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Folha de São Paulo: racista, eu?

Se para ombudsman da Folha de São Paulo, José Henrique Mariante, racismo é sinônimo de pluralismo, imagina o que é para os donos do jornalão!

Com uma ilustração inacreditavelmente cretina, a Folha de São Paulo usa o pior dos cinismos para defender o artigo de seu racista de estimação. Ainda sublinha sua defesa ao racista-bolsonarista, Leandro Narloch, com uma ilustração de uma “Liteira” em que escravos transportavam os escravocratas. Na ilustração da Liteira tem uma logomarca da Folha desenhada, “F”, como faziam os escravocratas personalizando-as com seus nomes escritos em bronze.

O que a Folha defende são todos os elementos característicos da semente do bolsonarismo, sobretudo, neste caso, aonde o racista em questão não vê qualquer fronteira para exercer seu crime. Sim, porque racismo é crime e não liberdade de expressão ou pluralismo, como quer justificar com discursos imbecis o ombudsman da Folha.

O que ele escreveu chama-se racismo, preconceito, discriminação contra milhões de brasileiros negros e, por isso mesmo, deveria pagar por seu crime recorrente, porque não é a primeira e nem será a última matéria racista aos moldes da ku klux klan que, respaldado por uma ideia de liberalismo enviesado, o cretino diz que está em busca de organizar o país.

Lógico que, como os negros do país estão na base da produção, o vigarista usa seu discurso racista em nome do mercado para atingir também a classe trabalhadora. E esse tem sido, ao longo de anos, o discurso oficial da própria Folha, o que privilegia uma parcela da sociedade que não por acaso é branca, desconsiderando uma massa da população, sobretudo de negros.

Ou seja, o que se busca nesse artigo cretino que o ombudsman defende, faz parte do processo político que o país vive com o bolsonarismo, porque, para ele, a luta do movimento negro por direitos significa também a luta dos negros pelos direitos dos trabalhadores, como muito bem dizia o geógrafo Milton Santos.

Por isso a Folha mandou seu ombudsman avisar que aquele cretino chamado Leandro Narloch é racista sim, assim como Bolsonaro que o tem como ídolo, mas está do lado dos donos da Folha de São Paulo.

Para a Folha, a liteira é apenas o Uber do período da escravidão.

Nenhuma descrição disponível.

José Henrique Mariante, da Folha, ainda tem a pachorra de fazer uma comparação que não tem nem classificação, defendendo sua atitude de, durante a pandemia, não dar espaço a negacionistas, mas a médicos e cientistas, querendo dizer que, neste caso, não há problema em manter um racista como colunista porque, afinal, ninguém é de ferro.

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As redes, querendo resposta de Bolsonaro sobre depósitos de Queiroz a Michelle, foi uma porrada no editorial da Folha

É preciso dar a dimensão exata ao ato espetacular que se viu logo após o episódio que envolveu a pergunta do jornalista do Globo, Daniel Gullino, que deixou Bolsonaro nu e sua resposta estúpida como arma para fugir da pergunta, de forma agressiva.

A partir de então, os brasileiros que estão com a pergunta do jornalista entalada há muito tempo na goela, “Presidente, por que sua esposa, Michelle, recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?”, jogaram para o topo do twitter, asfixiando por completo a tentativa dos robôs bolsonaristas de transformarem a resposta imbecil de Bolsonaro em ato heroico. Mas não só isso, ali também houve uma forma de denunciar o cretino editorial da Folha, que teve a intenção de atingir Dilma gratuitamente para defender o teto de gastos que ocorreu com Temer logo após o golpe na presidenta apoiado pela Folha.

Teto este enfeitado de retóricas que tem um único objetivo, usar os recursos extraídos da sociedade, não para beneficiá-la, mas sim o sistema financeiro, os banqueiros, os rentistas, os mesmos que patrocinaram o golpe, para que, entre outras aberrações, incluíssem também o absurdo que só existe no Brasil.

Quando, de forma leviana, os donos da Folha quiseram fazer um comparação esdrúxula entre Dilma e Bolsonaro, como se estivesse lidando com um picuinha brejeira entre correntes opostas de pensamento, produziu aquele horror que foi repudiado até pelo ombudsman do próprio jornal.

Então, fica aí uma lição para a mídia sobre a diferença da opinião pública que Daniel Gullino soube captar e sintetizar no momento e hora certos e a opinião publicada tão comum na nossa mídia industrial que ainda crê que, em pleno século XXI, numa revolução informacional, diante de uma enorme parcela da sociedade extremamente crítica, querer conduzir a sociedade como uma manada.

Pois bem, além do repúdio direto da mesma sociedade que o editorial produziu contra si, a tenacidade e o fato de se formar um verdadeiro tsunami nas redes contra Bolsonaro, reproduzindo milhões de vezes a mesma pergunta do jornalista do Globo, foi uma porrada ainda mais dura no infame editorial da Folha “Jair Roussef”.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas