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Medo: Horas antes de ato contra Moraes na Paulista, equipe de Bolsonaro diz que ele perdeu a voz

Bolsonaro foi levado ao Hospital Albert Einstein por conta de uma suposta gripe e estaria sem voz. Ele postou vídeo destinado a seus apoiadores pela manhã.

Horas antes de um protesto na Avenida Paulista que tem como objetivo principal cobrar o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro (PL) foi levado ao Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, após supostamente se sentir mal na manhã deste sábado (7), segundo o jornal O Globo. De acordo com sua equipe, Bolsonaro estaria sem voz por conta de uma gripe forte. Ele já recebeu alta e voltou ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, onde está hospedado.

A participação de Bolsonaro no ato, marcada para esta tarde, ainda não foi cancelada. O evento é promovido por apoiadores bolsonaristas no Dia da Independência.

A manifestação ganhou força após a decisão de suspensão temporária do X, antigo Twitter, que gerou críticas contra o ministro do STF. Elon Musk, proprietário da rede social, tem apoiado publicações a favor do impeachment de Moraes, após a plataforma ter sido bloqueada por não indicar um representante legal no Brasil.

Pela manhã, Bolsonaro divulgou um vídeo nas redes sociais pedindo que seus apoiadores não participem de atos cívicos organizados pelo governo, afirmando que esta não é uma semana de comemoração da independência, e pediu que seus aliados compareçam à Avenida Paulista às 14h.

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Por que a paulista no domingo virou um hospício a céu aberto?

Algumas coisas básicas precisam ser ditas sobre aquele ornitorrinco tropical visto na Paulista no último domingo.

A primeira coisa é observar que Bolsonaro foi pego no contrapé pela Polícia Federal na obtenção do vídeo do seu discurso em que ele confessa, de todas as formas, que é sim o idealizador e comandante da tropa golpista que já operava antes mesmo do resultado da eleição de 2022, em que foi derrotado por Lula, tornando-se o primeiro presidente da redemocratização não se reeleger, enquanto Lula se tornou o primeiro presidente a vencer três últimas eleições presidenciais que disputou.

Por isso, Bolsonaro correu para, junto com Malafaia, que deve ter motivos bem graves para se enfiar nessa roubada que pode lhe custar um puxadinho na Papuda, ao lado de Bolsonaro.

Bolsonaro, certamente, teve informação que, nacionalmente, sua musculatura política sofreu um pesado catabolismo, mais do que o normal para quem perde o poder.

Então, para não correr o risco de um fiasco ainda maior, foi para a TV e convocou seus discípulos a irem à manifestação da Paulista para concentrar o máximo de pessoas em um único lugar, porque sabia que, se fosse no país inteiro, a imagem de fracasso seria ainda maior.

Por isso, Bolsonaro pediu para que não fizessem manifestações fora de São Paulo, o que é uma coisa inédita.

Ou seja, o que estava na Paulista não era representação de São Paulo, mas do bolsonarismo nacional, o que faz om que qualquer análise contemple um leque efetivamente representativo dentro do território nacional.

O primeiro dado que chega é que, ao contrário do que o senso comum dos preguiçosos analistas da mídia, é que os católicos eram a franca maioria dos que ali estavam.

43% eram católicos; 29% evangélicos; 10% espírita ou kardecista.

Isso, em parte, explica a reação muxoxa do inadvertido discurso evangélico de Michelle, que fez uma espécie de discurso alemão para a imensa maioria de franceses.

A construção ideológica desses manifestantes da Paulista, que passa de 60 anos em média, foi feita durante os 21 anos de ditadura, assim como Bolsonaro e seus generais de bolso. Por isso defendem um verme que fez tanto mal a eles, sobretudo na pandemia. Ali, a maioria é do grupo de risco que mais morreu por covid.

Esses são alguns dos motivos que fizeram com que a emenda de Bolsonaro saísse pior do que o soneto,  confessando de boca própria que é um dos redatores da minuta golpista.

 

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Manifestação na Paulista foi um retumbante fracasso, isso tem que ser dito com todas as letras

A maior quantidade de pessoas que Bolsonaro conseguiu levar à Paulista, foi no 7 de setembro de 2021, que foi contabilizado oficialmente como 125 mil pessoas.

Quando se compara as imagens aéreas dessa manifestação, que foi a maior, com a deste domingo, que foi menor do que a de 2022 que, segundo fontes oficiais, deu 35 mil pessoas, pode-se afirmar com a mão na consciência, sem medo de errar, que não há malabarismo artístico capaz de mudar a fisionomia do fracasso, nem utilizando todos os clichês de um romancismo bolsonarista.

Não é uma interpretação teórica da força política de Bolsonaro na atualidade, mas, se comparar o número de manifestantes deste domingo, 25, com o passado recente do bolsonarismo, que sonhava em dar golpes sobre golpes, num grande plano para se eternizar no poder, é possível, com um mínimo de boa vontade, estabelecer uma medida diametralmente oposta ao Bolsonaro, dentro e fora do poder.

Não se trata de uma equação complexa, convenhamos. O poder deu a Bolsonaro a possibilidade de fazer acordo com o inferno, que só funciona na base da propina, do orçamento secreto e de todas as modulações de picaretagens das quais ele lançou mão, via cofres públicos, para tentar se reeleger, mas fracassou.

Não é sem motivos que Bolsonaro, na Paulista, apareceu não só pouco inspirado para seu próprio público, como também acabou resultando numa espécie de “autogolpe”, já que deu com a língua nos dentes, confessando alto e em bom som, que sim havia uma relação íntima entre a minuta do golpe e o próprio, na busca por uma saída golpista para sua derrota.

Então, não há outra forma de sintetizar o que se viu neste domingo na Paulista, que não seja a palavra fracasso não assumido pelos fracassados, assim como a derrota nas urnas, não assumida pelos derrotados.

Diferente disso, o drama de Bolsonaro piorou, ficou mais explícito, lógico, rumo a um desfecho dramático no sentido da condenação e prisão.

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Sem dinheiro público para comprar manifestantes como comprou milhões de votos na eleição, Bolsonaro mostrou seu real tamanho político na Paulista

Bolsonaro passou quatro anos na cadeira da presidência, vivendo de armação, contribuindo com a morte de mais de 700 mil brasileiros e comprando mansões, uma para cada filhão.

E tem gente que ainda diz que esse mito não fez nada. Vai entender.

Bolsonaro, já sabendo que o troço ia babar, avisou antes que fugiria novamente. Deixou Malafaia com cara de cool na Paulista, típica de um fracassado que convocou o fiasco e teve que, sozinho, engolir seco a desmoralização.

O que Bolsonaro ganhou além de zombaria nas redes com esse ato de fraqueza? Uma simples regra do jogo. Aquele que não conseguiu ser bem-sucedido politicamente numa empreitada como a de ontem. Está morto.

Não fez calor, não choveu, não faltou divulgação, convocação e propaganda, o que faltou foi grana para comprar manifestantes, como fazia Bolsonaro com as chaves dos cofres públicos nas mãos. Daí o minúsculo traque bolsonarista na Paulista. Simples assim.

Qual foi o recado das ruas ontem?
O bolsonarismo lacrador está entediante. Essa receita fascista está com a data vencida e cheirado a pobre que resultou no fiasco da Paulista.

Uma coisa é Bolsonaro sentado na cadeira da presidência, colocado lá por uma fraude eleitoral armada por ele e Moro, outra, é Bolsonaro em pé, não tendo onde sentar, dependendo da boa vontade de ninguém menos que Valdemar Costa Neto.

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Manifestantes ocupam 10 quarteirões da Paulista e queimam boneco de Bolsonaro

A manifestação da Campanha Fora Bolsonaro começa a ganhar corpo, na Avenida Paulista, em São Paulo. Com início da concentração marcada para as 13h, manifestantes começaram a ocupar a frente do Museu de Artes de São Paulo (Masp).

A expectativa é que mais de 100 mil pessoas compareçam à manifestação do #2OutForaBolsonaro. Dez carros de som serão distribuídos por toda a avenida Paulista, que terá a presença de lideranças de movimentos sociais e indígenas, entidades sindicais, partidos políticos, artistas e esportistas.

Ainda no início do ato, os manifestantes inflaram dois balões, um com formato de botijão de gás e outro ilustrando um saco de arroz, criticando os valores cobrados durante a atual gestão federal. “Tá tudo caro? a culpa é do Bolsonaro!”, dizem as peças.

“É importante a gente continuar pressionando para derrubar Bolsonaro e toda sua corja assassina desse governo, que tem matado o povo de fome e também de covid. Só a mobilização e o enfrentamento dessa situação é capaz de tirar esse desgoverno do comando do país”, diz, por vídeo, a integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Cláudia, da Ocupação Maria Carolina de Jesus, do extremo leste da capital paulista, que também está na Avenida Paulista.

https://twitter.com/GustavRamski/status/1444358249457852418?s=20

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Vídeo – Epidemia de ódio: Menina que gritou “fora Bolsonaro”, levou um tiro durante ato na Paulista

Menina que gritou “fora Bolsonaro” levou um tiro na perna de um manifestante durante ato na Avenida Paulista.

Quem já passou perto de uma manifestação bolsonarista, sente no ar um cheiro de ódio, frustração e rancor, misturado a uma espécie de adolescência senil. Geralmente são velhotes, acima de 60 anos, querendo mostrar virilidade para si e para os outros. É que se chama de bancarrota humana de quem não se resigna com a idade, preferindo não envelhecer, mas apodrecer na própria miséria que se impõe.

É isso que o bolsonarismo produz. E foi um desses leões de chácara dispostos a uma servidão espontânea a Bolsonaro, exibindo coragem de um rato, vira um feroz animal contra vítimas como uma menina desprotegida que teve a “ousadia” de gritar “fora Bolsonaro!”.

O sujeito sacou da arma e deu-lhe um tiro na perna. Até o momento, os depoimentos não trazem o nome do estúpido criminoso, apenas a receita e a conclusão do que o bolsonarismo e a produção de suas barbáries.

Por isso vemos cartazes a favor do feminicídio e do AI-5. Essa gente saiu do subsolo do inferno para espalhar o coronavírus e o vírus de ódio pelo país, incentivados pelo presidente queima de arquivo.

https://www.facebook.com/100012526692707/videos/856511484776400/?t=36

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Ao contrário do que propaga, Moro faz violência aumentar

Mais uma farsa do ex-juiz Sérgio Moro foi desmontada.

Segundo análise minuciosa de Daniel Cerqueira, nos quatro meses após o início do “Programa Em Frente Brasil”, criado pelo atual ministro da Justiça, o número de homicídios em Cariacica (ES) não apenas não diminuiu como cresceu 22,2%.

O projeto-piloto “Em Frente, Brasil” (PEFB), de enfrentamento à criminalidade violenta foi lançado em 29 de agosto do ano passado pelo Governo Federal. Naquele momento, cinco municípios foram escolhidos para a sua implantação inicial, sendo eles: Ananindeua (PA); Paulista (PE); Cariacica (ES); São José dos Pinhais (PR); e Goiânia (GO).

Desde então várias autoridades e veículos de comunicação alinhados ao governo têm louvado e feito panegíricos à tão esperada política pública de segurança, finalmente implementada e que teria sido responsável por fazer diminuir o número de homicídios nas cidades escolhidas. Naturalmente, um total exagero, mesmo porque não há como avaliar o sucesso ou o fracasso de qualquer programa em lapso de tempo tão curto.

Ou seja, ideia de Moro faz violência aumentar.

Daniel Cerqueira é doutor em economia, autor de “Causas e Consequências do Crime no Brasil” e membro do Conselho de Administração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Resultado da análise do especialista foi publicada hoje (29) pela Folha de S.Paulo.

Propaganda enganosa

O projeto Em Frente Brasil é vendido pelo presidente Bolsonaro e Sérgio Moro como algo milagroso, capaz de acabar com a criminalidade no País.

A análise criteriosa feita pelo especialista, no entanto, mostrou que tudo não passa de propaganda enganosa.

 

 

*DCM