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PF pode ampliar lista de indiciados em inquérito sobre tentativa de golpe

Documentos e dispositivos eletrônicos apreendidos com Braga Netto e seu ex-assessor podem arrastar novos personagens para o caso.

Na reta final da análise do material coletado na Operação Contragolpe, que levou à prisão do general e ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, a Polícia Federal avalia a possibilidade de apresentar novos indiciados no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, informa Bela Megale, do jornal O Globo.

Mesmo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter denunciado Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas, a investigação da PF segue em curso e pode atingir novos nomes. A análise de documentos e dispositivos eletrônicos apreendidos com Braga Netto e seu ex-assessor, o coronel Flávio Peregrino, tem sido central para essa avaliação. Telefones, computadores, pen-drives e outros materiais estão sob análise dos peritos, podendo trazer elementos que fundamentem novas imputações, segundo Guilherme Levorato, 247.

Entre militares e aliados de Bolsonaro, cresce a preocupação com a possibilidade de mais membros das Forças Armadas serem formalmente implicados no caso, sobretudo por envolvimento na tentativa de golpe e em ações de obstrução de Justiça. No meio castrense, Flávio Peregrino é visto como um elo fundamental entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e Braga Netto. Esse vínculo pode ser um dos pontos-chave para ampliar a lista de investigados.

Além disso, documentos encontrados pela Polícia Federal na sede do Partido Liberal (PL), durante uma operação de busca e apreensão, reforçam essa suspeita. O material estava na mesa de Flávio Peregrino e indicava uma movimentação para obter informações sigilosas sobre o acordo de Cid com a Justiça. Esse fator também está sendo analisado pelos investigadores, podendo gerar desdobramentos na investigação.

A expectativa é que, com a finalização da análise dos materiais, a PF decida se indiciará novos nomes, ampliando o alcance das responsabilizações na tentativa de ruptura institucional.

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A Santa Dançou

Michelle viu suas costas largas atrofiarem assim que perdeu o trono palaciano.

Sua manopla de aço derreteu e caiu.

Suas mãos gigantes pela luva coberta de lâminas de ferro da armadura de toda-poderosa, deu lugar a um sufoco caquético de mãos vazias e atrofiadas.

Agora que o caldo entornou de vez, a santa viu seu trono desabar e se revoltou.

Ela, mais que ninguém, sabe que, sem Bolsonaro no comando do cangaço, a sua cabeça estará a prêmio também.

Mauro Cid ainda entrega a Michelle por trás da máscara de casta e diz que ela era, ao lado de Eduardo Bolsonaro, comandante-chefe do batalhão mais fascista e violento, acabou dando nova ordem as coisas e ela se tornou ao menos suspeita de integrar a cúpula pesada da tentativa do golpe.

Além de se colocar como uma espécie de consultora de Bolsonaro nos assuntos do golpe, a própria pura, sem maldades e religiosa, revelou-se uma medusa.

O que vem por aí contra ela ainda é uma incógnita, mas, depois que o banquete Bolsonaro for degustado, é bem provável que ela entre no cardápio da PGR como sobremesa. A ver

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O Supremo Tribunal sob ataque

Por Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay *

Existe um golpe em andamento para impedir o julgamento da tentativa de golpe de Estado. Esse movimento da extrema direita, dos bolsonaristas, do centro e que agora tem adesão de democratas até dentro do Governo Lula é, em parte, legítimo. Eu o vejo como integrante de uma estratégia ampla de defesa. O problema – um dos problemas – é que a estratégia passa pela desmoralização do Supremo Tribunal Federal. Aí é que reside o risco de simplesmente considerar que, na ampla defesa, vale tudo.

A prudência por parte do Ministério Público e a demora na investigação do 8 de janeiro, são naturais, em parte, em razão da complexidade dos fatos. Afinal, não é simples denunciar criminalmente um ex-presidente e vários auxiliares, inclusive, generais; tudo, de alguma maneira, contribuiu para que esse movimento se fortalecesse.

São várias as frentes. A ultradireita busca apoio internacional e a vitória do Trump deu um falso fôlego aos extremistas tupiniquins. A direita radical tem estratégia e dinheiro. Tem o apoio declarado de boa parte da mídia e envergonhado de outros tantos. Muito dinheiro e poder envolvidos. Organizaram diversas teses: o tal golpe não tinha um líder; não estavam armados; as forças armadas não se empenharam; o então Presidente Bolsonaro estava fora do Brasil; por fim, não havia apoio internacional. Tudo que era discutido tinha roupagem teórica, sem efeito real. Ou seja, a incompetência dos golpistas serve como tese de defesa.

Depois da reação, especialmente do Supremo Tribunal Federal, que salvou as instituições democráticas, o leque de teses ampliou e apareceram adesões inesperadas de democratas. Críticas contundentes ou veladas ao STF viraram a regra. Afirmam que as penas são desproporcionais, que os crimes foram cometidos por pessoas sem poder, sem capacidade, que são pais de família, que as condenações são injustas e que a saída seria uma estranha anistia até para quem não foi sequer denunciado.

O Lula ficou preso 580 dias de maneira ilegal, imoral e inconstitucional. Nunca ouvimos da boca dele um choro desesperado. Deve ter chorado muito de raiva e de indignação nas noites solitárias do cárcere. É humano. Contudo, sua percepção política e humanista fez com que ele tivesse a dimensão do que era aquela prisão. E ele se portou como um verdadeiro líder. Também por isso ele hoje está de novo na Presidência, enquanto Bolsonaro se arrasta como um verme, praguejando e chorando.

Na estratégia golpista contra o processo da tentativa de impor uma ditadura no Brasil, ouvi de várias partes que dois eram os alvos: pressionar o procurador-geral, que é o dono da ação penal, para impedir uma denúncia formal no Supremo Tribunal. Denúncia é a peça que, se recebida pela Corte, dá início ao processo penal. Esse primeiro objetivo fez água. A denúncia contra Bolsonaro e seu bando mais próximo sairá nesta semana. Certamente, técnica e precisa. Quando o dr. Paulo Gonet, que é sério e preparado, pediu a prisão do general Braga Netto, não restou nenhuma dúvida para quem acompanha o desenrolar dos fatos de que a formalização da acusação era só uma questão de tempo.

Agora, a estratégia é desmoralizar o STF para conseguir a absolvição. O plano é apontar, até irresponsavelmente, teses esdrúxulas que tenham eco nas pessoas desavisadas e desinformadas. A regra é dizer: as penas foram altas demais. Desconhecimento puro do processo. Os golpistas condenados foram acusados de 5 crimes. O Poder Judiciário é inerte, só age se provocado. As denúncias que acabaram condenando 381 golpistas, por enquanto, imputaram crimes graves. Ao Supremo Tribunal só existiam duas hipóteses: absolver ou condenar. Absolver seria compactuar com o golpe e negar a democracia. Comprovadas a materialidade e a autoria, a condenação era inevitável.

E este ponto é essencial: no Brasil, há uma previsão de penas mínima e máxima para cada crime. O ministro não pode simplesmente dar uma determinada pena que considera justa. E com a fixação do concurso material quando da condenação, as penas mínimas somadas alcançam 13 anos!! Altíssima, mas é o que prevê a lei. O Supremo não tinha alternativa. As penas verdadeiramente altas – de 25 a 28 anos – estão previstas para o próximo processo, no qual os líderes terão, aí sim, penas de acordo com as responsabilidades de cada um.

Não cabe a nós, democratas, ficarmos afirmando que as penas foram altas e que existem inocentes presos. Ora, que os advogados entrem com Revisão Criminal para a Corte Suprema analisar caso a caso. É um desserviço à democracia o ataque indiscriminado ao STF. Acerca da anistia, é claro que o Congresso Nacional tem o direito de discuti-la. Esse direito está necessariamente atrelado à responsabilidade com a estabilidade democrática. É uma bazófia afirmar que a anistia pacificaria o país. Absolutamente falso. O que vai pacificar o país é a submissão dos fatos criminosos a um julgamento. Com evidente respeito à ampla defesa, ao devido processo legal e à presunção de inocência, mas com a condenação daqueles que comprovadamente fizeram parte da trama golpista, que incluía, registre-se, o assassinato do Lula, do Alckmin e do Ministro Alexandre de Moraes. Esses fatos sensibilizaram até parte da direita civilizada. Tivessem vingado, muitos de nós não estaríamos aqui hoje. É mais do que necessário virar esta página. E, em respeito aos princípios democráticos que basearam toda a reação por parte do TSE e do STF, fazer um julgamento rápido, técnico e que leve, aí sim, à pacificação que o Brasil merece.

Sempre carregando conosco a Cecília Meireles: “Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira.”

*Kakay Advogado/ICL

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A direita tucana acabou sem saber explicar por que golpeou Dilma

Lógico que golpe não se explica. Golpe é golpe e ponto.

Mas para quem tem a cara dura de não assumir até hoje que Dilma sofreu um brutal e covarde golpe, sendo a primeira mulher a presidir o Brasil, isso é uma espinha de pirarucu atravessada na própria goela da direita “civilizada”.

As justificativas são de um ridículo inacreditável.

Mas um “economista” de banco, que tinha a cabeça coroada na cúpula tucana, mostrou porque o tucano voa baixo e caga mole e sapecou, sem corar, que Dilma jogou os juros e, consequentemente o spread bancario no chão de forma artificial.

Então, pergunta-se, o que são juros artificiais?

De onde esse idiota tirou a ideia de que agiotagem tem tal regra?

Não é porque a agiotagem consentida dos bancos tem seus métodos. Juros não são uma doença só contra a economia do país. A gravidade pode ser maior ou menor, mas é uma chaga que mata aos poucos ou de estalão.

Pergunte a qualquer micro e médio empresário o que significa o custo dos juros em seu modesto negócio, que é a principal atividade na economia global.

No caso do Brasil, não tem graça comentar. É a maior e mais imoral taxa de juros do planeta.

Mas o banqueiro, dada a sua própria origem estelionatária, contrata os estelionatários midiáticos para defender seus interesses culpando, imagine isso, os pobres pelo assombroso e covarde sistema neoliberal que, no Brasil, é sinônimo de roubo covarde e descarado.

Dilma enfrentou muita adversidade com sua coragem revolucionária, mas a sua grande batalha foi contra os bancos que perderam para ela e apelaram para o jogo sujo do golpe de Estado, patrocinando os sacripantas tucanos e afins,
Simples assim.

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Alguém precisa lembrar a Hugo Motta que foi o STF que cassou Eduardo Cunha

Em menos de uma semana na presidência da câmara federal, Hugo Motta arreganhou a porteira da casa para os demônios e os diabos menores.

Ou é um colegial deslumbrado, ou o PL de Bolsonaro ameaçou agourar seus ovos na saída, por saber segredos do pigmeu moral que ainda não vieram a público.

Alguém terá que mostrar ao arrogante a diferença do que ele pode e o que acha que pode

Comprar uma guerra com o executivo e o judiciário como comprou, vai fazer de sua caminhada uma estrada esburacada que certamente o fará tropeçar na própria língua de trapo e terminará beijando o chão.

Parece que Motta está se divertindo com o enfrentamento, sobretudo com o STF.

O papagaio de pirata de Cunha e Lira, agora, com microfones e holofotes voltados para si, arvora-se em pautar o executivo e judiciário a partir de sua cabeça infestada de excremento.

Lógico, vai dar merda!

Se seguir nesse rodopio infrene que estarrece até a mídia, para ele, a previsão do tempo será a de céu escuro, raios, trovões e tromba d’água.

Na tese de Motta, a tentativa dos terroristas bolsonaristas, de explodirem um caminhão de gasolina no aeroporto de Brasília, não foi nada, mas tão somente um episódio inocente.

De acordo com a Polícia Federal, a tentativa de golpe tinha sim, um líder: o então presidente Jair Bolsonaro que, depois de perder a eleição, fez diversas reuniões com auxiliares e com os chefes das Forças Armadas para sondar a possibilidade de uma intervenção autoritária antes da posse de Lula.

Essa seria a linha de atuação, caso um grupo de militares, designado pelo chefe do Executivo, à época, falhasse em encontrar provas de uma fraude fictícia no sistema eleitoral.

Não só isso

A tentativa de golpe também tinha estimuladores, além do próprio presidente, ministros de seu governo, como Walter Braga Netto, instigaram os manifestantes a continuarem engajados na intentona golpista.

Deputados federais, senadores e influenciadores, ligados diretamente à família Bolsonaro, também contribuíram ativamente, segundo a Polícia Federal.

Motta quer negar, mas um número sem fim de provas dos atos criminosos que desembocaram no 8 de janeiro de 2023 não permitem.

Se seguir nessa pegada, verá, e não demora, Hugo Motta terá sua cabeça a prêmio na bacia das almas.

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Lula na jugular de Bolsonaro: “Quem tentou golpe não merece absolvição”

Lula mandou a letra sem rodeios, como deve ser.

Até porque o próprio presidente seria o primeiro alvo a ser abatido pelos capatazes de Bolsonaro se o golpe não talhasse.

Seria um suicídio político Lula aliviar para um animal fascista.

Lula ainda foi didático. “Se ele não fosse um homem que tivesse preparado toda essa podridão de comportamento, ele teria ficado, teria dado posse, como qualquer ser humano civilizado faria”, disse o presidente.

Lula disse ainda que, caso Bolsonaro seja inocentado e possa concorrer à Presidência em 2026 contra o petista, “vai perder outra vez”.

“Eu acho que quem tentou dar um golpe, quem articulou inclusive a morte do presidente, do vice-presidente e do presidente do tribunal eleitoral, não merece absolvição”, respondeu Lula durante entrevista a rádios mineiras.

“A verdade, só o Bolsonaro sabe. Se ele quis dar golpe, ele sabe que quis dar. Por isso que ele fugiu para Miami. Se ele não fosse um homem que tivesse preparado toda essa podridão de comportamento, ele teria ficado, teria dado posse, como qualquer ser humano civilizado faria. Mas ele, não”, acrescentou ainda o presidente.

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A defesa de Bolsonaro criticou o que chamou de “vazamentos seletivos”, mas não nega o conteúdo da delação de Cid.

Reclamar de vazamento seletivo, o que foi revelado aos brasileiros sobre a trama golpista, convenhamos, é piada.

Melhor seria Bolsonaro nada dizer.

O que ele está fazendo, porque não tem como sair do rodamoinho que essa delação de Mauro Cid revelou, nada mais é que confirmar o que foi publicado na mídia.

O fato é que essa delação desabou agora também nas cabeças de Eduardo e Michelle Bolsonaro como comandantes do grupo central do golpe.

Isso implica ainda mais Bolsonaro, por motivos óbvios e centrifuga para o olho do crime, filho e esposa do mandatário da nação e do golpe em si.

Como a coisa vazou pouco importa.

O cheiro de enxofre entra pelas ventas de qualquer maneira.

A defesa pode vir com mil desculpas esfarrapadas para tentar livrar a cara, agora também de Michelle e Eduardo que não livra a cara ninguém.

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E no final, descobre-se que a pudica Michelle era a carola Perpétua, a principal vilã do golpe

Não aceitando o funeral da reeleição de Bolsonaro e, lógico, o fim da vida de 1ª dama do fascismo nacional, a pudica, que vive de falsas rezas, revelou-se a carola Perpítua da novela Tieta, incitando o ódio e o golpe.

Não sei quem acreditava nas cenas religiosas da figuraça.

Aquilo sempre fedeu falsidade em estado puro de putrefação do próprio caráter da pundonorosa.

Por isso, não assusta saber que a parceira de maldades da Damares, segundo delação de Mauro Cid era o capeta em forma humana.

Mauro Cid disse à PF que Michelle e Eduardo Bolsonaro participavam de um grupo “radical” que acreditava que os CACs participariam de uma luta armada se o então presidente desse o golpe.

Delação de Cid, diz ainda que Michelle e Eduardo atuavam para convencer o então presidente Bolsonaro a contestar o resultado das urnas e romper com a democracia.

A íntegra do documento foi obtida pelo jornalista Elio Gaspari.

Agora é aguardar a víbora golpista proteger a própria reputação de tímida, casta e recatada.

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Presidente da Coreia do Sul declara lei marcial e fala em erradicar oposição por atividades “anti-Estado” e “pró-norte-coreanas”

Yoon Suk Yeol alega que partidos de oposição tomaram o processo parlamentar e mergulharam o país em uma crise.

(Reuters) – O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol declarou, na noite desta terça-feira (3, horário local), lei marcial em um pronunciamento não anunciado, transmitido ao vivo pela emissora YTN.

Yoon afirmou que não teve escolha a não ser recorrer a essa medida para salvaguardar a ordem livre e constitucional, alegando que partidos de oposição tomaram o processo parlamentar como refém, mergulhando o país em uma crise.

“Declaro a lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, erradicar as desprezíveis forças pró-norte-coreanas e anti-Estado que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a ordem constitucional livre”, declarou Yoon.

Ele não especificou no pronunciamento quais medidas serão adotadas.

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Moraes determina que PF investigue Carla Zambelli por ligação com tentativa de golpe

Deputada teria intermediado viagem de blogueira à Espanha. Influenciadora repassou dossiê apontando que narcotráfico financiaria PT.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de nova investigação contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O magistrado atendeu a um pedido da Polícia Federal (PF). A parlamentar é acusada envolvimento com a tentativa de golpe de Estado.

Segundo a PF, a investigação identificou que Zambelli teria intermediado a viagem de uma influenciadora à Espanha. O objetivo seria um encontro com o general venezuelano Hugo Carvajal. Atualmente, o ex-chefe dos serviços de Inteligência da Venezuela no governo de Hugo Chávez está preso nos Estados Unidos por narcotráfico.

De acordo com a investigação da PF, a influenciadora teria viajado para obter informações sobre um suposto financiamento, por parte do governo da Venezuela, a movimentos políticos de esquerda em países da Europa e da América Latina. Entre os beneficiados estaria o PT e o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

A investigação afirma ainda que, após a viagem, a influenciadora teria entregado um dossiê ao então Ministro da Justiça, Anderson Torres. Este, por sua vez, determinou, na época, a abertura de um inquérito pela PF — o mesmo foi arquivado.

Investigação
A atual investigação da PF foi aberta após vir à tona a reunião ministerial do dia 5 de julho de 2022. Nela, Bolsonaro cita o que seria uma suposta delação do general Carvajal.

“Temos informações do general Carvajal lá da Venezuela que tá preso na Espanha. Ele… já fez a delação premiada dele lá. É… Por 10 anos abasteceu com o dinheiro do narcotráfico Lula da Silva, Cristina Kirchner, Evo Morales. Né? Essa turma toda que cês conhecem”, disse Bolsonaro.

Moraes: ligação
A investigação aponta ainda que Zambelli intermediou a viagem da influenciadora um mês antes da fala de Bolsonaro na reunião ministerial.

Para a PF, há indícios de desvio de finalidade da investigação no contexto das eleições presidenciais de 2022, de participação da deputada federal Carla Zambelli nos fatos apurados e de utilização da estrutura do Estado Brasileiro para fins ilícitos e desgarrados do interesse público em 2022.

No documento, a corporação alega que o objetivo era “obter vantagem de natureza eleitoral às vésperas do pleito de 2022” e, assim, manter o ex-presidente no poder após a derrota nas urnas.

“As investigações conduzidas, portanto, estão absolutamente relacionadas com o objeto do Inq. 4.874 [Milícia Digital], especialmente com os da Pet 12100 tendo [Golpe] a Polícia Federal identificado nominalmente a deputada federal Carla Zambelli como uma das participantes nos fatos apurados ora trazidos ao conhecimento”, escreveu Moraes.