Categorias
Mundo

Da Nakba a Gaza: ‘Exterminem todos os selvagens!’

Pais segurando os corpos dilacerados de seus filhos são cenas comuns em Gaza. Antes, uma única imagem assim viraria manchete mundial. Hoje, são tantas que nem sequer são notícia. É o quão baixo o Ocidente afundou.

A guerra de Israel contra Gaza é um genocídio em plena vista — massacres, fome e deslocamento forçado enquanto o Ocidente desvia o olhar.

Nos anos 1960, Bernard Lewis cunhou a frase “choque de civilizações”. Tempos depois, Samuel Huntington a adotou. Era um argumento furado. Governos “colidem” por interesses concretos — dinheiro, território, poder, dominação —, não por algo vago como “civilização”. Mas era uma desculpa conveniente para potências imperialistas predatórias empenhadas em controlar o mundo.

Afinal, o que era a “civilização ocidental” senão uma besta esquizofrênica de duas faces, que ouvia Bach e Mozart enquanto escravizava milhões, massacrava povos, roubava suas terras e saqueava seus recursos?

É essa face hedionda que vemos novamente hoje. O Ocidente cruza os braços e fala de tudo — menos do genocídio em Gaza.

A semente que as potências europeias plantaram na Palestina cresceu e se tornou a maior ameaça à paz mundial desde os nazistas. E isso não é coincidência, dada a afinidade ideológica entre nazismo e sionismo: o racismo, a supremacia, o desprezo pelo direito internacional e pela vida humana, agora expostos em Gaza e no Líbano.

Sem esquecer o equivalente ao lebensraum — expansionismo e maximalismo territorial para abrir caminho a colonos judeus em substituição aos “animais humanos” palestinos. Apenas um degrau acima dos nazistas, que chamavam suas vítimas judias e outras de “sub-humanos”.

Que ironia grotesca: nos anos 1930, nazistas buscavam formas de eliminar judeus; em 2025, judeus buscam formas de eliminar palestinos. E sim, são judeus — não apenas sionistas, mas judeus cruéis, assim como há muçulmanos, cristãos e ateus cruéis. Eles são uma mancha na história judaica que nunca será apagada.

Os campos de extermínio nazistas e a política israelense diferem apenas no eufemismo: enquanto os nazistas falavam em “emigração” antes da morte, Israel nem disfarça. O número real de palestinos massacrados é incerto, mas ultrapassa em muito os 200 mil sugeridos pela revista The Lancet.

Durante o breve cessar-fogo, palestinos desenterraram corpos dos escombros. Mas agora Netanyahu o rompeu. No momento em que escrevo (18 de março, 9h38), Israel já matou 235 palestinos em ataques aéreos. Muitos, é claro, eram crianças — porque milhares já foram assassinadas.

Pais segurando os corpos dilacerados de seus filhos são cenas comuns em Gaza. Antes, uma única imagem assim viraria manchete mundial. Hoje, são tantas que nem sequer são notícia. É o quão baixo o Ocidente afundou.

Sem conseguir convencer ninguém a aceitar a “transferência” populacional que Trump também defende, Israel opta pelo extermínio. Aos palestinos, resta “escolher”: fugir ou ficar e morrer. Fugir para onde? Não há saída. Gaza é uma armadilha, e seus algozes não têm piedade.

“Ainda que a fome e a sede não os matem, nós mataremos.” Essa é a mensagem. Velhos, jovens, deficientes, professores, agricultores, jornalistas — não importa. O “exército mais moral do mundo” os assassinará.

Não em suas casas (já destruídas), mas em campos, tendas, praias ou ruínas urbanas — por bombas, drones, mísseis ou tiros de sniper. Ou pela privação de comida, água, remédios e eletricidade.

Isso acontece agora. “Exterminem todos os selvagens!”, clamou Kurtz em O Coração das Trevas. E é o que se vê no campo de extermínio de Gaza — desta vez, administrado por judeus. Uma verdade repugnante, mas ainda assim verdade. Claro, no livro, era Kurtz, o agente da “civilização”, o verdadeiro selvagem.

Israel nunca deveria ter sido criado em terras alheias. É um Estado usurpador, como tantos na história — mas estamos no século XXI, não no XVII. Israel nunca demonstrou remorso, e o mundo nunca aprendeu a evitar a repetição de horrores passados. Poucos horrores foram tão brutais quanto Gaza.

Israel é a contradição de um Estado colonial surgido no crepúsculo da era colonial. Foi parido pela ONU, a “mãe” que hoje odeia porque esta tenta frear seu comportamento vil.

Seu ódio transborda nas redes sociais, no governo, no parlamento, na mídia e nas instituições religiosas. Ódio aos palestinos, árabes, ONU, críticos do genocídio — e até entre si. Talvez seja isso que, um dia, destruirá Israel: ele acabará devorando a si mesmo.

Seus chiliques e fúria teatral são históricos, mas sempre indulgenciados. Políticos dos EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá e UE agem com medo. Não chamam o genocídio pelo nome — Israel e seus lobistas não gostariam.

Criticam, mas com códigos: “Compartilhamos seus valores democráticos e estamos do seu lado, mesmo quando reclamamos.” Falam em “solução de dois Estados” sabendo que nunca acontecerá. Israel sabe que sabem. Tudo sob controle.

Expressam “preocupação”, nunca raiva. Afinal, há séculos pessoas de pele branca exterminam as de pele escura. É triste, mas “normal”. Seria anormal só se as vítimas fossem brancas. Alguém imagina 2 milhões de europeus presos em um enclave, esfomeados e massacrados, sem que o Ocidente interviesse?

Isso expõe não só o racismo de Israel, mas o do Ocidente — que assiste passivamente a 18 meses de genocídio.

Israel é apoiado incondicionalmente pelos EUA, cujas instituições infiltrou. Recebe tudo o que quer. Juntos, são uma ameaça à paz global.

Israel não obedece leis, só seus interesses. Suga seus “aliados” e os trai — como fez com a Grã-Bretanha nos anos 1940, matando policiais e diplomatas britânicos.

Lembrem-se do USS Liberty (1967), do plutônio roubado dos EUA, dos ativistas Rachel Corrie, James Miller e Tom Hurndall — todos mortos em Gaza. Lembrem-se do turco-americano Furkan Doğan, assassinado no Mavi Marmara. Israel não respeita nem seus aliados, mas estes insistem em um masoquismo destrutivo.

Netanyahu deixa claro: Israel não mudará. Para sobreviver, deve continuar matando — palestinos, libaneses, sírios, iranianos, quem quer que ouse enfrentá-lo.

Se (ou melhor, quando) Israel for encurralado sem saída, sua mensagem é clara: “Levaremos o mundo conosco.” E quem lhe deu as armas e tecnologia para isso? A resposta é óbvia.

São 11h59. O The Guardian reporta mais de 320 mortos em Gaza. Assassinados em massa. Às 14h08, já eram mais de 400.

*Jeremy Salt*, site da Fepal

* Jeremy Salt lecionou na Universidade de Melbourne, na Universidade Boğaziçi (Istambul) e na Universidade Bilkent (Ankara), especializando-se na história moderna do Oriente Médio. Entre suas publicações estão The Unmaking of the Middle East (2008) e The Last Ottoman Wars (2019). Artigo publicado em 19/03/2025 no The Palestine Chronicle.

Categorias
Mundo

Bloqueio de ajuda humanitária é ‘principal ferramenta’ de Israel em Gaza

Todas as passagens de fronteira para Gaza permaneceram fechadas enquanto piora uma grave crise humanitária

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que Tel Aviv não permitirá a entrada de nenhuma ajuda humanitária na Faixa de Gaza, enfatizando que a prevenção de ajuda é uma “ferramenta principal” usada para pressionar o Hamas.

“Como mencionei na minha declaração, a política de Israel é clara e nenhuma ajuda humanitária está prestes a entrar em Gaza”, disse ele, acrescentando que a prevenção de ajuda é “uma das principais ferramentas” que Israel está usando para pressionar o Hamas, “além das outras medidas que Israel está tomando”.

“É uma pena que haja quem tente enganar. Na realidade atual, ninguém vai levar ajuda humanitária para Gaza, e ninguém está se preparando para trazer tal ajuda. Enfatizei que, em relação ao futuro, um mecanismo para o uso de empresas civis deve ser construído, para não permitir que o Hamas tenha acesso [à ajuda] no futuro”, continuou o ministro da Defesa.

Katz havia anunciado em uma declaração anterior na quarta-feira que Israel eventualmente retomaria as entregas de ajuda a Gaza, mas apenas por meio de “empresas civis”.

A declaração de Katz enfatizou “antes de mais nada, fazer todos os esforços para conseguir a libertação de todos os reféns dentro da estrutura do [enviado dos EUA Steve] Witkoff e construir uma ponte para a derrota do Hamas no futuro”.

Ele enfatizou “interromper a ajuda humanitária, que mina o controle do Hamas sobre a população, e criar uma infraestrutura para a distribuição [de ajuda] por meio de empresas civis no futuro”.

“Até agora, centenas de milhares de moradores foram evacuados e dezenas por cento do território foi adicionado às zonas de segurança”, referindo-se à recente tomada de território em Gaza. “A pressão sobre o Hamas para executar o acordo é pesada e a tensão entre ele e a população local está aumentando”, continuou.

Ele acrescentou que o Egito, pela primeira vez, estabeleceu “o desarmamento do Hamas e a desmilitarização de Gaza” como condição “para um acordo abrangente e para o fim da guerra”.

Katz enfrentou críticas significativas de membros da coalizão e das famílias dos prisioneiros israelenses mantidos na faixa.

O Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, disse que fará tudo o que estiver ao seu alcance para impedir o “erro histórico” de permitir a entrada de ajuda em Gaza.

“É uma pena que não aprendamos com nossos erros. Enquanto nossos reféns estiverem morrendo nos túneis, não há razão para que um grama de comida ou ajuda entre em Gaza”, afirmou.

O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas chamou as declarações de Katz de “fantasia”, criticando especificamente a insistência do governo em priorizar a tomada de território em Gaza em detrimento das vidas dos reféns.

“Chegou a hora de acabar com as falsas promessas e slogans. É impossível continuar a guerra e, ao mesmo tempo, libertar todos os reféns”, afirmou o fórum.

Todas as passagens de fronteira para Gaza permaneceram fechadas, com o fluxo de ajuda para a faixa interrompido. Hospitais em Gaza estão à beira do colapso total devido à falta de suprimentos médicos desesperadamente necessários, tornando quase impossível tratar as dezenas de palestinos feridos que chegam aos centros médicos diariamente.

Desde a recente retomada e expansão das operações terrestres em Gaza, Israel assumiu o controle de pelo menos 50% do território da faixa. Katz anunciou no sábado a captura pelo exército israelense do recém-criado Corredor Morag, que isola a cidade de Rafah, no extremo sul, da cidade de Khan Yunis.

Katz também disse que o exército em breve ampliará “vigorosamente” sua ofensiva em Gaza.

Mais de 1.630 palestinos foram mortos e mais de 4.300 feridos por Israel em toda a Faixa de Gaza desde que a guerra em Gaza recomeçou em 18 de março.

Enquanto isso, os EUA aprovaram um novo carregamento de milhares de bombas para a Força Aérea Israelense.

Categorias
Mundo

‘Mundo renunciou a nós, mas nós não renunciaremos’, diz poeta palestino

Ensaísta e ativista Murad Al Sudani está no Brasil para assinar acordo de cooperação entre escritores palestinos e brasileiros.

“O mundo renunciou a nós, palestinos, mas nós não renunciaremos. Este é um desafio que fazemos à consciência mundial”, provoca o poeta, ensaísta, professor universitário, crítico literário e editor palestino Murad Al Sudani, em passagem por São Paulo nesta sexta-feira (11/04) para assinar um acordo de cooperação cultural entre Palestina e Brasil.

Secretário-geral da União Geral dos Escritores Palestinos, Al Sudani fez uma série de denúncias contra o Estado sionista de Israel durante encontro com jornalistas no sindicato da categoria na capital paulista. Pelo convênio firmado com a União Brasileira de Escritores, na quinta-feira (10/04), as duas entidades se comprometeram a traduzir e divulgar obras literárias de seus respectivos associados no outro país, com foco principal na produção de jovens autores.

O projeto deve se iniciar com a tradução para o português de uma série de contistas palestinos que têm produzido seus trabalhos no calor da hora, “em tempo de sangue”, como definiu o secretário-geral. “Os contos já estão escritos, por gente que estava sendo bombardeada”, disse ao explicar que os trabalhos ainda são inéditos, estão em processo de seleção e contam com o interesse de editoras brasileiras para a publicação local.

Genocídio em Gaza
Atribuindo a motivação genocida dos sionistas à cobiça pelas reservas de gás ao norte de Gaza, o escritor denuncia o Estado “criminoso” de Israel e seus sócios neste crime, como os Estados Unidos (“a polícia do mundo”): “Israel é um Estado de ladrões, que rouba os palestinos desde que foi fundado”. E completa: “agora vem Trump dizer ao povo de Gaza que deve ir embora. Ele nos considera Estados americanos?”.

Al Sudani descreve em números o extermínio em curso, citando o assassinato de centenas de acadêmicos, professores universitários e pesquisadores, de 211 jornalistas e de 47 integrantes da União Geral dos Escritores Palestinos, cujos corpos em parte ainda permanecem sob os escombros. “Foram destruídas 550 aldeias desde que o Estado de Israel foi implantado. Trocaram seus nomes, atacaram os lugares e suas identidades, falsificando e fabricando mentiras. Esses invasores não têm relação com o lugar, roubam todos os símbolos e tradições palestinos e dizem que pertencem a eles. Cortam centenas de oliveiras palestinas, roubam a comida popular palestina e dizem que é deles”, indigna-se. “Não têm raízes, então tentam arrancar as raízes do povo palestino.”

O escritor e ativista ressaltou também a destruição sistemática de universidades, escolas, centros culturais e museus, e concluiu, na mesma direção: “os sionistas não têm civilização nem cultura, por isso querem destruir a civilização e a cultura dos outros povos. O genocídio é físico e cultural, em todos os níveis, nas telas de vídeo, diante dos olhos do mundo”. Al Sudani deixa uma pergunta no ar: “o que este mundo hipócrita vai fazer? Eu me limito a ficar calado”.

Acordo entre escritores do Brasil e Palestina
Nesse contexto em que parte do mundo parece fechar os olhos para o genocídio palestino, o poeta afirmou que objetivo do acordo entre escritores de dois lados do mundo é sensibilizar intelectuais, literatos e comunicadores brasileiros para um extermínio que não diz respeito apenas aos palestinos, mas a toda a humanidade.

“Devemos dialogar com a consciência dos escritores, comunicadores e elites pensantes do mundo todo. Se não se mexerem com esse massacre, o que vai fazer eles se mexerem? O massacre é de toda a humanidade”, alertou o ativista, editor, entre outras, da Revista dos Prisioneiros, voltada para a realidade de cerca de 7 mil palestinos encarcerados, entre esses escritores que conseguem enviar seus relatos clandestinamente de dentro da prisão para a revista publicar.

Intermediado pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), o encontro entre as uniões de escritores daqui e de lá é desdobramento de iniciativa semelhante travada com a Rússia, no âmbito do BRICS e das tratativas para a criação de uma liga de escritores do bloco, de que a Palestina deve participar, embora não seja membro oficial do agrupamento. Quanto ao Brasil, seus intelectuais e seus editores, Murad Al Sudani é objetivo: “precisamos das vozes de vocês”.

*Opera Mundi

Categorias
Mundo

Israel controla 50% de Gaza; ataques continuam

Mais de 50 mil palestinos foram mortos durante a guerra

Israel já dominou pelo menos 50% da Faixa de Gaza de acordo com a Associated Press. Após exatos 18 meses de conflito, o que resta do território é destruição por toda parte: prédios demolidos, casas viraram pó, plantação desapareceram e até árvores sumiram.

Ataques de Israel e Hamas continuam
Ataques continuam com intensa força após primeiro cessar-fogo iniciado em 19 de janeiro ser dado como encerrado no dia 18 de março — o acordo nunca foi cumprido devidamente pelas partes que mantiveram atuações das forças armadas.

Neste domingo (6), Israel fez ofensiva que resultou na morte de 32 pessoas, sendo maior parte mulheres e crianças. A situação aconteceu enquanto o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu viaja para os Estados Unidos (EUA) para se encontrar com Donald Trump.

Em defesa, a ação foi justificada como retaliação por ataque feito pelo Hamas ao sul do país. O grupo disparou cerca de 10 projéteis, maioria foi interceptado pelo sistema de defesa israelita.

Hamas por sua vez justificou a ação devido as mortes de palestinos pelo exército de Netanyahu.

Informações da Folha de S. Paulo dizem ainda que o exército israelense escolheu conscientemente atacar uma equipe médica da Cruz Vermelha em 23 de março. Na ação 15 trabalhadores morreram.

O governo também bloqueou a importação de alimentos, combustível e ajuda humanitária durante o mês de março para o território de Gaza, que depende muito de assistência externa.

Durante a Guerra entre Israel e o Hamas, mais de 62 mil palestinos foram mortos, de acordo com o Al Jazeera. Segundo o mesmo veículo, no lado de Israel pouco mais de mil foram mortos pelas forças do Hamas.

Devido a dificuldade da imprensa de estar no território e de verificar os dados, a informação é desatualizada de 3 de fevereiro. Os números podem ser ainda maiores e mais discrepantes.

Categorias
Mundo

Israel prossegue massacre com tropas invadindo sul e norte de Gaza

Exército israelense já matou aproximadamente 600 palestinos, sendo 200 crianças; Hamas e Houthis contra-atacam regime sionista

Israel realizou ataques ao longo da noite de quinta-feira (20/03) e na madrugada de sexta-feira (21/03) em todas as áreas da Faixa de Gaza, sobrecarregando necrotérios. Nos últimos três dias o Ministério da Saúde de Gaza já confirmou quase 600 mortes, sendo 200 de crianças. As tropas sionistas atacaram por terra extensivamente áreas residenciais da cidade de Beit Lahiya, onde a população acordou com o som das bombas e tanques, e também em Rafah, no sul do enclave. O exército também voltou a isolar o norte de Gaza do sul.

Em uma vila perto de Khan Younis, o ataque matou 16 pessoas da mesma família, a maioria mulheres e crianças, segundo o Hospital Europeu próximo. Sobreviveu apenas um bebê de um mês e seus avós.

Um porta-voz do hospital dos Mártires de al-Aqsa, em Deir al-Balah, disse que 70% dos feridos que receberam eram mulheres e crianças, a maioria em estado crítico. Saher al-Wahidi, do Ministério da Saúde de Gaza, disse que a situação dos hospitais é catastrófica:

“Os feridos estão caídos no chão que está coberto de sangue. Estamos sofrendo muito com a escassez de suprimentos e equipamentos para emergência, tratamento intensivo e cirurgias. Há escassez de oxigênio, estações de dessalinização de água e de combustível”, disse Wahidi à reportagem da Al Jazeera.

‘Se não nos bombardearem, morreremos de fome’
Há 20 dias, Israel bloqueou novamente a entrada de toda e qualquer ajuda humanitária em Gaza, incluindo alimentos, remédios e água potável. Pouco depois interrompeu o fornecimento de eletricidade, paralisando a maior estação de dessalinização de água.

Além dos ataques, Israel isolou novamente a parte norte de Gaza e emitiu várias novas ordens de deslocamento forçado para moradores de Beit Lhia e Beit Hanun, no norte, da Cidade de Gaza e para os subúrbios ao sul de Khan Yunis.

“A guerra está de volta. Deslocamento e morte estão de volta. Sobrevivermos a esta rodada?”, perguntou à agência Reuters Samed Sami. Junto com centenas de outros palestinos, ele fugiu de Shejaia na quinta-feira para montar um acampamento improvisado perto da Cidade de Gaza. “Vivemos com medo, se não nos bombardearem, morreremos de fome”, disse uma refugiada à Al Jazeera.

Entre os mortos estão cinco funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). Segundo o comissário-geral da agência, Philippe Lazzarini, eles eram “professores, médicos, enfermeiros que serviam aos mais vulneráveis”. Todos estavam em instalações das Nações Unidas, que segundo o direito internacional devem ser protegidas por todas as partes em conflito. A localização dessas instalações era amplamente conhecida.

Hamas e houthis do Iêmen contra-atacam
Após dois dias sem responder aos ataques, o Hamas lançou três foguetes que acionaram as sirenes em Tel Aviv e em partes do centro de Israel. Um deles foi interceptado e dois atingiram áreas desabitadas, sem causar feridos.

Em solidariedade aos palestinos, os houthis do Iêmen também lançaram dois mísseis balísticos contra Israel. Ambos foram interceptados pelas defesas israelenses.

Os Estados Unidos, por sua parte, lançaram ataques sobre duas regiões do Iêmen controladas pelos houthis. Há dias que há ataques mútuos entre a frota de guerra norte-americana ancorada no Mar Vermelho e os houthis.

*Opera Mundi

Categorias
Mundo

O álibi de Israel para seu genocídio em Gaza é o “Hamas”. As milhares de vítimas fatais são civis desarmados, sobretudo crianças como esta

O Hamas nasceu em 1980, ou seja, mais de 30 anos após o inicio dos massacres promovidos pelos sionistas de Israel na Palestina.

Dito isso, qualquer justificativa para Israel matar civis inocentes em sua própria terra, que é a Palestina, é mais um tipo de roubo adicionado numa lista de tantos outros que os europeus colonialistas de Israel têm em suas costas.

Essa nojeira, essa podridão chamada Estado de Israel, que tem a permissão do mundo, dito civilizado, para exterminar palestinos, tendo as crianças e bebês como alvo primeiro, não passa de cretinice de quem, como a Europa e EUA, finge acreditar nas mentiras de Israel para colonizar Gaza.

Qualquer relatório sério sobre as ações assassinas de Israel na Faixa de Gaza desde 1948, só pode chegar a uma conclusão, Israel repete em Gaza a Alemanha Nazista de Hitler contra os judeus.

Todo o resto, é só um amontoado de cinismo, roubos e mentiras dos assassinos genocidas do Estado pirata-sionista de Israel.

Categorias
Mundo

Trump dá ultimato para que Hamas saia de Gaza e exige libertação de prisioneiros israelenses

O presidente dos EUA estendeu as ameaças à toda a população palestina de Gaza, afirmando que estão ‘mortos’ se retiverem os presos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um ultimato, nesta quarta-feira (5), para que os líderes do Hamas saiam de Gaza e exigiu que o grupo islamista palestino liberte os prisioneiros israelenses.

“Estou enviando a Israel tudo o que se necessita para terminar o trabalho, nem um único membro do Hamas estará a salvo se não fizerem o que eu digo”, escreveu o republicano em sua rede Truth Social, se referindo ao apoio militar dos EUA ao genocídio promovido por Israel em Gaza, que já deixou mais de 45 mil mortos em território palestino, segundo o Hamas. “Este é seu último aviso! Para os dirigentes, agora é a hora de sair de Gaza, enquanto ainda têm oportunidade.”

“Libertem todos os reféns agora, não depois, e devolvam imediatamente todos os corpos das pessoas que vocês assassinaram, ou ACABOU para vocês”, afirmou o mandário, referindo-se também aos restos mortais dos prisioneiros em posse do Hamas. “Somente pessoas doentes e perversas mantêm corpos, e vocês são doentes e perversos!”

Logo depois, Trump estendeu as ameaças ao Hamas à toda a população palestina de Gaza, afirmando que estão “mortos” se retiverem os prisioneiros israelenses.

“Para a população de Gaza: um lindo futuro os espera, mas não se retiverem os reféns. Se o fizerem, estão MORTOS!”, escreveu o republicano em seu perfil.

Contato direto com o Hamas
O governo estadunidense manteve contatos diretos com o Hamas, em acordo com Israel, que advertiu nesta quarta-feira (5) que seus esforços militares para derrotar o movimento islamista palestino em Gaza não terminaram.

Essa postura rompe com a antiga política dos EUA de não manterem um diálogo direto com grupos que considera terroristas, como é o caso do Hamas.

Perguntada por essas conversas, reveladas pelo site Axios, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, respondeu que o enviado especial dos Estados Unidos, Adam Boehler, tem “autoridade para falar com qualquer um”.

“Israel foi consultado sobre esse assunto”, acrescentou, sem dar detalhes sobre o conteúdo das reuniões e disse que “há vidas de americanos em jogo”.

“Durante as consultas com os Estados Unidos, Israel expressou sua opinião sobre as conversas diretas com o Hamas”, disse o gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

Responsáveis do Hamas também confirmaram esses encontros.

“Houve vários contatos entre o Hamas e vários canais de comunicação americanos, o último com um enviado dos Estados Unidos, e o assunto dos prisioneiros israelenses que têm cidadania americana, tanto os vivos quanto os falecidos, foi discutido”, declarou um responsável do Hamas que pediu anonimato.

Segundo o Axios, Boehler se reuniu com autoridades do Hamas nas últimas semanas em Doha para tratar da libertação dos cinco prisioneiros americanos que o grupo islamista ainda mantém na Faixa de Gaza, quatro dos quais estão mortos, segundo balanço da AFP.

Nessas conversas também se discutiu a libertação de todos os prisioneiros que permanecem em Gaza, bem como a possibilidade de um cessar-fogo permanente, acrescentou o Axios, com base em duas fontes anônimas próximas das conversas.

Apesar dos contatos, o chefe do Estado-Maior israelense, Eyal Zamir, afirmou nesta quarta-feira que o objetivo de acabar com o Hamas na Faixa de Gaza “ainda não foi concluído”, declarações que colocam em dúvida a trégua no território palestino.

“O Hamas sofreu um golpe duro, mas ainda não foi vencido”, declarou Zamir. Enquanto Netanyahu limitou-se a dizer que está “decidido a ganhar”.

Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza após um ataque em 7 de outubro de 2023 no sul do país perpetrado por membros do Hamas, no qual morreram 1.218 pessoas.

A ofensiva israelense provocou pelo menos 48.440 mortes em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas considerados confiáveis pela ONU. Também gerou um desastre humanitário entre os 2,4 milhões de habitantes do território palestino.

Fome, uma arma de guerra
Em 19 de janeiro entrou em vigor um acordo de trégua alcançado com mediação de Catar, Egito e Estados Unidos.

Esse pacto está na berlinda, já que Israel e Hamas discordam sobre como mantê-lo, uma vez expirada sua primeira fase.

Nessa primeira etapa, o Hamas entregou 33 prisioneiros e Israel libertou cerca de 1.800 palestinos.

Israel também permitiu a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza, antes de bloqueá-la no domingo em meio às desavenças com o Hamas sobre o prosseguimento da trégua.

Israel quer que a primeira fase se prolongue até meados de abril e exige a “desmilitarização total” do território palestino, a saída do Hamas de Gaza e a entrega de todos os prisioneiros antes de passar para uma nova fase.

Já o Hamas quer seguir para a segunda etapa, que contempla um cessar-fogo permanente, e insiste em permanecer na Faixa de Gaza, que governa desde 2007.

Uma terceira fase deveria se dedicar à reconstrução de Gaza.

Com sua decisão de bloquear a entrada de ajuda humanitária em Gaza, Israel está “utilizando a fome como arma de guerra”, protestou a África do Sul, que apresentou uma denúncia de genocídio contra Israel perante a Corte Internacional de Justiça.

Berlim, Paris e Londres pediram conjuntamente a Israel que deixe a ajuda entrar, e ao Hamas que liberte os prisioneiros. “O fornecimento de ajuda humanitária não deve […] ser explorado com fins políticos”.

*AFP/BdF

Categorias
Mundo

Hamas liberta três prisioneiros, mas Israel diz que planeja novos “ataques” em Gaza

Liberação ocorreu via Cruz Vermelha após mediação do Egito e Catar; segunda fase das negociações permanece incerta.

AFP
O Hamas libertou neste sábado (15) mais três prisioneiros israelenses como parte do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A Cruz Vermelha fez o transporte dos libertados até Khan Younis, onde foram entregues ao governo de Israel.

Há uma semana, o estado judeu ameaçava retomar ataques contra a população de Gaza, frente à paralisação nas liberações. O principal motivo foi o descumprimento dos termos do acordo por Israel, que bloqueava o acesso de palestinos ao território, assim como de mantimentos e materiais para reconstrução da região desolada pelo massacre.

Mediadores egípcios e cataris foram os responsáveis por articular as conversas entre o Hamas e o governo de Israel para manter o acordo de cessar-fogo. Após a libertação dos três prisioneiros, o Hamas aguarda a soltura de 369 palestinos e palestinas mantidos por Israel.

Mesmo com o gesto palestino, o chefe do Estado-maior de Israel, tenente-general Herzi Halevi afirmou que as forças do país estão preparando “planos de ataque”, sem dar detalhes sobre as possíveis ações militares.

A primeira fase do acordo se encerra em março. Ainda há incertezas se será possível alcançar a segunda fase, que colocaria fim ao genocídio israelense em Gaza. Em mais de um ano de ataques, mais de 47 mil pessoas morreram, grande parte delas mulheres e crianças.

Na segunda-feira (10) passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou provocar um “inferno” em Gaza se os prisioneiros israelenses não fossem libertados até este sábado, como estabelece o acordo de trégua que está em vigor desde 19 de janeiro.

O Hamas reagiu afirmando que as ameaças não tinham valor. “Trump deve lembrar que há um acordo [de trégua] que ambas as partes devem respeitar, e que essa é a única forma de fazer com que os prisioneiros retornem”, declarou Sami Abu Zuhri, um dos líderes do movimento.

*BdF

Categorias
Mundo

Plano de Trump para Gaza desvia atenção sobre roubo de US$ 524 bi de gás e petróleo dos palestinos

Israel está fazendo igual ou até pior que Hitler. Está roubando tudo, sobretudo o direito daquele povo a existir.

Em Auschwitz, Treblinka e em outros campos de concentração, os nazistas não descartavam nenhum objeto com valor monetário pertencente aos judeus.

Eles roubavam até o ouro dos dentes arrancados da boca de judeus assassinados nas câmaras de gás.

Antes disso, os algozes nazistas já haviam roubado e saqueado todos os bens, pertences e propriedades das vítimas.

Depois de despojados desses últimos itens de valor que ainda portavam nos seus corpos, os cadáveres seguiam para incineração nos fornos ou enterro em valas coletivas, como lixo.

Aquela realidade tétrica dos anos 1930/1940 do século passado guarda, lamentavelmente, uma tétrica similitude com o que acontece com o povo palestino hoje, confinado no campo de concentração de Gaza.

Ali, naquele inferno nazi-sionista, e amontoados como entulho, os palestinos aguardam seu extermínio enquanto são observados por um mundo passivo, impotente e, por isso, cúmplice com o Holocausto palestino.

Israel está fazendo igual ou até pior que Hitler. Está roubando tudo, sobretudo o direito daquele povo a existir. Israel está levando a pleno êxito o propósito de extermínio total, da “solução final”.

Em artigo no Al Jazeera em março de 2024 o professor Sultão Barakat, das Universidades Hamad Bin Khalifa e York, denunciou “tropas israelenses saqueando as propriedades de palestinos que fugiram de sua agressão brutal. Soldados podem ser vistos sorrindo para a câmera e exibindo relógios, joias, dinheiro e até mesmo tapetes e camisas esportivas que eles roubaram de casas palestinas. Artefatos históricos roubados de Gaza foram até mesmo colocados em exposição no Knesset [parlamento israelense]”.

“Como o historiador israelense Adam Raz descreve em seu livro Saque de propriedade árabe na Guerra da Independência [2020], combatentes e civis judeus saquearam tudo, desde joias, livros e vestidos bordados até alimentos e gado, móveis, utensílios de cozinha e até ladrilhos” das casas de palestinos, assinala Barakat.

Com o Estado de Israel estabelecido, o roubo de palestinos ganhou “maior escala”. Além das terras e propriedades, “os recursos naturais palestinos, particularmente a água, também foram saqueados. Hoje, a guerra em Gaza está servindo como uma cobertura conveniente para outro roubo em grande escala; desta vez, Israel está buscando saquear as reservas marítimas de gás offshore que são propriedade do estado da Palestina”.

Estudo da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento/UNCTAD realizado em 2019 concluiu que “territórios palestinos têm gás e petróleo que podem gerar centenas de bilhões de dólares”. Reservatórios com quantidades significativas de gás e petróleo estão localizados no território ocupado da Cisjordânia, e também na costa mediterrânea da Palestina, na Faixa de Gaza.

A UNCTAD calcula que as reservas de petróleo representam 1,7 bilhão de barris [ou US$ 71 bilhões] e 122 trilhões de pés cúbicos de gás natural [ou US$ 453 bilhões], significando uma riqueza total de 524 bilhões de dólares, a valores de 2019, data do estudo.

Esta cifra extraordinária, que permitiria à Palestina se afirmar como um Estado soberano, rico e sustentável, constituído por uma população diminuta, equivale ao PIB de Israel, de 528 bilhões de dólares [FMI/2024], e é superior ao PIB de mais de 170 países do mundo.

No artigo do professor Barakat citado acima, o autor denunciou que no final de outubro de 2023 o Ministério de Energia e Infraestrutura de Israel concedeu a empresas israelenses e estrangeiras o direito de exploração de gás natural de propriedade palestina, localizado dentro das fronteiras marítimas da Palestina. Um ato escancarado de roubo, pilhagem e pirataria.

Barakat entende que “é preciso se perguntar por que empresas estrangeiras, incluindo a italiana Eni, a britânica British Petroleum e a Dana Petroleum, uma subsidiária da Korea National Oil Corporation, decidiram continuar sua participação neste acordo, principalmente em meio à contínua campanha israelense do que a Corte Internacional de Justiça identificou como um caso plausível de genocídio”.

A resposta pode ser porque o Holocausto palestino, além de atender ao plano nazi-sionista de limpeza étnica, é enormemente benéfico aos negócios daqueles conglomerados econômicos transnacionais, e por isso representa uma poderosa moeda de troca do sionismo a favor do seu projeto genocida.

Quando o assunto é o povo palestino, os interesses econômicos ficam acima de princípios básicos de humanidade.

Barakat lembra que além da ilegalidade da concessão israelense das riquezas palestinas, a participação da italiana Eni nesse negócio ilegal viola normas da União Europeia, que determinam que “todos os acordos entre o Estado de Israel e a União Europeia devem indicar inequivocamente e explicitamente sua inaplicabilidade aos territórios ocupados por Israel em 1967”.

O povo palestino está no centro do jogo macabro de Israel, dos Estados Unidos e seus países vassalos.

A Riviera de Gaza-Auschwitz, projeto de Donald Trump, demanda a limpeza étnica total, com o extermínio de todo e qualquer vestígio humano e material do povo palestino ou, então, a diáspora radical.

Tragicamente, é preciso reconhecer que se Trump decidir avançar na concretização dessa idéia infame, ele não será detido.

A construção de um resort no Mediterrâneo para o gozo da elite mundial aparenta ser parte de um plano maior que o negócio turístico-imobiliário do conglomerado Trump em associação com capitais estadunidenses e europeus, porque pode estar encobrindo o roubo, também, de mais de meio trilhão de dólares de gás e petróleo dos palestinos.

Os negócios de Trump e dos grandes capitais abastecem o motor da máquina nazi-sionista-assassina de Netanyahu.

*Do Blog de Jeferson Miola

*Ilustração: Aroeira

Categorias
Mundo

Deixe o inferno explodir, diz Trump a Israel sobre Gaza

“Se todos os reféns não forem devolvidos até sábado, às 12 horas, eu diria cancele [o cessar-fogo] e deixe o inferno explodir”, declarou Trump.

O inferno, no caso, é, sobretudo para crianças e bebes, assim como mulheres, idosos e doentes.

O mundo está assistindo à barbárie medieval em estado puro dos sócios do genocídio na Palestina, onde pela primeira vez na história da humanidade, as crianças são os principais alvos e consequentemente as maiores vítimas.

Nem o Nazismo de Hitler chegou a tanto.

O Sionismo é diabólico, assim como o Nazismo.

Os dois são movidos a ódio psicopata pelo Sionismo com atitude mais perversa e covarde contra crianças.

Que Israel vai sobrar disso diante dos olhos de cada cidadão do mundo?

Não importa onde esteja, no mundo inteiro ele está sendo testemunha ocular dessa história macabra de Israel e EUA contra civis palestinos que serão expulsos de suas terras à bala e bombas debaixo das barbas de toda a população mundial.