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Poeta palestino Refaat Alareer morre em bombardeio de Israel na Faixa de Gaza

O poeta palestino Refaat Alareer, uma figura importante de uma geração de autores de Gaza que escrevia em inglês para contar a história do território, morreu na quinta-feira em um bombardeio israelense, informaram amigos do artista.

“O assassinato de Refaat é trágico, doloroso e escandaloso. É uma perda imensa”, anunciou Ahmed Alnaoq, amigo do poeta, na rede social X.

“Meu coração está partido. Meu amigo e meu colega Refaat Alareer foi assassinado com sua família há alguns minutos”, escreveu no Facebook o poeta Mosab Abu Toha.

Professor de Literatura Inglesa na Universidade Islâmica de Gaza, Alareer foi um dos fundadores do projeto “We are not numbers” (“Nós não somos números”), que unia os autores de Gaza com “mentores” no exterior que os ajudavam a escrever em inglês sobre sua realidade.

Ele editou o livro “Gaza writes back”, uma compilação de crônicas sobre a vida no território escritas por jovens autores. Também publicou “Gaza unsilenced”.

Poucos dias após o início da ofensiva terrestre israelense, Alareer anunciou que se recusava a deixar o norte da Faixa, que era o epicentro dos combates.

Também publicou na rede social X um poema que viralizou, com o título “If I must die” (“Se eu devo morrer”): “Se eu devo morrer, que traga esperança, que seja um conto”, afirmam os últimos versos.

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Astro de série israelense, Matan Meir morre durante ação em Gaza

Matan Meir, oriundo de Odem, na parte norte dos Montes Golã, um dos astros do elenco de Fauda, foi morto em Gaza, anunciou a equipe da série no sábado (11/11). O ator, 38 anos, foi sargento reservista das Forças de Defesa de Israel (IDF). Seu nome apareceu na lista de soldados que morreram no enclave, de acordo com o The Jerusalem Post.

Transmitida na Netflix, Fauda ganhou os holofotes internacionais, tendo sido premiada como melhor roteiro original no Festival International des Programmes Audiovisuels (FIPA) e indicada pelo The New York Times como a 8ª melhor série internacional da década. Em contraponto, vozes de organizações e ativistas denunciaram o racismo e a islamofobia presentes na obra, assim como a exaltação de crimes de guerra cometidos por Israel e o apagamento da perspectiva palestina.

A Campanha Palestina pelo Boicote Acadêmico e Cultural à Israel (CPBAC), parceira do Movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), manifestou à Netflix repúdio e apelou para que o streaming interrompesse a transmissão.

Fauda, que é um código usado pelos soldados das forças israelenses quando são pegos pelos árabes, tem incontáveis cenas permeadas de propaganda de guerra, como, por exemplo, imagens de bases militares do Hamas no subsolo de hospitais. Uma clara mensagem ao telespectador de que é justificável bombardear unidades de saúde. Os dois escritores da série, Avi Issachorof e Lior Raz, assim como o então ator principal, são ex-soldados do esquadrão Dudevan, que aterroriza a Palestina ocupada.

O pai de Raz é um ex-Shin Bet (serviço de segurança secreta interna). Dito isso, é possível perceber que a produção audiovisual israelense também são utilizadas como campos de batalha, o poder simbólico no discurso transmitido e recodificando a realidade da opressão contra os palestinos. Em geral, filmes e séries israelenses, sejam “cults” ou comerciais, sempre serviram à propaganda dominante acerca do apartheid.

Portanto, a posição política de Fauda não é original. A arrogância colonial e apropriação da história palestina são derivadas do domínio militar sobre os palestinos. Tal como os soldados, muitos diretores, roteiristas e criadores não respeitam as fronteiras. Alguns expropriam terras palestinas, outros a sua história

Na série, não há dominantes ou dominados, não há ocupação, não há contexto histórico, não há demolições, nem despejos, não há colonos ou soldados violentos. Também não há prisões políticas sem julgamento e não há tribunais que condenam crianças e adolescentes por jogarem pedras em soldados fortemente armados. De acordo com o que vemos em Fauda, os palestinos são movidos por uma paixão por vingança, uma sede insaciável de sangue, como algo próprio de seu DNA árabe.

Em relação aos árabes e muçulmanos, quase sempre são retratados na mídia ocidental como exóticos, desconhecidos, com estereótipos e romantizações, visto como violentos, retrógrados e maus. A influência de Israel na indústria audiovisual, com esta lente ocidentalizada, levou diretores e produtores renomados a fazerem parceria com israelenses. A veiculação de ideias sionistas por plataformas de entretenimento, como a Netflix, tem contribuído para o sucesso estrondoso delas, já que esses espaços têm cada vez mais relevância no cenário artístico.

O sucesso de audiência de peças de propaganda como Fauda – que se tornou orgulho nacional em Israel e recebeu vivas por parte de norte-americanos da American Israel Public Affairs Committee (AIPAC) – também é sintomático diante da censura de obras palestinas. Depois da Nakba, entre 1968 e 1982, o cinema palestino foi feito grande parte no exílio.

Independente do mérito artístico e qualidade técnica das obras israelenses, Israel não é um Estado-nação como qualquer outro e suas obras são encomendas sofisticadas das Forças de Defesa de Israel.

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Cotidiano

Morre a atriz Elizangela do Amaral Vergueiro aos 68 anos

Elizangela do Amaral Vergueiro morreu, aos 68 anos, em Guapimirim, no Rio de Janeiro.

A atriz Elizangela do Amaral Vergueiro morreu, aos 68 anos, nesta sexta-feira (4/11), em Guapimirim, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela prefeitura do município.

De acordo com a Prefeitura Municipal de Guapimirim, a atriz deu entrada no hospital com uma parada cardiorrespiratória. Em nota, foi informado que Elizangela havia procurado a unidade de saúde com graves problemas respiratórios há algumas semanas.

“A Prefeitura Municipal de Guapimirim, lamenta a morte da consagrada atriz. Esta é a segunda vez que o sistema de saúde do município atendeu Elizangela. Na primeira, Elizangela deu entrada na unidade com graves problemas respiratórios, e depois de algumas semanas, teve alta da unidade”, informa a nota do hospital.

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Mundo

Prigozhin, líder do grupo Wagner, morre em queda de avião na Rússia

A Rússia afirma que dez pessoas morreram depois que um jato executivo teve um acidente na região de Tver, no norte e Moscou, nesta quarta-feira (23). As informações são da agência Tass, que é ligada ao governo. O líder do Grupo Wagner, Evgeny Prigozhin, está entre os mortos, ainda de acordo com a Tass, segundo o G1.

A aeronave é fabricada pela Embraer, e fazia um voo de Moscou a São Petesburgo. Havia sete passageiros e três funcionários.

A agência Tass afirmou que o nome de Evgeny Prigozhin estava na lista de passageiros — a informação foi atribuída à agência de avião civil russa.

Prigozhin era o líder do Grupo Wagner, um exército de mercenários que foi empregado em diversas guerras, inclusive na atual invasão do território ucraniano pela Rússia. O grupo foi dissolvido depois de uma tentativa de um golpe na Rússia.

Com informações do g1.

https://twitter.com/i/status/1694396312899240353

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João Donato morre no Rio aos 88 anos

A informação foi confirmada pela família do músico. Pianista, acordeonista, arranjador, cantor e compositor nasceu em 1934 em Rio Branco, no Acre.

Morreu na madrugada desta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, o músico João Donato. A informação foi confirmada pela família do músico.

O músico morreu em decorrência de uma série de problemas de saúde. Recentemente, ele teve uma infecção nos pulmões. Pianista, acordeonista, arranjador, cantor e compositor nasceu em 1934 em Rio Branco, no Acre.

Em sua infância, ele costumava brincar de música com flautinhas de bambu e panelas. Depois, recebeu de presente um acordeom de oito baixos e, mais tarde, um instrumento maior.

Em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro com a família. Aqui, começou a tocar em festas de seu colégio — numa delas, conheceu o grupo Namorados da Lua e fez amizade com Lúcio Alves, Nanai e Chicão.

Quatro anos depois, já atuava em jam-sessions realizadas na casa de Dick Farney e no Sinatra-Farney Fan Club, do qual era membro.

Em 1951, participou do programa de música nordestina “Manhãs da roça”, comandado por Zé do Norte, na Rádio Guanabara. Nessa época, começou a estudar piano, segundo o G1.

Iniciou sua carreira profissional em 1949, como integrante do grupo Altamiro Carrilho e Seu Regional, com o qual gravou, nesse ano, um 78 RPM contendo as canções “Brejeiro” (Ernesto Nazareth) e “Feliz aniversário” (Altamiro Carrilho e Ari Duarte).

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Cotidiano

Morre Zé Celso Martinez, criador do Teatro Oficina, aos 86 anos

O dramaturgo Zé Celso Martinez, de 86 anos, morreu na manhã desta quinta-feira, 6, em São Paulo. O estado de saúde de Zé Celso havia se agravado na quarta-feira. Ele estava internado na UTI do Hospital das Clínicas desde terça, após sofrer queimaduras durante um incêndio em seu apartamento no Paraíso, na Zona Sul de São Paulo. Celso teve 53% do corpo queimado.

Segundo vizinhos, a suspeita é que o incêndio foi causado por um curto-circuito do aquecedor de sua casa, que caiu no solo e provocou o acidente. O 36º DP (Vila Mariana) da Polícia Civil investiga as causas do incêndio. Além de Zé, outras três pessoas também ficaram feridas, porém com menor gravidade. Seu marido Marcelo Drummond, e os atores Victor Rosa e Ricardo Bittencourt.

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Cotidiano

Morre Rita Lee, aos 75 anos

Rita Lee, uma das maiores cantoras e compositoras da história da música brasileira, morreu nesta terça-feira (9), aos 75 anos. Ela foi diagnosticada com com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença.

Rita ajudou a incorporar a revolução do rock à explosão criativa do tropicalismo, formou a banda brasileira de rock mais cultuada no mundo, os Mutantes, e criou canções na carreira solo com enorme apelo popular sem perder a liberdade e a irreverência.

Sempre moderna, Rita foi referência de criatividade e independência feminina durante os quase 60 anos de carreira. O título de “rainha do rock brasileiro” veio quase naturalmente, mas ela achava “cafona” – preferia “padroeira da liberdade”.

Rita Lee Jones nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. O pai, Charles Jones, era dentista e filho de imigrantes dos EUA. A mãe, a italiana Romilda Padula, era pianista, e incentivou a filha a estudar o instrumento e a cantar com as irmãs.

Aos 16 anos, Rita integrou um trio vocal feminino, as Teenage Singers, e fez apresentações amadoras em festas de escolas. O cantor e produtor Tony Campello descobriu as cantoras e as chamou para participar de gravações como backing vocals.

Em 1964 ela entrou em um grupo de rock chamado Six Sided Rockers que, depois de algumas mudanças de formações e de nomes, deu origem aos Mutantes em 1966.O grupo foi formado inicialmente por Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias.

Eles foram fundamentais no tropicalismo, ao unir a psicodelia aos ritmos locais, e se tornaram o grupo brasileiro com maior reconhecimento entre músicos de rock do mundo, idolatrados por Kurt Cobain, David Byrne, Jack White, Beck e outros.

O trio acompanhou Gilberto Gil em “Domingo no parque” no 3º Festival de Música Popular Brasileira da Record, em 1967, e Caetano Veloso em “É proibido proibir” no 3º Festival Internacional da Canção, da Globo em 1968, dois marcos da tropicália.

Os Mutantes também participaram do álbum “Tropicália ou Panis et Circensis”, de 1968, a gravação fundamental do movimento.

Ela fez parte dos Mutantes no período mais relevante e criativo da banda, de 1966 a 1972. Gravou “Os Mutantes” (68), “Mutantes” (69), “A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado” (70), “Jardim Elétrico” (71) e “Mutantes e Seus Cometas no País dos Bauretz” (72).

O fim do relacionamento com Arnaldo Baptista coincidiu com a saída dela dos Mutantes. O primeiro álbum solo foi “Build up”, ainda antes de deixar a banda, em 1970. Ela também lançou “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”, em 1972, ainda gravado com o grupo.

A carreira pós-Mutantes tomou forma com o grupo Tutti Frutti, no qual ela gravou cinco álbuns, com destaque para “Fruto proibido”, de 1975, que tinha a música “Agora só falta você”.

A partir de 1979, ela começou a trabalhar em parceria com o marido Roberto de Carvalho, e se firmou de vez na carreira solo. Ela escreveu e gravou canções de pop-rock com grande sucesso.

Um dos álbuns mais bem sucedidos foi “Rita Lee”, de 1979, com “Mania de Você”, “Chega mais” e “Doce Vampiro”. No disco de mesmo título do ano seguinte, ela segue na direção mais pop e faz ainda mais sucesso com “Lança perfume” e “Baila comigo”.

Ela era uma roqueira popular antes e depois de o gênero se tornar um fenômeno comercial no Brasil em meados dos anos 80. Entre os álbuns de destaque estiveram “Saúde” (1981) e “Rita e Roberto” (1985), com o qual os dois subiram ao palco do primeiro Rock in Rio.

Entre 1991 ela começou um período de quatro anos separada de Roberto de Carvalho. O retorno foi em 1995, na turnê do álbum “A marca da Zorra”, quando ela também abriu os shows dos Rolling Stones no Brasil. No ano seguinte, eles se casaram no civil após 20 anos juntos.

Em 1996, ela caiu da varanda do seu sítio, sob efeito de remédios, e quebrou o recôndito maxilar. Rita começou a tentar largar o álcool e as drogas, mas disse ao “Fantástico” que só conseguiu fazer isso em janeiro de 2006.

Em 2001, RIta Lee ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa com “3001”. Ela ainda teria mais cinco indicações ao prêmio, e receberia em 2022 o prêmio de Excelência Musical pelo conjunto da obra.

Em 2012, ela anunciou que deixaria de fazer shows por causa da fragilidade física. “Me aposento dos shows, mas da música nunca”, ela escreveu no Twitter.

Em 28 de janeiro daquele ano, no Festival de Verão de Sergipe, ela fez o show anunciado como último da carreira, quando ela discutiu com um policial. Ela foi acusada de desacato à autoridade, levada à delegacia e liberada em seguida.

Rita Lee realmente nunca mais fez uma turnê. Mas ainda fez um show no Distrito Federal no fim de 2012, em que abaixou a calça para o público, e cantou no aniversário de São Paulo em 2013, ovacionada pelo público de sua cidade.

Seu último álbum de canções inéditas em estúdio saiu em abril de 2012. “Reza” era, então, seu primeiro trabalho de inéditas em nove anos. A faixa-título foi a música de trabalho, definida por ela como “reza de proteção de invejas, raivas e pragas”.

Ao todo foram 40 álbuns, sendo 6 dos Mutantes, 34 na carreira solo.

Em 2016, ela lançou “Rita Lee: uma autobiografia”. Uma das revelações do livro foi que ela foi abusada sexualmente aos seis anos de idade por um técnico que foi consertar uma máquina de costura de sua mãe em casa.

No livro, um sucesso de vendas, ela também falou com sinceridade sobre episódios da carreira, como quando foi expulsa dos Mutantes em 1972, e da vida pessoal, como a luta contra o alcoolismo.

Além da autobiografia, Rita Lee tem uma longa trajetória como escritora. A série “Dr. Alex” é de 1983, mas foi relançada em 2019 e 2020 e tem foco na luta pela causa animal e ambiental da cantora.

Ela também escreveu “Amiga Ursa: Uma história triste, mas com final feliz” na literatura infantil. “FavoRita”, “Dropz”, “Storynhas” e “Rita Lírica” são outros livros escritos pela cantora.

Na TV, Rita participou das novelas “Top Model”, “Malu Mulher”, “Vamp” e “Celebridade” em participações especiais.

Diagnóstico de câncer

Em maio de 2021, Rita Lee foi diagnosticada com câncer de pulmão. Ela seguiu tratamentos de imunoterapia e radioterapia.

Quatro meses depois, ela lançou o último single da carreira, “Changes”, em parceria com o marido Roberto de Carvalho e o produtor Gui Boratto.

Em abril de 2022, seu filho Beto Lee escreveu que ela estava curada do câncer.

Nos últimos anos, ela viveu em um sítio no interior de São Paulo com a família. Ela deixa três filhos: Roberto, João e Antônio.

*Com G1

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Cotidiano

Morre o ex-deputado David Miranda, aos 37 anos

O ex-deputado federal David Miranda morreu no Rio na manhã desta terça-feira, aos 37 anos. Ele faria 38 anos nesta quarta (10) e deixa o marido, o jornalista Glenn Greenwald, e dois filhos.

Miranda foi internado no dia 6 de agosto de 2022 para tratar uma infecção gastrointestinal, e foi alvo de infecções sucessivas, em um quadro de septicemia.

Em março, Glenn fez um relato longo e emocionante sobre os meses de internação do marido. “Desde a primeira semana, houve três ocasiões em que seus médicos me ligaram e nos disseram para nos prepararmos para o pior, que suas chances de sobrevivência nas próximas 48 a 72 horas eram muito baixas, quase impossíveis. Nem vou me dar ao trabalho de tentar explicar como é ter que dizer a seus filhos, à família e aos melhores amigos de seu marido que é hora de ir para o hospital pelo que provavelmente será a última vez”, disse Glenn na época.

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Política

O maior defensor da ivermectina contra a Covid morre por doença causada por excesso de… ivermectina

Agenda do Poder – Na última década, o influenciador Danny Lemoi tomou uma dose diária de ivermectina veterinária, um vermífugo projetado para ser usado em animais grandes como cavalos e vacas.

O medicamento, na versão humana, foi defendido por negacionistas e pelo governo Bolsonaro contra a Covid19.

Em 2021, quando isso aconteceu, Danny lançou o que se tornou um dos maiores canais do Telegram dedicados a promover seu uso, incluindo instruções sobre como administrar ivermectina a crianças.

Na manhã do dia 3 de março, ele postou uma atualização em seu imensamente popular grupo pró-ivermectina no Telegram, Dirt Road Discussions: “Feliz sexta-feira a todos vocês sobreviventes que comem pasta de cavalo venenoso!”. Horas depois, Danny estava morto.

Mas, apesar de sua morte, os administradores de seu canal no Telegram estão promovendo sua desinformação, mesmo quando seus seguidores compartilham seus próprios efeitos colaterais preocupantes de tomar ivermectina e alguns questionam a segurança da droga.

No canal do Telegram, os administradores deram a notícia de sua morte a seus seguidores. “Embora fosse óbvio que Danny tinha o maior coração, não sabia que seu coração estava literalmente trabalhando demais e crescendo além de sua capacidade, quase dobrando de tamanho do que deveria ter sido.”

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Cotidiano

Morre o cartunista Paulo Caruso, aos 73 anos

Um dos maiores nomes do cartum brasileiro, Paulo Caruso morreu neste sábado (4), aos 73 anos, em São Paulo. O chargista lutava contra um câncer.

Paulo José de Hespanha Caruso era irmão gêmeo de Chico Caruso, que assina as charges da primeira página de O Globo há 38 anos. Paulistano, formou-se na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), em 1976, mas não seguiu a carreira de arquiteto. Nos anos 1960, já havia iniciado a carreira de chargista no Diário Popular. Na década seguinte, colaborou com o semanário de humor “O Pasquim”, ícone da resistência à censura durante a ditadura militar, em um time que incluía a nata do cartum brasileiro, com nomes como Ziraldo, Jaguar, Henfil, Millôr Fernandes, Fortuna e Reinaldo Figueiredo.

Em 1981, na revista Careta, inaugurou com Alex Solnik a página de humor Bar Brasil, que posteriormente migrou para a revista Senhor. Em 1988, passa a publicar a coluna de humor “Avenida Brasil” na revista Isto É, em que permaneceu até 2006. Neste ano, passou a publicar a página na revista “Domingo”, do Jornal do Brasil. Em 2015, foi para a revista Época. Paulo Caruso também colaborou em veículos como o jornal Folha de S. Paulo e a revista Veja, e publicações especializadas em humor, como Circo, Chiclete com Banana, Geraldão e Pasquim 21.

Com a verve política afiada em seus desenhos, Paulo notabilizou-se também por fazer charges ao vivo durante as entrevistas do programa “Roda Viva”, desde a estreia da atração, em 1986, na TV Cultura (SP). As charges, tanto dos entrevistados no centro da roda quanto dos entrevistadores na bancada, acompanhadas das frases mais emblemáticas ditas por eles, viraram uma das principais marcas do programa.

Numa entrevista ao “Roda Viva” em 2013 com Chico, Paulo falou sobre como lidava com a autocensura na hora de fazer os desenhos no programa:

— A gente viveu uma censura que era imposta de cima para baixo. Depois da abertura, existe uma questão que é a autocensura. Passei por algumas situações assim aqui no “Roda viva”. Por exemplo, numa entrevista em que o Jô (Soares) contou que a mãe foi atropelada por um táxi, e percebi que fazer aquele desenho seria como brincar com a dor do outro — comentou Paulo. — Acho que você deve trabalhar sim com alguma restrição, algumas ideias não devem vir à luz.

Em paralelo, Paulo dedicou-se à música com o irmão, em espetáculos nos quais a dupla criava paródias envolvendo situações e personagens da política nacional. Em 1985, estreou no Salão Internacional de Humor de Piracicaba a banda Muda Brasil Tancredo Jazz Band, que contou com a participação de outros cartunistas e escritores/músicos, como Luis Fernando Verissimo, Cláudio Paiva e Aroeira. Ao lado do irmão gêmeo, além de apresentações ao vivo, gravou discos como “Pra seu governo” (1998), “E la nave va” (2001) e “30 anos de democracia – Que país é este?” (2015).

Meu avô materno, que era pintor amador, sempre foi estimulante pra gente. E também tinha o seguinte. Havia a crendice que um dos filhos gêmeos morreria cedo. Então, para a gente não sair de casa, minha mãe dava papel e lápis pra mim e pro Paulo, e nós desenhávamos o dia inteiro. Tanto que eu e meu irmão somos um fiasco em tudo o que é de rua. Jogamos bola muito mal — contou Chico.

Entre os livros publicados, estão “As origens do Capitão Bandeira” (1983), “Ecos do Ipiranga” (1984), Bar Brasil (1985), “Bar Brasil na Nova República” (1986). A partir de 1989, reúne as charges de Avenida Brasil numa série de livros, que inclui “A transição pela via das dúvidas” (1989), “A sucessão está nas ruas (1990), “O bonde da História” (1991), “Assim caminha a modernidade” (1992), “Se meu Fusca falasse” (1993), “O circo do poder (1994), “O Conjunto Nacional” (1996), “Se meu Rolls-Royce falasse” (2006) e “Enfim um país sério” (Devir, 2010). Em 2004 publicou “São Paulo por Paulo Caruso – Um olhar bem-humorado sobre esta cidade”, em homenagem aos 450 anos da capital paulista, pelo qual recebeu o Trófeu HQ Mix, no ano seguinte.

*Com O Globo

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