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Alimentos mais caros pressionam inflação dos mais pobres; é isso que decide as eleições

Dados do Ipea mostram que o impacto no índice das famílias de renda muito baixa subiu para 4,3 p.p. em 12 meses.

A inflação sobre os mais pobres caiu de 12% em junho para 10,4% em julho no acumulado de 12 meses, mas o impacto dos preços de alimentos sobre as famílias de renda muito baixa subiu no período. Passou de 4 pontos percentuais para 4,3 p.p, segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 10,07% em 1 ano. O Ipea calcula a taxa conforme a remuneração das famílias. Aos mais pobres, por exemplo, a alta foi de 10,4%, enquanto pessoas com renda média-alta tiveram índice de +9,7% no período.

A diferença se deve à cesta de consumo das famílias. Enquanto os mais ricos consomem mais produtos do grupo de transportes, como gasolina e passagens aéreas, os brasileiros de renda mais baixa gastam mais recursos com os alimentos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou em junho a lei que estabelece um teto para a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis. Pela medida, o grupo de transportes teve queda de 4,51% nos preços, puxados pelos combustíveis (-14,15%).

A inflação no acumulado de 12 meses do grupo de transportes caiu de 20,1% em junho para 13% em julho. O índice de preços dos alimentos continuou a acelerar: de 13,9% para 14,7% no mesmo período.

Os produtos alimentícios impactaram a inflação de todos os brasileiros. Os alimentos representam 4,3 pontos percentuais na inflação das pessoas de renda muito baixa (de 10,4%). Às famílias de renda alta, o impacto saiu de 1,6 p.p. em junho para 1,8 p.p. em julho. Ou seja, a alta dos preços de alimentos penaliza principalmente as pessoas mais pobres. J

Já para o grupo de transportes, o movimento é contrário. O impacto para aqueles com renda mais baixa é de 1,3 ponto percentual contra 4,7 pontos percentuais entre os mais ricos. Portanto, a medida que diminuiu os preços dos combustíveis, ajudou principalmente as famílias de renda média, média-alta e alta.

*Com Poder360

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Nordeste, mulheres, mais ricos e mais pobres elegem Lula, mostra PoderData

Lula ampliou em 17 pontos a vantagem contra Jair Bolsonaro em um segundo turno, mostra pesquisa PoderData.

Lula ampliou em 17 pontos a vantagem contra Jair Bolsonaro em um segundo turno, mostra pesquisa PoderData, divulgada nesta quarta (22). Antes, a diferença era de 10 pontos.

Lula registrou mais da metade dos votos dos eleitores (52% das intenções) contra 35% do atual presidente, na pesquisa realizada entre 19 e 21 de junho.

A pesquisa anterior, no início do mês, mostrava Lula com 50% contra 40% de Bolsonaro, uma diferença considerada apertada.

No primeiro turno, Lula obtém 44% das intenções de voto, 10 pontos a mais do que Bolsonaro (34%). Apesar de dentro da margem de erro, a oscilação também foi benéfica ao candidato do PT, aumentando 1 ponto percentual e Bolsonaro caindo 1 ponto.

Nordeste dá vitória a Lula

É possível perceber que a vitória de Lula seria decidida pelos nordestinos. É nesta região que o ex-presidente tem larga vantagem, de 58% contra 25% de Bolsonaro no 1º turno.

Lula também tem maioria nas regiões Norte (46% contra 39%) e Sul (44% contra 39%). No Sudeste e Centro-Oeste, há empate técnico, com diferença de 1 ponto percentual para Bolsonaro.

Lula ganha com mulheres, mais ricos e mais pobres

Ainda na estratificação dos eleitores, as mulheres preferem Lula (49% contra 26%) e os homens Bolsonaro (43% contra 39%). E tanto os mais ricos, quanto os mais pobres preferem Lula (47% contra 32% em ambos), sendo Bolsonaro escolhido pela classe média (40% contra 32%).

Repasse de votos

Assim como as demais pesquisas eleitorais, os resultados indicam que Lula poderia vencer as eleições ainda no 1º turno se todos os eleitores de Ciro Gomes (PDT) migrassem para Lula. O pedetista tem 6% das intenções de voto.

A pesquisa PoderData também mostrou que os demais candidatos não tem chances nas eleições presidenciais: Simone Tebet (MDB), escolhida como a “terceira via” com o apoio dos partidos de centro e centro-direita, tem somente 1% das intenções de voto.

Ainda, a soma de todos os demais candidatos, incluindo Bolsonaro, quase empata com os números de Lula, chegando a 44%.

Foram feitas 3 mil entrevistas, em 302 cidades do país, com margem de erro de 2 pontos percentuais.

*Com GGN

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Pesquisa

70% dos mais pobres votam em Lula, segundo BTG/FSB

Pesquisa BTG/FSB publicada hoje traz um dado impressionante: o ex-presidente Lula tem 70,5% dos votos válidos (ou 62% dos votos totais) entre eleitores com renda familiar até 1 salário.

Segundo a própria pesquisa, esses eleitores representam 25% do eleitorado. Se temos hoje 152 milhões de eleitores, então 25% correspondem a 38 milhões de cidadãos brasileiros. No topo da pirâmide, o eleitorado com renda acima de 5 salários corresponde a 17% do total, ou 25,8 milhões de pessoas.

O eleitorado com renda familiar até 1 salário, contudo, tem muito menos visibilidade do que a chamada classe média.

São eleitores com menos tempo e recursos para acessar as redes sociais. Não frequentam os bares da moda. Não são convidado para “lives”, até porque sua internet mal dá para receber uma mensagem de whatsapp. Tampouco tem a informação ou dinheiro necessários para frequentar manifestações políticas nas regiões nobres da capital.

São geralmente pouco instruídos, não por sua culpa, mas por terem tido a infelicidade de nascer num dos países mais injustos e desiguais do mundo, que vem relegando grande parte de sua população a uma outra espécie de cativeiro, o da pobreza extrema.

Por isso a importância de pesquisas eleitorais. Não importa que tenham sido feitas por “bancos”. Na verdade, é até interessante, pois há setores dominantes que talvez não dessem atenção a esses números se a pesquisa fosse realizada por uma entidade vinculada, de alguma maneira, a valores ou movimentos progressistas.

A pesquisa BTG oferece um retrato gritante da luta de classes abafada, silenciosa, mas não menos terrível, gigante, que acontece por meio do processo de formação do voto para presidente da república.

Esses 62% de intenções do voto de baixa renda em Lula é um grito do povo contra todas as derrotas que vem sofrendo desde o golpe contra Dilma, iniciado em 2014, com a Lava Jato, quando a elite financeira do país deflagra um conjunto de ações midiáticas, judiciais, parlamentares e, em alguns casos, também empresariais, que configuram uma grande operação de sabotagem contra o interesse nacional e contra a democracia. Nessa faixa do eleitorado, Bolsonaro tem apenas 18%.

Esse é o povo que, assim como o ansioso sistema de inteligência artificial do Google, deseja interagir com seu próprio país, quer ser visto, quer que alguém se importe com sua existência.

Ciro Gomes, que construiu uma carreira na esquerda, e hoje trai seus princípios protagonizando uma das campanhas mais sujas (e mesmo assim, fracassada) da história da república, tem apenas 4% entre os mais pobres. O baixo desempenho de Ciro entre os mais pobres é uma pequena vingança contra seu discurso pedante e raivoso. Ciro apenas não desapareceu do mapa eleitoral porque sua verve udenista ainda encontra eco em setores da classe média.

A luta de classes no Brasil é clara quando se observa a divisão do voto por renda.

Segundo a BTG, Bolsonaro lidera com 48% dos votos totais entre famílias com renda acima de 5 salários, contra 30% de Lula.*Com O Cafezinho

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Bolsonaro posta foto dando banana, avisa que não tem o coronavírus e que seu problema é mental

Uma banana para os brasileiros.

Foi assim que o psicopata Bolsonaro deu a notícia no twitter.

Diante de uma pandemia que atingirá milhares de brasileiros, o idiota trata do caso pessoal com o mesmo ódio que marca sua vida.

Seu gesto é um desrespeito ao povo que enfrentará um surto e ainda tem que ver um presidente irresponsável que usa a pandemia para se promover politicamente, jogando para seu gado premiado.

Bolsonaro é uma miséria humana.

Enquanto especialistas estão alarmados dizendo que o coronavírus pode causar estresse brutal sobre sistema de saúde e que o estado Minas já decretou situação de emergência, Bolsonaro exibe seu rancor e individualismo, mostrando que está pouco se lixando para o povo, sobretudo para os idosos que têm mais risco de morrer com a doença.

Bolsonaro faz pior que antes, quando tripudiou da pandemia que já matou milhares de pessoas no mundo. Ele faz de conta que desconhece o fato e se comporta como um irresponsável num momento extremamente grave que o Brasil atravessa, sem falar na economia que produzirá um efeito cascata, atingindo frontalmente os mais pobres, que serão as primeiras vítimas.

Bolsonaro não decepciona. Um sujeito que vive oficialmente de mentiras sistemáticas, produz dia após dia uma montanha de fel para se sustentar no poder, sem ninguém para tapar sua boca com cimento.

Certamente, ele usa essa imagem como sua extensão, pois imagina que muitos, assim como ele, são sádicos e adoradores de torturadores como Brilhante Ustra e de milicianos assassinos como Adriano da Nóbrega e querem ver seu sofrimento e morte.

Infelizmente, esse idiota, que não consegue ter um mínimo de postura, passa numa canoa se exibindo com a premissa doutrinária da milícia que uns chamam de extrema direita, mas é banditismo em estado puro, para tripudiar dos que têm ou terão o Covid-19, negando a fatalidade do próprio país presidido por um demente por culpa de uma escória tão ou mais sórdida que ele.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas