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Bolsonaro traiu a direita e mercado está histérico

Bolsonaro, vendo que a esquerda acabou plantando um cavalo de troia em seu governo com o auxílio emergencial de R$ 600, deu as costas para todo o discurso contra o que ele mais repudiava, o Bolsa Família e foi ser feliz com quem lhe deu um grão de esperança de se manter na cadeira da presidência pela aprovação de seu governo.

Em compensação, Bolsonaro deixou o mercado de cabelo em pé, pois este percebeu que seu governo mudou o espírito da coisa e que Guedes deixou de ser o Posto Ipiranga para ser um borracheiro que não tem material suficiente para tirar o governo do atoleiro com os quatro pneus da economia arriados.

Entre salvar o mandato se abraçando com o velho fisiologismo do baixo clero, leia-se, Centrão, que pode segurar o repuxo de um impeachment contra ele, Bolsonaro se delicia com o mais recente resultado do Datafolha e não quer saber que existe a segunda-feira e que a conta vai chegar e ele não terá como enfrentar o dado mais perigoso que a pesquisa também revelou, os 70% de brasileiros que querem que o auxílio de R$ 600 se transforme em política de Estado.

Este é o pior dos cenários que o mercado gostaria de enfrentar. Bolsonaro, por sua vez, já jogou nas costas dos rentistas e banqueiros a pecha de antipatriotas e, consequentemente jogou Guedes aos leões.

A subida forte do dólar e a forte queda da bolsa refletem que as últimas declarações de Bolsonaro “pró-social” foi uma calça arriada nos investidores que andam aterrorizados com a possibilidade cada vez maior de Bolsonaro chutar o pau da barraca e pegar o gesto da arminha e apontar para o teto de gastos. E é exatamente o que ele já está fazendo.

Não adianta Merval Pereira espernear dizendo que Bolsonaro não é liberal e menos ainda que combate a corrupção. Se o comentário de Merval é vigarista por ser oportunista, já que sempre soube disso e, ainda assim, pelo antipetismo, apoiou a besta fera na eleição, Bolsonaro é infinitamente mais vigarista que Merval para dar de ombros a qualquer julgamento da direita para salvar o mandato e a pele da família.

Enquanto isso, a horda de fascistas preenche o espaço com pautas políticas medievais no velho diversionismo bolsonarista que o mantém na cadeira.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Matéria Política

Para a elite, Bolsonaro pode assassinar 100 mil ou 1 milhão, só não pode furar o teto de gastos

Burlesca e caricata, a elite nativa, cada vez menos nacional, está pouco se lixando se morrerão 100 mil, 200, 300 ou 1 milhão de brasileiros por Covid-19, por culpa do genocida que está sentado na cadeira da presidência, ela não está de olho nos hospitais, porque até então, praticamente não morreu ninguém dos de cima. O que interessa à elite são os cofres do Estado, por isso mesmo comemora a aprovação pelo Senado do projeto que retira R$ 242 bilhões da saúde e da educação.

A maioria dos nossos super ricos sequer mora no Brasil. Seus filhos estudam nas melhores escolas mundo afora e, desde novinhos, já aprendem a dar uma banana para o país que tem uma elite bananeira, herdeira escravocrata que transformou as instituições brasileiras em espelho de sua alma, mesquinha, funesta, inculta e visceralmente selvagem.

Essa gente, como preocupação, tem apenas a de ter um produto que lhe dê margem para vender o mais caro possível para lucrar o máximo que podem. É assim que ela pensa sobre a produção e os trabalhadores brasileiros, quanto mais precarizados, mais lucros darão para os donos da terra.

Não adianta, em plena guerra de Bolsonaro com a Globo, que acirrou nos últimos dias, reclamar da elite dizendo que ela não se importa com os mortos e por que diabos Merval Pereira acha que a elite deve se importar com os mortos pela Covid- 19 se o próprio disse que Bolsonaro não é suficientemente neoliberal para cumprir todas as maldades de Guedes contra o povo brasileiro?

Essa gente nunca mordeu com tanta força o próprio rabo.

O fato é que estão todos numa encruzilhada e a conta não fecha. Bolsonaro, um bandido, sabido por todos que, durante 30 anos, como parlamentar, montou uma organização criminosa com lavagem de dinheiro, funcionários fantasmas, milicianos, assassinos de aluguel, grileiros, madeireiros, garimpeiros em que sua família, contando da atual mulher às duas anteriores e os filhos fazem parte da bandalha. Nada disso teve importância para a Globo na hora de apoiá-lo fervorosamente na eleição de 2018 contando com o antipetismo que se transformou numa verdadeira psicopatia dos Marinho.

Mais que isso, a Globo, que é parte da elite, até hoje não teve coragem de dizer que dois dos maiores vigaristas do país, Paulo Guedes e Moro são os principais responsáveis por colocar um genocida no poder e não diz isso, porque Guedes reza por sua cartilha ultraliberal e Moro, além de entregar a cabeça de Lula numa bandeja aos próprios Marinho para eleger Bolsonaro e ganhar o cargo de ministro, é o candidato dela na eleição de 2022.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Matéria Opinião

Só um país ridículo pode taxar livros e isentar barcos, iates e jatinhos.

Desde o mito criado por Sérgio Buarque de Holanda, de um Brasil cordial e hospitaleiro, a ideia de que temos um elite “gente-fina” se misturou a uma classe média sempre idiotizada, que em geral se enxerga como rica e não como pobre, que construímos a mentira de um país pacato e manso. Essa ideia é um equívoco cabal e a prova está no poder, Bolsonaro é o exemplo do que temos de pior enquanto civilização.

Se antes os idiotas tinham vergonha, o fenômeno digital expôs o pus de uma infecção de sub-intelectualização que contamina diversas classes, mas, em especial, da classe média para cima. Não foi o preconceito que entrou na moda, nem o ódio que se formou, mas, o assunto das rodinhas de imbecis endinheirados que ganhou a praça pública. Será que ninguém ouvia, nos 90, as pessoas que diziam, nas conversas privadas, que preferiam o Maluf, por que rouba, mas, faz? Ou a preferida dos “intelectuais de buteco”, “bandido bom, é bandido morto”? A estupidez não é uma invenção desse século, mas, a perda da vergonha da própria ignorância, sim.

Não por acaso, no Brasil, a classe média, essa que se acha rica, paga IPVA, em muitos casos superior a R$ 1.500,00 por ano, para ter seu carro popular na garagem, enquanto os ricos de verdade não pagam um centavo de imposto para ter barcos, jatinhos e iates. Achou ruim, é!? Pode piorar! Só um país ridículo é capaz de parir um Paulo Guedes, que quer taxar livros, com a justificativa de se tratar de bens da elite. E os iates, jatinhos, fortunas, lucros e dividendos, barcos, heranças e outros?

Paulo Guedes insulta a civilização humana ao taxar livros, tal como insultaria se taxasse alimentos.

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Governo Bolsonaro entra em guerra interna, diante do naufrágio.

Segundo Monica Bergamo, “as duas alas que se digladiam em torno dos rumos da economia acusam uma a outra de trabalhar para afundar o governo de Jair Bolsonaro.

O grupo desenvolvimentista, liderado pelo general Walter Braga Netto (Casa Civil), acredita que, na prática, Paulo Guedes, da Economia, se alia aos projetos do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, visto como adversário do governo.”

Mas o desenho da encrenca parece ter se ampliado nas últimas 24 horas e a mídia de banco já fez aqueles desenhos infantis em prol da “educação financeira”.

Junto a isso, Mourão já deu no seu pique no lugar aparecendo de chapéu e espingarda na mão em defesa da austeridade fiscal para ganhar um holofote no editorial do Globo.

O problema é que estamos diante de mentirosos, em plena crise que envolve as picaretagens da família Bolsonaro, quando pipocam escândalos de compra de imóveis caros e com volumes de dinheiro vivo cada vez maiores, como é comum nas organizações criminosas. Isso, sem falar dos cheques de Queiroz que caíram de paraquedas na conta de Michelle sobre os quais o Planalto se mantém em infinito silêncio.

Diante dessa fragilidade política, Bolsonaro tenta buscar ar no aumento de gastos para tirá-lo do centro do engenho criminoso que o clã montou para ter alguma chance de sobrevivência.

Mas o governo está caquético. E se antes já estava assim, a besta do balão promete tocar fogo nos cofres públicos e ligar o deixa arder, desdenhando as posições do santeiro Paulo Guedes.

O fato é que os dois lados têm seus tutores, mas ninguém apresenta uma paisagem mínima que dê ao ambiente nacional qualquer caminho.

A mídia, lógico, moldada pelos bancos, entrou na briga para defender a “aurora promissora” com a aceleração das reformas, junto com Maia e Alcolumbre, dizendo que Bolsonaro nunca foi liberal e, muito menos, quer saber de combate à corrupção.

E é a mesma mídia quem, agora, descobriu esse lado de Bolsonaro, que se acha capaz de dar conselhos econômicos.

Os “entendidos” de economia estão assombrados com o próprio fantasma que criaram e, com isso, retomam o discurso antipetista e voltam a atacar Dilma com a mesma lenga-lenga contra o “tamanho de Estado”.

Trocando em miúdos, o governo Bolsonaro está com aquele cheiro de naftalina do segundo mandato de FHC que se arrastou pelos escombros do país criados por ele pelos mesmos motivos que hoje arrasam a economia brasileira e, consequentemente, o governo Bolsonaro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

*Foto destaque: Agência Brasil

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Tudo indica a saída de Paulo Guedes e fim do modelo ultraneoliberal.

Para analista, Vitor Marchetti Bolsonaro é cada vez mais refém do Centrão e governo precisa se livrar da agenda ultraliberal se quiser sobreviver politicamente.

Mais do que sinais ou tendências, os fatos políticos das últimas horas confirmam o contexto de enfraquecimento político do presidente Jair Bolsonaro e sua tentativa de sobreviver a um derretimento dramático. O desembarque dos agora ex-secretários especiais de Desestatização e Privatização, Salim Mattar, e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, mostra a eventual derrocada da agenda do ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Pensando no tripé com o qual Bolsonaro se elegeu, as agendas ultraliberal, lavajatista e comportamental-cultural, duas já foram rifadas: a lavajatista e a ultraliberal. Tudo aponta para a saída de Guedes, no curto ou médio prazo”, diz Vitor Marchetti, cientista político da Universidade Federal do ABC (UFABC). “A equipe que sustentava a agenda se desfez”, acrescenta, lembrando que o economista Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro Nacional, vai ser sócio do banco BTG Pactual, do qual Paulo Guedes é cofundador.

O movimento de Mansueto mostra “a porta giratória funcionando”, ironiza Marchetti, e mostra que a ruptura do ex-secretário não é com Guedes, e sim com a agenda do governo, que tem cada vez mais que fazer concessões ao Centrão no Congresso Nacional. E o que o Centrão quer é incompatível com a agenda dos demissionários da equipe econômica: o bloco político informal do parlamento quer gasto do Estado. “Essa é a lógica do Centrão, que se mantém politicamente com base no fisiologismo e nos investimentos do Estado, principalmente junto a prefeitos e com obras regionais.”

“Se já estava difícil manter a agenda ultraliberal num contexto de pandemia, a economia no mundo inteiro precisando de investimento do Estado, no contexto político atual, com Bolsonaro cada vez mais dependente do Centrão, a agenda ultraliberal do governo é rifada. A fatura já foi cobrada, a cabeça de Sergio Moro (ex-ministro da Justiça) e de Guedes. Esse é o preço do Centrão, e o preço fica cada vez mais alto”, avalia o professor da UFABC.

Entre a cruz e a espada

Nesse contexto, não por acaso, Bolsonaro se rendeu, nesta quarta-feira (12), ao fato de que tornar-se refém do Centrão pode ser sua salvação. Ele substituiu seu líder na Câmara Federal, o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), por Ricardo Barros (PP-PR), ex-ministro de Michel Temer e expoente do bloco no Congresso.

Mas, se Bolsonaro se escora no Centrão e isso pode salvá-lo de um processo de impeachment, por exemplo, pode também ser a cruz do lado oposto da espada. “O preço do Centrão não para de subir, e quanto mais escândalos surgirem do lado do governo, maior vai ser esse custo e mais Bolsonaro vai ter que pagar para ver”, aposta Marchetti.

O analista avalia que é de interesse dos líderes do Centrão que o governo fique cada vez mais fraco, já que, com isso, eles podem subir o preço de acordo com a conveniência.

Derretimento

Para Marchetti, tudo aponta para o derretimento de Bolsonaro no médio prazo. As eleições municipais serão um “termômetro”: “O desempenho dos partidos de oposição e do próprio Centrão, quais serão os sinais das urnas, e se haverá candidatos que vão se vincular ao bolsonarismo, que força isso ainda tem eleitoralmente.”

Outro termômetro, em sua opinião, serão as investigações em curso e que novos escândalos possam atingir Bolsonaro. O Supremo Tribunal Federal acabou “se blindando”, tendo em seu poder o inquérito das fake news, não só do processo em si como porque detém o tempo de julgamento. “É um tempo político, e o STF vai usar isso politicamente”, diz Marchetti. Ele observa que, no caso de Fabrício Queiroz, as expectativas da oposição se frustraram e o ex-assessor de Flavio Bolsonaro foi para prisão domiciliar por decisão do STJ.

Um novo escândalo pode derreter ainda mais a popularidade de Bolsonaro, que tem uma base popular “dura”, isto é, fiel, entre 10% a 15% do eleitorado, o que é insuficiente para se manter. O cálculo do governo é de que Bolsonaro só se sustenta se conseguir avançar para outros setores sociais, na opinião do analista, já que o presidente já não tem mais o apoio incondicional que tinha na classe média lavajatista e, em grande parte, defensora da agenda liberal.

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Economia Matéria

Para conter desmanche no “Posto Ipiranga”, Bolsonaro reitera compromisso com o teto de gastos.

Antes de qualquer análise, o teto de gastos que congela o investimento do governo federal em 20 anos, é absolutamente prejudicial ao país. Para isso, vale lembrar que desde que o congelamento entrou em vigor, o Brasil não conseguiu emplacar crescimento acima de 1% e amarga um resultado acumulado pífio, gerando mais de uma década em atraso, principalmente, no campo social.

Nessa semana, dois dos principais assessores (secretários) de Paulo Guedes pediram demissão, por considerar que Bolsonaro estava seguindo o caminho do desenvolvimentismo, para buscar a retomada do crescimento.

Ironicamente, se tivesse tomando o caminho da intervenção estatal na economia, estaria correto. A questão é que Bolsonaro é burro demais, ao menos na economia, para compreender o que é certo e errado.

A reunião de hoje, que ocorreu em conjunto com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre, da República, Jair Bolsonaro e o “Posto Ipiranga”, Paulo Guedes, serviu para estancar a sangria e evitar o desmanche do ministério da Economia.

Bolsonaro, burro como é, não teve saída, por estar totalmente refém de Paulo Guedes, quando o assunto é economia e, por sua vez, está refém do mercado financeiro, para não cair. Aliás, o único que a mídia “limpinha” não bate forte, no atual governo, é Paulo Guedes, já que representa o mesmo pensamento do mercado financeiro.

O compromisso de hoje, assinado pelo presidente, sela a total impossibilidade de recuperação econômica no pós-pandemia. Aqui, não se trata de uma questão de corrente política, já que Bolsonaro estaria enterrando a sua reeleição, mas, da ampliação da pobreza e do retorno da fome.

Míriam Leitão, depois de muitos anos, acertou em um comentário econômico, quando disse que Paulo Guedes chuta para onde aponta o nariz. Sim, por que Guedes não passa de um Bolsonaro que sabe fazer regra de três.

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Matéria Opinião

Até Miriam Leitão diz que Paulo Guedes fracassou porque chuta pra onde o nariz aponta.

“Na campanha, Paulo Guedes que privatizaria dizia que privatizaria R$ 1 trilhão, que venderia imóveis que também chegavam a R$ 1 trilhão. E ele afirmou que zeraria o déficit no primeiro ano. Ninguém que entende de números acreditava naquelas cifras voadoras”, diz a inacreditável Mirian Leitão.

E Mirian Leitão vai mais longe e sapeca em sua coluna: “O que há é que o programa de Guedes era irreal e desmoronou”. E arremata tripudiando o ex- ídolo, “a debandada era previsível e até demorou.”

A debandada da equipe econômica de um país que não tem um ministro da Saúde em plena pandemia, somente sublinha em que tipo de buraco o Brasil está enfiado com Bolsonaro.

O governo Bolsonaro transformou o Brasil em um país economicamente morto, com Paulo Guedes aplicando um deus dará no povo.

Temos que admitir o que Bolsonaro sempre disse, que não entendia nada de economia. O que ele não disse é que seu posto Ipiranga entende menos ainda e que o fracasso seria o único caminho de quem passou todo esse tempo dando declarações toscas e passando recibo de burrice a quem comprava seu “supremo conhecimento”.

Aliás, graças ao consenso de Guedes no mercado e sua unanimidade na mídia, é que o Brasil está diante dessa obra de arte que conseguiu um produto conjugado de estilo único na história da humanidade, o milagreiro da economia, Paulo Guedes, mistura corrupção da família Bolsonaro com o derretimento da economia nacional.

Paulo Guedes é tão economista quanto Olavo de Carvalho é filósofo e tão verdadeiro quanto jornalistas como Alexandre Garcia e Augusto Nunes são confiáveis para defender, a peso de ouro, todas as mentiras ditas por Bolsonaro.

Miriam Leitão, a última tucana do ninho, não se conforma com as promessas não cumpridas de total aniquilamento das estatais brasileiras, dos bancos públicos e, com sua tara privatista, repete a receita dos neoliberais que acreditam que o mercado é o centro do universo e que, diante dele, tudo se resolve. Ela culpa Guedes por não entregar o que prometeu. Ou seja, a cabeça dos trabalhadores e o parque industrial brasileiro que, em plena era digital, tem sua cabeça voltada para o Chicago Boys de Pinochet.

Essa gente ainda está na guerra fria e Miriam, que jurava que Paulo Guedes seria o príncipe que dançaria com ela no baile de debutantes, agora, está inconsolável. Ela não sabe explicar o fracasso daquilo que, ao lado do príncipe, vendia como eldorado e passou a jogar pedra na cruz na qual, até ontem, ela ajoelhava para rezar.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro quer milicializar o Brasil e transformá-lo num grande Rio das Pedras

É nítido o projeto de Bolsonaro de desinstitucionalizar o país, com controle sobre o judiciário, MP, polícias e Forças Armadas.

Não foi à toa que Moro virou ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro. A Lava Jato conseguiu um know how impressionante utilizando, confessadamente, a mídia para pressionar todo o sistema de justiça a rezar pela cartilha da república de Curitiba. Mas isso é um assunto para uma outra hora, mas não menos importante, até porque era parte do projeto de Bolsonaro.

Bolsonaro quer dois Brasís separados onde criaria um exército tão numeroso de milicianos disfarçados de agentes públicos, capaz de explorar todos os negócios e todas as transações que ocorressem no país. Quem quiser entender isso melhor, é só estudar como de fato funciona a milícia de Rio das Pedras que virou uma terra franca de ninguém.

O Estado é a milícia e esta, a milícia e, no meio, uma população inteira sequestrada tendo que cumprir a obrigação de manter os pagamentos em dia com milícia, assim como os comerciantes de uma região inteira sob o domínio dela. Tudo passa a ser ditado e, muitas vezes, comercializado pela milícia, gás, gatonet, água, agiotagem, transporte e etc.

Essa semana ocorreu um fato bastante elucidativo, dois PMs, que faziam parte de uma empresa de segurança de um comandante da PM, foram flagrados em gravação feita por celular, numa ação covarde contra um menino de 18 anos que foi a uma loja da Renner trocar um relógio que havia comprado para o pai, munido de nota fiscal. O fato de ser negro, hoje, na cabeça da polícia, é praticamente uma sentença de morte. O menino foi levado para um vão de escada e, possivelmente, dali sofreria uma violência ainda maior, senão a execução sumária pelos dois policiais, que estavam fazendo o serviço de segurança do shopping onde o fato ocorreu.

O que difere esse ato do comportamento da milícia? Nada. A diferença é que o menino é cliente da Renner que está cobrando punição, o shopping já desligou a empresa que presta serviços para outros dois shoppings, ou seja, é uma metástase que já atingiu grandes centros comerciais e grandes redes de lojas. A marca Renner logicamente se solidarizou com a vítima, porque, se abandonasse a defesa de seu cliente, pois, do contrário, seria penalizada com um boicote, já que a marca tem como clientes grande parte da classe média que ainda não foi atingida pelo cerco da milícia. Mas, não demora, será a próxima vítima do domínio generalizado do complexo miliciano que vem sendo instalado no Brasil.

Tanto isso é verdade que dois fatos ficaram marcados nesses últimos dias, o primeiro, foi a imprensa não conseguir da corporação os nomes e imagem dos dois PMs, o que demonstra uma autoproteção do sistema miliciano que está sendo montado e com práticas de grande violência.

O segundo fato, não menos importante, foi o assassinato cometido pela PM de Dória, aquele mesmo que se elegeu com slogan de bolsoDória, em que o menino de 19 anos, inocente, levou um tiro pelas costas. E o delegado do caso, em menos de 40 minutos, correu para dizer que os policiais agiram em legítima, mesmo sendo dito pelos próprios PMs que o menino não estava armado. Declaração que foi imediatamente abonada pela corporação da qual os PMs são parte.

À noite, quando houve um protesto dos moradores  pelo assassinato do menino, a Rota foi ao local intimidar a comunidade, exatamente como fazem as milícias cariocas.

O papel de Eduardo Bolsonaro, como deputado, é fazer laços cada vez maiores entre Bolsonaro e toda a polícia brasileira. Por outro lado, produzir dossiês contra policiais que não aceitam entrar para essa grande estrutura miliciana que está sendo preparada no Brasil.

Soma-se a isso a forma com que Bolsonaro vem lidando com as questões da Amazônia, promovendo desmatamento, garimpagem, desmontando toda a estrutura de fiscalização para que a milícia, representada na região por madeireiros, grileiros, garimpeiros, assassinem lideranças indígenas e avancem sobre as terras deles, dizimando aldeias inteiras, mesmo diante de um movimento internacional que quer desligar o Brasil de qualquer benefício econômico da comunidade internacional.

Agora, acrescente a isso o projeto de Paulo Guedes, apoiado por Rodrigo Maia, de privatizar todos os metros quadrados do país, e é exatamente o que Bolsonaro já está fazendo em Brasília, privatizando os parques e, no final das contas, nada no Brasil, sequer a moradia própria escapará de um pedágio obrigatório para a milícia

Isso, sem falar que os trabalhadores tendem a perder todos e quaisquer direitos para que o país, fragmentado e com a economia em nítida depressão, sustente, através de um sistema criminoso, uma milícia nacional comandada por poucos, tendo como liderança Bolsonaro e seus filhos.

É este o perigo que ronda o Brasil. Bolsonaro não fez ataques ao STF de graça. Isso faz parte de um estratégia. A questão é saber como está a relação de Bolsonaro com as Forças Armadas, principalmente com oficiais de baixa patente, porque sua expulsão do exército, décadas atrás, teve como principais motivações, o garimpo ilegal e um motim de oficiais de baixa patente que se insurgiram utilizando táticas terroristas contra o comando do exército.

E como tem uma cabeça de psicopata, Bolsonaro, simplesmente, passou três décadas alimentando a sua ideia fixa de fazer o que faz agora.

Resta saber como a sociedade civil organizada reagirá a isso, como as instituições se protegerão dessa espécie de nazismo brejeiro, porque, grosso modo, é disso que se trata o projeto de Bolsonaro, sequestrar o país comandando uma gigantesca rede de milícias em que a produção de um parafuso e sua comercialização terão um custo para os produtores e os comerciantes, exatamente como acontece nos bairros e comunidades pobres das zonas norte e oeste do Rio de Janeiro, comandadas por milícias, tendo Rio das Pedras como exemplo.

Então, vem a pergunta, que interesse os EUA teriam nisso? Ora, a exploração de toda a riqueza natural brasileira por mineradoras, petrolíferas que Guedes e Bolsonaro já estão entregando a eles em troca de um acordo que sugue o país numa recolonização, que logicamente fortaleça os interesses dos EUA na região e todas as partes envolvidas saiam ganhando.

O assassinato de mais de 100 mil brasileiros por Covid, até aqui, mostra que Bolsonaro não economiza vidas para tocar o seu projeto.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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A política genocida de Bolsonaro disseminou o coronavírus pelo Brasil

A lógica genocida de Bolsonaro é simples, o governo se ausenta de qualquer responsabilidade de buscar soluções para os micro, pequenos e médios empresários, principalmente do setor de varejo. Com isso, os pequenos comerciantes, que não fazem parte de qualquer associação, são deixados no completo abandono, com dívidas e tendo como respaldo somente o estoque de sua loja fechada. Imagina os informais!

Já os comerciantes e empresários graúdos, olhando para os seus interesses, que têm respaldo para suportar longos meses de quarentena, porque são, na grande maioria, bolsonaristas fervorosos, ao invés de pressionarem Bolsonaro e a política neoliberal de Guedes, que é assassina, pressionam, sob o comando do genocida, prefeitos e governadores, utilizando as mídias locais às quais eles têm acesso por serem anunciantes.

Esses, através das mídias locais, produzem propositalmente, como numa guerrilha genocida, informações confusas para confundir a sociedade e, sentindo-se pressionados por parte da população e pelos grandes comerciantes que, somados aos próprios diretores de associações comerciais, governadores e prefeitos cedem, provocando a mortandade diária que tem dobrado os números semanalmente, principalmente, nas cidades do interior Brasil afora.

Qual a lógica que eles construiram junto com o governo que, de propósito, não tem um ministro da Saúde, mas um general chefe de almoxarifado? Um interino que dá suporte meramente logístico para que não falte assistência e atendimento à população e que ninguém morra na rua e não produza cenas, como as da Bolívia, por exemplo que, não por acaso, tem um governo golpista de extrema direita. Ou seja, no Brasil, todos podem se contaminar, podem morrer milhares e milhares, contanto que morram nos hospitais para não parecer que foram jogados à própria sorte.

Com isso, o governo Bolsonaro, inclui-se aí Paulo Guedes, lava as mãos com sangue, transfere a responsabilidade para governadores e prefeitos, deixando para o próprio Bolsonaro o papel de criar factoides como os da Ema, da Cloroquina, de seus passeios de moto para dar a impressão de que essa mortandade é o novo normal, fazendo com que a população acredite não existir alternativa profilática para a redução drástica da contaminação e mortes pelo coronavírus, quando, na realidade, Bolsonaro montou no Brasil uma rede de assassinos, usando inclusive fake news para que o Brasil chegasse a essa enorme tragédia que ninguém sabe quando vai acabar.

O país vive hoje, apenas e passivamente, à espera de um novo boletim que revela cotidianamente o aumento substancial de infectados e mais de mil mortos pela Covid-19 de forma indiscriminada.

Bolsonaro pode se vangloriar de seu feito, pois conseguiu fazer com que o vírus se disseminasse pelo Brasil todo. E o resultado esperado, chegou, o Brasil nesta semana ultrapassará os 100 mil mortos.

Como ele se preocupa somente com os bandidos de sua família, que centenas de milhares de famílias brasileiras chorem seus mortos. É disso que se trata, sem pôr nem tirar, o momento que o Brasil atravessa sob o comando de um presidente genocida que carrega com ele, sem a menor preocupação de esconder, a perversidade humana.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Matéria Política

URGENTE: Anonymous vaza dados de Michelle Bolsonaro, Mourão, Olavo de Carvalho e Paulo Guedes.

Fórum: O governador do RJ, Wilson Witzel, e o deputado Douglas Garcia, responsável pelo “dossiê” com dados de antifascistas, também foram expostos; vazamento inclui informações como endereços, CPF, telefones, renda e até mesmo nomes de vizinhos e familiares.

Um grupo de hackers que se reivindica como uma célula do Anonymous no Brasil divulgou, neste sábado (1), um lote de vazamento com dados pessoais de bolsonaristas.

De acordo com o perfil @AnonNewBr no Twitter, obteve acesso aos servidores da Polícia Civil do Rio de Janeiro durante dois meses.

Os bolsonaristas que tiveram dados expostos são: a primeira-dama Michelle Bolsonaro; o vice-presidente Hamilton Mourão; o guru do governo, Olavo de Carvalho; o ministro da Economia, Paulo Guedes; o assessor e “influenciador” bolsonarista, Leonardo Neto; Tercio Tomaz, assessor ligado ao “gabinete do ódio”; a deputada estadual do PSL, Alana Passos; o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel; e o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), que produziu um dossiê para perseguir antifascistas.

Os dados foram vazados em uma plataforma chamada Doxbin, e incluem informações como endereços, CPF, telefones, renda e até mesmo nomes de vizinhos e familiares.

“Obrigado a Polícia Cívil do Rio de Janeiro pelo banco de dados ~~DEPUTADO DANIEL LUCIO E DOUGLAS GARCIA – VAZADO!”, ironizou o perfil @RUNSEC1, responsável pela divulgação.

https://twitter.com/RUNSEC1/status/1289652186431930368?s=19

 

https://twitter.com/RUNSEC1/status/1289652393236262919?s=19

 

https://twitter.com/RUNSEC1/status/1289652502204305408?s=19

 

https://twitter.com/RUNSEC1/status/1289652675580051456?s=19