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Florestan Fernandes Júnior: Profissão Amor

A essência de um ser humano se sobrepõe a sua profissão. Foi isso o que aconteceu com a veterana jornalista Sônia Bridi, que cobria o drama de famílias ianomâmis, vítimas de desnutrição, fome, malária e pneumonia.

Emocionada com a cena desoladora, Bridi abandonou o microfone da emissora para a qual trabalha e acolheu em seus braços uma criança enferma, assustada. Naquele momento, a despeito das câmeras, da matéria jornalística que conduzia, quem estava ali era a Sônia.

Um ser humano diante do apelo irresistível da dor do outro, do outro vulnerável. Era a mulher que oferece o colo, o calor, o aconchego, o afeto que naquele momento tinha a capacidade de salvar.

A potência da imagem seguirá nos impactando, como símbolo de tudo o que pretendemos ser como indivíduos e como nação.

“Ali (reserva Ianomâmi), você sente uma tristeza tremenda, mas também uma revolta, uma indignação, de ver que se permitiu que fosse feito isso no nosso tempo. Pareciam cenas de holocausto” desabafou a repórter em uma entrevista.

Mas a essência do ser humano muitas vezes nos decepciona pela ausência de empatia, pelo preconceito latente, pelo ódio “ao que não lhe é espelho”.

Em 2015 uma outra repórter de televisão se celebrizou pela perversidade. Ficou famosa por chutar e passar rasteiras em refugiados sírios que tentavam atravessar a fronteira da Servia, em direção a Hungria. Entre as vítimas da fúria da jornalista húngara, Petra László, estavam Osama Abdul Mohsen e seu filho Zaid. Os dois foram derrubados e presos pela polícia. O que essa jornalista ganhou ao impedir que pai e filho conseguissem asilo na Hungria? Qual o perigo que um pai e seu filho representavam para a mulher branca e loira? A cor da pele? A religião? A pobreza? O idioma? A cultura? Ou a origem das vítimas, imigrantes sírios?

Petra foi condenada a três anos de prisão, em liberdade condicional. A sentença foi anulada em 2018 pela Suprema corte da Hungria, que considerou a pena já prescrita e que os chutes e rasteiras não caracterizavam crime.

Entre colo e pontapés, entre o amor e a barbárie, nossa civilização segue, cada dia mais polarizada.

Sorte nossa que entre esses dois polos, o exemplo que nos coube foi o de Sônia Bridi e sua manifestação epidérmica de amor. Que após tão longas trevas, seja esse gesto luminoso a nos inspirar na reconstrução de nosso país.

*Florestan Fernandes Jr./247

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‘Retrocessos’: o que diz o relatório de Lula sobre o governo Bolsonaro

O relatório final do Gabinete de Transição da equipe do presidente eleito Lula (PT), entregue nesta quinta-feira (22) em Brasília, lista os principais retrocessos e problemas identificados nos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o documento, a gestão de Bolsonaro foi responsável pela “desorganização do Estado” e “desmonte de serviços públicos essenciais”.

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), apresentou o relatório, que ressalta, entre outros a falta de recursos e a ameaça real de um colapso de serviços públicos.

A aprendizagem diminui, a evasão escolar aumentou, os recursos para essenciais, como a merenda escolar, ficaram congelados em 36 centavos. Tivemos quase colapso dos institutos federais e das universidades. Portanto, um grande desafio pela frente.

Veja abaixo alguns dos principais pontos levantados no relatório do GT:

Desenvolvimento social:

  • A volta da fome no país, atingindo 33 milhões de brasileiros, é o principal indicador do desmonte das políticas públicas da área.
  • Implementação do Auxílio Brasil desarranjou todo o sistema de transferência de renda em funcionamento há quase vinte anos e trouxe caos para o Suas (Sistema Único de Assistência Social).
  • Condicionalidades em saúde e educação estão fragilizadas, com destaque para o total de crianças menores de sete anos com acompanhamento vacinal passou de 68% em 2019 para 45% em 2022.
  • Apenas 60% dos dados do Cadastro Único para Programas Sociais estão atualizados.

Educação:

  • Trocas de ministros, denúncias de corrupção, crises na oferta dos serviços públicos.
  • Não cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) e a não instituição do Sistema Nacional de Educação (SNE).
  • Descaso com programas de alimentação escolar, construção de creches e escolas, organização curricular, ampliação do tempo integral, iniciação à docência etc.

Saúde:

  • Grave crise sanitária instaurada, principalmente, pela covid-19, que causou quase 700 mil mortes no país.
  • Redução da taxa de coberturas vacinais, com alto risco de reintrodução de doenças como a poliomielite.
  • Queda acentuada de consultas, cirurgias, procedimentos diagnósticos e terapêuticos realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
  • Retorno de internações por desnutrição infantil provocadas pela fome.
  • Estagnação na trajetória de queda da mortalidade infantil e aumento de mortes maternas.

Trabalho:

  • Na esteira da Reforma Trabalhista, o governo Bolsonaro avançou ainda mais na desmonte da legislação do trabalho.
  • Abandono da política de valorização do salário mínimo.
  • Aprofundamento do processo de flexibilização da proteção ao trabalho.
  • Perda de autonomia normativa, técnica, financeira e de gestão na inspeção de trabalho.

Direitos humanos:

  • Instrumentalização do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para o cumprimento da tarefa de subverter o significado histórico dos direitos humanos.
  • Aparelhamento do Disque 100 para assediar a educadores e a estabelecimentos comerciais que exigiam certificado vacinal contra covid-19, atendendo denúncias de sujeitos identificados com a chamada “escola sem partido” e com o negacionismo da crise sanitária.
  • Apenas 40% do orçamento da área havia sido empenhado e cerca de 21% haviam sido executados.

Economia:

  • O crescimento médio do PIB, no período 2019-2021, foi próximo de 1% ao ano até 2021.
  • A inflação acumulada no Brasil durante o governo Bolsonaro supera 26%.
  • O salário mínimo, atualmente em R$ 1.212, praticamente não teve ganho real.

Povos indígenas:

  • A invasão das terras e territórios indígenas se acentuou exponencialmente, em razão de políticas de incentivo à grilagem e à exploração ilícita e indevida de recursos naturais por garimpeiros, madeireiros, pecuaristas, pescadores, caçadores ilegais e narcotraficantes.
  • Ameaças e mortes de lideranças e defensores indígenas (e não indígenas) têm sido crescentes em razão da impunidade, como mostrou o caso do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, na região do Vale do Javari.
  • Omissão na fiscalização das terras indígenas afetou os povos originários em todas as regiões.
  • O governo Bolsonaro foi responsável pelas maiores taxas de desmatamento na Amazônia, desde 2006.

Cultura:

  • Extinção do Ministério da Cultura em 2019, passando a ser secretaria especial vinculada, primeiro, ao Ministério da Cidadania e, depois, ao Ministério do Turismo.
  • Amplificou o discurso de criminalização das artes e da cultura, com impactos agudos sobre artistas,
    trabalhadoras e trabalhadores do setor cultural.
  • A Secretaria virou as costas para a área cultural, cancelando editais, extinguindo políticas, descontinuando projetos, reduzindo sistematicamente o seu orçamento, perseguindo servidoras/es, sucateando instituições e publicando atos normativos autoritários que violam direitos e a diversidade cultural.

*Com Uol

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Governo Bolsonaro deixou crianças e adolescentes suscetíveis à violência e à fome

Sob o governo Bolsonaro houve aumento do número de crianças e adolescentes em situação de fome, suscetíveis às violências como estupros, assassinatos, suicídios, situação de rua, trabalho infantil, envolvimento com drogas, afastamento da escola, queda na cobertura vacinal, entre outros. É o que aponta o diagnóstico divulgado nesta sexta-feira (16), pelo subgrupo técnico de Criança e Adolescente do Gabinete de Transição.

O advogado e coordenador do GT, Ariel de Castro Alves detalhou o diagnóstico da área. Segundo ele, aumentou a população de 0 a 18 anos em situação de pobreza e extrema pobreza e que passam fome ou se encontram em insegurança alimentar no país.

“25,7% das famílias com três ou mais pessoas abaixo de 18 anos estão em situação de fome neste ano, índice que cai para 13,5% em famílias apenas com adultos”, disse ele. “É um cenário bastante arrasador com relação à proteção das crianças e adolescentes no Brasil. Diante disso, os desafios são, de fato, enormes”, completou.

O GT também observou o aumento da violência sexual, sobretudo de meninas (as 35.735 vítimas dos casos de estupro de vulnerável registrados em 2021 eram meninas com até 13 anos), das mortes violentas e por armas de fogo – que atingem majoritariamente crianças e adolescentes negros –, e do número de suicídios (entre 2016 e 2021, o número de suicídios cresceu 45% nas faixas de 11 a 14 anos e 49,3% entre as idades de 15 a 19 anos).

Além disso, o grupo encontrou uma queda brusca na cobertura vacinal e o aumento do número de crianças e adolescentes fora da escola. Outro ponto de atenção foi a ausência de diagnóstico e de política pública para atender as 130 mil crianças e adolescentes que ficaram órfãs em razão da pandemia, até julho de 2021.

Corte orçamentário

Do ponto de vista da gestão do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, o cenário encontrado foi de perda orçamentária, descontinuidade de programas, apagão de dados (número de crianças em situação de rua) e cerceamento à participação da sociedade. Foram extintos, por exemplo, a Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA).

A área sofreu forte sucessivos cortes no orçamento nos últimos anos, uma queda de R$ 203 milhões, em 2018, para R$ 54 milhões em 2022. Para 2023, a previsão é pior: R$ 42 milhões. De acordo com o GT, os valores atualizados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revelam que a dotação autorizada em 2022 correspondeu a apenas 31,5% da dotação autorizada em 2018. Já a proposta orçamentária para 2023 é de apenas 20,93% da dotação autorizada em 2018. Em 2009, o orçamento era de R$ 498 milhões. “O valor mínimo necessário à execução da política para 2023 é de R$ 324.547.623”, concluiu o grupo.

O subgrupo técnico concluiu que “a agenda dos direitos de crianças e adolescentes sofreu com uma investida político-institucional de disseminação de desinformação somado à sistemática afronta ao Estatuto da Criança e da Adolescente (ECA), com a defesa da redução da maioridade penal, dos castigos corporais e do trabalho infantil, entre outros.”

“Em 2018, Bolsonaro prometeu rasgar o ECA e, de fato, o governo dele fez isso. Acabou com o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e diminuiu os recursos voltados à proteção de crianças e adolescentes”, conclui o coordenador do GT.

*Com informações do Gabinete de Transição

* Vermelho

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O que são os 33 milhões de miseráveis diante do apetite dos abutres do mercado?

Cada vez fica mais claro que a miséria no Brasil é um projeto extra de poder.

Na verdade, a miséria é o grande escapulário dos endinheirados. Essa gente, que adora falar em diminuição do Estado, não faz outra coisa que não seja exigir proteção do Estado para seguir arrancando o couro dos brasileiros, como fazem as aves de rapina.

O tal mercado, que se acha mais importante do que os próprios deuses, não produz nada, é um dinheiro que circula nas mãos de especuladores que, na maioria das vezes, fazem peteca de investidores inexperientes, como faz o janota, da TC Investimentos, Pedro Albuquerque Filho.

Albuquerque teve um faniquito nesta quinta-feira com a preocupação de Lula com os pobres, mais precisamente com o fim da miséria e da fome de 33 milhões de brasileiros.

Normal para quem deu de ombros para o genocídio promovido pelo governo Bolsonaro durante a pandemia de covid, seguindo com o seu apoio a Bolsonaro, de forma irrestrita, que não só devolveu o país ao mapa da fome, como promoveu um rombo de R$ 400 bilhões.

Estabilidade fiscal não significa teto de gastos. Isso é uma estupidez neoliberal que Lula desancou quando governou o país e o colocou entre as 6 maiores economias do planeta.

Então, não dá para aturar chiliques sobre a fala de Lula ao sabor da especulação. Lula tem estrada e, sobretudo tem credibilidade internacional jamais vista em um chefe de Estado na história do Brasil.

Mas o playboy Albuquerque é bolsonarista no todo, naquilo que representa de mais podre no ser humano e que tem em Bolsonaro uma síntese perfeita.

E é aí que é preciso entender melhor por que a herança escravocrata segue tão latente nas camadas mais ricas da população.

Qualquer passo dado, nesse conceito primitivo de civilização, é considerado um insulto por quem não produz nada além de miséria para o povo e lucros especulativos na bolsa de valores.

Daí a gritaria dos fantoches desse mecanismo de drenagem da riqueza nacional, para que os ricos sigam sempre ganhando, e os miseráveis sempre perdendo.

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VÍDEO: Lula chora ao falar sobre prostituição infantil e fome; “Não temos o direito de aceitar”

Ex-presidente foi às lágrimas em bate-papo com o ator Paulo Vieira; “Temos que ficar indignados”

O ex-presidente Lula (PT), durante um bate-papo transmitido ao vivo com o ator Paulo Vieira, nesta quarta-feira (26), chorou ao falar sobre prostituição infantil e fome no Brasil.

Os temas são caros ao petista. No debate da Band realizado em 16 de outubro, o ex-presidente usou um broche do “Faça Bonito”, a campanha nacional de combate à violência sexual infantil, em meio à repercussão da fala de Jair Bolsonaro (PL) sobre “pintar um clima” com meninas venezuelanas de 14 anos. Já o combate à fome é a principal bandeira da trajetória política de Lula.

“Quando eu vejo uma menina de 14 anos, 15 anos, às vezes tendo que se prostituir por falta de comida, cara. Uma pessoa vender o corpo porque quer comer o pão de cada dia não é possível. Como seres humanos, nós não temos o direito de aceitar isso”, disse Lula na conversa com Paulo Vieira, pouco antes de ir às lágrimas.

“Nós temos que ficar indignados. Não é possível. O país que é o terceiro produtor de alimentos, o país que é o maior produtor de proteína animal do mundo, um país que tem tudo, por que as pessoas passam fome? Não é possível, cara. As pessoas catando lixo… Cara dormindo embaixo do viaduto, ali na Praça Roosevelt, eu passo lá tenho vontade de parar o carro, colocar todo mundo e levar para algum lugar…”, declarou, com a voz embargada.

https://twitter.com/lulaverso/status/1585403085513539587?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1585403085513539587%7Ctwgr%5E7ae81cf777e1a5d17319e6f7aed480be44501bd5%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-2145823220250606500.ampproject.net%2F2210010655000%2Fframe.html

*Com Forum

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Ex-jogador pede que apoiadores de Bolsonaro atropelem pessoas que passam fome

O ex-jogador do Fortaleza e Ceará Fabrício Manini fez um desabafo cheio de ódio nas redes sociais.

Logo após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmar que haverá um segundo turno para presidente entre Jair Bolsonaro (PL) e Luís Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano, o ex-jogador Fabrício Manini fez um desabafo cheio de ódio no Instagram.

“Depois do resultado do primeiro turno das eleições, espero que todos eleitores do Bolsonaro, assim como eu, quando encontrar alguém passando fome ou pedindo algum alimento, não ajude. Passe com o carro por cima da cabeça pro País não ter mais despesas com esses vermes”, escreveu o atleta.

Ele já teve passagens pelos times do Fortaleza, e Ceará e fez esse desabafo cheio de raiva contra as pessoas que votaram no ex-presidente Lula.

A web detonou a atitude de Fabrício, e várias críticas ao seu posicionamento foram feitas. Ele depois de perceber a magnitude de suas palavras, decidiu apagar sua conta na rede social. Outro famoso que declarou apoio a Bolsonaro, foi o sertanejo Gusttavo Lima.

O post ‘Ex-jogador pede que apoiadores de Bolsonaro atropelem pessoas que passam fome’.

*Com Correio Braziliense

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“Tem criança com fome”: internautas se revoltam com veto de Bolsonaro ao reajuste da merenda escolar

Internautas de todo o país levaram o termo “tem criança com fome” aos assuntos mais comentados do Twitter nesta sexta-feira (16) em função da revelação de que os valores dos repasses da merenda escolar não são reajustados há cinco anos e que o último aumento, aprovado em agosto pelo Congresso Nacional, foi vetado por Jair Bolsonaro (PL) sob a alegação de que isso poderia estourar o teto de gastos.

O travamento do reajuste, associado à alta da inflação dos alimentos, que chegou a 26,75% entre maio de 2021 e maio deste ano, tem levado muitas escolas a carimbarem a mão de crianças para que estas não repitam o prato de comida.

Os alunos são obrigados até mesmo a dividir ovo com colegas. Houve redução em itens básicos como arroz e carne. A situação deverá se repetir ao longo do próximo ano, uma vez que o Projeto de Lei Orçamentária enviado ao Congresso também não prevê reajuste para o exercício de 2023.

A merenda escolar é assegurada pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que atende cerca de 41 milhões de estudantes em todo o país. Sem reajuste, os valores diários per capita repassados pelo programa para Estados e municípios são de R$ 1,07 para as creches, R$ 0,53 para a pré-escola e de R$ 0,36 para o ensino fundamental e médio.

Um estudo da Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), divulgado na quinta-feira (15), aponta que 37,8% dos lares com crianças de até 10 anos sofrem com a fome ou redução da quantidade e da qualidade dos alimentos. Ainda segundo a pesquisa, a fome dobrou nas famílias com crianças menores de 10 anos, passando de 9,4% em 2020 para 18,1% em 2022.

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Em nome de Deus

Florestan Fernandes Jr – Muito nos foi roubado pelo governo Bolsonaro. As mais de 680 mil vidas vitimadas pela Covid, a perspectiva de futuro para um país que seguirá colhendo por décadas o efeito da fome e desnutrição de crianças e gestantes.

As consequências da desnutrição das crianças na primeira infância e das gestantes são devastadoras, além da tragédia social, o déficit cognitivo.

Isso vai impactar fortemente a formação e educação dessas crianças. Ou seja, o futuro do Brasil foi roubado.

E agora, nesta semana, uma data cívica singular também nos foi roubada. O bicentenário da Independência do Brasil, oportunidade única de discutirmos como nação os avanços e retrocessos que tivemos, foi arrancada de nós.

Em lugar de um espaço de discussões e ações propositivas, de comemoração cívica, um espetáculo grotesco de misoginia, de crimes eleitorais, de incitação ao ódio às instituições e eliminação de adversários políticos.

Até mesmo o coração de Dom Pedro I, trazido ao Brasil em uma iniciativa controversa e simbólica da Necropolítica desse governo, perdeu espaço para a irrigação sanguínea dos genitais do presidente da República. Fomos expostos mais uma vez ao escárnio internacional.

A tragédia nacional parece não ter fim. É como viver um loop distópico infinito.

Vivemos as consequências de um discurso de eliminação, que transforma antagonistas em inimigos, que tem nos roubado pais de família como Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu morto durante a própria festa de aniversário por um bolsonarista tomado pelo discurso de ódio. Ou ainda Benedito Cardoso do Santos esfaqueado e morto ontem, com requintes de crueldade em Cuiabá, pelo colega de trabalho, Rafael Silva de Oliveira, apoiador de Bolsonaro, após uma discussão política.

Em todos os aspectos da vida nacional temos sido penalizados.

Ele nos roubou os investimentos na educação, na pesquisa, na saúde. Está queimando nossas florestas, poluindo nossos rios, contaminando nossa lavoura com a liberação de agrotóxicos altamente prejudiciais à saúde.

Está entregando nossas riquezas e dizimando os povos originários. Bolsonaro roubou a autoestima dos brasileiros. Os sonhos de uma sociedade mais justa, mais fraterna e solidária.

Tudo nesse governo é destruição e expropriação. Fomos também privados da publicidade e da transparência, que obriga os administradores públicos a prestar contas do uso das nossas riquezas. Fomos privados do direito de sabermos o destino das verbas de emendas ao Orçamento da União, dos gastos do cartão corporativo. Tudo é coberto por sigilo centenário, desde os negócios suspeitos da família, aos mal feitos da administração. Por fim, nos rouba a estabilidade das leis e a lisura das eleições, já que usou e abusou de inúmeros artifícios para garantir sua reeleição, num derrame de dinheiro para compra de votos nunca visto.

Bolsonaro e seus seguidores, que tanto usam o nome de Deus, deveriam atentar para o que diz o Evangelho de João, capítulo 10, versículo 10: “O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham plenamente”. Um rouba e mata. O outro acolhe e cuida.

*Com 247

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O maior aliado de Lula sempre foi saber querer

Um programa de governo é como um arranjo musical que soa exatamente aquilo que é determinado pelo sentido do repertório.

É desse ponto que nascem as ideias do que os outros nos sugerem.

Tem que saber querer, e isso, Lula sabe fazer como ninguém, e deixou claro, nesta terça-feira (9), na Fiesp, seu principal objetivo num possível terceiro mandato.

O evidente descaso humano que ocorreu nesse país depois dos golpes em Dilma e Lula, foram o diapasão do ex-presidente.

Lula foi transparente ao afirmar que seu objetivo é, novamente, acabar fome e a miséria. Ele propôs caminhos possíveis para tal empreitada governamental.

Lula não fez um discurso inesperado, ao contrário, é o seu discurso de vida.

Não foi sem motivos que o ex-presidente conseguiu o feito de tirar 40 milhões da miséria.

Tudo depende apenas de acomodar-se às circunstâncias do momento para se ter êxito nos seus objetivos.

Foi esse o discurso de Lula, que agradou em cheio os empresários que o assistiam, propor o recomeço de um projeto de país em que a fome e a miséria não sejam mais toleradas.

O modo de fazer isso, pouco importa, ele se dará pela força do meio. O que importa é saber querer, e Lula sabe como ninguém o que quer.

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Não há espaço para “isentões” nessas eleições

Se você é incapaz de se indignar com declarações racistas, com políticas públicas de perseguição aos negros, movidas por ódio racial em nome de uma suposta alergia à política, você não é isento, mas cúmplice dos racistas.

Não há como, diante dessa prática perversa, manter os músculos faciais imóveis. Isso não é isenção, e sim incentivo ao crime de racismo.

Quem tem uma opinião frouxa sobre o morticínio por covid, provocado por Bolsonaro, que beira a 700 mil vítimas, não é imparcial, ao contrário, é um fomentador entusiasmado de práticas criminosas que, indiscutivelmente, sobretudo no caso de uma pandemia, poderia ter sido mais uma vítima fatal junto com as centenas de milhares de brasileiros vitimados por essa vilania que o país sofreu, comandada pelo presidente da República.

Vir com uma resposta clássica dos “isentos” que não querem “tomar partido”, dos oprimidos, nem dos opressores é, na verdade, a expressão nua e crua de quem pretende azeitar o fascismo, porque imagina que tem algum tipo de benefício com a tragédia alheia.

Há um caso bastante emblemático na disputa entre Lula, que tirou 40 milhões da miséria em 8 anos, e Bolsonaro, que deve fechar seus quatro anos de governo, com 40 milhões de brasileiros na mais absoluta miséria e fome, enquanto 65% da população vive insegurança alimentar.

Não há argumentação possível para se dizer isento diante de um quadro tão escandalosamente oposto. De um lado, uma visão humanista, do outro, o que existe de mais perverso. E, se assim mesmo você discursa neutralidade em nome de uma isenção, você tem lado, e é o da perversão. Ou seja, pouco se importa com os famintos e miseráveis, quando não aplaude, de forma silenciosa e perfumada, esse tipo de política nefasta.

Como alguém pode se dizer neutro diante de um sujeito que se declara a favor da ditadura, da tortura, dos assassinatos promovidos pela repressão?

Quem se diz isento a uma tragédia como essa, presta? Está fazendo um discurso para proteger quem, que usa luvas de látex para não se contaminar com a disputa política?

Não há seda possível para amaciar o discurso do isentão, porque não há no dicionário uma palavra que substitua a velha malandragem dos que se fazem de ingênuos, mas posam para retratos de intelectuais e pensadores, empresários ou trabalhadores que não querem se envolver em disputas de classe, porque é de sua natureza aceitar como normal todos os crimes cometidos por um psicopata que ainda exalta seus feitos, como quem ergue um troféu.

Bolsonaro construiu, tijolo a tijolo, essa tragédia que o Brasil vive hoje, e não há isenção que apague isso.

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