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Nelson Piquet vai aos trends após o filho transportar joias negociadas por Cid nos EUA

Internautas criticaram o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet após a informação de que um dos filhos dele, Cristiano Piquet, levou de Orlando para Miami, nos Estados Unidos, algumas joias recebidas pela família Bolsonaro. Por lei, presentes devem ficar no acervo do Estado brasileiro, e não podem ser incorporado a patrimônio pessoal, diz o 247.

No Twitter, as críticas ao ex-piloto foram chegaram ao trending topic (tópico em tendência), um dos assuntos mais comentados na rede social. “Nelson Piquet, seu laranjão, Bolsonaro te usou para fingir que não havia enviado joias para os Estados Unidos. Disse que estavam na sua fazenda, vai mesmo bancar o laranja para sempre?”, questionou o jornalista Guga Noblat.

Também na internet, perfis nas redes sociais criticaram o general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (PL). Investigadores apuram a informação de que o Cid pai aceitou ajudar em negociações para vender presentes dados pelo Reino do Bahrein, no Golfo Pérsico.

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Política

Gravações revelam que ex-assistente de ordens de Bolsonaro cotou e vendeu joias nos EUA

A Polícia Federal (PF) descobriu gravações no armazenamento em nuvem do celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), que evidenciam sua participação na negociação e venda de joias enquanto estava nos Estados Unidos (EUA) neste ano, informa o portal Metrópoles.

Durante o período em que acompanhou o ex-chefe na Flórida, Mauro Cid teria conduzido as transações relacionadas às joias. Ele e Bolsonaro permaneceram três meses no exterior, regressando ao Brasil no dia 30 de março. Bolsonaro estava nos EUA desde 30 de dezembro de 2022, tendo partido em um “período sabático” após sua derrota nas eleições para o presidente Lula (PT).

A PF planeja solicitar às autoridades estadunidenses a documentação que comprove as negociações conduzidas por Cid. O intuito é anexar as evidências aos inquéritos nos quais o ex-auxiliar está sendo investigado. Entre esses inquéritos, destaca-se a tentativa de venda de um relógio Rolex avaliado em R$ 300 mil, que teria sido um presente de sauditas a Bolsonaro durante uma viagem oficial.

Durante um almoço na sede da Prefeitura de São Paulo com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), Bolsonaro abordou o assunto da tentativa de negociação das joias por parte de Cid. Bolsonaro afirmou: “não vejo maldade em cotar”. Bolsonaro disse considerar natural que alguém queira buscar cotações na internet.

Além disso, Cid também está sob investigação no caso de fraude nas carteiras de vacinação de sua família e de outros assessores de Bolsonaro.

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Justiça

Além das joias, acervo de Bolsonaro tem cinco itens na mira na PF; veja imagens

Cinco presentes dos Emirados Árabes Unidos recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro estão na mira da Polícia Federal. Assim como as joias da Arábia Saudita, as peças foram incorporadas ao acervo privado do ex-mandatário e chamaram a atenção dos investigadores, que solicitaram mais informações sobre os itens, segundo O Globo.

As cinco peças são um relógio de mesa cravejado de diamantes, esmeraldas e rubis; três esculturas, sendo uma feita de ouro, prata e diamantes; um incensário de madeira dourada. Os conjuntos foram destinados a Bolsonaro em duas viagens diferentes aos Emirados Árabes, em novembro de 2021 e em outubro de 2019. Os valores dos itens não foram registrados pela Presidência da República.

Uma das peças sob análise da PF é um relógio de mesa dado pelo príncipe dos Emirados Árabes Unidos Mohamed Bin Zayed Al Nahyan. Segundo a descrição feita pelo Gabinete de Documentação Histórica da Presidência, o objeto de 61 centímetros de altura foi “confeccionado em prata de lei com banho de ouro, cravejado com diamantes, esmeraldas e rubis”.

O presente possui ainda um “domo ornado

com arabescos em prata e ouro”, representando o edifício Qasr Al Watan, localizado em Abu Dhabi. As bases são compostas “com elementos fitomórficos (em formato de plantas) dourados cravejados com diamantes, rubis e esmeraldas, tendo fundo esmaltado em verde”.

Na mesma viagem aos Emirados Árabes Unidos, Bolsonaro também ganhou outro presente do vice-ministro Mansour Bin Zayed Al Nahyan: uma escultura de 25 centímetros, talhada em aço, prata, ouro e diamantes, com figuras de animais. Essa peça, de acordo com o detalhamento feito pela Presidência, exibe “árvores em prata e ouro e, no interior, representação de gazelas, órix, cavalos, bodes, cabras e flamingos em prata entre palmeiras”. Na base, há a representação de peixes, golfinhos e tartarugas. E, na parte de baixo, a peça mais cara — “uma bandeira dos Emirados Árabes Unidos, em suas cores, cercada por diamantes”, diz o documento.

Escultura animais e árvores — Foto: Reprodução

A viagem oficial na qual Bolsonaro recebeu esses dois itens foi realizada de 12 a 18 de novembro de 2021. Naquela ocasião, o então presidente visitou Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes; Manama, no Bahrein; e Doha, no Catar. Essa viagem ao Oriente Médio tinha como objetivo estreitar laços comerciais e captar investimentos para o Brasil.

Escultura barco e mar — Foto: Reprodução

O outro representa um falcão sobre um pedestal de 120 centímetros de altura, constituído de madeira e metal. Há ainda um incensário de 20 centímetros, formado por “metal prateado e dourado”.

Escultura de falcão — Foto: Reprodução

As cinco peças analisadas pela PF se encontram na fazenda de propriedade do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, que fica numa área nobre de Brasília. O imóvel fica a menos de 100 metros da entrada do condomínio onde mora atualmente o ex-presidente. No fim do ano passado, o estafe de Bolsonaro enviou à Fazenda Piquet 175 caixas, com mais de nove mil presentes recebidos ao longo dos quatro anos de mandato.

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Justiça

Mauro Cid confirma que Bolsonaro pediu para reaver joias apreendidas

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, prestou novo depoimento à Polícia Federal. Ele falou sobre o escândalo das joias sauditas.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestou novo depoimento hoje (22) à Polícia Federal. Desta vez, o delegado Adalto Machado ouviu o militar no âmbito de inquérito que investiga suposta apropriação indevida de joias e armas por Bolsonaro. Cid confirmou que o ex-presidente pediu para que pessoas próximas a ele tentassem retirar joias sauditas apreendidas no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, segundo a RBA.

De acordo com Cid, Bolsonaro pediu pessoalmente a ele que apurasse a possibilidade de pegar os itens em dezembro de 2022. Além destas joias, Bolsonaro se apropriou indevidamente de outros itens, muitos já sob custódia da Justiça. Bolsonaro não poderia tomar estes itens, presentes de autoridades do Oriente Médio. De acordo com juristas, a suposta ação pode ser classificada como criminosa, enquadrada em artigos como o de peculato, no Código Penal, além de enriquecimento ilícito na Lei de Improbidade Administrativa.

O depoimento ocorre uma semana após outra oitiva envolvendo Cid. Na ocasião anterior, o ex-ajudante de ordens ficou calado durante 40 minutos, questionado sobre outra investigação, a da operação Venire, que identificou fraudes em cartões de vacinação de Cid, além de membros da família Bolsonaro. Dias depois, sua esposa, Gabriela Cid, admitiu diante dos policiais que o militar foi responsável por adulterar os registros de vacinação.

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Pesquisa

Quaest: 81% dos brasileiros querem que a Polícia Federal investigue Bolsonaro no caso das joias

O diretor da Quaest Felipe Nunes avalia neste domingo (30) pesquisa do Instituto que indica a repercussão do caso das joias sauditas envolvendo diretamente Jair e Michelle Bolsonaro. De acordo com o especialista, o fato atingiu em cheio a opinião pública, diz o 247.

“O caso das joias ficou muito conhecido: 71% dos entrevistados souberam do caso envolvendo a família Bolsonaro. Mais interessante ainda: a grande maioria (81%) concordam com a abertura de investigação sobre o caso pela Polícia Federal. Entre eleitores do Bolsonaro, 72% concordam com a investigação, ou seja, um perigo para a base do ex-presidente”, acrescenta.

“Mas Bolsonaro é culpado? Aí novamente vemos a politização tomando conta das opiniões. Enquanto 46% acham que Bolsonaro é culpado, 33% não. Na eleição, Lula teve 39% e Bolsonaro 38%. Ou seja, o caso das ioias é definitivamente um tema que desgasta o bolsonarismo. Enquanto 61% dos eleitores de Bolsonaro o defendem, 74% dos eleitores de Lula o culpam. Mais importante ainda, Bolsonaro é considerado culpado por quase metade de quem não foi votar ou votou branco/nulo – que tendem a ser mais despolitizados”, indica Felipe.

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Uncategorized

Casal que mente unido, como os Bolsonaro, acaba desmascarado

Pacote com as joias do ex-presidente ficou dois ou três dias na pia da cozinha do Palácio da Alvorada, sem ser aberto.

É sobre contrabando, não sobre joias presenteadas pela ditadura da Arábia Saudita a Jair Bolsonaro enquanto ele era presidente, e à mulher dele, Michelle, a primeira-dama.

A lei diz que presentes caros ofertados por um governo ao outro devem ser incorporados ao acervo do Estado brasileiro. As joias sauditas, a preços de mercado, valem cerca de 20 milhões de reais.

O presente de Michelle foi apreendido pela Receita Federal do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por não ter sido declarado. Entrara no país no fundo da sacola de um militar.

O de Bolsonaro driblou a atenção dos agentes da Receita e entrou ilegalmente no país; contrabando, que foi parar nas mãos de Bolsonaro e levado por ele ao deixar o governo.

O casal mentiu do começo ao fim do episódio. Ao fim, não, porque o episódio ainda será melhor contado. A Polícia Federal (PF) já ouviu Bolsonaro, que mentiu à farta. Falta ouvir Michelle.

A servidora Marjorie de Freitas Guedes, do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da presidência, era responsável por catalogar todos os presentes oferecidos a Bolsonaro.

Ela disse à PF que, em novembro de 2022, um pacote com as joias de Bolsonaro (um relógio raro, uma caneta, um par de abotoaduras e um rosário árabe) foi entregue a Michelle no Palácio da Alvorada.

O pacote, em outubro de 2021, entrou escondido no país dentro da mala do então ministro das Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque, de volta de uma viagem oficial à Arábia Saudita.

Marjorie disse que antes mesmo do retorno do almirante, fora aberto um processo no sistema do governo informando a chegada de um presente para Bolsonaro: um cavalo de ouro.

De fato, um cavalo de ouro também fora entregue a Albuquerque; chegou com as pernas quebradas e foi apreendido pela Receita junto com o conjunto de joias para Michelle.

A ex-primeira-dama sempre disse que nunca ouvira falar das joias destinadas a ela, somente a partir de 3 de março último quando o caso foi descoberto pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Naquela ocasião, ela declarou:

“Não pedi e nem recebi”.

Em resposta ao que revelou Marjorie, Michelle, ontem, afirmou:

“Essas joias que chegaram no Alvorada foram as joias masculinas. Então, estão me associando ao primeiro caso, quando eu não sabia, e eu não sei mesmo. […] O que eu tenho a ver com isso?”

Repórter: Então a senhora recebeu [as joias masculinas] em mãos?

Michelle: Eu não, elas estavam no Alvorada. Elas foram passadas pela administração.

Repórter: Não entregaram nas mãos da senhora?

Michelle: Não, elas estavam no Alvorada. Eu morava onde? No Alvorada. Não é verdade?

Para socorrer o casal que mente unido, o ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten, mentiu também em entrevista à CNN Brasil.

Por 13 meses, ele disse, Bolsonaro e Michelle não souberam que havia joias à sua espera – as de Bolsonaro, guardadas no prédio do Ministério das Minas e Energia, as de Michelle, apreendidas.

Quando Michelle recebeu no Palácio da Alvorada o pacote com as joias de Bolsonaro, ela os deixou “por dois ou três dias” na pia da cozinha por não saber do que se tratava, segundo Wajngarten.

Casal e ex-assessor que mentem unidos, permanecerão unidos para a eternidade. A não ser que a ação da justiça os separe por qualquer razão. Aí será um salve-se quem puder.

*Blog do Noblat

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Michelle tem mais respostas a dar à PF sobre joias do que parecia

Chico Alves*

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem explicações a dar à Polícia Federal depois de demonstrar, em entrevista, ter conhecimento sobre joias recebidas da Arábia Saudita, avaliou o colunista do UOL Chico Alves no UOL News.

Na primeira vez que a noticia veio à público, Michelle Bolsonaro disse que não sabia de nada, não sabia de joias. Agora admite que sabe das joias, mas do kit masculino. Perguntada se chegou às suas mãos, ela não diz que não, diz que “chegou no Alvorada, veio pelo trâmite administrativo”. Mas não disse “não, essas joias não chegaram em minhas mãos.”

Para Chico, a nova declaração demonstra uma mudança de roteiro importante no caso.

“Essa investigação avança tendo então a ex-primeira-dama como uma pessoa que vai ter mais respostas para dar à polícia do que parecia inicialmente. No começo disse que não sabia de joia nenhuma, agora pelo menos do kit masculino ela diz que sim, ela sabe, e inclusive descreveu cor, tipo, itens.”

“Esse tipo de contradição da Michelle nem de longe dá a entender que vai motivar ou justificar algum pedido de prisão, nem dela nem de Bolsonaro. É o estilo Janones de se expressar, com exageros, ele tenta responder aos seus opositores da extrema-direita, que também são exagerados em tudo que falam nas redes sociais.”

*Uol

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Justiça

Áudio: Assessor de Bolsonaro mandou servidora destruir ofício que pedia à Receita liberação de joias

O então assessor da presidência da República Cleiton Henrique Holzschuk mandou uma servidora apagar e destruir o ofício por meio do qual, em nome do ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, era requerida à Receita Federal a liberação das joias de mais de R$ 16,5 milhões retidas na Alfândega quando chegavam da Aŕábia Saudita.

Áudio divulgado pela Globo News revela o o telefonema de Cleiton à servidora.

*Com Agenda do Poder

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Bolsonaro tem versão desmentida por documento oficial sobre escândalo das joias sauditas

Um documento oficial desmente a versão contada por Jair Bolsonaro no depoimento que prestou à Polícia Federal, na quarta-feira (6), no âmbito do inquérito das joias sauditas que foram introduzidas ilegalmente no país por membros de uma comitiva oficial e que ele tentou se apropriar. Em seu relato, o ex-mandatário disse ter tomado conhecimento do estojo de joias, avaliado em cerca de R$ 16,5 milhões, que havia sido apreendido pela Receita Federal no dia 26 de outubro de 2021, apenas em dezembro de 2022.

Um ofício do gabinete da Presidência da República, porém, foi enviado ao ministério de Minas e Energia apenas três dias depois da apreensão dos itens, solicitando que os objetos fossem encaminhados para que pudessem ser incorporadas ao “acervo privado do Presidente da República ou ao acervo público da Presidência da República”, segundo o 247.

As joias foram retidas pela Receita durante a revista de uma mochila em poder de um assessor do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque.

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Política

Quanto mais fala sobre as joias, mais Bolsonaro se enrola ou mente

Agora, ele diz que já foi hóspede de um sheik que tinha três mulheres.

Bolsonaro pede de joelhos aos brasileiros que acreditem em tudo o que ele disse às primeiras horas do seu retorno ao país, depois de 89 dias de um confortável exílio auto imposto nos Estados Unidos. Só com hospedagem e alimentação dos seus seguranças, o exílio custou aos cofres públicos mais de 600 mil reais.

A primeira coisa que Bolsonaro contou:

“Um grupo de joias, em 2021, ficou retido na Alfandega. Eu fiquei sabendo, a minha esposa também, pela imprensa.”

O tal “grupo de joias”, no valor estimado em quase 17 milhões de reais, foi apreendido pela Receita Federal em agosto de 2021 no aeroporto de Guarulhos por não ter sido declarado. Só foi noticiado pela imprensa no último dia 3. Bolsonaro quer que acreditemos que ele passou 19 meses sem saber da apreensão.

Mas ao longo desse período, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, ele fez oito tentativas de resgatar as joias enviadas para Michelle pela ditadura da Arábia Saudita. Na última, no final de dezembro passado, o emissário, um militar, voou a Guarulhos em avião da Força Aérea Brasileira e voltou de mãos abanando.

Um segundo pacote com joias, e um terceiro, entraram ilegalmente no Brasil na mesma data em que o pacote para Michelle foi barrado. O segundo e o terceiro eram para Bolsonaro, e ele os recebeu, ficando com eles. Devolveu o segundo pacote porque a Justiça, que não sabia da existência do terceiro, obrigou-o. Agora, devolverá o que falta.

Ainda a propósito das joias, ele disse:

São joias caras? Sim, caríssimas, até pela relação de amizade que eu tive com o mundo árabe. Eles têm dinheiro. É o prazer deles dar presente. Têm uma vida, eles são muito bem sucedidos.”

“O mundo árabe é apaixonado por nós. […] O meu relacionamento com ele foi excepcional. Estão aí os presentes que deram para o chefe de Estado ou que mandaram entregar ao chefe de Estado.”

Se as joias, tanto as de Michelle quanto as dele, foram presentes dados para entregar “ao chefe de Estado”, deveriam ter sido incorporadas ao acervo da presidência, como determina a lei. Se declaradas à Receita, seriam liberadas. Mas Bolsonaro levou as dele, e, sem sucesso, tentou levar as de Michelle, mais valiosas.
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“São joias caras? Sim, caríssimas, até pela relação de amizade que eu tive com o mundo árabe. Eles têm dinheiro. É o prazer deles dar presente. Têm uma vida, eles são muito bem sucedidos.”

É tudo tão claro! E à medida que o próprio Bolsonaro narra o escândalo ao seu modo, admite que praticou um crime, ou mais de um. O que não está claro e precisa ser investigado é outra revelação feita espontaneamente por Bolsonaro sobre o remetente das joias. Ele disse em entrevista à emissora amiga Jovem Pan:

“Esse sheik me convidou, eu fui na casa dele, fiquei na casa dele. Ele tem coisas que nós não temos: três esposas, por exemplo. São bem sucedidos, e procuram agradar as pessoas.”

*Noblat/Metrópoles

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