afirmou que os nordestinos, a quem ele se referiu como os “lá de cima”, seriam “sujos”, sugerindo que as empresas gaúchas do ramo contratem apenas argentinos.
O vereador disse, ainda, que a “única cultura” dos baianos é “viver na praia tocando tambor”. A resposta da população não poderia ser mais contundente. Dezenas de pessoas lotaram o plenário da Câmara de Caixas do Sul tocando tambores e berimbaus, instrumentos típicos da música da Bahia, e entoaram palavras de ordem como “fascistas, racistas, não passarão”.
E, agorinha mesmo, na Câmara dos Vereadores de lá… Obrigado a quem me mandou. Não tenho autorização para revelar seu nome, mas posso agradecer. pic.twitter.com/JrsT1USoX5
— Doutor Pândego, The Watchdog (@DoutorPandego) March 2, 2023
*Com Forum
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Os fascistas do futuro chamarão a si mesmos de antifascistas.
Essa frase de um desconhecido é a própria cara do bolsonarismo, que vende uma ingenuidade caricatural quando confrontado com uma reação contrária de muita repercussão.
Foi exatamente assim que agiu o jogador de vôlei, Wallace de Souza, que quis sublinhar que era contra a sua própria frase, enquete, publicada um dia antes.
Na verdade, a fuga pela tangente de Wallace o aproxima ainda mais de sua matriz filosófica, que é a de Bolsonaro, de Olavo de Carvalho e, consequentemente, da milícia.
O jogador disse que a frase foi infeliz, mas que jamais colocaria algo assim em prática, quando sugere dar um tiro na cara do presidente Lula, dizendo que nunca faria isso com ninguém, muito menos contra o presidente. Segundo ele, foi isso que o esporte lhe ensinou, pena que ele aprendeu.
Esse fato ocorreu no mesmo dia em que Regina Duarte tratou as crianças yanomamis, como “essa gente”, frase que certamente assombraria até Hitler e Mussolini.
Mas é nessa paisagem e nesse ambiente que vive o bolsonarismo, que pode ser chamado de fascismo tropical.
No caso de Regina Duarte, sequer se deu ao trabalho de buscar um malabarismo engenhoso para tentar se redimir da perversidade diante de um ódio armazenado nas figuras sem alma que não aceitam a democracia a partir de uma simples derrota eleitoral.
Nisso, não há nada de novo, pois é da natureza do fascismo que expoentes dessa doutrina demoníaca adquiram formas monstruosas para impor sua amargura como numa incontinência verborrágica. Porque a ideia central do fascismo é essa mesmo, o ódio ao invés do argumento; a praga no lugar do esclarecimento; e a fuga covarde da própria luz.
Wallace e Regina Duarte têm no ódio ativo a resultante da materialização do que existe de pior nos instintos selvagens de alguns seres humanos.
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Ora, até o mundo mineral sabe que Bolsonaro se cercou de uma falange de generais, pastores, fascistas, milicianos, madeireiros, entre outros, para formar o pior bando da história da República. Cada qual com seu osso, que formou a própria visão do inferno na terra.
Adicione a isso, as Jovens Pans da vida, que se lambuzaram das verbas da Secom para dar sustentação a uma teia criminosa de fake news que manteve unido o gado de corte que ficará, em 30 dias, totalmente órfão.
Todos sabem que a contrapartida cobrada por Bolsonaro a seus mais fieis colaboradores foi participar de um conjunto de crimes que foram abafados das mais variadas formas, mas que em 30 dias começam a ser expostos para a sociedade e, consequentemente, essa turma, que compôs os ossos das mãos e dos pés da milícia palaciana, vai para o mesmo buraco ou para as mesmas manchetes das páginas policiais, onde Bolsonaro será estampado com garrafais de seus crimes.
O fato é que esse ajuntamento de animais que formou o governo Bolsonaro com integrantes de várias facções para realizar o maior saque da história da República, acumulou um acervo de crimes de quantidade e qualidade com abundância incomensurável.
Daí o berro do bando, declarando, em público, que a única saída que tem pela frente é dar um golpe. Como não tem força para tal, passará os próximos 30 dias que lhe restam anunciando viradas de mesa. Mas tudo não passará de palavrórios com verbetes do bando.
Na verdade, esse tipo de ameaça equivale à gravidade e o grau de punição que espera por eles, se tudo for feito dentro dos critérios da lei.
O que o mundo pronuncia para esse bando, é a tradução perfeita da devolução dessa raça à parte mais profunda do inferno.
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Além de tudo o que já falamos sobre as práticas fascistas de Bolsonaro, o desmoronamento de seu governo que ocorre a olhos vistos e de forma acelerada, é também uma derrocada da virulência que tomou conta da direita nacional nos últimos anos com os ataques mais baixos a Lula, Dilma e ao PT.
O depauperamento generalizado do neoliberalismo nativo, que só produziu empobrecimento do país e miséria a 33 milhões de brasileiros, está com os dias contados.
O Brasil quer voltar a celebrar a ascensão do país e a prosperidade do povo.
Quer voltar a respirar os anos Lula, onde o fortalecimento do conceito de nação ganhou uma dimensão jamais vista.
Isso só é possível com desenvolvimento promovido pelo Estado. Um Estado forte capaz de incrementar a economia, de investir no avanço, na pesquisa, no estímulo à produção e no mercado interno.
A tônica que orientou todas as políticas públicas que deram o tom do aumento de emprego e renda, que viabilizou a erradicação da fome dos miseráveis e da mortalidade infantil, entre outras ações que revitalizaram a economia como um todo e para todos, teve a mão objetiva e consequente do Estado.
É esse Estado que Lula colocará outra vez a serviço do país, do povo, dos trabalhadores, dos micro, pequenos e médios empreendedores.
Esse país, que hoje, com Bolsonaro está no crepúsculo, com Lula, será levado a uma condição definitivamente positiva porque é essa é também a vontade da imensa maior parte do povo brasileiro.
Um país mais humanizado, que promova de fato mais oportunidade aos jovens, que abrace todos aqueles que hoje aos milhões se encontram em condição de rua.
Os brasileiros estão saturados de tanto ódio e agressões vindos como única moeda política dessa falange de fascistas comandada por Bolsonaro.
Ninguém aguenta mais a sua atração por morte e sangue.
Tudo isso só levou o país ao definhamento, a o descrédito, além do desaparecimento do país nas grandes redes globais que definem os caminhos da humanidade.
Com Lula, o Brasil voltará a ser grande e respeitado em todo o planeta.
Com Bolsonaro, esse país é visto como barbária, onde as atrocidades são vistas como atos banais.
Chega, queremos o Brasil de volta, de volta a era Lula! Com ele, sairemos do país do miojo e voltaremos ao país da picanha, sem senhor!
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Já na chamada da TIME, a revista mais importante do mundo afirma: Lula sofreu uma condenação política. (retorna do exílio político)
TIME’s new cover: Brazil’s most popular President returns from political exile with a promise to save the nation.
Isso era tudo que a direita golpista não queria ler, sobretudo porque acaba de vez com a falácia que a ONU não disse que Lula era inocente, o que é uma gigantesca piada.
Moro deve ter se jogado do 30º andar de algum prédio de Curitiba depois que foi acusado pela TIME de ter promovido uma condenação política em nome de sua barganha com Bolsonaro.
General Heleno aquele que parece com o Aécio, tá dando faniquito cinco estrelas contra a Time por isso.
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Em seu editorial, o Estadão debocha dos brasileiros, sobretudo das mais de 613 mil vítimas fatais de Bolsonaro na Covid e seus familiares, sem falar de uma legião de pessoas que sofrem com as sequelas da doença que o candidato do Estadão em 2018 produziu com sua perversidade ácida.
Uma recente entrevista de Lula ao jornal El País foi o estopim para o Estadão dar suas baforadas fascistas contra ele e confirmar que o líder nas pesquisas para o Estadão, que não mudou nada, segue sendo inimigo da oligarquia da qual o jornalão é representante.
Pior, essa parcela da grande mídia, em plena revolução informacional, continua achando que pode impor sua realidade paralela, com a pretensão de que tudo, rigorosamente tudo, deve se sujeitar a seus interesses, que são os mesmos de seus patrões, os grandes banqueiros e rentistas.
Sem qualquer constrangimento, o Estadão, que apoiou a candidatura do fascista de Bolsonaro em 2018, debocha da cara do povo, dos fatos, da inteligência alheia e do regime democrático, julga que o fascismo assassino merece o voto de cidadãos brasileiros outra vez, seja com Bolsonaro, BolsoDoria ou BolsoMoro.
Isso só é possível porque as nossas gloriosas grandes redações, assim como a do Estadão, em nome dos interesses da oligarquia, são ainda anacrônicas de pedra e acham que podem se esconder em um mundo imaginário, regido pela irresponsabilidade, pela mediocridade, pela perversidade que hoje só na cidade São Paulo, aonde o Estadão solta seus panfletos fascistas, 66 mil pessoas vivem sem teto, vagando pelas ruas sem comida, sem nada.
A nova agressão do Estado de S. Paulo a Lula revela que a velha prática de atacar os pobres, através Lula, será a tática requentada dos fascistas.
Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção
Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.
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Na contra-mão de entidades que evitam o termo, 230 dos principais profissionais e estudiosos brasileiros dizem que “é preciso chamar as coisas pelo nome”.
Um grupo de 230 profissionais e intelectuais judeus assinaram uma carta em que dizem que o governo do presidente Jair Bolsonaro “tem fortes inclinações nazistas e fascistas”. “É preciso chamar as coisas pelo nome”, diz o documento.
Segundo Mônica Bergamo, Folha, O uso de termos relacionados ao nazismo e ao holocausto para se referir a atos do governo federal e à gestão da epidemia da Covid-19 tem sido criticado por entidades judaicas. A carta, no entanto, afirma que “é chegada a hora de nós, intelectuais, livres-pensadores, judeus e judias progressistas, descendentes das maiores vitimas do regime nazista, nos posicionarmos, como atores sociais diante do debate público, sobre o atual momento nacional”. E diz, com. todas as letra: “É perceptível que o governo encabeçado por Jair Bolsonaro tem fortes inclinações nazistas e fascistas”.
Assinam o documento, entre outros, a cientista Natalia Pasternak, os historiadores Lilia Schwarcz, Íris Kantor e Michel Ghermen, a psicóloga Lia Vainer Schucman, os cineastas Pedro Farkas, Esther Hamburguer e Silvio Tendler, os advogados Pedro Abramovay e Fabio Tofic Simantob, a artista e educadora Edith Derdyk, e o sociólogo André Vereta-Nahoum.
Leia, abaixo, a íntegra da carta e os nomes que endossam o texto:
“É preciso chamar as coisas pelo nome. É chegada a hora de nós, intelectuais, livres-pensadores, judeus e judias progressistas, descendentes das maiores vitimas do regime nazista, posicionarmos, como atores sociais diante do debate público sobre o atual momento nacional. É perceptível que o governo encabeçado por Jair Bolsonaro tem fortes inclinações nazistas e fascistas.
É preciso chamar as coisas pelo nome.
Perspectivas conspiratórias e antidemocráticas produzem, tal qual o fascismo e o nazismo, inimigos e aliados imaginários.
Se não judeus, como o caso do Terceiro Reich, esquerdistas; se não ciganos, cientistas; se não comunistas, como na Itália fascista, feministas. A ideia de uma luta constante contra ameaças fantasmagóricas continua.
Porém há mais. As reiteradas reportações racistas e nazistas do governo Bolsonaro, o uso de símbolos fascistas e referência à extrema-direita não podem deixar dúvidas.
O projeto de poder avança. Genocídio, destruição das estruturas democráticas do Estado e práticas eugênicas estão escancaradas. Cabe a nós brasileiros e brasileiras impedir que cheguemos a uma tragédia maior.
O Fora Bolsonaro deve ser o chamado uníssono da hora. É o chamado contra o genocídio.”
Assinam: Adriana Sulam Saul Zebulun Alan Besborodco Alberto Kleinas Alexandre Wahrhaftig Alexandre Zebulun Ades Aline Engelender Alinnie Silvestre Moreira Alon Shamash Ana A Ribeiro Divan Ana Maria de Souza Carvalho Ana Roditi Ventura André Gielkop André Liberman André Vereta-Nahoum Andréa Basílio da Silva Chagas Andrea Paula Picherzky Angela Tarnapolsky Ângela Valério Horta de Siqueira Anna Cecilia Negreiros Annita Ades Artur Benchimol Assucena Halevi Assayag Araujo Bárbara Ferreira Arena Beatriz Radunsky Beni Iachan Bernardo Furrer Betty Boguchwal Bianca Rozenberg Boris Serson Breno Isaac Benedykt Bruna Barlach Carla Araujo Carlos Alberto Wendt Carlos Eduardo Lober Cecília Schucman Celso Zilbovicius Clara Politi Clarisse Goldberg Claudia Heller Claudia Mifano Claudio Estevam Reis Cleber Candia Cristina Catalina Charnis Daniel Raichelis Degenszajn Daniel Reiss Mendes Daniela Wainer David Albagli Gorodicht David Levy de Andrade David Tygel Débora Abramant Deborah Kotek Selistre Deborah Rosenfeld Deborah Sereno Denise Bergier Denise Gaspar da Silva Desiree Garção Puosso Diana Victoria Aljadeff Dina Czeresnia Dina Lerner Dirson Fontes da Silva Sobrinho Edith Derdyk Edna Graber Gielkop Eduardo Sincofsky Eduardo Weisz Eliane Pszczol Elias Carlos Zebulun Elias Salgado Elizabeth Scliar Estela Taragano Esther Hamburger Fabio Gielkop Fabio Silva Fabio Tofic Simantob Fernando Perelmutter Flávio Geraldo Ferreira de Almeida Motprista Flavio Monteiro de Souza Francisco Carlos Teixeira da Silva Gabriel Besnos Gabriel Douek Gabriel Frydman Gabriel Inler Rosenbaum Gabriel Melo Mizrahi Gabriela Korman George William Vieira de Melo Gerald Sachs Geraldo Majela Pessoa Tardelli Gisele Lucena Giulia Cananea Pereira Helen Da Rosa Helena Cittadino Tenenbaum Helena Waizbort Henrique Waizbort Helio Schechtman Horacio Frydman Iara Rolnik Ilana Sancovschi Ilana Strozenberg Iris Kantor Irne Bauberger Isabelle Benard Iso Sendacz Israel Falex Itay Malo Ivan Pamponet Suzart Neto Ivan Stiefelmann Ivanisa Teitelroit Martins Ives Rosenfeld Ivo Minkovicius Jacqueline Moreno Janaina Gonçalves da Rocha Jean Goldenbaum João Koatz Miragaya Joao Luiz Ribeiro Jonas Aisengart Santos Jorge Naslauski José Eudes Pinho José Marcos Thalenberg Juarez Wolf Verba Juciara dos Santos Rodriguez Judy Galper June Menezes Karina Iguelka Karina Stange Calandrin Karl Schurster Lara Vainer Schucman Laura Trachtenberg Hauser Léa Suzana Scheinkman Leana Naiman Bergel Lia Vainer Schucman Lília Katri Moritz Schwarcz Lilian Thomer Liliane Bejgel Lilin Kogan Lorena Quiroga Luana Gorenstein Cesana Lucia Chermont Lucia Rosenberg Luciano Uriel Lodis Magali Amaral Marcel Holcman Marcelo de Oliveira Gonzaga Marcelo Jugend Marcelo Schmiliver Marcelo Semiatzh Marcio Albino Marcio Magalhães de Andrade Marcos Albuquerque Maria Aparecida Dammaceno Maria Aparecida Trazzi Vernucci da Silva Maria Cecilia Moreira Maria Fiszon Maria Paula Araujo Marina Costin Fuser Marta Sandra Grzywacz Marta Svartman Marylink Kupferberg Matilde G. Alexandre Maurice Jacoel Mauricio Lutz Mauro Band Mauro Motoryn Maya Hantower Michel Gherman Michel Zisman Zalis Michele Mifano Galender Miguel Froimtchuk Miriam S Rosenfeld Miriam Weitzman Monica Herz Nadja Myriam de Morais Natahaniel Braia Natalia Pasternak Nathan Rosenthal Nelson Nilsenbaum Newton Blanck Ney Roitman Nicholas Steinmetz Peres Nina Jurša Nina Queiroz Kertzman Nirda Portella Barbabela Nurit Bar Nissim Ofélia Pereira Ferraz Omar Ribeiro Thomaz Patricia Barlach Patricia Tolmasquim Paulina Bela Milszajn Paulina Wacht de Roitman Paulo Baía Paulo Vainer Pedro Abramovay Pedro Farkas Pedro Litwin Pedro Vainer Rachel Aisengart Menezes Rachel Lima Penariol Zebulun Ades Radji Schucman Rafael Arkader Rafaela Vianna Waisman Regina Celi Bastos Lima Renata Paparelli Renata Udler Cromberg Ricardo Armando Schmitman Ricardo Lima Ricardo Teperman Rita Fucs Roseana Murray Ruth Goldmacher Sabina Radunsky Samuel Neuman Sandra Perla Felzenszwalbe Sebastião Miguel da Silva Junior Sergio Lifschitz Sidnei Paciornik Silvia Berditchevsky Silvia Bregman Silvia Fucs Silvio Hotimsky Sílvio Lewgoy Em nome Silvio Naslauski Silvio Tendler Sonia Nussenzweig Hotimsky Soraya Ravenle Suely Druck Suzana Moraes Tamara Bar-Nissim Tamara Katzenstein Tania Maria Baibich Telma Aisengart Thais Kuperman Lancman Tomás Treger Piltcher Valéria Meirelles Monteiro Virgínia Kenupp Henriques Welbert Belfort Zaida Gusmao Knight Zina Voltis
A avalanche democrática e popular que tomou conta das ruas das principais cidades do Brasil neste 29 de maio [29M] é o rechaço mais poderoso a Bolsonaro e ao governo fascista-militar controlado pelo partido fardado.
Governos militaristas não chegam ao fim por vontade própria, nem mesmo quando perdem eleições por eles manipuladas.
Por isso, não se pode alimentar ilusões quanto à disposição do governo militar em “largar o filé” caso não consigam eleger seu candidato em 2022 para continuarem o projeto de poder que pretendem seja duradouro.
O partido dos generais alojou mais de 10 mil militares-parasitas em cargos técnicos, típicos de ocupação por profissionais civis.
Os militares ocupam os ministérios mais relevantes, e, além disso, colonizam agências governamentais, empresas estatais e cargos técnicos de 1º, 2º e 3º escalões, para os quais, na maioria dos casos, não possuem qualificação profissional. O exemplo mais notório é do general da ativa e ex-ministro da Morte Eduardo Pazuello. O apego deles à mamata e às regalias de ganhos extra-teto, portanto, é grande.
O encerramento antecipado deste governo genocida, que tem Bolsonaro como seu biombo, só será viável com forte pressão popular e intensa mobilização social. O mesmo se pode dizer acerca do respeito que o partido militar terá em caso de sufrágio pelas urnas em 2022 de presidente que não seja do agrado deles.
Hoje eles no máximo toleram Lula, a quem consideram como inimigo mortal, em duas condições: ou inelegível, ou morto.
A história mostra que os militares só se verão obrigados a respeitar o resultado eleitoral, ou só terão seus instintos totalitários contidos, diante de gigantesca mobilização civil.
Foi o que aconteceu com a ditadura instalada em 1964, que só chegou ao fim [muito tardiamente] em 1985 em meio a um processo social vigoroso e intenso, para o qual confluíram movimentos sociais, de estudantes, de juventudes e camponeses; artistas e intelectuais; sindicalismo independente, organizações de esquerda, igreja progressista e setores liberais.
Se dependesse apenas do conchavo entre as 2 frações da classe dominante autorizadas pelo regime, que se expressavam apenas por meio dos 2 partidos autorizados pela ditadura a funcionar – a ARENA e o MDB –, o regime demoraria muito mais tempo a ruir, em que pese sua inexorável crise de legitimidade.
Neste aspecto é que reside a enorme importância da avalanche democrática e popular que ocupou as ruas do país neste 29M para reivindicar [i] o impeachment do Bolsonaro e do Mourão, [ii] vacinas para toda população já, e [iii] pão e comida para saciar a fome de milhões de brasileiros/as desvalidos/as.
A eficácia da luta para afastar urgentemente o genocida da presidência e deter o morticínio macabro, do mesmo modo que a eficácia da luta pela garantia do respeito ao resultado da eleição de 2022, depende da ampla e radicalizada mobilização popular nas ruas.
Este 29 de maio de 2021 pode representar o início de um novo ciclo. Pode simbolizar o marco de um novo padrão de resposta popular para o enfrentamento frontal e eficaz a Bolsonaro e ao governo militar que é indispensável de ser dada, mesmo em meio à pandemia,.
O 29M tem de impulsionar a inauguração de uma dinâmica radicalizada e vigorosa da ação política e de massas no Brasil. É hora da esquerda radicalizar, para se contrapor à altura à radicalização da extrema-direita.
Como alerta Safatle, “A gente tem um processo de natureza revolucionária sendo capitaneado pela extrema-direita e acho importante entender que tem que ter outra revolução. É necessário uma radicalização dos dois polos. O polo da extrema-direita já se radicalizou”.
É preciso, definitivamente, se levar mais a sério setores das juventudes no 29M em Porto Alegre que gritavam: “Fascistas não passarão! Vocês querem ditadura, nós queremos Revolução!”.
É isso, a Revolução; ou é o não-futuro, a ditadura.
“Racistas, fascistas não passarão”, gritaram manifestantes que seguravam cartazes pedindo boicote à rede, após um homem negro ser assassinado em uma loja de Porto Alegre.
Depois de saber do assassinato de João Alberto Silveira Freitas por dois seguranças de um Carrefour em Porto Alegre, um grupo de manifestantes se reuniu em frente a um dos supermercados da rede em Brasília para protestar. “Racistas, fascistas não passarão. Abaixo o Carrefour”, gritaram no início da tarde desta sexta-feira (20/11). Nas mãos, as pessoas levavam cruzes de papelão e cartazes pedindo boicote à rede.
Carregando uma faixa com a frase “vidas negras importam”, as pessoas ainda entraram na loja e circularam pelos corredores. No Rio Grande do Sul, internautas marcam protesto semelhante para as 18h desta sexta na loja onde o caso aconteceu. Em Brasília, a deputada Federal Erika Kokay (PT-DF) participou das manifestações e transmitiu ao vivo pelas redes sociais. Veja o registro:
Entenda
Depois de um suposto desentendimento dentro da loja, João Alberto foi espancado até a morte por dois seguranças no estacionamento do supermercado. A esposa da vítima presenciou tudo, mas foi impedida de socorrê-lo, segundo testemunhas. Um dos agressores é policial militar. No fim desta manhã, o governador do Rio Grande do Sul se pronunciou e disse que o caso será rigorosamente apurado. O crime ocorreu na véspera do Dia da Consciência Negra e causou revolta em todo o país. O que diz o Carrefour
“O Carrefour informa que adotará as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso. Também romperá o contrato com a empresa que responde pelos seguranças que cometeram a agressão. O funcionário que estava no comando da loja no momento do incidente será desligado. Em respeito à vítima, a loja será fechada. Entraremos em contato com a família do senhor João Alberto para dar o suporte necessário. O Carrefour lamenta profundamente o caso. Ao tomar conhecimento deste inexplicável episódio, iniciamos uma rigorosa apuração interna e, imediatamente, tomamos as providências cabíveis para que os responsáveis sejam punidos legalmente. Para nós, nenhum tipo de violência e intolerância é admissível, e não aceitamos que situações como estas aconteçam. Estamos profundamente consternados com tudo que aconteceu e acompanharemos os desdobramentos do caso, oferecendo todo suporte para as autoridades locais.”
O que diz a Brigada Militar
“Imediatamente após ter sido acionada para atendimento de ocorrência em supermercado da Capital, a Brigada Militar foi ao local e prendeu todos os envolvidos, inclusive o PM temporário, cuja conduta fora do horário de trabalho será avaliada com todos os rigores da lei. Cabe destacar ainda que o PM Temporário não estava em serviço policial, uma vez que suas atribuições são restritas, conforme a legislação, à execução de serviços internos, atividades administrativas e videomonitoramento, e, ainda, mediante convênio ou instrumento congênere, guarda externa de estabelecimentos penais e de prédios públicos. A Brigada Militar, como instituição dedicada à proteção e à segurança de toda a sociedade, reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais, e seu total repúdio a quaisquer atos de violência, discriminação e racismo, intoleráveis e incompatíveis com a doutrina, missão e valores que a Instituição pratica e exige de seus profissionais em tempo integral.”