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Scania incluiu trabalhadores de greve liderada por Lula na ‘lista suja’ e colocou espião em assembleias

Greve de 12 de maio de 1978 na empresa sueca foi estopim de um ciclo de outros movimentos que marcariam definitivamente o curso do país.

A Scania será sempre lembrada pela greve de 12 de maio de 1978, quando os metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema iniciaram uma greve em plena ditadura militar (1964-1985) por reajuste salarial e melhores condições de trabalho que mudaria para sempre o rumo da história brasileira. A paralisação na empresa sueca foi o estopim de um ciclo de outros movimentos que marcariam definitivamente o curso do país e, para além da reivindicação salarial, abriria caminho para uma longa jornada rumo à volta da democracia. E escancarou também a colaboração da empresa para com a repressão militar e a perseguição aos trabalhadores.

A empresa, que desde 1964 apoiara a ditadura, oferecendo seus caminhões para a campanha “Ouro para o Bem do Brasil” e teve em sua presidência um dos fundadores do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPÊS), entidade articuladora do movimento que culminou no golpe de 1964. Era João Baptista Leopoldo de Figueiredo, irmão do último presidente da República durante a ditadura civil-militar, João Baptista de Figueiredo, e conhecido como “Primo Rico”, conforme detalha o livro reportagem Repressão Sociedade Anônima, que mostra a estreita colaboração de empresas metalúrgicas multinacionais e bancos com a ditadura civil-militar. A obra de Eduardo Reina e Maria Angélica Ferrasoli será lançada nas próximas semanas pela Alameda Editorial.

Naquele ano de 1978, a empresa era vista como vanguarda do movimento operário e considerada elite da indústria automobilística. A categoria registrava média de 25% de trabalhadores sindicalizados, mas a Scania, com aproximadamente 3 mil pessoas, ostentava uma taxa de sindicalização de 50%. Com a inflação do ano a 39,9%, o Sindicato dos Metalúrgicos articulava com os operários um movimento interno para exigir aumento real no salário. Pediam 3% a mais do que a reposição da inflação.

Chegou haver um acerto entre os trabalhadores e a direção da empresa, com o sueco Inge Lunnerdal à frente, que pagaria os 3%, além dos 39,9% da inflação. Mas quando foi feito o pagamento, os 3% não estavam incluídos. Insatisfeitos, os trabalhadores na Scania cruzaram os braços no dia 12 de maio de 1978.

Greve deflagrada
A notícia que correu na fábrica foi a de que Lennerdal levara uma dura do delegado regional do trabalho: se desse um tostão de aumento acima dos 39,9% oficiais, a Scania seria submetida a pesadas multas e punições pelo governo, de acordo com o escritor Fernando Morais, no livro Lula – Biografia, Volume 1.

“[A greve na Scania] Foi a certidão de batismo [da redemocratização brasileira]. Somos de uma geração vitoriosa porque a volta da democracia foi um fruto daquele movimento”, afirmou Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos (2005 a 2010) e preso político entre 1971 e 1976 por seu envolvimento na resistência ao governo militar, durante solenidade que celebrou os 30 anos da paralisação.

Quem doava para campanha ‘Ouro para o Bem do Brasil’ recebia uma aliança de latão com a inscrição ‘Dei ouro para o bem do Brasil’
Reprodução

Com a greve deflagrada em maio de 1978, a Scania recorreu à Delegacia Regional do Trabalho. Mas paralelamente havia fechado um acordo verbal com os metalúrgicos, o que levou à suspensão da paralisação.

Entre os representantes da Delegacia Regional do Trabalho de São Bernardo presentes à reunião que instaurou o dissídio pedido pela empresa, segundo processo do Tribunal Regional do Trabalho, estavam Guaraci Horta (que seria interventor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo em março de 1979, na gestão do ministro do Trabalho Murillo Macêdo) e Guaracy Sousa Sampaio (interventor no sindicato dos Metalúrgicos de Santo André em 1981, também no período de Macedo no ministério).

O processo, que foi às instâncias superiores da Justiça do Trabalho, tem 201 páginas e pode ser consultado na íntegra no Centro de Memória Virtual da Justiça do Trabalho da 2ª Região. O direito irrestrito de greve só viria 10 anos depois, quando a Constituição Federal sacramentou a conquista em agosto de 1988.

Imprensa censurada
Por outro lado, a própria empresa desenvolveu uma ação para evitar que repórteres brasileiros pudessem cobrir o movimento e expusessem a situação dentro da fábrica. Mas para a imprensa sueca não houve censura.

Gunnar Lindquist, diretor-superintendente da empresa, disse em entrevista ao jornalista sueco Bjorn Kumm que a greve era ilegal e “surpreendeu” [a direção da fábrica]. “O Sr Lindquist lembrou que ‘o salário médio do metalúrgico da Scania é de Cr$ 6 mil 200 por mês’, incluindo o 13º salário. Acrescentou que a empresa paga ‘melhor que as outras fábricas do setor, isso não é segredo’”, relatou Kumm. Este texto foi publicado em 16 de maio de 1978 pelo Jornal do Brasil.

A fúria da empresa sueca também se voltou contra os jornalistas brasileiros. Lindquist foi acusado de “discriminação étnica” pelo Jornal do Brasil, pois “expulsou os jornalistas brasileiros das instalações de sua empresa e só deixou entrar um jornalista sueco”. Eles foram expulsos pelo segurança da empresa, de nome David, segundo outra reportagem, do jornal Última Hora, da mesma data.

“Eu não quero nem aventar a hipótese de que o movimento deflagrado na última sexta-feira tenha alguma relação com o fato de o futuro presidente da República ser meu primo”, desconversava Leopoldo de Figueiredo, presidente brasileiro da fabricante sueca de veículos, na mesma edição do jornal Última Hora, de acordo com o livro Repressão Sociedade Anônima. Ele evitava o uso da palavra greve e alegava desconhecer “o motivo ou motivos” da “suspensão de atividades”.

Repressão e perseguição
Dentro da Scania, João Baptista Leopoldo de Figueiredo reagiu com mais vigilância, repressão e perseguição a seus trabalhadores em greve.

“Por ocasião da greve dos metalúrgicos na região do ABC, iniciada dia 15 de maio último pela SAAR SCANIA-VABIS (sic), foi desenvolvida uma ação em conjunto com o setor de Segurança da fábrica visando identificar possíveis elementos ligados a causas estranhas”, relata o informe 014 do Serviço Nacional de Informações (SNI) de 8 de junho de 1978. O documento não esclarece o que seriam essas causas estranhas. A ação implementada pelos seguranças da montadora de veículos incluiu a violação aos bens pessoais dos trabalhadores, a partir da vistoria nos armários de cada um dentro das dependências onde trabalhavam. A violação dos armários foi autorizada pela chefia das seções.scania – sni documento com timbre da montadora e indicação de vigilante espião 1

Gilson Menezes, à época diretor do Sindicato dos Metalúrgicos e funcionário da firma sueca, era uma das lideranças da greve de 1978. Relatou que antes mesmo de se reunir com os representantes da empresa para tentar negociar “eles perguntavam se eu não tinha medo de ser jogado em alto mar, assassinado, porque vivíamos na ditadura militar. Depois do encontro, vieram diretores da Secretaria de Estado do Trabalho e diretores do DOPS [a polícia política] para perguntar sobre lideranças. Mantive minha posição e não apontei ninguém”, contou, anos depois. Gilson, que faleceu em 2020, foi o primeiro prefeito eleito pelo Partido dos Trabalhadores, na cidade de Diadema, em 1982.

Em depoimento à Comissão da Verdade de Diadema, no ano de 2014, Gilson contou que a repressão era intensa dentro da fábrica: “naquele tempo não se podia nem falar a palavra ‘greve’. Se um grupo de pessoas se reunisse na rua para conversar, já era motivo de perseguição”, lembrou.

Ele chegou a ser preso em 1980, quando passou um mês no DOPS na capital paulista, mas não foi torturado, ao contrário de tantos outros opositores aos militares. “Fui convocado para me apresentar [ao DOPS] porque era presidente do fundo de greve do Sindicato dos Metalúrgicos [de São Bernardo e Diadema]”, ressaltou.

Um bilhete manuscrito pelo então chefe do SNI, o general João Baptista Figueiredo, enviado a Heitor Aquino Ferreira, capitão da cavalaria em 1964, e que foi secretário particular de Golbery do Couto e Silva, de Ernesto Geisel e do próprio Figueiredo, informava que a “greve é super organizada, sem violência”, registrou Elio Gasparii no livro A ditadura acabada.

O bilhete data de 19 de maio de 1978 e consta de relatório do SNI classificado como secreto e rubricado pelo general Sebastião Ramos de Castro, de acordo com Gaspari. A informação contida no bilhete viera do “Primo Rico” de Figueiredo, João Baptista Leopoldo de Figueiredo, presidente do Conselho Administrativo da Scania.

Lista Suja
De acordo com levantamento apresentado no livro A Ditadura Acabada, de Elio Gaspari, a Scania demitiu 450 operários nos dois meses seguintes à greve e entregou ao DOPS uma lista de 344 nomes. Na “Lista Suja” cadastrada no DOPS em 21 de janeiro de 1981, produzida pelo Setor de Análise, Operações e Informações (SOI), inclui 17 de seus trabalhadores. Uma vez nessa lista, distribuída aos setores de relações humanas (RH) de outras empresas, o trabalhador não conseguia mais emprego.

Documentos do DOPS consultados no Arquivo Nacional mostram também a perseguição a metalúrgicos como João Bosco Arcanjo e José Henrique Mendes, trabalhadores da montadora e dirigentes sindicais. Há registros entre 1982 e 1985 relacionados a ações naquela ou em outras montadoras.

Outras comunicações, dentro dos arquivos do DOPS, comprovam a cooperação da direção da Scania com a polícia política. Um deles, que cita Mendes, foi feito em 1984, período em que ele já não trabalhava na fábrica: “Ref ao relatório fornecido pela Scania do Brasil S/A, anexo ao of 188/84 da DEL.SEC.POL ABCD, no qual consta que o epigrafado esteve presente nesta data, C/demais membros da ex-diretoria do Sind. dos Metalúrgicos de SBCampo e pediu que todos fizessem Operação Tartaruga, falando dos resultados do movimento da Ford”, registra a ficha nos itens 13-S-2-16/ 13-S-2-.185. Falecido em 1999, Mendes nem era mais operário nessa época do relatório da polícia política. Ele já atuava como assessor da Secretaria de Governo da Prefeitura de Diadema.

Outro documento a destacar é o acordo coletivo firmado entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos, reproduzido no informe 1546 do Serviço Nacional de Informações de 4 de julho de 1983. Ele registra a implantação de uma comissão de representantes dos empregados, a comissão de fábrica. Segundo o informe, o acordo celebrado seria “decorrente da interferência da Svenska

Metallindustriarbetareförbundet”, o sindicato dos metalúrgicos da Suécia. Outra montadora representada pelo Sindicato dos Metalúrgicos no ABC, a Ford, já havia conquistado sua comissão de fábrica em 1981.

Espiões
No ano de 1985, no informe 172 da Divisão de Segurança e Informações do Ministério do Trabalho, um documento com o carimbo da própria Scania – “Confidencial – Saab-Scania – Seção de Vig. e Segurança” – relata que a empresa mandava espiões às assembleias do Sindicato dos Metalúrgicos.

“Na data de hoje, por volta das 14h30min., designamos o vigilante Antonio Carlos Lemos Martins para acompanhar a assembleia que seria realizada no Sindicato dos Metalúrgicos do São Bernardo do Campo às 15h00 (…) Chegando ao sindicato, o vigilante entrou no auditório de palestras, onde seria realizada a primeira assembleia”. A data dessa assembleia é 22 de março de 1985, e estão nominados no relatório do araponga todos os participantes que se pronunciaram e os temas em debates.

O relato é apenas uma pequena parte de um amplo material de espionagem do período, incluindo nomes de trabalhadores e atividades de mobilização na fábrica, no sindicato, no Paço Municipal de São Bernardo, entre outros locais.

A Scania informou através de nota enviada por sua assessoria de comunicação que “a empresa repudia qualquer tipo de violação aos Direitos Humanos e reforça que atua alinhada às melhores práticas globais de governança corporativa”

*Opera Mundi

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Palestinos realizam greve na Cisjordânia em protesto contra brutalidade de Israel

Palestinos realizaram uma greve geral neste domingo (21/04) na Cisjordânia para protestar contra a brutalidade das Forças de Defesa de Israel (IDF) após um ataque em um campo de refugiados no qual pelo menos 14 pessoas foram mortas.

Sindicatos e organizações sociais da Cisjordânia aderiram a paralisação. Segundo a agência de notícias Wafa, a greve “paralisou todos os aspectos da vida”, incluindo escolas, universidades, lojas comerciais, bancos e fábricas fechadas. O transporte público também está paralisado.

Ainda de acordo com a Wafa, a greve ocorre após apoio do Fatah, que pediu união de todos os palestinos neste momento que a região “enfrentam uma brutal agressão israelense”.

O ataque israelense ocorreu por horas no sábado (20/04) no campo de Nour Shams, na província de Tulkarm. Soldados realizaram uma agressão contra o local, uma ofensiva que impactou infraestruturas, como redes de eletricidade, fontes de água e internet.

A operação em Nur Shams também resultou na destruição de propriedades de palestinos e ainda no impedimento de ambulâncias transportarem os feridos para unidades hospitalares.

O ataque deste final de semana é mais um episódio de violência de Israel contra os palestinos. Uma contagem do Ministério da Saúde da Palestina aponta que cerca de 500 palestinos foram mortos pelas forças israelenses na Cisjordânia desde o início da guerra de Israel contra o Hamas.

Na Faixa de Gaza, um ataque efetuado pelas forças israelenses em Rafah, no sul, matou pelo menos 22 pessoas.

Segundo a Xinhua, as ruas das aldeias, vilas e cidades da Cisjordânia estão praticamente vazias.

De acordo com a Wafa, entre as vítimas do bombardeio que atingiu várias casas da cidade do enclave estão 18 menores de idade. O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que pouco mais de 34 mil pessoas foram mortas na região desde o início das operações israelenses.

*Opera Mundi

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FUP promete ‘maior greve da história’ se Bolsonaro tentar privatizar a Petrobras

Sem coragem para mudar a política de preços da Petrobras, governo Bolsonaro usa privatização como “espantalho” para desviar as atenções.

O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT), Deyvid Bacelar, afirmou nesta quinta-feira (12) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) verá “a maior greve da história da categoria”, caso avance na intenção de privatizar a Petrobras. Trata-se de mais uma tentativa do governo de desviar a atenção da atual política de preços da estatal, que vem provocando a explosão dos preços dos combustíveis no Brasil. Bacelar ressalta que a privatização da maior empresa brasileira também não é solução para reduzir os preços aos consumidores.

“Ao invés de buscar um ‘bode expiatório’ para enganar a população, fingindo preocupação, Bolsonaro deveria assumir o papel de mandatário e acabar com essa política de preços covarde, que vem levando o povo cada vez mais à miséria”, afirmou pelo Twitter.

O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT), Deyvid Bacelar, afirmou nesta quinta-feira (12) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) verá “a maior greve da história da categoria”, caso avance na intenção de privatizar a Petrobras. Trata-se de mais uma tentativa do governo de desviar a atenção da atual política de preços da estatal, que vem provocando a explosão dos preços dos combustíveis no Brasil. Bacelar ressalta que a privatização da maior empresa brasileira também não é solução para reduzir os preços aos consumidores.

O coordenador-geral da FUP lembrou que os petroleiros já aprovaram estado de greve, no final do ano passado, contra as ameaças de privatização da Petrobras. “Bolsonaro, repito: você vai ver a maior greve da história da categoria petroleira caso ouse pautar a privatização da Petrobras”.

*Com RBA

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Greve no Banco Central pode paralisar sistema de pagamentos no Brasil, alerta presidente do BC

Transações via Pix estão entre as que devem ser interrompidas com greve dos servidores do BC.

O presidente do Banco Central que tirou férias em meio à greve dos servidores, Roberto Campos Neto, está preocupado com a possibilidade de a paralisação interromper todo o sistema de pagamentos do Brasil, incluindo as transações via Pix.

Segundo informações do colunista Robson Bonin, da Veja, Campos Neto alertou o governo Jair Bolsonaro (PL) sobre esse temor. Os servidores cobram um reajuste nos salários equivalente ao garantido aos policiais federais.

A greve começou na última sexta-feira (1º). As reivindicações tem sido ignoradas pelo governo.

Em nota divulgada na sexta, os trabalhadores do BC afirmam o seguinte: “Estamos em greve! Em face da intransigência do governo, os servidores do Banco Central em todo o país cruzam os braços a partir de hoje, 1º de abril, por tempo indeterminado. A intensificação do movimento reivindicatório se dá após meses de tentativas frustradas, por parte da categoria, de estabelecer uma agenda negocial com o Executivo. Até aqui, porém, não há proposta oficial em relação ao reajuste e a outros pontos da Reestruturação de Carreira”.

*Com Forum

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Política

Servidores do Banco Central começam a entregar cargos de chefia e anunciam greve

Categoria protesta após aprovação de reajuste salarial apenas para policiais federais com apoio de Bolsonaro.

Em ato semelhante ao orquestrado pela Receita Federal nos últimos dias, o sindicato que representa os servidores do Banco Central (Sinal) iniciou movimento de entrega de cargos de chefia na autarquia nesta segunda-feira (3), informa a Folha.

Segundo a entidade, a autoridade monetária conta com cerca de 500 posições comissionadas. Em nota, o Sinal afirmou que será elaborada uma lista nos próximos dias com os nomes de quem aderiu.

Os servidores pedem reajuste salarial após o Congresso aprovar previsão de reposição apenas para policiais federais no Orçamento de 2022, com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Estamos começando hoje, a ideia é fazer reuniões virtuais com servidores de todo o Brasil para convencê-los a aderir, até como forma de pressão para conseguir uma reunião com o presidente [do BC] Roberto Campos Neto. A gente acredita que nas próximas duas semanas teremos uma lista grande”, ressaltou Faiad.

Os servidores que eventualmente substituiriam os comissionados também serão convidados a aderir, abrindo mão de cobrirem os titulares.

Além disso, o Sinal anunciou a adesão de trabalhadores do BC à paralisação dos servidores federais de diversos órgãos, que ocorrerá no próximo dia 18, organizada pelo Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).

De acordo com o presidente do Sinal, Fábio Faiad, o objetivo da mobilização é reivindicar reajuste salarial não só para os policiais federais, mas também para o BC.

“Vamos inviabilizar a administração porque não está sendo atendido o pleito justo também para servidores do BC”, completou.

O movimento começou com a entrega de comissões na Receita Federal. O Sindifisco (sindicato da categoria) estima que 951 auditores em postos de chefia já abriram mão de cargos comissionados até a última quinta-feira (30). Isso ultrapassa, segundo dados divulgados pela entidade, 90% dos efetivos.

Outras carreiras do Executivo federal e do Judiciário começaram a se queixar do aumento previsto para policiais. Entre elas estão os funcionários do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), peritos médicos e auditores agropecuários.

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Política

Servidores anunciam paralisação em janeiro e greve em fevereiro por reajuste salarial

Categorias querem negociar com governo, mas ameaçam entregar cargos de chefia.

Representantes da elite do funcionalismo decidiram nesta quarta-feira (29) que, para pressionar o governo federal a conceder reajuste salarial generalizado, poderão ocorrer paralisações de um ou dois dias em janeiro e até mesmo uma greve geral, sem prazo para terminar, a partir de fevereiro, informa a Folha.

O movimento foi deflagrado após o lobby de policiais federais surtir efeito e as corporações garantirem recursos para aumentos salariais em 2022, com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Foi realizada nesta quarta uma reunião do Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).

A entidade reúne 37 associações e sindicatos de carreiras de estado, sendo que cerca de 30 são de categorias do serviço público federal, como CGU (Controladoria-Geral da União), diplomatas, analista de comércio exterior, Tesouro Nacional, Receita Federal, auditores do trabalho e peritos federais. Ao todo, são cerca de 200 mil servidores públicos associados.

A pressão do funcionalismo por aumento salarial preocupa a equipe econômica.

Em mensagens encaminhadas a ministros e membros do governo, o ministro Paulo Guedes (Economia) pediu apoio contra o reajuste amplo aos servidores, que, segundo ele, pode quebrar o país.

Nos cálculos do governo, cada aumento de 1% linear a todos os servidores tem um impacto de R$ 3 bilhões.

A estratégia traçada por integrantes do Fonacate é tentar uma negociação por reajuste nas duas primeiras semanas de janeiro. Nesse período, para elevar a pressão, cargos de chefia deverão ser entregues por servidores. Essa debandada já prejudica a prestação de serviços públicos.

Sem avanço nas tratativas, o Fórum prevê uma paralisação de um dia no dia 18 de janeiro. Se mesmo assim o governo não ceder, a paralisação deverá ser de dois dias entre 25 e 26 de janeiro.

Essas etapas são necessárias para que se possa aprovar uma greve geral a partir de fevereiro, segundo o presidente do Fonacate, Rudinei Marques.

“Somos obrigados a cumprir uma série de formalidades antes da deflagração da greve”, explicou Marques. Para a paralisação e para a greve são necessárias aprovações em assembleias de sindicatos.

Em nota, o Fórum ressaltou que a maioria dos servidores públicos federais está com o salário defasado em 27,2%, pois não há reajuste desde 2017.

Como mostrou a Folha, enquanto Bolsonaro acena com aumentos a 45 mil policiais, cerca de 1 milhão de servidores federais estão sem reajuste há cinco anos.

O aumento aos policiais foi um pedido do próprio presidente Bolsonaro. Apenas PF, PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Depen (Departamento Penitenciário Nacional), além de agentes comunitários de saúde, obtiveram previsão de reajuste dentro do funcionalismo. O orçamento prevê R$ 1,7 bilhão para o reajuste para essas corporações.

Caso a negociação da elite do funcionalismo não resulte em aumento salarial generalizado, algumas categorias já estudam acionar a Justiça para conseguir um reajuste semelhante ao que deve ser concedido a policiais.

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Com mais de 50% de perda salarial, servidores federais planejam greve no início de 2022

Mobilização começou após reajuste concedido pelo governo Bolsonaro apenas aos profissionais da Polícia Federal.

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) “declarou guerra aos servidores públicos federais que não usam farda”. A constatação é de sindicatos, associações e fóruns que reúnem trabalhadores do serviço público federal, informa o Brasil de Fato.

Em protesto contra o reajuste concedido no Orçamento de 2022 apenas aos profissionais da Polícia Federal, diversos grupos de funcionários do Executivo federal têm se mobilizado para construir uma greve no início de 2022.

Informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que os servidores federais tiveram 50% de perda salarial e não tiveram reajuste nos últimos cinco anos.

As queixas contra a reserva de R$ 1,7 bilhão no Orçamento para beneficiar policiais, atingiu diversos setores do funcionalismo, incluindo servidores de áreas como a tributária, de saúde, de diplomacia, de política monetária e do Ministério Público.

Entidades como a Fonacate (Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado) e a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) já fizeram manifestações públicas sobre o tema.

Servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), além de carreiras médicas e da Previdência, também pedem reajustes.

“Em 2022 os desafios serão imensos, a começar pela urgência em construir a Greve Geral para derrotar este projeto de congelamento salarial e desmonte dos serviços públicos, somente na unidade e luta de todos/as derrotaremos este governo nazifascista”, disse a Fenasps, em comunicado.

Os posicionamentos se somam ao movimento iniciado na Receita Federal, em que os servidores aprovaram indicativo de paralisação de atividades, operação padrão na aduana, meta zero (quando atividades não são completadas) e deixar de fazer o preenchimento de relatórios gerenciais.

Os pedidos de exoneração na Receita chegaram a 635 e, agora, atingem o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que perdeu 44 dirigentes. De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), o Brasil tem 7.950 auditores, sendo 6.071 analistas e 2.938 em funções comissionadas, ou seja, que não são servidores de carreira.

Os pedidos de dispensa dos cargos de chefia não significa que os servidores abandonaram a carreira. Apenas o posto de comando fica vago, o que significa a paralisação, no caso do Carf, de diversos julgamentos de recursos analisados pelo órgão. Em nota, o sindicato da categoria anunciou que pode culminar na paralisação completa dos servidores.

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Política

Auditores da Receita fazem assembleia para decidir sobre possível greve

O Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) realizará ao longo desta quinta-feira (23) uma série de assembleias com os trabalhadores da Receita para deliberar a respeito de uma possível greve da categoria, informa o Uol.

Por conta do corte de verbas no Orçamento de 2022 e da não regulamentação de um bônus para o setor mais de 500 chefes de unidades da Receita Federal já entregaram seus cargos no órgão.

“A pauta prevista (nas assembleias) é para decidir pela paralisação da categoria, para referendar a entrega de cargos, que já está ocorrendo. A entrega de cargos envolve o compromisso de que ninguém irá ocupar o cargo que o outro entregou”, disse o Sindifisco, em nota.

Segundo o sindicato dos trabalhadores, o governo trata a categoria “com descaso”. “A assembleia também definirá se a categoria partirá para a operação padrão na Aduana, se adotará o desligamento dos projetos nacionais e regionais, e o não preenchimento de relatórios gerenciais”, afirma.

Conforme mostrou a coluna, o ministro da Economia, Paulo Guedes, avisou ao presidente Jair Bolsonaro que o aumento apenas para policiais federais geraria um efeito cascata de insatisfação entre os servidores públicos. Bolsonaro atuou diretamente para conseguir espaço orçamento para as forças de segurança, categoria que é uma de suas bases de apoio eleitoral.

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Política

Reajuste para PF causa debandada e ameaça de greve de servidores

Aprovação de reajuste salarial para policiais federais provocou indignação em outras categorias de servidores, que também querem aumento.

A previsão de reajuste e reestruturação de carreiras de policiais federais incluída no Orçamento de 2022 gerou insatisfação em outras categorias de servidores públicos, que também reivindicam aumento. O texto aprovado pelo Congresso Nacional destina R$ 1,7 bilhão para os profissionais da PF, informa o Metrópoles.

A decisão de oferecer aumento salarial à Polícia Federal atendeu a um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), que está de olho em votos para a eleição do ano que vem.

Até essa quarta-feira (22/12), ao menos seis organizações manifestaram indignação com o reajuste apenas para os policiais federais: chefes de unidades do Banco Central (Sinal), delegados e auditores da Receita Federal (Sindifisco), médicos peritos federais (ANMP) e membros do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), auditores fiscais agropecuários (ANFFA Sindical) e Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

Também divulgaram protestos a associação dos servidores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Afipea-Ipea) e os com carreira de planejamento e orçamento (Assecor).

De acordo com Sergio Ronaldo, secretário-geral do Condsef, o reajuste restrito às carreiras de policiais federais foi recebido com tristeza. “Desde 2017, 90% do funcionalismo público vem sendo discriminado com cortes, sem concursos. O governo prefere tratar com segregação. Isso não é justo com quem conduz o serviço público”, explica.

Para Ronaldo, a atitude do presidente Bolsonaro de atuar de forma direta para a inclusão da categoria favorecida gera conflitos internos. A Condsef não se manifesta contrária ao reajuste para policiais federais, mas à forma como foi feito.

As ações mais coordenadas, porém, serão definidas depois de reuniões, em janeiro. “Não vamos agir de forma antecipada”, ressaltou o sindicalista.

Estranheza e indignação

No Banco Central, 45 chefes de unidade da organização enviaram carta ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, e também aos diretores, em que expressam “profunda estranheza e indignação às tratativas para reajustes salariais a determinadas categorias do serviço público, alijando outras”.

“Seria um golpe muito duro, uma grande decepção [os servidores do Banco Central] serem deixados de fora desse movimento de recomposição”, diz o documento.

Os servidores citam, ainda, que as diretorias do órgão têm “claro compromisso contra situações de desalinhamento e assimetria envolvendo categorias relevantes do serviço público onde nos inserimos”. A classe ainda ameaçou paralisar as atividades em protesto contra a falta de reajuste.

Servidores do Bacen planejam entregar suas funções e promover paralisações após a categoria amargar mais um ano sem reajuste. Os funcionários do BC estão desde janeiro de 2019 sem qualquer recomposição salarial, enquanto a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 19,1% no mesmo período.

“A gente está construindo um calendário de mobilizações. Vamos começar com uma cobrança ao presidente [do BC], Roberto Campos Neto, para que se posicione. A gente pede que isso seja revertido. Precisamos pelo menos de uma reposição da inflação. Se nada disso acontecer, prevemos a entrega de funções e paralisações”, desabafou o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad, nessa quarta.

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Se Câmara pautar privatização da Petrobras, petroleiros farão greve

Categoria já se mobiliza contra planos de Bolsonaro e Guedes de vender a estatal; “Não vamos aceitar de forma alguma”.

O presidente Jair Bolsonaro, bem como seu ministro da Economia, Paulo Guedes, intensificaram nos últimos dias as declarações sobre planos para privatizar a Petrobras e trabalhadores da empresa reagiram rápido. Em comunicado divulgado nesta nesta terça-feira (26), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que prepara uma greve nacional contra a ideia de vender a estatal.

Na segunda-feira (25), após anúncio do novo aumento no preço dos combustíveis, Bolsonaro afirmou que a privatização da Petrobras “está no radar”. Ele já havia afirmado em outubro que tem “vontade” de privatizar a petroleira.

Guedes, que desde o início do governo expõe publicamente seu desejo de entregar a empresa estatal ao capital privado, por sua vez, disse, também nesta segunda-feira, que “a Petrobras vai valer zero daqui a 30 anos” e que por isso é preciso vendê-la”.

Não se trata, no entanto, apenas de uma retórica discursiva em meio ao aumento dos preços dos combustíveis. O senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado, afirmou à agência Reuters que o Planalto estuda, sim, um projeto de lei (PL) para vender as ações da Petrobras, o que resultaria, na prática, na privatização da companhia.

A ideia de Bolsonaro é vender a participação que o governo tem na Petrobras e dessa forma alterar o quadro societário da empresa, passando-a à iniciativa privada. Tal procedimento seria possível por meio de um PL que necessitaria apenas de maioria simples no Congresso. Em síntese: uma manobra legal para se desfazer da maior e mais lucrativa empresa brasileira sem que haja resistência da sociedade e do parlamento.

Em reação, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que, ao longo desta semana, realizará assembleias para discutir o início de uma greve nacional caso o projeto de privatização da Petrobras seja, de fato, pautado na Câmara.

“Não vamos aceitar de forma alguma calados esse projeto de privatização. A maior empresa do Brasil e da América Latina está sendo esquartejada por esse mesmo governo que beija a mão daqueles que lucram com o desmonte da Petrobras, enquanto o povo paga preços exorbitantes para os combustíveis”, disse Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.

“Eles estão enfrentando a nossa resistência nas tentativas de privatização da Petrobras, por isso querem impor um projeto de lei que acabe de vez com qualquer possibilidade de reconstrução da estatal. Não vamos permitir isso. A categoria petroleira vai responder à altura e a luta vai ser grande”, completa o líder petroleiro.

*Com informações da Forum

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